Confira nesta edição:
- Na cultura da paz
- Ante o Evangelho: Injúrias e violências
- Poema: Trilogia da paz
- Autolibertação: Fonte Viva
- Súplica
https://mailchi.mp/d56b02097b17/na-cultura-da-paz
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Em Mateus (5:9) consta a seguinte afirmativa de
Jesus, parte integrante do Sermão da Montanha (Mt 5:1-12): Bem-aventurados os pacificadores, porque eles
serão chamados filhos de Deus. É importante penetrarmos na essência dos
ensinamentos do Cristo, pois, nem sempre os que promovem a paz conseguem,
efetivamente, semear a paz. Os primeiros restringem-se ao discurso, à simples
intenção, os segundos põem em prática ações que conduzem à paz, individual e
coletiva. Falar sobre a paz já é um passo, mas o melhor é vivenciá-la. Assim,
os pacificadores não são “[…] somente os dotados de natureza pacífica, nem os
que aceitam a paz sem protesto ou que preferem a paz ao desacordo, nem os que
têm paz na alma, com Deus, como explicou Agostinho, e nem os que amam a paz
[…], mas aqueles que promovem ativamente a paz e procuram estabelecer a
harmonia entre inimigos. […]. ¹
A vivência da paz é processo de aprendizagem
gradual, em que se procura unir a teoria à prática. Somente assim, pelo
exercício cotidiano da cultura da paz, a
alma humana aprende a se desprender das ilusões geradas pelo sentimento de
posse (bens materiais e/ou pessoas), tão estimulados pela sociedade hedonista,
que considera apenas “o aqui e o agora”, como pondera o Espírito Amélia Rodrigues: “Os tortuosos caminhos da
existência humana, do ponto de vista social e tradicional, caracterizam-se pela
ambição em favor do poder temporal, do destaque no grupo, da glória rápida, da
disputa incessante pelos bens que fascinam e não preenchem os abismos das necessidades emocionais, nem
as aspirações de paz interior e de saúde integral. […]. ²
A mensagem do Cristo, consubstanciada em seu
Evangelho, tem o poder de despertar o homem da hipnose que ele se encontra
mergulhado há milênios, geradora de choques e entrechoques de entendimentos,
alguns de grande magnitude, como as guerras. A benfeitora espiritual continua
em suas ponderações:
Numa sociedade imediatista, assinalada pela
hipocrisia e pela audácia do poder temporal, seria temeridade inverter a ordem
conceitual a respeito de quem merece amor e é digno de ser considerado como
bem-aventurado.
As multidões que O ouviram permaneceram
inebriadas, porque, além de Ele haver exalçado a humildade, a pobreza em
espírito, a fidelidade, o apoio à Justiça e à Verdade, também propusera o novo
código que deveria viger no porvir da Humanidade.
O amor deveria ocupar lugar de destaque nos
códigos do futuro, mas não o amor interesseiro e servil, ou o direcionado
àqueles que o merecem e retribuem com afeição correspondente, mas sim, quando
oferecido aos que se fizeram difíceis de ser amados, aos ingratos, aos
egoístas, porque esses são realmente os necessitados do sentimento libertador,
embora não se deem conta disso. 3
Os pacificadores são assim denominados porque
pregam e cultivam a paz entre os homens como norma de vida. Somente assim serão
chamados filhos de Deus, consoante a declaração do Mestre Nazareno (Mt 5:9). Os
pacificadores são filhos de Deus porque cumprem naturalmente os desígnios
divinos, sem desânimos, revoltas ou sentimentos negativos. Esforçam-se para pôr
em prática a Lei de Amor expressa na vivência da caridade, cujo verdadeiro
sentido, tal como Jesus entendia, é assim ensinada pelos Espíritos orientadores:
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros,
perdão às ofensas”.4
Emmanuel sugere como podemos desenvolver a
cultura da paz, transformando-nos em pessoas pacificadoras e bem-aventuradas:
Na
cultura da paz5
“Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. — Jesus (Mateus,
5:9)
Na cultura da paz, saibamos sempre:
Respeitar as opiniões alheias como desejamos seja mantido o
respeito dos outros para com as nossas;
Colocar-nos na posição dos companheiros em dificuldades, a fim
de que lhes saibamos ser úteis;
Calar referências impróprias ou destrutivas;
Reconhecer que as nossas dores e provações não são diferentes
daquelas que visitam o coração do próximo;
Consagrar-nos ao cumprimento das próprias obrigações;
Fazer de cada ocasião a melhor oportunidade de cooperar em
benefício dos semelhantes;
Melhorar-nos, através do trabalho e do estudo, seja onde for;
Cultivar o prazer de servir;
Semear o amor, por toda parte, entre amigos e inimigos;
Jamais duvidar da vitória do bem.
