sexta-feira, 8 de julho de 2022

Esmola

 “Dai antes esmola do que tiverdes”. Jesus (Lucas, 11:41)

 

A palavra do Senhor está sempre estruturada em luminosa beleza que não podemos perder de vista.

No capítulo da esmola, a recomendação do Mestre, dentro da narrativa de Lucas, merece apontamentos especiais.

"Dai antes esmola do que tiverdes."

Dar o que temos é diferente de dar o que detemos.

A caridade é sublime em todos os aspectos sob os quais se nos revele e em circunstância alguma devemos esquecer a abnegação admirável daqueles que distribuem pão e agasalho, remédio e socorro para o corpo, aprendendo a solidariedade e ensinando-a.

É justo, porém, salientar que a fortuna ou a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem.

O Dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou as necessidades de cada um.

Não olvidemos, assim, as doações de nossa esfera íntima e perguntemos a nós mesmos:

Que temos de nós próprios para dar?

Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros?

Que reações provocamos no próximo?

Que distribuímos com os nossos companheiros de luta diária?

Qual é o estoque de nossos sentimentos?

Que tipo de vibrações espalhamos?

Para difundir a bondade, ninguém precisa cultivar riso estridente ou sorrisos baratos, mas, para não darmos pedras de indiferença aos corações famintos de pão da fraternidade, é indispensável amealhar em nosso espírito as reservas da boa compreensão, emitindo o tesouro de amizade e entendimento que o Mestre nos confiou em serviço ao bem de quantos nos rodeiam, perto ou longe.

É sempre reduzida a caridade que alimenta o estômago, mas que não esquece a ofensa, que não se dispõe a servir diretamente ou que não acende luz para a ignorância.

O aviso do Instrutor Divino nas anotações de Lucas significa: — dai esmola de vossa vida íntima, ajudai por vós mesmos, espalhai alegria e bom ânimo, oportunidade de crescimento e elevação com os vossos semelhantes, sede irmãos dedicados ao próximo, porque, em verdade, o amor que se irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva maior de todas.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 060

Prece em desobsessão

 


Deus de Infinita Bondade!

Na supressão dos conflitos, em que nos inimizamos uns com os outros, induze-nos a ver, na condição de perseguidos, se não temos sido perseguidores.

Em colhendo aflições e lágrimas, faze-nos observar se não temos semeado lágrimas e aflições nas estradas alheias.

Ajuda-nos a receber ofensas por medicação que nos cure as enfermidades do Espírito, e a acolher, em nossos adversários, instrumentos da vida, que nos experimentam a capacidade de compreender e servir, conforme os preceitos que Jesus exemplificou.

Não nos deixes, ó Pai de Misericórdia, identificar, nos companheiros menos felizes que nos imponham problemas, senão irmãos com quem necessitamos recompor o próprio caminho, em bases de fraternidade e de paz.

Auxilia-nos a verificar que todo processo de obsessão é compartilhado pela vítima e pelo agressor; leva-nos a reconhecer que unicamente com a luz do bem é que dissiparemos a sombra do mal; e ensina-nos, ó Deus de Infinita Sabedoria, que o amor – e só o amor – é a tua vontade para todas as criaturas, em toda parte e para sempre.

Assim seja.

Albino Teixeira / Chico Xavier – Livro: Paz e Renovação

sábado, 2 de julho de 2022

Mais Luz - Edição 585 - 03/07/2022

 Confira conosco nesta edição:

  • Educação evangélica
  • Ante o Evangelho: Desprendimento dos bens terrenos
  • Poema: A escola – Casimiro Cunha
  • Palavras da vida eterna – Lição 59 – Fonte Viva
  • Oração: Rogativa de apoio - Meimei

 Clique:

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quarta-feira, 29 de junho de 2022

Palestras CEJG - Julho/2022


 

Palavras da vida eterna

 “Tu tens as palavras da vida eterna”. Simão Pedro (João, 6:68)

Rodeiam-te as palavras, em todas as fases da luta e em todos os ângulos do caminho.

