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Frederico Fígner - Biografia
Ante o Evangelho: O homem de bem
Mensagem da Semana: Que tendes? – Fonte Viva 133
Poema: Esforça-te - Casimiro Cunha
Oração no trabalho - Bezerra de Menezes
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Frederico Fígner - Biografia
Ante o Evangelho: O homem de bem
Mensagem da Semana: Que tendes? – Fonte Viva 133
Poema: Esforça-te - Casimiro Cunha
Oração no trabalho - Bezerra de Menezes
Frederico
Fígner (2 de dezembro de 1866 – 19 de janeiro de 1947) nasceu em Milewko, na
então Tchecoslováquia. Migrou para os Estados Unidos quando Thomas Edison
lançou um aparelho que registrava e reproduzia sons por meio de cilindros
giratórios. Fascinado pela novidade levou esta novidade para o Brasil em 1891.
Passou por Manaus, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Salvador, até chegar
ao Rio de Janeiro em 1892. Já falando e entendendo um pouquinho de português
abriu a primeira loja, conhecida como Casa Edison, onde abriu o primeiro
estúdio de gravação e varejo de discos do Brasil, em 1900. Apesar das
limitações técnicas esta foi uma revolução para a música popular brasileira.
Foi
apresentado à Doutrina Espírita por Pedro Sayão, filho de Antônio Luís Sayão.
Trabalhou ajudando os necessitados e fez parte da Federação Espírita
Brasileira, como vice-presidente, tesoureiro e membro do Conselho Fiscal.
Em 1920 perdeu
a filha e, ouvindo falar da médium de efeitos físicos, Ana Prado, foi a Belém
do Pará com a esposa. No dia 1º de Abril de 1921, embarcou com toda a família e
participou de sessões relatadas no livro do Dr. Nogueira de Faria, intitulado “O
Trabalho dos Mortos”.
O jornalista
Viriato Correia (1884-1967) assim descreve Frederico Fígner: “Aos oitenta anos
tinha as vibrações, os entusiasmos, as vivacidades das juventudes estouvadas.
Quem o via pelas ruas, suado, chapéu atirado para a nuca, falando aqui, falando
ali, numa pressa de moço de recados, pensava estar vendo um ganhador que, em
cima da hora, corria para não perder a hora do negócio. No entanto, não era
para ganhar que ele vivia a correr. Rico, muito rico, não precisava entregar-se
à vassalagem do ganho. Corria para servir os outros, corria para ir ao encontro
dos necessitados.”
Senhor!
Ensina-nos a trabalhar mais,
produzindo mais, e a produzir mais, a fim de conquistarmos recursos maiores,
para distribuir o auxílio sempre mais amplo de Tua Misericórdia.
E ensina-nos, Senhor, a descansar
menos, pedindo menos, e a pedir menos, a fim de pesarmos menos em nossos
semelhantes, para exigir menos, de modo a nos sentirmos menos fracos para
servir em Tua Bondade.
Senhor!
Tanto quanto nos seja possível
receber, concede-nos mais trabalho para sermos mais úteis e que sejamos sempre
menos nós, diante de Ti, a fim de que estejas mais em nós, hoje e sempre.
Assim seja.
Bezerra de Menezes / Chico Xavier – Livro: Marcas do
caminho
Meu irmão,
nunca procures,
Com os
mensageiros do Além,
Outra coisa
que não seja
A luz, a
verdade, o bem.
Problemas sem
solução?
É possível que
os resolvas
Com a tua própria
atenção.
Da vida
material?
A consciência é
o roteiro
Da vida de
cada qual.
Alegra-te em
tua cruz.
Apoiado em força
estranha
Ninguém se
eleva a Jesus.
Casimiro Cunha
/ Chico Xavier
Livro: Cartas do Evangelho e outros poemas
“Quantos pães
tendes? E disseram-lhe: — Sete.” — (Marcos, 8:5)
Quando Jesus,
à frente da multidão faminta, indagou das possibilidades dos discípulos para
atendê-la, decerto procurava uma base, a fim de materializar o socorro preciso.
“Quantos pães
tendes?”
A pergunta
denuncia a necessidade de algum concurso para o serviço da multiplicação.
Conta-nos o
evangelista Marcos que os companheiros apresentaram-lhe sete pãezinhos, dos
quais se alimentaram mais de quatro mil pessoas, sobrando apreciável
quantidade.
