quinta-feira, 16 de março de 2023

Oração do trabalho

 


Senhor!

Deste-nos o trabalho por sustento da vida.

Concede-nos, por misericórdia, mais trabalho com que nos dirijamos dentro da segurança precisa para a Vida Maior.

Nas horas difíceis faze-nos trabalhar com mais eficiência, para que o obstáculo se nos converta em lição.

Nos momentos felizes, auxilia-nos a trabalhar com mais devotamento ao serviço, aumentando a alegria dos outros.

Quando a carência apareça, induze-nos ao trabalho necessário para que o trabalho em nosso coração e em nossas mãos se transforme nos recursos de que necessitemos a fim de cumprir-te os desígnios.

Quando a prosperidade nos visite, orienta-nos na manutenção do trabalho mais amplo, para que a felicidade de todos se nos erija contigo em meta por atingir.

No instante em que o erro nos assinale a marcha, auxilia-nos a trabalhar na retificação que nos assegure o reequilíbrio; e sempre que, em teu amor, pudermos manter o passo em rumo certo, reveste-nos as possibilidades com as bênçãos do trabalho para que não nos precipitemos nas aventuras ou nos riscos inúteis, que nos acenem além das margens, suscetíveis de nos ensombrarem a esperança de servir-te e a coragem de acompanhar-te.

Em todos os instantes, em todas as situações, com todas as criaturas, diante de quaisquer problemas, à frente de quaisquer lutas, perante todas as ocorrências da estrada e em todas as nossas experiências, por dentro e por fora de nós, jamais nos arredes do trabalho, Senhor, porque é no trabalho que possuiremos o sentido real de tua vontade e será sempre no trabalho que disporemos, sem vacilação e sem dúvida, sem desânimo e sem esmorecimento, da direção exata a fim de buscar-te, cada dia, até que possamos identificar-nos finalmente contigo, para viver em ti e no trabalho que te define e te representa na paz e na elevação de todos, agora e para sempre. 

Batuíra / Chico Xavier – Livro: Irmãos unidos


quarta-feira, 15 de março de 2023

Além dos outros

 

“Não fazem os publicanos também o mesmo?” — Jesus. (Mateus, 5:46)

 

Trabalhar no horário comum irrepreensivelmente, cuidar dos deveres domésticos, satisfazer exigências legais e exercitar a correção de proceder, fazendo o bastante na esfera das obrigações inadiáveis, são tarefas peculiares a crentes e descrentes na senda diária.

Jesus, contudo, espera algo mais do discípulo.

Correspondes aos impositivos do trabalho diuturno, criando coragem, alegria e estímulo, em derredor de ti?

Sabes improvisar o bem, onde outras pessoas se mostraram infrutíferas?

Aproveitas, com êxito, o material que outrem desprezou por imprestável?

Aguardas, com paciência, onde outros desesperaram?

Na posição de crente, conservas o espírito de serviço, onde o descrente congelou o espírito de ação?

Partilhas a alegria de teus amigos, sem inveja e sem ciúme, e participas do sofrimento de teus adversários, sem falsa superioridade e sem alarde?

Que dás de ti mesmo no ministério da caridade?

Garantir o continuísmo da espécie, revelar utilidade geral e adaptar-se aos movimentos da vida são característicos dos próprios irracionais.

O homem vulgar, de muitos milênios para cá, vem comendo e bebendo, dormindo e agindo sem diferenças fundamentais, na ordem coletiva. De vinte séculos a esta parte, todavia, abençoada luz resplandece na Terra com os ensinamentos do Cristo, convidando-nos a escalar os cimos da espiritualidade superior. Nem todos a percebem, ainda, não obstante envolver a todos. Mas, para quantos se felicitam em suas bênçãos extraordinárias, surge o desafio do Mestre, indagando sobre o que de extraordinário estamos fazendo.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 96



sábado, 11 de março de 2023

Roda de conversa: No mundo maior

 


Na culminância do projeto “Lendo e relendo André Luiz – etapa No mundo maior”, uma roda de conversa guiada pelos companheiros Oliveira, Marly, Rosane e Nilton, trouxe reflexões sobre os conceitos abordados pela obra tais como: mediunidade, animismo, aborto criminoso, suicídio, alcoolismo, leviandade, ódio e desilusão.