Frases respeitáveis que se referem aos teus deveres.

Verbo amigo trazido por dedicações que te reanimam e consolam.

Opiniões acerca de assuntos que te não dizem respeito.

Sugestões de variadas origens.

Preleções valiosas.

Discursos vazios que os teus ouvidos lançam ao vento.

Palavras faladas... palavras escritas...

Dentre as expressões verbalistas articuladas ou silenciosas, junto das quais a tua mente se desenvolve, encontrarás, porém, as palavras da vida eterna.

Guarda teu coração à escuta.

Nascem do amor insondável do Cristo, como a água pura do seio imenso da Terra.

Muitas vezes te manténs despercebido e não lhes assinalas o aviso, o cântico, a lição e a beleza.

Vigia no mundo, isolado de ti mesmo, para que lhes não percas o sabor e a claridade.

Exortam-te a considerar a grandeza de Deus e a viver de conformidade com as Suas Leis.

Referem-se ao Planeta como sendo nosso lar e à Humanidade como sendo a nossa família.

Revelam no amor o laço que nos une a todos.

Indicam no trabalho o nosso roteiro de evolução e aperfeiçoamento.

Descerram os horizontes divinos da vida e ensinam-nos a levantar os olhos para o mais alto e para o mais além.

"Palavras, palavras, palavras..."

Esquece aquelas que te incitam à inutilidade, aproveita quantas te mostram as obrigações justas e te ensinam a engrandecer a existência, mas não olvides as frases que te acordam para a luz e para o bem; elas podem penetrar o nosso coração, através de um amigo, de uma carta, de uma página ou de um livro, mas, no fundo, procedem sempre de Jesus, o Divino Amigo das Criaturas.

Retém contigo as palavras da vida eterna, porque são as santificadoras do espírito, na experiência de cada dia, e, sobretudo, o nosso seguro apoio mental nas horas difíceis das grandes renovações.


Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 059

Rogativa de apoio

 


Senhor!...

Guia-nos ao conhecimento de nós mesmos e ensina-nos a usar as forças que nos deste.

*

Nos dias em que a tristeza nos acene, induze-nos a lembrar as alegrias de que nos enriqueceis, constantemente, a fim de que o desânimo não nos entorpeça a capacidade de trabalhar.

*

Nas ocasiões em que a doença nos visite, revigora-nos a certeza de que, mesmo assim, ser-nos-á possível cultivar a paciência, de modo a encorajar àqueles que nos procurem.

*

Nos momentos em que a fadiga nos ameace, faze-nos empregar a energia da nossa própria vontade, a fim de que possamos prosseguir agindo e servindo, até que a oportunidade para repouso e refazimento nos favoreça.

*

Nas horas em que alguém nos contrarie, auxilia-nos a recordar quantas vezes temos ferido aos semelhantes e concede-nos o olvido de quaisquer contratempos sem complicá-los.

*

Em qualquer situação, não nos deixes pedir isso ou aquilo aos nossos companheiros, sem antes doar quanto estiver ao nosso alcance, abrindo assim as iniciativas de cooperação e da solidariedade.

*

Senhor!...

Não nos consinta acreditar na fraqueza quando nos revestes a existência com recursos inesgotáveis para o trabalho e nem nos permitas crer na necessidade do ressentimento, quando nos impeles a viver, cada dia, em pleno oceano de amor.

E, em nos conhecendo, tais quais somos para fazermos de nós o melhor que pudermos, sustenta-nos, seja onde for, a decisão de aceitar sempre os teus sábios desígnios.

Assim seja!

Meimei / Chico Xavier – Livro: Sentinelas da Alma

domingo, 26 de junho de 2022

Predestinado, o Filme

 

Danton Mello é Arigó, médium que auxiliou milhões de pessoas na cidade de Congonhas, tornando-se conhecido internacionalmente por sua faculdade mediúnica. Sua história será contada nos cinemas, a partir de 1º de setembro no filme Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz.