Teria o Mestre
conseguido tanto se não pudesse contar com recurso algum?
A imagem
compele-nos a meditar quanto ao impositivo de nossa cooperação, para que o
Celeste Benfeitor nos felicite com os seus dons de vida abundante.
Poderá o
Cristo edificar o santuário da felicidade em nós e para nós, se não puder
contar com os alicerces da boa vontade em nosso coração?
A usina mais
poderosa não prescinde da tomada humilde para iluminar um aposento.
Muitos esperam
o milagre da manifestação do Senhor, a fim de que se lhes sacie a fome de paz e
reconforto, mas a voz do Mestre, no monte, continua ressoando, inesquecível:
— Que tendes?
Infinita é a
Bondade de Deus, todavia, algo deve surgir de nosso “eu”, em nosso favor.
Em qualquer
terreno de nossas realizações para a vida mais alta, apresentemos a Jesus
algumas reduzidas migalhas de esforço próprio e estejamos convictos de que o
Senhor fará o resto.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 133
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ESDE - Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita
Ante o
Evangelho: Missão dos espíritas
Mensagem da
Semana: Tendo medo… (Fonte Viva, 132)
Poema: Não
temas – Cornélio Bastos
Oração:
Agradecemos, Senhor! (Emmanuel)
(...) “Não
temais a luta. Ponde-vos de pé! É instante de definição de tarefas.
Dificuldades são testes de avaliação já feitos; sofrimentos são aferições de
valores em torno do que fizestes e do que sois. A luta é o nosso campo de autoaprimoramento
e os esforços são o nosso clima aplicado no progresso da Humanidade. Ontem
éramos informados, mas não conhecíamos a Verdade. Hoje sabemos, porque
intercambiamos convosco, como mantendes conosco o intercurso espiritual.
Convocados para auxiliar os Construtores do Orbe, neste processo de transição,
não há outra alternativa. Segui adiante, conscientes das vossas
responsabilidades com Cristo e Kardec, no cérebro e no coração, edificando
pelas vossas mãos a Humanidade melhor, num mundo mais feliz por que todos
anelamos. Estudemos o Espiritismo e melhor viveremos o Cristianismo.
Penetremo-nos do conhecimento kardequiano para melhor sentirmos a Palavra Viva
de Jesus. Cristo e Kardec estão erguendo o homem do caos em que jaz para os
píncaros da imortalidade. Saudamos neste esforço, quando a Federação Espírita
Brasileira se prepara para celebrar o seu primeiro Centenário de tarefas com o
Cristo e com Kardec, saudamos, repetimos, esta Era Nova que se inicia com o
programa de estudo sistematizado da Doutrina, voltado ao nobre esforço de iluminar
o homem dos séculos do futuro. Que o Senhor vos abençoe e nos ampare a todos, é
o que deseja o companheiro de sempre e servidor humílimo, Bezerra."
(Mensagem
psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, na Reunião do Conselho
Federativo Nacional da FEB, no dia 27 de novembro de 1983, em Brasília, DF, no
lançamento da Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita).
Fonte: Revista
Reformador, da FEB, de janeiro de 1984
O Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE) surgiu como ferramenta didática de
estudo do Espiritismo, oferecendo oportunidade de ampliação do conhecimento da
base fundamental da Doutrina nos aspectos científico, filosófico e religioso.
Lançado em
1983, em Brasília, na reunião anual do Conselho Federativo Nacional (CFN), o
ESDE busca atender às expectativas do Movimento Espírita quanto à ampliação dos
estudos de forma sistematizada nas casas espíritas. Atende também ao objetivo
do próprio Espiritismo, que é a transformação moral dos indivíduos a partir da
fé raciocinada.
O ESDE é,
portanto, um programa de estudo metódico, contínuo e sério da Doutrina
Espírita, a ser realizado em grupo privativo, fundamentado nas cinco obras
básicas de Allan Kardec – O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O
Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Sua ação é
complementar a outras realizadas pela instituição espírita, como o estudo das
obras básicas e da mediunidade, o Estudo Aprofundado do Espiritismo, a Infância
e Juventude, o atendimento fraterno, as ações de assistência e promoção social,
constituindo-se em instrumento de preparação de trabalhadores para todas as
áreas da casa.
