“Recebei-nos em
vossos corações.” Paulo (II Coríntios, 7:2)
Os
crentes e trabalhadores do Evangelho usam diversos meios para lhe fixarem as
vantagens, mas raros lhe abrem as portas da vida.
As
palavras de Paulo, de Pedro, de Mateus ou de João são comumente utilizadas em
longos e porfiados duelos verbais, através de contendas inúteis, incapazes de
produzir qualquer ação nobre.
Recebem
outros as advertências e luzes evangélicas, à maneira de negociantes
ambiciosos, buscando convertê-las em fontes econômicas de grande vulto. Ainda
outros procuram os avisos divinos, fazendo valer princípios egolátricos, em
polêmicas laboriosas e infecundas.
No
imenso conflito das interpretações dever-se-ia, porém, acatar o pedido de Paulo
de Tarso em sua segunda epístola aos Coríntios.
O
apóstolo da gentilidade roga para que ele e seus companheiros de ministério
sejam recebidos nos corações.
Muito
diversa surgirá a comunidade cristã, se os discípulos atenderem à solicitação.
Quando
o aprendiz da Boa Nova receber a visita de Jesus e dos emissários divinos, no
plano interno, então a discórdia e o sectarismo terão desaparecido do continente
sublime da fé.
Em
razão disso, meu amigo, ainda que a maioria dos irmãos de ideal conserve
cerrada a porta íntima, faze o possível por não adiar a tranquilidade própria.
Registra
a lição do Evangelho no édito do ser. Não te descuides, relegando-a ao mundo
externo, ao sabor da maledicência, da perturbação e do desentendimento. Abriga-a
dentro de ti, preservando a própria felicidade. Orna-te com o brilho que
decorre de sua grandeza e o Céu comunicar-se-á com a Terra, através de teu
coração.
Emmanuel
/ Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.147