Se você não viu, vale a pena conferir: https://www.youtube.com/watch?v=IdOY2R-0cZA





Mais Luz - Edição 621 - 12/03/2023

 

Venha conferir conosco:

 

Em todos os homens vemos irmãos – Comunicado FEB

Ante o Evangelho: O homem de bem

Mensagem da Semana: Vê e segue – Fonte Viva 95

Poema: Oração ao Cruzeiro – Pedro de Alcântara

Oração da fraternidade – Bezerra de Menezes

 

https://mailchi.mp/1682548534b3/em-todos-os-homens-vemos-irmos



Em todos os homens vemos irmãos

 


“Allan Kardec encontrou, nos princípios da Doutrina Espírita, explicações que apontam para leis sábias e supremas, razão pela qual afirmou que o Espiritismo permite “resolver os milhares de problemas históricos, arqueológicos, antropológicos, teológicos, psicológicos, morais, sociais, etc.” (Nota explicativa em O livro dos espíritos).

 

Sempre dinâmica, a Doutrina dos Espíritos nos ensina diariamente a importância de ações solidárias relacionadas às nossas vidas. Apresenta conceitos sobre questões morais, existenciais e sociais que permeiam nossos dias, a exemplo da igualdade e da fraternidade.

Allan Kardec, o Codificador, elucida-nos que […] “o Espiritismo, restituindo ao Espírito o seu verdadeiro papel na Criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, faz com que desapareçam, naturalmente, todas as distinções estabelecidas entre os homens, conforme as vantagens corporais e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor”. (Revista Espírita, out. 1861)

Somos iguais e trabalhamos em comunhão para que assim todos se sintam verdadeiramente irmãos. Reflete Ismael Gomes Braga que “no racismo existe uma transmutação da ideia de justiça na de crueldade, porque aí a justiça se divorcia da caridade” (Reformador, dez. 1942). 

Enfatiza, conforme também escreve Herculano Pires no livro Ciência espírita, que “o Espiritismo explica a complexidade desse problema e revela a sua grandeza moral no desenvolvimento espiritual da Humanidade. É precisamente no plano social terreno, onde a dispersão da unidade humana gera as discriminações, que a reintegração na unidade vai se processar no difícil aprendizado do princípio do amor ao próximo”.

“Em diversos pontos de sua obra, o Codificador Allan Kardec se refere aos Espíritos encarnados em tribos incultas e selvagens, então existentes em algumas regiões do planeta, e que, em contato com outros polos de civilização, vinham sofrendo inúmeras transformações, muitas com evidente benefício para os seus membros, decorrentes do progresso geral ao qual estão sujeitas todas as etnias, independentemente da coloração de sua pele. […] (Nota explicativa em O livro dos espíritos). 

Em oportuna explicação sobre este tema, a Federação Espírita Brasileira registra nota explicativa presente nas edições febianas das obras de Kardec, decorrente do entendimento junto à Justiça, com intuito de esclarecimento frente ao público, (MPF/TAC nº 1.14.000.000835/2006-12; Data 6/11/2007) que nos esclarece: Na época, Allan Kardec sabia apenas o que vários autores contavam a respeito dos selvagens africanos, sempre reduzidos ao embrutecimento quase total, quando não escravizados impiedosamente. Com base nos conceitos divulgados na época, Kardec repete, com outras palavras, o que os pesquisadores descreviam em retorno das viagens que faziam à África negra. Enfatiza, no entanto, o Codificador, que o homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. (O evangelho segundo o espiritismo, capítulo XVII, item 3, p. 348.) 

Aprendizes que somos, finalizamos com a reflexão do próprio Allan Kardec: “nós trabalhamos para dar a fé aos que em nada creem; para espalhar uma crença que os torna melhores uns para os outros, que lhes ensina a perdoar aos inimigos, a se olharem como irmãos, sem distinção de raça, casta, seita, cor, opinião política ou religiosa; numa palavra, uma crença que faz nascer o verdadeiro sentimento de caridade, de fraternidade e deveres sociais”. (Revista Espírita, fev. 1863).