O seu conteúdo
doutrinário está distribuído em dois programas, assim especificado:
Fonte: SEBEM
(Sociedade Espírita Bezerra de Menezes)
https://sebem.org/esde-estudo-sistematizado-da-doutrina-espirita/
Conheça os
programas e caso queira faça o download aqui:
https://www.febnet.org.br/portal/2021/02/05/conteudo-programatico/
Senhor!
Ensina-nos a
gratidão pelos bens que recebemos constantemente de tua Infinita Bondade, sem
desconsiderar os supostos males com que a tua justiça misericordiosa nos amplia
o patrimônio de bens.
Agradecemos a
presença dos amigos que nos acrescentam os recursos capazes de nos garantirem o
reconforto próprio e agradecemos também o concurso dos irmãos que nos ofertam
ensejo de despendê-los, tanto quanto possível, pelos canais do trabalho ou ante
a luz da beneficência; os que nos amparam a vida e aqueles outros que nos rogam
apoio, exercitando-nos na assistência com que fomos chamados a aprender o amor
a que nos destinamos; os benfeitores que nos administram aulas de educação e os
que se nos fazem examinadores do grau de paciência ou de tolerância em que
estagiamos presentemente; a bênção dos amigos que nos consolam e a escora dos
adversários, cujo policiamento nos disciplina; os companheiros que nos
incentivam a caminhar para a frente e os outros que nos socorrem, através da
crítica construtiva.
Agradecemos,
Senhor, a luz e a sombra, quando a sombra nos auxilia a buscar mais luz; a
harmonia que nos pacifica as estradas do dia a dia e a tormenta de
incompreensão, quando a incompreensão nos fortalece para descobrir a concórdia
em que se reúnam os esforços de todos para a felicidade comum.
Diante da
luta, induze-nos a entender que somente na luta encontramos os ingredientes
precisos para a vitória em nós mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja,
faze-nos reconhecer que somente aprendendo e reaprendendo é que conseguiremos
fixar a lição.
Senhor, não
nos deixes entregues ao suposto bem que se transforma em mal e não nos permitas
menosprezar o suposto mal que nos conduz ao bem.
Assim seja.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Irmão
Somente com
Jesus a alma cansada
Volve à praia
do amor no mar da vida,
O viajor
errante encontra a estrada,
Que o reconduz
à terra estremecida.
A esperança,
adiada e emurchecida
Refloresce ao
clarão de outra alvorada;
Todo o
trabalho e dor da humana lida
São luzes da
vitória desejada.
Sem Jesus,
cresce a treva entre os escombros;
Ama a cruz que
te pesa sobre os ombros,
Vence o
deserto áspero e inclemente.
A aflição inda
é grande em cada dia?
Não desprezes
a Doce Companhia,
Vai com Jesus!
Não temas! Crê somente!
Cornélio
Bastos / Chico Xavier
Livro: Parnaso
de Além-Túmulo
“E, tendo
medo, escondi na terra o teu talento…” — (Mateus, 25:25)
Na parábola
dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se
infelicita.
Recebera mais
reduzidas possibilidades de ganho.
Contara apenas
com um talento e temera lutar para valorizá-lo.
Quanto
aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas
que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E
recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação.
Medo de
trabalhar.
Medo de
servir.
Medo de fazer
amigos.
Medo de
desapontar.
Medo de
sofrer.
Medo da
incompreensão.
Medo da
alegria.
Medo da dor.
E alcançam o
fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a
existência.
Na vida,
agarram-se ao medo da morte.
Na morte,
confessam o medo da vida.
E, a pretexto
de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em
campeões da inutilidade e da preguiça.
Se recebeste,
pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze
dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a
que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço
no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de
contas entre o servo e o Senhor.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 132
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Amélie-Gabrielle Boudet – Biografia
Ante o Evangelho: Missão do homem inteligente na Terra
Mensagem da Semana: No campo social – Fonte Viva 131
Poema: Mensageiros do bem – Leôncio Correa
Amélie-Gabrielle
Boudet (futura Sra. Kardec) nasceu em Thiais, cidade do menor e mais populoso
Departamento francês – o Sena, em 23 de novembro de 1795. Filha única de
Julien-Louis Boudet, proprietário e antigo tabelião, e de Julie-Louise Seigneat
de Lacombe, era conhecida na intimidade familiar pelo diminutivo Gaby.
