sexta-feira, 28 de setembro de 2018

150 anos de o livro A Gênese – Os milagres e as predições segundo o Espiritismo


A 29ª Semana Espírita de Teófilo Otoni, ocorrida de 18 a 22.9.2018, teve como tema central "A Gênese na transição planetária", em homenagem ao jubileu dos 150 anos desta indispensável obra. Foi uma semana bastante enriquecedora para a família espírita, com instigantes palestras, extremamente esclarecedoras que certamente incentivaram a leitura e o estudo deste livro que contém temas de interesse universal e são abordados de forma lógica, racional e reveladora.

Congratulações à Aliança Municipal Espírita pela feliz iniciativa.



quinta-feira, 20 de setembro de 2018

29° Semana Espírita de Teófilo Otoni

   
    Está acontecendo no Automóvel Clube de Teófilo Otoni, a vigésima nona Semana Espírita.
    Confira no áudio a palestra proferida no primeiro dia pelo confrade Carlos Henrique Brito de Vitória da Conquista/BA, cujo tema foi "O caráter da revelação espírita".

Juventude em ação - visita à Creche Ninho

    No dia 15/09/2018 a Juventude Espírita Joseph Gleber visitou  a Creche Ninho, levando, além de muita alegria e carinho para as crianças, 315 litros de leite, arrecadados durante uma campanha realizada nos meses de agosto e setembro. A visita faz parte do programa "Juventude em Ação!"








sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Bezerra de Menezes – 187 anos de nascimento


Médico exemplar, espírita dedicado, político íntegro, homem de bem. Bezerra de Menezes sintetiza virtudes grandiosas sem perder os traços de uma comovente humanidade. (...)
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu na Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama (CE), em 29 de agosto de 1831.
Educado dentro de padrões morais rígidos, formou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e tornou-se mais que médico: missionário. “Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta”, escreveu.
Para ele, o doente representava o anjo da caridade que lhe vinha fazer uma visita e lhe trazia a única moeda que podia saciar a sede de riqueza do Espírito. Seus gestos de bondade e sua infatigável compaixão tornaram-se lendários.
A carreira política de Bezerra de Menezes iniciou-se em 1861, quando foi eleito vereador municipal pelo Partido Liberal. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu amplo trabalho em favor dos mais pobres. Foi reeleito para o período 1864-1868 e elegeu-se deputado geral em 1867. Novamente foi eleito vereador em 1873.
Ocupou o cargo de presidente da Câmara, que atualmente corresponde ao de prefeito do Rio de Janeiro, de julho de 1878 a janeiro de 1881. Nessa época, a intensificação da luta abolicionista teve a adesão de Bezerra, que usou de extrema prudência no trato do assunto.
No dia 16 de agosto de 1886, o público de duas mil pessoas que lotava a sala de honra da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, ouviu, silencioso e atônito, o famoso médico e político anunciar sua conversão ao Espiritismo. (...)
O contato com a Doutrina Espírita ocorrera dez anos antes, quando Joaquim Carlos Travassos, que fez a primeira tradução das obras de Allan Kardec, presenteou Bezerra com um exemplar de O Livro dos Espíritos. O episódio foi narrado pelo próprio Bezerra: “[...] disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto [...] depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito, entretanto tudo aquilo era novo para mim! Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se acha em O Livro dos Espíritos [...]. Preocupei-me seriamente com este fato que me era maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, como se diz vulgarmente, de nascença [...]”.
Desde então, sua vida foi dedicada ao Espiritismo. Escritor refinado, passou a assinar artigos com temas espíritas. Aos domingos, escrevia no jornal então mais lido do Brasil: O Paiz. Sob o pseudônimo Max, assinava a série “Espiritismo-Estudos Filosóficos”, que escreveu ininterruptamente de novembro de 1886 até dezembro de 1896. Seus textos, inclusive os publicados no Reformador, marcaram época pela dignidade e coragem com que defendia seus pontos de vista e o Espiritismo.
Em 1889 assumiu pela primeira vez a presidência da FEB e iniciou o estudo metódico, semanal, de O Livro dos Espíritos. Entre os diversos livros que escreveu, constam trabalhos doutrinários, políticos e históricos. Todos deixam transparecer a preocupação com os desfavorecidos. Traduziu Obras Póstumas, de Allan Kardec.
As divergências se multiplicavam entre os espíritas brasileiros.
De um lado os chamados “místicos” e de outro os “científicos”. Em 1895, Bezerra de Menezes foi lembrado como o único nome capaz de unir os espíritas. Em 3 de agosto daquele ano, assumiu pela segunda vez a presidência da FEB, cargo que ocupou até a sua desencarnação.
À frente da Casa, imprimiu uma orientação acentuadamente evangélica aos trabalhos e recomeçou o estudo de O Livro dos Espíritos.
No início de 1900, Bezerra de Menezes foi acometido por uma congestão cerebral. Grande número de visitantes de todas as classes sociais acorria à sua casa diariamente.
Em 11 de abril de 1900, às 11h30, desencarnou, no Rio de Janeiro. (...).
Como Espírito, prossegue na vivência plena da caridade e da humildade: levantando os abatidos, consolando os curvados sob as provas terrenas, orientando Espíritos endurecidos, inspirando indulgência.
Sua assistência bondosa pode ser sentida nos livros e mensagens que ditou a Francisco Cândido Xavier, Yvonne Pereira e outros médiuns. Tradicionalmente, durante a reunião anual do Conselho Federativo Nacional da FEB, pelo médium Divaldo Pereira Franco, ele fala ao Movimento Espírita: continua a convidar os espíritas à união fraterna, perfumando as almas com seus exemplos de mansidão, devotamento, benevolência e perdão.

Sônia Zagueto – Revista Reformador