Buscando a consideração de pacificadores, guardemos a certeza de
que a paz verdadeira não surge, espontânea, uma vez que é e será sempre fruto
do esforço de cada um.
REFERÊNCIAS:
1. CHAMPLIN, Russel
Norman. O novo testamento interpretado versículo por versículo. Vol. 1.
(Mateus/Marcos). Nova ed. Rev. São Paulo: Hagnos, 2015, v. 1, it. 5:9 – Os
pacificadores -, p. 305.
2. FRANCO, Divaldo
Pereira. A mensagem do amor imortal. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. 2 ed. Salvador: LEAL, 2015 Cap. 16,
p. 114.
3. ________. Cap. 6,
p.41-42.
4. KARDEC, Allan. O
livro dos espíritos. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed. 10. imp. Brasília: FEB,
2021. Questão 886, p. 379.
5. XAVIER, Francisco
Cândido. Ceifa de luz. Pelo Espírito Emmanuel. ed. 10. imp. Brasília: FEB,
2019. Cap. 54, p.175-176.
Colunista Marta Antunes de Moura
Fonte: febnet.org.br
“Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele”. Paulo (I Timóteo, 6:7)
Se desejas emancipar a
alma das grilhetas escuras do “eu”, começa o teu curso de autolibertação, aprendendo
a viver “como possuindo tudo e nada tendo”, “com todos e sem ninguém”.
Se chegaste à Terra na
condição de um peregrino necessitado de aconchego e socorro e se sabes; que te
retirarás dela sozinho, resigna-te a viver contigo mesmo, servindo a todos, em
favor do teu crescimento espiritual para a imortalidade.
Lembra-te de que, por
força das leis que governam os destinos, cada criatura está ou estará em
solidão, a seu modo, adquirindo a ciência da autossuperação.
Consagra-te ao bem, não
só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de tudo, por amor ao próprio bem.
Realmente grande é
aquele que conhece a própria pequenez, ante a vida infinita.
Não te imponhas,
deliberadamente, afugentando a simpatia; não dispensarás o concurso alheio na
execução de tua tarefa.
Jamais suponhas que a
tua dor seja maior que a do vizinho ou que as situações do teu agrado sejam as
que devam agradar aos que te seguem. Aquilo que te encoraja pode espantar a
muitos e o material de tua alegria pode ser um veneno para teu irmão.
Sobretudo, combate a
tendência ao melindre pessoal com a mesma persistência empregada no serviço de
higiene do leito em que repousas. Muita ofensa registrada é peso inútil ao
coração. Guardar o sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que
cultivar espinhos alheios em nossa casa?
Desanuvia a mente, cada
manhã, e segue para diante, na certeza de que acertaremos as nossas contas com
Quem nos emprestou a vida e não com os homens que a malbaratam.
Deixa que a realidade te
auxilie a visão e encontrarás a divina felicidade do anjo anônimo, que se
confunde na glória do bem comum.
Aprende a ser só, para
seres mais livre no desempenho do dever que te une a todos, e, de pensamento
voltado para o Amigo Celeste, que esposou o caminho estreito da cruz, não nos
esqueçamos da advertência de Paulo, quando nos diz que, com alusão a quaisquer
patrimônios de ordem material, "nada trouxemos para este mundo e manifesto
é que nada podemos levar dele".
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 047
Pai, acende a tua divina
luz em torno de todos aqueles que olvidaram a bênção nas sombras da caminhada
terrestre.
Ampara aos que
esqueceram de repartir o pão que lhes sobra na mesa farta.
Auxilia aos que não se
envergonham de ostentar felicidade ao lado da penúria e do infortúnio.
Socorre aos que não se
lembram de agradecer aos benfeitores que lhes apoiam a vida.
Compadece-te daqueles
que dormiram nos pesadelos da delinquência, transmitindo herança dolorosa aos
que iniciam a jornada humana.
Levanta os que olvidaram
a abnegação no serviço ao próximo.
Apieda-te do sábio que
ocultou a inteligência entre as quatro paredes do paraíso doméstico.