Aliando desde
cedo grande vivacidade e forte interesse pelos estudos, não foi um problema
para os pais, que, a par de fina educação moral, lhe proporcionaram apurados
dotes intelectuais. Após cursar o colégio primário, estabeleceu-se em Paris com
a família, ingressando numa Escola Normal, de onde saiu diplomada em professora
de 1ª classe.
De acordo com
o Dr. Canuto de Abreu, a senhorinha Amélie foi, também, professora de Letras e
Belas Artes, trazendo de encarnações passadas a tendência inata, por assim
dizer, para a poesia e o desenho. Culta e inteligente, chegou a dar à luz três
obras: Contos Primaveris (1825); Noções de Desenho (1826), e O Essencial em
Belas Artes (1828).
Vivendo em
Paris, no mundo das letras e do ensino, quis o Destino que a Srta. Amélie
deparasse com o Professor Hippolyte Denizard Rivail.
De estatura
baixa, mas bem proporcionada, de olhos pardos e serenos, gentil e graciosa,
vivaz nos gestos e na palavra, denunciando inteligência admirável, Amélie
Boudet, aliando ainda a todos esses predicados um sorriso terno e bondoso, logo
se fez notar pelo circunspecto Prof. Rivail, em quem reconheceu, de imediato,
um homem verdadeiramente superior, culto, polido e reto.
Casaram-se,
então, no dia 6 de fevereiro de 1832. Amélie tinha nove anos mais que o Prof.
Rivail, mas tal era a sua jovialidade física e espiritual, que a olhos vistos
aparentava a mesma idade do marido. Jamais essa diferença constituiu entrave à
felicidade de ambos.
Após concluir
seus estudos com Pestalozzi, o Prof. Rivail fundara em Paris um Instituto
Técnico, com orientação baseada nos métodos pestalozzianos. Madame Rivail
associou-se ao esposo na difícil tarefa educacional que ele vinha desempenhando
no referido Instituto há mais de cinco anos.
Em 1835, o
casal sofreu doloroso revés. O Instituto foi obrigado a cerrar suas portas e a
entrar em liquidação. Possuindo, porém, esposa altamente compreensiva,
resignada e corajosa, fácil lhe foi sobrepor-se a esses tormentosos
acontecimentos. Amparando-se mutuamente, ambos se lançaram a maiores trabalhos.
Durante o dia, enquanto Rivail se encarregava da contabilidade de casas
comerciais, sua esposa colaborava de alguma forma na preparação dos cursos
gratuitos que haviam organizado na própria residência, e que funcionaram de
1835 a 1840.
À noite,
novamente juntos, não se davam a descanso justo e merecido, mas improdutivo.
Além de escrever novas obras de ensino, que, aliás, tiveram grande aceitação, o
Prof. Rivail realizava traduções de obras clássicas, preparava para os cursos
de Lévi-Alvarès, frequentados por toda a juventude parisiense do bairro de São
Germano, e se dedicava, ainda, em dias certos da semana, juntamente com sua
esposa, a lecionar as matérias estatuídas para cursos gratuitos a crianças e
jovens.
Amélie Boudet
era dessas mulheres boas, nobres e puras, e que, despojadas das vaidades
mundanas, descobrem no matrimônio missões nobilitantes a serem desempenhadas.
Nos cursos públicos de Matemáticas e Astronomia que o Prof. Rivail semanalmente
lecionou, de 1843 a 1848, e aos quais assistiram não só alunos, mas também
professores, no “Liceu Polimático” que fundou e dirigiu até 1850, não faltou em
tempo algum o auxílio eficiente e constante de sua dedicada consorte.
Todas essas
realizações e outras mais, a bem do povo, se originaram das palestras
costumeiras entre os dois cônjuges, mas, como salientou a Condessa de Ségur,
deve-se principalmente à mulher, as inspirações que os homens concretizam. No
que toca à Madame Rivail, além de conselheira, ela foi a inspiradora de vários
projetos que o marido pôs em execução. Aliás, é o que confirma o Sr. P.J.
Leymarie (que com ambos estivera) ao declarar que Kardec tinha em grande
consideração as opiniões de sua esposa. (...)
Fonte: https://www.uemmg.org.br/biografias/amelie-gabrielle-boudet
Senhor Jesus,
Ampara-nos na
jornada que empreendemos.