Juliana Paes, Marcos Caruso, Alexandre Borges e Cássio Gabus Mendes são alguns dos outros nomes presentes no elenco, dirigido por Gustavo Fernandez. A realização é uma parceria da Imagem Filmes com a Paramount Pictures e a Moonshot Pictures, com apoio da FEB Cinema.

Confira o trailer:


Notícia extraída do site da FEB

sábado, 25 de junho de 2022

Mais Luz - Edição 584 - 26/06/2022

Confira nesta semana:

  • Há 20 anos, ele partiu sereno, como viveu! 
  • Ante o Evangelho: Consolador Prometido
  • Poema:  Cisco de Deus - Sérgio Santos
  • Discípulos – Fonte Viva
  • Oração pelos entes queridos – Na voz de Chico Xavier


https://mailchi.mp/f261ca83aacb/h-20-anos-ele-partiu-sereno-como-viveu

Há 20 anos, ele partiu sereno, como viveu!

 


O título acima reproduz a edição de julho de 2002 da Folha Espírita, ainda em seu formato impresso, e que foi totalmente dedicada a homenagear o amado médium Chico Xavier. Em 30 de junho daquele mesmo ano, enquanto todo o povo brasileiro celebrava o tão esperado Pentacampeonato de Futebol Mundial, Chico se despedia de sua vida terrena.

Aquele dia então ficara marcado na história entre um misto da euforia de toda uma nação apaixonada pelo futebol e a despedida da vida de Francisco Cândido Xavier, que durante 92 anos dedicou sua vida inteiramente para a humanidade. Chico deixara a existência terrena conforme prometera aos amigos mais íntimos: “vou partir em um dia que o povo estiver muito feliz”! E assim foi.

Passados 20 anos de seu desencarne, a edição de junho de 2022 é totalmente dedicada a ele. Nosso tributo é materializado em forma de uma viagem no tempo, trazendo para esta edição a íntegra de alguns depoimentos e artigos que foram eternizados na Folha Espírita de julho de 2002.

Começamos com o texto principal de Marlene Nobre.

 

O sereno adeus, por Marlene Nobre

Chico Xavier partiu para as Esferas Superiores em meio à euforia nacional pela conquista do pentacampeonato. Partiu sereno, como viveu. Ao seu lado, o médico fiel de quase três decênios, o cardiologista Eurípides Tahan Vieira, viu o amigo juntar as mãos na direção do Mais Alto, em agradecimento a Deus, e, em seguida, abandonar o corpo físico, por parada cardíaca, sem dor, qual se fora pássaro cativo, demandando seu “hábitat” natural. Era 30 de junho, 19h30. Terminava, ali, aos 92 anos, às vésperas de completar 75 anos de mediunidade, no leito tosco de seu quarto humilde, a existência física de Chico Xavier, o Apóstolo da Renovação Humana. No mundo espiritual, uma multidão, muito maior do que aquela que saíra às ruas do país para comemorar o penta, concentrara-se, ali, abrindo enorme clareira, entre o Céu e a Terra, para receber o atleta especial que vencera todas as modalidades de provas e cravar-lhe, no peito, as estrelas da vitória. Vencera na corrida dos saltos com barreiras, suplantando a pobreza, as torturas e incompreensões, desde a infância sofrida à velhice repleta de testemunhos difíceis; saltara bem alto, sobrepujando a tentação do dinheiro e do poder, com a dedicação às tarefas mais humildes; completara, integralmente, a maratona de 75 anos de mediunidade, cumprindo sua trajetória única de medianeiro fiel ao dever e à disciplina, canalizando as mais belas páginas da Espiritualidade Superior; arremessara bem longe os seus dardos de tolerância e perdão, neutralizando o ódio e desculpando, incondicionalmente, injúrias, calúnias e abandonos; recebera, finalmente, a Medalha da Paz, porque foi Campeão de Bondade e Humildade. Essas estrelas brilharam ainda mais em seu peito, quando o coro dos encarnados, nas despedidas do cemitério São João Batista, entoava da Terra para os Céus, “Chico, eu te amo”.