Desperta os que sonham
com o domínio do mundo, desconhecendo que a existência no corpo físico é
simples minuto entre o berço e o túmulo, à frente da imortalidade.
Ergue os que caíram
vencidos pelo excesso de conforto material.
Corrige os que espalham
a tristeza e o pessimismo.
Perdoa aos que recusaram
a oportunidade de pacificação e marcham disseminando a revolta e a
indisciplina.
Intervém a favor de
todos os que se acreditam detentores de fantasioso poder e supõe loucamente
absorver os juízos, condenando os próprios irmãos.
Acorda as almas
distraídas que envenenam o caminho alheio, com a agressão espiritual dos gestos
intempestivos.
Estende paternas mãos a
todos os que olvidaram a sentença da morte renovadora da vida que a tua lei
lhes gravou no corpo precário.
Esclarece aos que se
perderam nas sombras do ódio e da vingança, da ambição desregrada e da
impiedade fria, que se acreditam poderosos e livres quando não passam de
escravos dignos de compaixão diante de teus desígnios.
Eles todos, Pai, qual já
sucedeu a tantos de nós, são delinquentes que escapam aos tribunais da Terra,
mas estão assinalados por tua justiça soberana e perfeita, por atos lamentáveis
de deserção e indiferença, perante o Infinito Bem.
Assim seja.
André Luiz / Chico Xavier – Livro: Apostilas da vida
Aconteceu a I prática da juventude do Centro Espírita Joseph Gleber sobre o tema caridade. A ação foi desenvolvida com o Grupo " Obreiros da luz" onde os jovens puderam auxiliar na preparação dos alimentos e na distribuição das marmitas aos moradores de rua.
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Francisco Cândido Xavier nasceu no dia 02 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, em uma família humilde com nove irmãos.
Uma das personalidades mais lembradas e
admiradas no país foi considerado o maior e mais importante médium do mundo.
Psicografou mais de 450 livros com mais de 50 milhões de exemplares vendidos em
português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, francês,
alemão, italiano, entre outros idiomas, tornando-se o escritor brasileiro de
maior sucesso comercial da história.
Mediunidade
de Chico Xavier
Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria
se manifestado em tenra idade, quando ele dizia ver e ouvir os espíritos. Na
escola, sentia a presença desses amigos auxiliando-o nas tarefas habituais.
Embora receoso de ser rotulado de louco por conversar com os espíritos
desencarnados, não sabia explicar como os fenômenos aconteciam.
Em 07 de maio de 1927, aos 17 anos, participou
de sua primeira reunião espírita. No dia 08 de julho iniciou o seu trabalho de
psicografias, recebendo muitas poesias e mensagens publicadas em jornais e
revistas. Até que em 1931, teve seu primeiro encontro com Emmanuel, que deu-lhe
algumas orientações básicas para o trabalho que deveria iniciar.
Chico mudou para Uberaba em 1959, ano em que
iniciou suas atividades mediúnicas em reunião pública na Comunhão Espírita
Cristã, começando daí em diante a peregrinação das visitas de alguns lares
carentes aos sábados, transformando a cidade em um polo de atração de inúmeros
visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior.
O primeiro livro “Parnaso de Além-Túmulo”,
publicado pela FEB, fora lançado no ano de 1932, com a participação de vários
espíritos e, em 1943, veio a público um dos livros mais populares da literatura
espírita, o romance Nosso Lar, o mais vendido da série André Luiz com mais de dois
milhões de exemplares, tornando-se filme em 2010.
Maior
audiência da história
Em 1970, o médium participou de programas de
televisão que alcançaram picos de audiência. No dia 28 de julho de 1971, Chico
concedeu entrevista ao programa Pinga Fogo da extinta TV Tupi, onde conseguiu a
maior audiência da história da TV brasileira, ao relatar de forma clara e segura
as verdades do mundo espiritual.
Citações
de Chico Xavier:
Que
a força do bem nos proteja
Que a força do bem nos proteja, nos guie e,
sobretudo, mantenha intacta a nossa capacidade de acreditar no próximo e se
encantar com tudo aquilo que ainda pode florescer diante de nós.
Remédio
para todos os males
Discutir não alimenta. Reclamar não resolve.
Revolta não auxilia. Desespero não ilumina. Tristeza não leva a nada. Lágrimas
não substituem suor. Irritação intoxica. Calúnia responde sempre com o pior.
Para todos os males, só existe um medicamento de eficiência comprovada:
continuar na paz, compreendendo, ajudando, aguardando o concurso sábio do
tempo, na certeza de que o que não for bom para os outros não será bom para
nós.
