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Mais Luz - Edição 577 - 08/05/2022
Confira em mais uma edição do Mais Luz:
- No dia das mães, falamos com os filhos
- Ante o Evangelho: Piedade filial
- Poema: Mãe e filho
- Sepulcros abertos – Lição 51 – Fonte Viva
- Prece à Mãe Santíssima
https://mailchi.mp/4f54bceb4728/no-dia-das-mes-falamos-com-os-filhos
No dia das mães, falamos com os filhos
As evocações deste mês de maio enaltecem a
figura sempre veneranda das mães. No que pese o dia de homenagens a elas ter
sido convertido em fins comerciais, nós podemos transcender essa conotação e
esse apelo comercial e reconhecermos a importância do dia, pura e simplesmente,
como na origem da sua instituição e podemos dar vazão à nossa ternura represada
no íntimo, por timidez ou por falta de desatar certos nós conflitantes, que
constrangem a nossa expansão de sentimentos nobres, e dizermos a ela de nossa
gratidão.
Se ela estiver ao nosso lado, na vida física
ainda, a hora é de lhe falarmos, de viva voz, do nosso reconhecimento e do
nosso amor.
Se ela já tiver partido para a pátria
espiritual, busquemos envolvê-la com nossas melhores vibrações de carinho,
levando-lhe os bons e alegres pensamentos, em reconhecimento por quem nos deu o
berço, o nome e os braços, sustentando-nos os passos e orientando-nos para a
vida.
Se, pelas injunções da existência, porventura
não a tenhamos conhecido, nem por isso deixa ela de existir e de guardar no
coração os laços que nos unem diante da eternidade. Peçamos a Deus por ela, com
unção, e lhe enderecemos nosso bem querer. No entanto, não deixemos de
agradecer também, nesse caso, àquela ou àqueles que, por misericórdia divina,
cumpriram o papel de mãe, pois que também o são, com todas as letras,
sentimentos e significados que a palavra mãe expressa.
Toda a gratidão sequer retribuirá a fortuna da
oportunidade fruída através do renascimento carnal.
O carinho e respeito contínuos não representarão
oferenda compatível com a amorosa assistência recebida desde antes do berço.
A delicadeza e a afeição não corresponderão à
grandeza dos gestos de sacrifício e da abnegação demoradamente recebidos…
Os
filhos têm deveres intransferíveis para com os pais, instrumentos de Deus para
o trâmite da experiência carnal, mediante a qual o Espírito adquire patrimônios
superiores, resgata insucessos e comprometimentos perturbadores.1
Recordemo-nos dos importantes ensinamentos sobre
o mandamento “Honrai a vosso pai e a vossa mãe”, que nos são trazidos por Allan
Kardec, e que são muito próprios para nossas reflexões do momento, pontuando
ângulos que nem sempre nossos olhos veem:
O
mandamento: “Honrai a vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de
caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que
não ama a seu pai e a sua mãe; mas, o termo honrai encerra um dever a mais para
com eles: o da piedade filial. Quis Deus mostrar por essa forma que ao amor se
devem juntar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que
envolve a obrigação de cumprir-se para com eles, de modo ainda mais rigoroso,
tudo o que a caridade ordena relativamente ao próximo em geral!
Honrar
a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também
assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los
de cuidados como eles fizeram conosco, na infância.
Sobretudo
para com os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade filial.
Obedecem a esse mandamento os que julgam fazer grande coisa porque dão a seus
pais o estritamente necessário para não morrerem de fome, enquanto eles de nada
se privam, atirando-os para os cômodos mais ínfimos da casa, apenas por não os
deixarem na rua, reservando para si o que há de melhor, de mais confortável?
Não,
os filhos não devem a seus pais pobres só o estritamente necessário, devem-lhes
também, na medida do que puderem, os pequenos nadas supérfluos, as solicitudes,
os cuidados amáveis, que são apenas o juro do que receberam, o pagamento de uma
dívida sagrada.
Ai,
pois, daquele que olvida o que deve aos que o ampararam em sua fraqueza, que
com a vida material lhe deram a vida moral, que muitas vezes se impuseram duras
privações para lhe garantir o bem-estar. Ai do ingrato…
A
ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações
honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais
odioso.2
Falando aos filhos, nesse dia das mães, também o
fazemos com as palavras da veneranda Benfeitora Espiritual, Joanna de Ângelis:
Não
adies o momento de dizer à tua Mãe o quanto a amas, como dela dependes, o tanto
que a necessitas.
Se
deixas para fazê-lo depois, pode suceder que, ao intentares, seja tarde, muito
tarde para que o logres.
Fala-lhe
hoje sobre a tua imensa ternura e gratidão, envolvendo-a em bênçãos de amor
filial.
Ela
sorrirá, e, na explosão de júbilo de que se verá possuída, verterá transparente
cortina líquida de emoção, falando-te, trêmula e ditosa:
–
Meu filho, meu filho, tu me honras em demasia e eu reconheço não o merecer,
porquanto sou apenas tua Mãe. 3
1FRANCO, Divaldo P. Leis
morais da vida. Joanna de Ângelis, cap. 17.
2KARDEC, Allan. O
evangelho segundo o Espiritismo. Cap. XIV, itens 3 e 9.
3 FRANCO, Divaldo P.
Otimismo. Joanna de Ângelis, cap. 59.
Editorial do Jornal
Mundo Espírita – maio/2013
Fonte: mundoespírita.com.br
Sepulcros abertos
“A sua garganta é um sepulcro aberto”. Paulo (Romanos, 3:13)
Reportando-se aos
espíritos transviados da luz, asseverou Paulo que têm a garganta semelhante a sepulcro
aberto e, nessa imagem, podemos emoldurar muitos companheiros, quando se
afastam da Estrada Real do Evangelho para os trilhos escabrosos do personalismo
delinquente.
Logo se instalam no
império escuro do "eu", olvidando as obrigações que nos situam no
Reino Divino da Universalidade, transfigura-se-lhes a garganta em verdadeiro
túmulo descerrado. Deixam escapar todo o fel envenenado que lhes transborda do
íntimo, à maneira dum vaso de lodo, e passam a sintonizar, exclusivamente, com
os males que ainda apoquentam vizinhos, amigos e companheiros.
Enxergam apenas os
defeitos, os pontos frágeis e as zonas enfermiças das pessoas de boa vontade que
lhes partilham a marcha.
Tecem longos comentários
no exame de úlceras alheias, ao invés de curá-las.
Eliminam precioso tempo
em palestras compridas e ferinas, enegrecendo as intenções dos outros.
Sobrecarregam a
imaginação de quadros deprimentes, nos domínios da suspeita e da intemperança
mental.
Sobretudo, queixam-se de
tudo e de todos.
Projetam emanações
entorpecentes de má fé, estendendo o desânimo e a desconfiança contra a
prosperidade da santificação, por onde passam, crestando as flores da esperança
e aniquilando os frutos imaturos da caridade.
Semelhantes aprendizes,
profundamente desventurados pela conduta a que se acolhem, afiguram-se-nos, de
fato, sepulcros abertos...
Exalam ruínas e tóxicos
de morte.
Quando te desviares,
pois, para o resvaladiço terreno das lamentações e das acusações, quase sempre
indébitas, reconsidera os teus passos espirituais e recorda que a nossa
garganta deve ser consagrada ao bem, pois só assim se expressará, por ela, o
verbo sublime do Senhor.