 

Demonstrou que o Evangelho pode ser vivido, por Nestor Masotti

A partida do nosso Chico, indubitavelmente, deixa uma ausência física que nós todos estamos sentindo, mas, meditando sobre seus exemplos, nós podemos registrar que ele mostrou-nos alguns aspectos extremamente importantes. Primeiro, que somos realmente seres imortais, que continuamos a existir depois da morte física, através dos seus escritos, das suas informações mediúnicas, constatamos isso. Mas ele foi além: deixou um roteiro de vida que é a vivência do Evangelho. E nos mostrou que as recomendações do Evangelho e da Doutrina Espírita não são meras recomendações, são possibilidades reais de vida, de prática e vivência. Esta é a marca mais forte que ele nos deixou.

Outro aspecto muito positivo que nos enche o coração de uma certa serenidade é quando constatamos que um Espírito como ele, que enfrentou uma luta tão árdua, desafios os mais diversos, conseguiu chegar ao fim realmente vitorioso. Nesse aspecto, elevamos o nosso pensamento de gratidão e louvamos no Chico o exemplo de humildade, de disciplina e dedicação que ele nos deixa e a expectativa que tenhamos de nossa parte o bom senso de seguir-lhe o exemplo.

(...)

 

Complemento do Espiritismo, por Weimar Muniz de Oliveira

Chico Xavier tem sido, do ponto de vista humano, intensa luz nos nossos caminhos, estimulando a nossa fé e exemplificando a prática do bem, do perdão e da solidariedade para com todas as criaturas, sem distinção. Do ponto de vista da Doutrina Espírita e de seu movimento, não é apenas o intérprete, ou intermediário, da complementação do pentateuco Kardequiano, mas é também brilhante copartícipe deste luminoso edifício doutrinário. Pode ser comparado, embora em épocas diferentes, a Sócrates e a Mahatma Gandhi.

 

André Luiz e a ciência, por Hernani Guimarães Andrade

Encontrei muita informação de natureza científica nos livros de André Luiz, psicografados pelo médium Chico Xavier. Ele deu maior precisão à parte científica relacionada com o Espiritualismo e, particularmente, com o Espiritismo. Foi a obra de Chico Xavier que introduziu as primeiras noções da Física do Espírito. Inspirado por ele, tentei compreender os mesmos processos da Física para determinar as propriedades da matéria espiritual. Ele também se interessava vivamente pelo assunto e, uma das vezes que nos encontramos, visitou nosso Instituto em São Paulo, mais precisamente em 1978, e quis acompanhar as então recentes experiências com a Kirliangrafia, chegando inclusive a se submeter a uma sessão de fotos. Chico era uma pessoa maravilhosa, encantadora, muita aberta e inteligente.

(...)

 

Adeus a Chico Xavier, por Fernando Ós

Que palavras podem ser usadas para um amigo que parte silencioso para a Eternidade? Quando o coração fala, não existem fórmulas nem palavras rebuscadas. Estou falando sobre Chico Xavier e acho que nesse derradeiro episódio ele nos passou uma lição de grandeza, fazendo com que, devido aos ruidosos festejos do penta de futebol, muitos nem se deram conta de seu falecimento. Conta uma pessoa presente na sua casa que seu último movimento foi elevar um pouco as mãos, murmurar uma prece e, na tarde desse dia, exalar o último suspiro. Enquanto escrevo estas linhas, estou rezando em gratidão a Deus por ter nos enviado Chico em tempos tumultuados, e por quase um século o médium abriu caminhos importantes para a vitória sobre o ateísmo.

