sábado, 7 de novembro de 2020

A verdadeira propriedade

 

O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.

Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem à sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres. – Pascal. (Genebra, 1860.)

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVI – Não se pode servir a Deus e a Mamon – item 9

A visão de Eurípedes Barsanulfo - vídeo

 No dia 1º de novembro completou-se 102 anos da desencarnação de Eurípedes Barsanulfo. Vale a pena rever o encontro dele com o Cristo, neste vídeo que conta uma história emocionante vivida por este pioneiro do Espiritismo no País, em trecho extraído do livro A vida escreve, de Hilário Silva, da FEB Editora. 

Confira!


Fonte: febnet.org.br

Por que desdenhas?

                                       “Examinai tudo. Retende o bem.” Paulo (I Tessalonicenses, 5:21)


O cristão não deve perder o bom ânimo, por mais inquietantes se apresentem as perplexidades do caminho, não somente no que diz respeito à dor, mas também no que se reporta a costumes, acontecimentos, mudanças, perturbações...

Há companheiros excessivamente preocupados com a extensão dos erros alheios, sem se precatarem contra as próprias faltas.

Assinalam casas suspeitas, fogem ao movimento social, malsinam fatos ou reprovam pessoas, antes de qualquer exame sério das situações. E nesse complexo emocional que os distancia da realidade, dilatam desentendimentos com pretensas atitudes de salvadores improvisados, que apenas acentuam a esterilidade do fanatismo.

Longe de prestarem benefícios reais, constituem material neutralizante do movimento renovador.

O Evangelho do Cristo, contudo, não instituiu cubículos de isolamento; procura estabelecer, aliás, fontes de Vida Abundante, em toda parte.

Examinar com imparcialidade é buscar esclarecimento.

Por que a condenação apressada ou a crítica destrutiva? Quando Paulo dirigiu a célebre recomendação aos tessalonicenses não se reportava apenas a livros e ciências da Terra. Referia-se a tudo, incluindo os próprios impulsos da opinião popular, com alusão aos fenômenos máximos e mínimos do caminho vulgar.

Em todas as ocorrências dos povos e das personalidades, em todos os fatos e realizações humanas, o aprendiz fiel da Boa Nova deve analisar tudo e reter o bem.

Por que te afastares do trabalho e da luta em comum? Por que desencorajar os que cooperam na lide purificadora com o teu impensado desdém? Se te sentes unido ao Cristo, lembra-te de que o Senhor a ninguém abandona, nem mesmo os seres aparentemente venenosos do chão.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.154

Aconteceu a 1ª Semana Espírita do Leste de Minas


 
Venha saber mais sobre a 1ª Semana Espírita da Comissão Regional Leste de Minas Gerais que aconteceu entre os dias 26 e 31/10/2020.

Riqueza

                                   ... é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha...

A Doutrina Espírita oferece aos seus adeptos - àqueles que lhe procuram observar e sinceramente absorver as luzes santificantes - adequado conceito em torno de tão importante quão difícil aspecto da experiência humana: - a Riqueza.

Há quem enriqueça pelo esforço próprio, no trabalho honesto.

Há quem se torne milionário por efeito de heranças ou doações.

Há, contudo, os que trazem suas arcas repletas em consequência de atividades ilícitas, desonestas, espoliando aqui, enganando acolá, defraudando mais adiante.

A fortuna, todavia, em si mesma não é boa nem má.

É neutra - absolutamente neutra.

Em forma de cintilantes moedas ou expressando-se por cédulas de alto valor, conserva ela, contudo, a sua neutralidade.

O homem, pela aplicação que lhe dá, é quem a transforma em veículo do bem ou do mal, de salvação ou condenação, alterando-lhe a finalidade.

Com ela pode o homem construir soberbos monumentos de benemerência; mas, com ela, também pode cavar, diante de si, abismos de alucinação e crime.

A riqueza bem aplicada, enobrecendo quem a possui, provê de remédio, de alimento, de vestuário, o lar humilde onde, tantas vezes, a vergonha digna se oculta humilhada, retraída.

