quarta-feira, 1 de maio de 2019

Esperança

“Porque tudo que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Paulo (Romanos, 15:4)

A esperança é a luz do cristão.
Nem todos conseguem, por enquanto, o voo sublime da fé, mas a força da esperança é tesouro comum.
Nem todos podem oferecer, quando querem, o pão do corpo e a lição espiritual, mas ninguém na Terra está impedido de espalhar os benefícios da esperança.
A dor costuma agitar os que se encontram no “vale da sombra e da morte”, onde o medo estabelece atritos e onde a aflição percebe o “ranger de dentes”, nas “trevas exteriores”, mas existe a luz interior que é a esperança.
A negação humana declara falências, lavra atestados de impossibilidade, traça inextricáveis labirintos, no entanto, a esperança vem de cima, à maneira do Sol que ilumina do alto e alimenta as sementeiras novas, desperta propósitos diferentes, cria modificações redentoras e descerra visões mais altas.
A noite espera o dia, a flor o fruto, o verme o porvir... O homem, ainda mesmo que se mergulhe na descrença ou na dúvida, na lágrima ou na dilaceração, será socorrido por Deus com a indicação do futuro.
Jesus, na condição de Mestre Divino, sabe que os aprendizes nem sempre poderão acertar inteiramente, que os erros são próprios da escola evolutiva e, por isto mesmo, a esperança é um dos cânticos sublimes do seu Evangelho de Amor.
Imensas têm sido, até hoje, as nossas quedas, mas a confiança do Cristo é sempre maior. Não nos percamos em lamentações.
Todo momento é instante de ouvir Aquele que pronunciou o “Vinde a mim...”
Levantemo-nos e prossigamos, convictos de que o Senhor nos ofereceu a luz da esperança, a fim de acendermos em nós mesmos a luz da santificação espiritual.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 75

Doutrina Escola


O termo “religião”, no conceito popular, exprime “culto prestado à Divindade”. A palavra “culto” significa adoração e veneração. Cabe, entretanto, esclarecer que o Espiritismo, desenvolvendo os ensinamentos do Cristianismo, é a religião natural e dinâmica da consciência, interessando sentimento e raciocínio, alma e vida, autêntica doutrina escola, destinada à construção do Mundo Melhor, com base na renovação e no aperfeiçoamento do Espírito.
Por mostra do acerto, analisemos algumas conjunções de textos do Evangelho de Jesus e de O Livro dos Espíritos, primeiro tomo da Codificação Kardequiana:
1 – Em Novo Testamento – Mateus, 12:50.
      Em O Livro dos Espíritos – Questão 803.
      Tema: Humanidade.
     Plano de estudos – Considerações em torno da igualdade de todas as criaturas, perante o Criador.
2 – Em Novo Testamento – Marcos, 9:35.
      Em O Livro dos Espíritos – Questão 683.
      Tema: Serviço
    Plano de Estudos – Obrigação do trabalho, individual para o bem de todos, conforme as possibilidades de cada um.
3 – Em Novo Testamento – Lucas, 20:25.
      Em O Livro dos Espíritos – Questão 794.
      Tema: Legalidade.
     Plano de estudos – Acatamento às leis estabelecidas na Terra, segundo os ditames da evolução.
4 – Em Novo Testamento – João, 3:3.
      Em O Livro dos Espíritos – Questão 171.
      Tema: Reencarnação.
    Plano de estudos – As vidas sucessivas, definindo oportunidades de progresso e elevação para todos os seres, diante da Justiça Divina.
5 – Em Novo Testamento – Atos, 2:44.
      Em O Livro dos espíritos – Questão 930.
      Tema: Solidariedade.
      Plano de estudos – Imperativo do amparo recíproco na vida social.
6 – Em Novo Testamento – Lucas, 12:15.
      Em O Livro dos Espíritos – Questão 833.
      Tema: Propriedade.
     Plano de estudos – Legitimidade dos bens particulares, que devem ser usufruídos sem os abusos do egoísmo e da avareza.
7 – Em Novo Testamento – Lucas, 24:36.
      Em O Livro dos espíritos – Questão 525.
      Tema: Comunicação dos Espíritos.
     Plano de estudos – Intercâmbio constante entre os espíritos encarnados e desencarnados.
8 – Em Novo Testamento – João, 15:12.
     Em O Livro dos Espíritos – Questão 886.
     Tema: Caridade.
     Plano de estudos – Impositivo da fraternidade, em todos os campos da inteligência.
Fácil verificar que o culto espírita não inclui qualquer nota de expectativa inoperante nos preceitos em que se define. Colocando-nos, pois, à frente da Religião do Amor e da Sabedoria, chamada a inscrever as Leis Divinas no âmago de nós mesmos, assimilemos as lições do Evangelho e da Codificação Kardequiana, para que se nos clareie o caminho e se nos consolide a responsabilidade de viver e de agir, na edificação de nossos próprios destinos.