Domingo, dia 30/06/2002, às 23h, liguei a TV e ouvi a notícia de sua morte ou desencarnação em meio ao alarido de multidões nas ruas e avenidas, festejando a vitória do pentacampeonato de futebol. Francisco Cândido Xavier, médium Chico, falecera calmamente, de parada cardíaca. Suponho que pressentira a aproximação da carruagem toda feita de brilhantes dourados, rumando para o banquete espiritual preparado por seus milhões de amigos na Espiritualidade, tendo Jesus, Maria, Emmanuel e Bezerra de Menezes no centro do Grande Salão de Preces.

Enfermo e hipertenso, não pude viajar a Uberaba, apenas orei muito a Deus. Chico viveu entre nós 92 anos e 90 dias, e o que ele representou na vida de muita gente só mais tarde as multidões irão compreender. Se ninguém é profeta em sua casa, também não o é em seu tempo. Precisamos da ótica da distância, principalmente quando se é discípulo de Jesus. Seus mais de 400 livros foram traduzidos em oito idiomas, acendendo muitas luzes na trajetória dos povos. (...)

Na década de 1930, quando Chico começou seu trabalho com os Espíritos, a mediunidade não possuía nenhuma credibilidade e era tida como trabalho de bruxaria. Chico, em matéria de dinheiro, sempre foi pobre, e pobre morreu; os direitos autorais de seus livros foram totalmente doados a entidades de caridade. Eu próprio fiz com ele uma carta quando concluímos em parceria com Emmanuel o livro A ponte. Hoje, os médiuns verdadeiramente espirituais nada cobram pelo que produzem, e os que cobram são considerados comerciantes do trabalho alheio.

No fim foram mais de 22 anos de convívio em que o trabalho permitia uma amizade fraterna e afetuosa. Neste breve bilhete de adeus temporário ao amigo espiritual, digo com certeza em Deus que um dia nos reencontraremos na Espiritualidade. Lembro quando terminávamos a composição do livro A ponte, eu perguntei ao médium: “Diga-me, Chico, você que é ‘médium’, nós dois já cruzamos caminhos anteriores”? A resposta dele: “Já, e de forma estreita. Mas o resto deve ficar sob sigilo”. Nada mais foi perguntado nem revelado sobre tal assunto. (...)

Somos e vamos continuar amigos pelo coração e pelo ideal, Eternidade afora. Com lágrimas nos olhos e no peito, eu te abraço, amigo, beijando tuas mãos de luz e teu coração abençoado por Deus.

 

Algumas datas para relembrar a vida do médium:

1910 – Nasce Francisco Cândido Xavier, em 2 de abril, na pequena cidade mineira de Pedro Leopoldo, a 40 quilômetros de Belo Horizonte. O pai, João Cândido Xavier, era um vendedor de bilhetes de loteria. A mãe, Maria João de Deus, uma lavadeira.

1914 – Aos 4 anos de idade, Francisco tem a primeira manifestação significativa de mediunidade. Ele interrompe uma conversa entre seus pais com palavras e raciocínio surpreendentes para a sua idade e meio social.

1915 – Maria João de Deus morre em setembro em decorrência de uma angina. Chico vai para a casa da madrinha, Rita de Cássia. Lá, durante dois anos, sofre toda a sorte de torturas. O menino era diariamente alvo de agressões físicas e morais por parte da madrinha. Em desespero, o pequeno chama pela mãe morta, que o aconselha a ter paciência.

1917 – O pai, João Cândido, casa-se novamente. Sua esposa Cidália, como um anjo, recolhe os nove filhos de seu marido e com carinho os educa. Ela mesma tem mais seis filhos com João Cândido.