A riqueza mal aplicada, enclausurando o homem nas teias da ambição, condu-lo à miséria espiritual, à demência, à loucura.

Como se vê, podemos convertê-la em bênção ou condenação em nossa vida.

O homem esclarecido, que se desprendeu do corpo deixando valiosos recursos, econômicos ou financeiros, alegrar-se-á, sentir-se-á ditoso, se notar que tais recursos estão espalhando na Terra o perfume da Caridade, nas suas mais diversas manifestações.

No copo de leite para a criança enferma.

No prato de sopa para o necessitado.

No vestuário para o que se defronta com dificuldades.

Na intelectualização e espiritualização do seu semelhante.

Se deixou alguém no mundo largas possibilidades materiais e não se encontra, espiritualmente, em boas condições, as preces de reconhecimento de seus beneficiários alcançar-lhe-ão onde estiver, em forma de consolação e paz, bom ânimo e reconforto, felicitando, destarte, doador e legatários.

Há um tipo de riqueza que constitui, invariavelmente, uma brasa na consciência de quem a deixou no mundo, embora possam os herdeiros, aplicando-a cristãmente, suavizar-lhe o sofrimento, abrandar-lhe o remorso.

É a que se adquire por meios excusos, por inconfessáveis empreendimentos, apoiados na exploração dos semelhantes.

Riqueza abençoada é aquela que, obtida no trabalho digno, expande-se, fraternal e operosamente, criando o trabalho e favorecendo a prosperidade.

A que estimula realizações superiores, nos diversos setores da atividade humana, convertendo-se em rosas de luz para o Espírito Eterno nos divinos Jardins do Infinito.

Esse tipo de riqueza e essa forma de aplicá-la favorecem a ascensão do homem, uma vez que, possuindo-a, não é por ela possuído.

A riqueza mal adquirida e mal aplicada conservará o seu detentor em consecutivas repetições de dramas expiatórios, nos caminhos terrestres e nas sombrias regiões da vida espiritual.

Asseverando ser “mais fácil passar um camelo no fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus”, não quis o Mestre menosprezar a prosperidade, que é um bem da vida.

Nem condenar, irremissivelmente, o companheiro afortunado.

O que o Mestre pretendeu, decerto, foi advertir-nos quanto aos perigos do excesso, do supérfluo, porque nossas mãos invigilantes estão habituadas ao abuso.

Temos sido, no decurso dos milênios, campeões da extravagância.

Reconhecia Jesus que a fortuna em poder de criaturas que estagiam, ainda, no clima do egoísmo, nas estações da avareza, imersas na insensibilidade, é sempre porta aberta - diríamos melhor - escancarada para o abismo.

A única riqueza, em verdade, que não oferece margem de perigo, é a riqueza espiritual, os tesouros morais que o homem venha a adquirir.

É a riqueza que se não manifesta, exclusivamente, por meio de cofres recheados, nem de palacetes suntuosos e patrimônios incalculáveis, afrontando a indigência.

É a que se traduz na posse, singela e humilde, dos sentimentos elevados.

Por esse tipo de riqueza, imperecível e eterna, podemos e devemos lutar, denodada e valentemente.

Com toda a força do nosso coração.


Martins Peralva – Livro: Estudando o Evangelho

sábado, 31 de outubro de 2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Estátua em homenagem a Chico Xavier


No dia 29 de outubro, em Uberaba, foi entregue à comunidade uma estátua em bronze em homenagem ao médium Chico Xavier. Foi criada pela artista plástica Vânia Braga, nascida em Pedro Leopoldo, que fez a peça em tamanho natural. A estátua foi colocada na praça Rui Barbosa, retratando Chico sentado num banco. A intenção, segundo Vânia, é homenagear o “mineiro do século” sendo considerado o maior brasileiro de todos os tempos. A cidade recebeu ainda a locomotiva Maria fumaça restaurada, datada de 1910, a mesma que trouxe o Chico para Uberaba.

Fonte: febnet.org.br