sábado, 30 de janeiro de 2021

Viver Jesus... a única alternativa

 


Meus filhos,


Já não vos digo amanhã. O Evangelho do Senhor conclama-nos: Eia, agora!

Agora é o santo momento de ajudar.

Arregacemos as mangas da camisa da alma e sirvamos, sem cansaço, sem fastio.

Assumimos um compromisso, antes do berço, que é o de restaurar, na Terra sofrida, o Reino dos Céus, conforme preconizado por Jesus.

Muitas vezes, em nosso passado, fizemos parte dos heróis da Era Nova, sem que tivéssemos tido forças para porfiar até o fim e debandamos.

Volvemos, mais de uma vez, à Seara libertadora e, por razões do egoísmo e da insânia que nos atrelavam a um instinto perverso, falhamos em nossos compromissos iluminativos.

Ouvimos o verbo quente e doce do pobrezinho de Assis, encaminhando-nos a Jesus e, tão logo ele retornou ao Reino, edificamos monumentos de pedras adornados de ouro, longe dos leprosos de Rivotorto e dos pobrezinhos a quem ele tanto amava, traindo-lhe a confiança.

Com Allan Kardec aprendemos o amor racional e deslumbramo-nos com a Doutrina firmada na Ciência e na Razão.

A nossa atitude não pode ser decepcionante. Temos compromisso com a Verdade, de cujo conteúdo conseguimos insculpir, no íntimo, algumas das expressões mais belas.

Outra alternativa não existe senão, meus filhos, viver Jesus, neste momento de Mamon, neste momento de loucura e de constrições perturbadoras.

Nós, os Espíritos espíritas, que mourejamos na seara da Revelação Kardequiana, estamos de pé, como vós outros, para juntos entoarmos o hino de exaltação à vida, enquanto as mãos operam na caridade que dignifica através do amor que santifica as vidas.

Prossegui! Mantende-vos coerentes com as lições que vos empolgam a alma e deixai que o Senhor da vida vos conduza, com segurança, ao sublime destino da plenitude.

São os nossos votos.

Vossos amigos espirituais, que me fizeram intérprete do seu pensamento, afagam-vos com delicadeza e afetividade.

Ide em paz! Tomai da charrua e porfiai com abnegação!

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

 Bezerra

 Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, 27/12/2009, na sede da Federação Espírita do Paraná. Fonte: www.divaldofranco.com.br

Oração e atenção

 

Oraste, pediste.

Desfaze-te, porém, de quaisquer inquietações e asserena-te para recolher as respostas da Divina Providência.

Desnecessário aguardar demonstrações espetaculosas para que te certifiques quanto às indicações do Alto.

Qual ocorre ao Sol que não precisa descer ao campo para atender ao talo de erva que lhe roga calor, de vez que lhe basta, para isso, a mobilização dos próprios raios, Deus conta com milhões de mensageiros que lhe executam os Excelsos Desígnios.

Ora e pede.

Em seguida, presta atenção.

Algo virá por alguém ou por intermédio de alguma coisa doando-te, na essência, as informações ou os avisos que solicites.

Em muitas circunstâncias, a advertência ou o conselho, a frase orientadora ou a palavra de bênção te alcançarão a alma, no verbo de um amigo, na página de um livro, numa nota singela de imprensa e até mesmo num simples cartaz que te cruze o caminho.

Mais que isso. As respostas do Senhor às tuas necessidades e petições, muitas vezes, te buscam, através dos próprios sentimentos a te subirem do coração ao cérebro ou dos próprios raciocínios a te descerem do cérebro ao coração.

Deus responde sempre, seja pelas vozes da estrada, pela pregação ou pelo esclarecimento da tua casa de fé, no diálogo com pessoa que se te afigura providencial para a troca de confidências, nas palavras escritas, nas mensagens inarticuladas da Natureza, nas emoções que te desabrocham da alma ou nas ideias imprevistas que te fulgem no pensamento, a te convidarem o Espírito para a observância do Bem Eterno.