1919 – O menino matricula-se na escola. Suas visões continuavam, e por causa delas ele é levado pelo pai até o padre Scarzelli. O padre receitou um remédio amargo: mandou que o pai destruísse jornais, revistas e livros considerados como “má influência” e decretou ao menino que era o demônio, e não a mãe que vinha falar-lhe. A mãe apareceu e pediu que ele não mais a defendesse e disse que se afastaria; o que de fato aconteceu. Ela afastou-se por sete anos.

1922 – Ao escrever uma redação sobre a Independência do Brasil, viu que havia um homem ao seu lado ditando o que ele deveria escrever. Ele chamou a professora e contou o ocorrido. Chico ganhou menção honrosa pelo texto e algumas insinuações a respeito da autoria do texto.

1925 – O contato com o mundo espiritual continua, mas ainda de forma atabalhoada. Aos 15 anos ele procura novamente o padre porque não consegue lidar com um Espírito sofredor que o atormenta dia e noite.

1927 – A irmã, Maria Xavier, foi acometida por delírios, contorções, suores frios. Sem saída, o pai de Chico levou Maria ao casal Perácio, espírita, que detectou um Espírito obsessor. Ela foi curada com passes, orações e doutrinação. Chico acompanhou todo o processo e tornou-se espírita. Despediu-se, então, do padre Scarzelli, que lhe desejou felicidades.

8/7/1927 – Chico recebe a primeira mensagem assinada por um amigo espiritual.

1928 – Psicografou centenas de mensagens no centro espírita de Pedro Leopoldo.

1931 – O espírito Emmanuel apresenta-se ao médium e assume a responsabilidade por suas atividades. O primeiro livro da dupla é o Parnaso de Além-túmulo, uma coletânea de 56 poemas.

1935 – O livro ganha notoriedade, e o jornal carioca O Globo faz uma série de reportagens com o médium. Nessa época, ele psicografava em várias línguas, como inglês, alemão e sânscrito. Recebe ainda mensagens do escritor Humberto de Campos. A família do escritor reclama na justiça os direitos autorais dos livros.

1940 – Emmanuel transmite através de Chico importantes mensagens sobre política, economia, sociologia e feminismo.

1943 – Chico começa a trabalhar com o Espírito de um médico, que se autodenomina André Luiz.

1944 – A Justiça declara que Humberto de Campos estava morto, por isso ninguém poderia reclamar os direitos autorais. Mesmo assim, Humberto de Campos decide assinar seus textos como Irmão X.

1958 – Mudou-se, por orientação espiritual, de Pedro Leopoldo para Uberaba.

1975 – Mudou-se da Comunhão Espírita Cristã para o Grupo Espírita da Prece.

1976 – Aos 66 anos, teve problemas de saúde que o obrigaram a diminuir suas atividades físicas. Mas ele continua a psicografar e a lançar livros.

1981 – O diretor de TV e teatro Augusto Cesar Vannucci propôs seu nome para o Prêmio Nobel da Paz.

1991 – Cai doente, sem possibilidade de atender ao público.

1997 – Mesmo com dificuldades, volta no G. E. da Prece.

2001 – Aos 91 anos, está com apenas 30% de sua audição, cego de um olho e enfraquecido. Contrai uma pneumonia nos dois pulmões. Sua saúde passa a ser vigiada por enfermeiros e seu médico particular. Apesar de muito doente, ele fez atendimento até 29 de junho de 2002, às vésperas da morte.

 

Conrado Santos / Colaborador do Grupo Espírita Cairbar Schutel Folha Espírita

Fonte: www.folhaespirita.com.br

Lendo e relendo André Luiz - Campanha CEJG

 


Encontra-se em curso a leitura da 4ª obra da coleção “A vida no mundo espiritual”, ditada pelo Espírito André Luiz, integrando o Projeto LENDO E RELENDO ANDRÉ LUIZ, promovido pelo Departamento de Estudos do C. E. Joseph Gleber.

E na Livraria Joanna de Ângelis do C. E. Joseph Gleber, você encontra esta magnífica obra.

Participe!