Meus filhos,
Não me perguntem por aquilo que mais
desejo.
Agradeço as flores e as lembranças
preciosas, entretanto, se algo posso pedir, rogo a vocês para serem retos e
bons.
Ouço-lhes, aflita, as palavras de
cansaço e desilusão! Vocês falam em tédio e angústia, desânimo e desconforto
como se o trabalho não mais nos favorecesse!
Ah! meus filhos, Deus colocou vocês em
meu carinho, como alcocheta as flores na erva, mas pergunto a mim mesma se
terei falhado na devoção com que os recebi....
Desculpem-me se não lhes dei ternura
bastante a fim de que se desenvolvessem para a alegria do mundo que nos cabe
servir...
Às vezes, suponho que, ao beijá-los,
como sendo as criaturas melhores da Terra, talvez não lhes tenha feito notar
que os filhos das outras mães são também tutelados da Providência Divina!
Perdoem-me se não lhes inclinei o
sentimento ao dever e à fraternidade, mas creiam que as lágrimas me sulcaram o
rosto e as aflições me alvejaram os cabelos de tanto pousar no modo certo de
fazê-los felizes.
Perdoem-me se não pude arrancar a
minha alma do corpo a fim de doar-lhes coragem e paciência!
Mas se é verdade que sou fraca, temos
o Céu por nós.
Vocês querem que eu tenha o meu dia…
Sim, filhos do meu coração, espero por vocês, de braços abertos, a fim de
orarmos juntos, rogando a Deus nos reúna em seu Infinito Amor, para que o Dia
das Mães, em toda parte, seja o Dia da Bênção.
Meimei /Chico Xavier – Livro: Família