Não nos
permitas interromper a caminhada ante as serpes do caminho.
Que acima da
estrada em sombra possamos vencer as pedras e eliminar os espinhos.
Em nome do teu
amor, não nos concedas, Senhor, o luxo do repouso desnecessário, e sim,
deixa-nos subir com a nossa cruz ao Calvário, pelo trabalho incessante, nas
lutas de cada instante.
Queremos
seguir contigo em teu longo itinerário, para alcançarmos um dia, sob a perfeita
alegria, o teu reinado de amor.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Uma vida de amor e caridade
Mensageiros do
Bem, ante o campo lá fora
Onde se
espalha a dor da vida descontente,
O próprio
sonho erguei por facho resplendente,
Dando paz a
quem luta e conforto a quem chora…
Ao coração sem
fé que a lágrima devora,
E ao cérebro
sem luz torturado e descrente,
Acendei o
clarão da Vida Renascente
Do futuro que
surja e brilhe desde agora.
Obreiros do
porvir, revelai a Era Nova,
Caridade e
união, entendimento e prova,
São traços da
missão que o vosso encargo encerra!
Do suor que
verteis no trabalho fecundo,
Semeando a
bondade e renovando o mundo,
Cristo fará do
amor a redenção da Terra.
Leôncio Correa
/ Chico Xavier
Livro: Confia
e serve
“Ele respondeu
e disse-lhes: Dai-lhes vós de comer…” — (Marcos, 6:37)
Diante da
multidão fatigada e faminta, Jesus recomenda aos apóstolos: — “Dai-lhes vós de
comer.”
A observação
do Mestre é importante, quando realmente poderia ele induzi-los a recriminar a
multidão pela imprudência de uma jornada exaustiva até o monte, sem a garantia
do farnel.
O Mestre
desejou, porém, gravar no espírito dos aprendizes a consagração deles ao
serviço popular. Ensinou que aos cooperadores do Evangelho, perante a turba
necessitada, compete tão somente um dever, — o da prestação de auxílio
desinteressado e fraternal.
Naquela hora
do ensinamento inesquecível, a fome era naturalmente do corpo, vencido de
cansaço, mas, ainda e sempre, vemos a multidão carecente de amparo, dominada
pela fome de luz e de harmonia, vergastada pelos invisíveis azorragues da
discórdia e da incompreensão.
Os
colaboradores de Jesus são chamados, não a obscurecê-la com o pessimismo, não a
perturbá-la com a indisciplina ou a imobilizá-la com o desânimo, mas sim a
nutri-la de esclarecimento e paz, fortaleza moral e sublime esperança.
Se te
encontras diante do povo, com o anseio de ajudá-lo, se te propões contribuir na
regeneração do campo social, não te percas em pregações de rebelião e
desespero. Conserva a serenidade e alimenta o próximo com o teu bom exemplo e
com a tua boa palavra.
Não olvides a
recomendação do Senhor: — “Dai-lhes vós de comer.”
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 131
Venha degustar conosco mais uma edição do nosso
boletim:
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Manoel Philomeno de Miranda – Biografia
Ante o Evangelho: Nem todos os que dizem: “Senhor!
Senhor!” — entrarão no Reino dos Céus
Mensagem da Semana: Na esfera íntima – Fonte Viva 130
Poema: Na graça do Senhor – João de Deus
Em oração – Manoel Philomeno
Manoel Philomeno de Baptista de Miranda nasceu no dia
14 de novembro de 1876, em Jangada, Município do Conde, no Estado da Bahia.
Foram seus pais Manoel Baptista de Miranda e Umbelina Maria da Conceição.
Mais conhecido como Philomeno de Miranda, diplomou-se
pela Escola Municipal da Bahia (hoje Faculdade de Ciências Econômicas da
Universidade Federal da Bahia), colando grau na turma de 1910, como ‘Bacharel
em Comércio e Fazenda’. Exerceu sua
profissão com muita probidade, sendo um exemplo de operosidade no campo
profissional. Ajudava sempre aqueles que o procuravam, pudessem ou não
retribuir os seus serviços. Foi tão grande em sua conduta, como na modéstia.
Em 1914, foi debilitado por uma enfermidade pertinaz,
e tendo recorrido a diversos médicos, sem qualquer resultado positivo, foi
curado pelo médium Saturnino Favila, na cidade de Alagoinhas, com passes e água
fluidificada, complementando a cura com alguns remédios da Flora Medicinal.