Conta
com Deus
Não te queixes. Trabalha. Não te desculpes.
Aceita. Não te lastimes. Age. Não provoques. Silencia. Não acuses. Ampara. Não
te irrites. Desculpa. Não grites. Pondera e explica. Não reclames. Coopera. Não
condenes. Socorre. Não perturbes. Espera. Nada exija dos outros. Conta sempre
com Deus.
Não
sou um espírito triste
Às vezes eu fico triste, mas graças a Deus, não
sou um espírito triste. A alegria passa por cima de qualquer situação e o bom
humor nos ensina a não dar aos acontecimentos infelizes maior importância que
eles tenham.
Os centros espíritas fundados por Chico Xavier, “Casa da Prece”
e “Comunhão Espírita Cristã” em Uberaba e “Centro Espírita Luiz Gonzaga” em
Pedro Leopoldo, continuam funcionando e realizando muitas assistências de
caridade.
“Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-se”. (Mateus, 27:42)
Sim, ele redimira a
muitos...
Estendera o amor e a
verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos.
Entretanto, para ele
mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.
Em verdade, para quem se
exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a
própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme...
Era o Príncipe da Paz e
achava-se vencido pela guerra dos interesses inferiores.
Era o Salvador e não se
salvava.
Era o Justo e padecia a
suprema injustiça.
Jazia o Senhor flagelado
e vencido.
Para o consenso humano
era a extrema perda.
Caíra, todavia, na cruz.
Sangrando, mas de pé.
Supliciado, mas de
braços abertos.
Relegado ao sofrimento,
mas suspenso da Terra.
Rodeado de ódio e
sarcasmo, mas de coração içado ao Amor.
Tombara, vilipendiado e
esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina.
Pendera-lhe a fronte, empastada de sangue, no madeiro, e ressurgia, à luz do
sol, ao hálito de um jardim.
Convertia-se a derrota
escura em vitória resplandecente. Cobria-se o lenho afrontoso de claridades
celestiais para a Terra inteira.
Assim também ocorre no
círculo de nossas vidas.
Não tropeces no fácil
triunfo ou na auréola barata dos crucificadores. Toda vez que as circunstâncias
te compelirem a modificar o roteiro da própria vida, prefere o sacrifício de ti
mesmo, transformando a tua dor em auxílio para muitos, porque todos aqueles que
recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna
ressurreição.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 046
Nosso Divino Mestre e
Senhor!
Nós Te agradecemos a
bendita oportunidade do reencontro nesta Casa de Amor e Luz, de Paz e
Fraternidade que Te pertence!
Não temos palavras, para
dizer aos amigos, a emoção que nos envolve, nos recessos do espírito. Por isso
mesmo, nós Te pedimos licença para a nossa gratidão a todos, com a prece que
nos permites endereçar-Te, rogando o amparo e a bênção para cada um de nós!
Senhor! Nesta hora em
que todos procuramos um caminho de paz e amor para viver e conviver e também
para sobreviver às nossas próprias dificuldades, nós Te rogamos apoio.
Rogamos, Amado Jesus,
que nos abençoe e conserve-nos a fé viva em ti. Não nos deixes o coração
tresmalhado nas vacilações do caminho terrestre ou na agressividade exagerada que
tantas vezes nos surpreendem depois da infância e da adolescência, nas quais aprendemos
a pedir-te a bênção no colo de nossas mães!
Disseste-nos que aqueles
que não se fizerem crianças não serão dignos do Reino de Deus.
Faze-nos, pois, simples
de coração! Ajuda-nos a considerar que precisamos trabalhar uns pelos outros.
Que todos somos chamados para nos tolerarmos reciprocamente em nossas dificuldades
e problemas, a fim de que a nossa vida possa produzir paz, luz, amor, e alegria,
no progresso a que estamos destinados por Ti em nome do nosso Pai Supremo!
Ampara-nos! Que nossos
templos dedicados à Tua memória, seja qual for a faixa de conhecimento e
veneração em que nos expressemos, sejam preservados, agora e no futuro, a fim
de que, por eles e com eles, venhamos a construir na Terra a nossa felicidade
imortal.
Chico Xavier – Livro: A Terra e o semeador
Prece proferida após entrevista concedida a Sra. Guiomar Albanesi, por ocasião de sua visita ao Centro Espírita Perseverança, São Paulo, Capital, em Outubro de 1974