O próprio Jesus, o Mensageiro Divino por excelência, guiou-nos à procura do Amor Supremo, quando nos ensinou a suplicar: “Pai Nosso, que estás no Céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos Céus…”

E, dando ênfase ao problema da atenção, recomendou-nos escolher um lugar íntimo para o serviço da prece, enquanto ele mesmo demandava a solidão para comungar com a Infinita Sabedoria.

Recordemos o Divino Mestre e estejamos convencidos de que Deus nos atende constantemente; imprescindível, entretanto, fazer silêncio no mundo de nós mesmos, esquecendo exigências e desejos, não só para ouvirmos as respostas de Deus, mas também a fim de aceitá-las, reconhecendo que as respostas do Alto são sempre em nosso favor, conquanto, às vezes, de momento, pareçam contra nós.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro coragem, capítulo 24

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Respostas do Alto


“E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?” — Jesus (Lucas, 11:11)

 

Nos círculos da fé, encontramos diversos corações extenuados e desiludidos. Referem-se à oração, à maneira de doentes desenganados quanto à eficácia do remédio, alegando que não recebem respostas do Alto.

Entretanto, a meditação mais profunda lhes conferiria mais elevada noção dos Divinos Desígnios, entendendo, enfim, que o Senhor jamais oferece pedras ao filho que pede pão.

Nem sempre é possível compreender, de pronto, a resposta celeste em nosso caminho de luta, no entanto, nunca é demais refletir para perceber com sabedoria.

Em muitas ocasiões, a contrariedade amarga é aviso benéfico e a doença é recurso de salvação.

Não poucas vezes, as flores da compaixão do Cristo visitam a criatura em forma de espinhos e, em muitas circunstâncias da experiência terrestre, as bênçãos da medicina celestial se transformam temporariamente em feridas santificantes.

Em muitas fases da luta, o Senhor decreta a cassação de tempo ao círculo do servidor, para que ele não encha os dias com a repetição de graves delitos e, não raro, dá-lhe fealdade ao corpo físico para que sua alma se ilumine e progrida.

Se a paternidade terrena, imperfeita e deficiente, vela em favor dos filhos, que dizer da Paternidade de Deus, que sustenta o Universo ao preço de inesgotável amor?

O Todo-Compassivo nunca atira pedras às mãos súplices que lhe rogam auxílio.

Se te demoras, pois, no seio das inibições provisórias, permanece convicto de que todos os impedimentos e dores te foram concedidos por respostas do Alto aos teus pedidos de socorro, amparo e lição, com vistas à vida eterna.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 166 

sábado, 23 de janeiro de 2021

Além da Tela - Feb


 

Deveres espíritas - O grande Mandamento

 


“Chegou um dos escribas e, tendo ouvido a discussão e vendo que Jesus lhes havia respondido bem, fez-lhe esta pergunta: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O primeiro é; Ouve, ó Israel: O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só; e amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes. Disse-lhe o escriba: Na verdade, Mestre, disseste bem que Ele é um; e não há outro senão Ele; e que o amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios. Vendo Jesus que ele havia falado sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E ninguém mais ousava interrogá-lo.” 

(Marcos, XII, 28-34)

Três são os deveres indispensáveis à criatura humana: 1° para com Deus; 2° para consigo mesmo; 3° para com seu próximo. Nisto resumiu Jesus a lei e os Profetas.

Sendo Deus o autor de nossa existência, o nosso verdadeiro Pai, devemos dedicar, primeiramente a Deus, todos os nossos haveres, a nossa própria Vida.

Os deveres do homem estão em relação com o seu grau de adiantamento, com as suas aptidões físicas, intelectuais e psíquicas.

Ninguém pode dar senão o que tem, mas é fora de dúvida que devemos dar a Deus tudo o que temos. E como os haveres que dedicamos a Deus são retribuídos com centuplicados juros, cumpre-nos aproveitar todas essas dádivas para proveito próprio e em proveito do próximo.