Para isso, saibamos refletir e servir, raciocinar e estudar.

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Doutrina Escola


























34º Feira do Livro Espírita de Teófilo Otoni


sábado, 27 de abril de 2019

"Obreiros da Vida Eterna" - Entrevista com Emanoel de Castro





Entrevista com Emanoel de Castro Felício, professor e vice-diretor da Aliança Municipal Espírita (AME) de Juiz de Fora. Ele fala sobre o livro "Obreiros da Vida Eterna", de autoria de André Luiz e psicografia de Chico Xavier. 

A obra completa 73 anos de lançamento em 2019 e é a quarta abordada pela Microcampanha "A Vida no Mundo Espiritual", realizada pela União Espírita Mineira e Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais (COFEMG). 



quinta-feira, 25 de abril de 2019

Fé e caridade



As páginas examinadas em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” nos falam de bênção e tradução da bênção, de confiança em Deus e expressar-se em serviço de amor aos semelhantes, e isso nos pede atenção para as conquistas que demandamos no campo da nossa própria renovação.
Somos hoje um grande livro de doutrinas excelsas – cada qual de nós um capítulo estruturado em caracteres brilhantes, todavia, a Terra espera por nós no campo da verdade aplicada e, tão somente nessa aplicação do bem que conhecemos é que, em verdade, descobriremos o bem que desconhecemos e, no qual, se nos levantará a felicidade eterna.
Nestas palavras, pretendemos elucidar o que seja o nosso antigo binômio: “fé e caridade”.
Uma, efetivamente, não se realiza sem a outra.
Unicamente a fé mobilizada em trabalho pode atingir as realizações puras do Amor, para que o Amor nos presida os destinos.
Comecemos semelhantes ações a partir dos nossos mais íntimos redutos de vivência humana.
Para sermos mais explícitos, iniciemos o nosso apostolado nas criaturas-problema que a vida nos confiou.
É no recanto doméstico, seja no setor do trabalho ou do ideal, do afeto ou da família que identificamos a nossa primeira escola.
Suportemos valorosamente as provas que a vida nos imponha, junto daqueles que nos amam ou que devemos amar ou daqueles que se reúnem conosco sem amar-nos ainda ou aos quais ainda não conseguimos amar, de todo, apesar de estarmos juntos.
Vençamo-nos, doando de nós tudo o que sejamos em boa vontade e abnegação, auxiliando-nos uns aos outros e teremos conosco a fórmula de ação pela qual atingiremos as realizações de que carecemos em favor de nós mesmos.

Bezerra de Menezes / Chico Xavier – Livro: Bezerra, Chico e Você

Maus obreiros

“Guardai-vos dos maus obreiros”. Paulo (Filipenses, 3:2)

Paulo de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos maus obreiros.
Em todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra o veneno que procede do servidor infiel.
Enquanto os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas de luta.
Estimam as apreciações desencorajadoras.
Fixam-se nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das realizações já feitas.
Manuseiam textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento de deveres.
Ouvem as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
Chamam covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou compreensivos.
Destacam os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
Alinham frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades ocultas.
Semeiam a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem próximo.
Espalham suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.
Fazem-se advogados para serem acusadores.
Vestem-se à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.
Costumam lamentar-se por vítimas para serem verdugos mais completos.
“Guardai-vos dos maus obreiros”.
O conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 74