 

Texto extraído do sítio da FEB (Comunicado): https://www.febnet.org.br/portal/2023/03/07/em-todos-os-homens-vemos-irmaos/


Vê e segue

 “Uma coisa sei: Eu era cego e agora vejo.” — (João, 9:25)

 

Apesar de o trabalho renovador do Evangelho, nos círculos da consolação e da pregação, desdobrar-se, diante das massas, semeando milagres de reconforto na alma do povo, o serviço sutil e quase desconhecido do aproveitamento da Boa Nova é sempre individual e intransferível.

Os aprendizes da vida cristã, na atividade vulgar do caminho, desfrutam do conceito de normalidade, mas se não gozam de vantagens observáveis no imediatismo da experiência humana, quais sejam as da consolação, do estímulo ou da prosperidade material, de maneira a gravarem o ensinamento vivo de Jesus, nas próprias vidas, passam à categoria de pessoas estranhas, muita vez ante os próprios companheiros de ministério.

Chegado a semelhante posição, e se sabe aproveitar a sublime oportunidade pela submissão e diligência, o discípulo experimenta completa transposição de plano.

Modifica a tabela de valores que o rodeiam.

Sabe onde se ocultam os fundamentos eternos.

Descortina esferas novas de luta, através da visão interior que outros não compreendem.

Descobre diferentes motivos de elevação, por intermédio do sacrifício pessoal, e identifica fontes mais altas de incentivo ao esforço próprio.

Em vista disso, frequentemente provoca discussões acesas, com respeito à atitude que adota à frente de Jesus.

Por ver, com mais clareza, as instruções reveladas pelo Mestre, é tido à conta de fanático ou retrógrado, idiota ou louco.

Se, porém, procuras efetivamente a redenção com o Senhor, prossegue seguro de ti mesmo; repara, sem aflição e sem desânimo, as contendas que a ação genuína de Jesus em ti recebe de corações incompreensivos e estacionários, repete as palavras do cego que alcançou a visão e segue para diante. 

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 95


sábado, 4 de março de 2023

Mais Luz - Edição 620 - 05/03/2023

 

Confira conosco:

https://mailchi.mp/c1b90d1badec/especialmente-mulher

 

Especialmente à mulher – Emmanuel

Ante o Evangelho: A beneficência

Mensagem da Semana: Capacete da Esperança – Fonte Viva 94

Poema: Às filhas da Terra - Bittencourt Sampaio

Prece: Auta de Souza


Além de notícias de atividades, palestras, campanhas e muito mais...


Especialmente à mulher

 


Homem e mulher guardam idênticos direitos perante as Leis da Vida.

E ambos, análogas características de imortalidade; nos dois, os mesmos atributos do Espírito eterno.

Entretanto, a Sabedoria da Criação entregou à mulher as chaves da vida. Com ela, a repetição do berço, nos prodígios do renascimento.

O homem dominará a natureza, erguerá impérios, influenciará povos ou marcará época; no entanto, a humanização de tudo isso pertence à mulher que o embala nos vínculos de sua própria renovação.

Por muito poderosos hajam sido os conquistadores da Terra, no passado e no presente, e por mais cultos os filósofos que traçam as diretrizes da cultura humana, de nenhum deles a vida suprimiu a necessidade das entranhas femininas para que se lhes gerasse a existência; e ainda agora, quando a ciência do mundo se dispõe a intervir nos processos da reencarnação, procurando nova nidação dos recursos genéticos, a favor da gestação em proveta criadora, nenhum sistema de sublimação espiritual pode substituir a assistência materna, no trabalho do renascimento físico, porque unicamente o amor é a luz da civilização, conduzindo-a para a integração com Deus.

Se te encontras na experiência feminina, ante os impositivos da evolução, é natural te compreendas, no mesmo nível do homem relativamente à cultura e à inteligência, com a mesma segurança de competência. Mas para a demonstração disso, não busques os pontos de vivência em que a maioria dos homens falhou tantas vezes.

Para te mostrares tão eficiente quanto os melhores companheiros da Terra, não é necessário desças aos precipícios a que tantos se arrojaram na própria imprevidência.

Recorda que podes ombrear com todos eles em matéria de trabalho e habilitação, entendimento e responsabilidade, mas é preciso pensar que Deus não confiou aos homens os dons que te concedeu na perpetuação da vida e no sustento do amor.

 Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Caminhos de volta