É do cumprimento desses deveres que começa a felicidade.

Satisfeitos os deveres que temos para com Deus, ocorre-nos tratar daqueles que se relacionam com a nossa própria individualidade. É claro que essas obrigações são de natureza material, intelectual e espiritual.

O homem veio à Terra para progredir e esse progresso depende do bom emprego que faça do tempo para zelar do seu corpo, proporcionando-lhe a natural manutenção, e cultivar o espírito, oferecendo-lhe luzes: luzes de Vida Eterna; luzes de sabedoria verdadeira; luzes de moral perfeita.

O corpo é um intermediário para as recepções e manifestações exteriores; é preciso que o tratemos e nos utilizemos dele como quem trata e se utiliza de uma máquina para executar o trabalho de que está encarregado.

O Espiritismo abrange a parte material e a parte psíquica do indivíduo; exige tratamento do corpo e cultivo do Espírito, sem detrimento um do outro.

Pela mesma maneira nos cumpre fazer para com o nosso próximo.

Próximo é aquele que se aproxima de nós, seja em corpo, seja em Espírito:

Há próximos que estão longe de nós e próximos que estão perto.

Na esfera do Espírito prevalece a lei da similaridade. No terreno da matéria a lei da atração.

Os principais próximos são os que nos estão ligados pela lei da afinidade psíquica.

Os próximos secundários são os que se valem de nós para suprir a sua necessidade; necessidade de ordem material ou de ordem espiritual, porque os nossos deveres para com o próximo, para com nós mesmos e para com Deus são de ordem material e espiritual.

O homem que cumpre o seu dever, a nada mais fica obrigado. Quando o homem faz o que pode, Deus faz por ele o que ele por si mesmo não pode fazer.

Feliz daquele que faz tudo o que pode e deve fazer, pois esse é o bom emprego do talento para aquisição de outros tantos talentos.

Três são os deveres indispensáveis do homem: para com Deus, para consigo mesmo, para com o seu próximo.

O preceito é este: ama a Deus; ama a ti mesmo; ama ao teu próximo; instrui-te e procura instruir teu próximo. Faze tudo isso de todo o teu entendimento, de todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças.

Não há outro mandamento.

Caibar Schutel – Livro: Parábolas e ensinos de Jesus

Assim como

 

“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” Jesus (João, 20:21)

 

Todo cristão sincero sabe como o Senhor Supremo enviou à Terra o Embaixador Divino.

Fê-lo nascer na manjedoura singela.

Deu-lhe trabalho construtivo na infância.

Conferiu-lhe deveres pesados, na preparação, com prece e jejum no deserto.

Inspirou-lhe vida frugal e simples.

Não lhe permitiu o estacionamento em alegrias artificiais.

Conduziu-o ao serviço ativo no bem de todos. Inclinou-lhe o coração para os doentes e necessitados.

Enviou-o ao círculo de pecadores contumazes. Induziu-o a banquetear-se com pessoas consideradas de má vida, para que o seu amor não fosse uma joia de luxo e sim o clima abençoado para a salvação de muitos.

Fê-lo ensinar o bem e praticá-lo entre os paralíticos e cegos, leprosos e loucos, de modo a beneficiá-los.

E, ao término de sua missão sublime, deu-lhe a morte na cruz, entre ladrões, com o abandono dos amigos, sob perseguição e desprezo, para que as criaturas aprendessem o processo de sacrifício pessoal, como garantia de felicidade, a caminho da ressurreição do homem interior na vida eterna.

Foi assim que o Supremo Pai enviou à Terra o Filho Divino e, nesse padrão, podemos entender o que Jesus desejava dizer quando asseverou que expediria mensageiros ao mundo nas mesmas normas.

Assim, pois, o cristão que aspira a movimentar-se entre facilidades terrestres, certamente ainda não acordou para a verdade.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 165