Nessa época, indo a Salvador, conheceu José Petitinga,
que o convidou a frequentar a União Espírita Baiana. A partir daí, Philomeno de
Miranda interessou-se pelo estudo e prática do Espiritismo, tornando-se um dos
mais firmes adeptos de seus ensinamentos. Fiel discípulo de Petitinga, foi
autêntico diplomata no trato com o Movimento Espírita da Bahia, com capacidade
para resolver todos os assuntos pertinentes às Casas Espíritas. A serviço da
causa, visitava periodicamente as Sociedades Espíritas, da Capital e do
Interior, procurando soluções para qualquer dificuldade.
Delicado, educado, porém decidido na luta, não dava
trégua aos ataques descabidos, arremetidos por religiosos e cientistas que
tentavam destruir o trabalho dos espíritas. Na União Espírita Baiana (hoje
Federação Espírita do Estado da Bahia), exerceu os cargos de 2º Secretário, de
1921 a 1922, e de 1º Secretário, de 1922 a 1939, juntamente com José Petitinga
e uma plêiade de grandes trabalhadores.
Dedicou-se com muito carinho às reuniões mediúnicas,
especialmente, às de desobsessão. Achava
imprescindível que as instituições espíritas se preparassem convenientemente
para o intercâmbio espiritual, sendo de bom alvitre que os trabalhadores das
atividades desobsessivas se resguardassem ao máximo, na oração, na vigilância e
no trabalho superior. Salientava a importância do trabalho da caridade, para se
precaverem de sofrer ataques das entidades que se sentem frustradas nos planos
nefastos de perseguições. É o caso de muitas Casas Espíritas que, a título de
falta de preparo, se omitem dos trabalhos mediúnicos.
Mesmo modesto, não pôde impedir que suas atividades
sobressaíssem nas diversas frentes de trabalho que empreendeu em favor da
Doutrina. Na literatura escreveu Resenha do Espiritismo na Bahia e Excertos que
justificam o Espiritismo, que publicou omitindo o próprio nome. Em resposta ao
Padre Huberto Rohden, publicou um opúsculo intitulado Por que sou Espírita.
Philomeno de Miranda foi eleito Presidente da União
Espírita Baiana, em substituição a José Petitinga, quando este desencarnou, em
25 de março de 1939, em Salvador. Por mais de vinte e quatro anos consecutivos,
Miranda vinha trabalhando na Federativa, em especial, na administração, no
socorro espiritual como grande doutrinador, e nos serviços da caridade, zelando
sempre pelo bom nome da Doutrina, com todo o desvelo de que era possuído.
Sofrendo do coração, subia as escadas a fim de não faltar às sessões, sempre
animado e sorrindo. Queria extinguir-se no seu cumprimento.
Seu desencarne ocorreu no dia 14 de julho de 1942. Na
antevéspera, o devotado trabalhador da Seara do Cristo, impossibilitado de
comparecer fisicamente à lide na Federativa Espírita Baiana, assim o disse,
segundo relata A. M. Cardoso e Silva: “Agora sim! Não vou porque não posso
mais. Estou satisfeito porque cumpri o meu dever. Fiz o que pude... o que me
foi possível. Tome conta dos trabalhos, conforme já determinei.”
Querido de quantos o conheceram, até o último instante
demonstrou a firmeza da tranquilidade dos justos, proclamando e testemunhando a
grandeza imortal da Doutrina Espírita.
Fonte: Sítio
da UEM (https://www.uemmg.org.br/biografias/manoel-philomeno-de-miranda)
Há na Graça
Divina do Senhor
Mais alegria
em dar que em receber.
E há mais
bênçãos nas pedras do dever
Que nas rosas
do gozo tentador.
A sublime
renúncia por amor
Vale mais que
o domínio do prazer.
Servir ao bem
é a glória de viver
E o sacrifício
é campo redentor.
Desenganos,
angústias, chagas mil
São promessas
de luz primaveril
Na fé
renovadora, bela e sã.
Caminhar sob a
graça de Jesus,
Aceitar o
rigor de nossa cruz,
É iluminar a
Terra de amanhã.
João de Deus /
Chico Xavier
Livro: Nosso
livro