Nesta
manhã, embora já esperássemos, todos ouvimos emocionados os clarins
anunciadores e a sua música melancólica, informando-nos que o amado planeta se
encontra na mais difícil crise espiritual dos últimos séculos.
Iniciava-se
com dores infinitas que já vinham assinalando a cultura e a civilização com
sucessivas guerras locais devastadoras e alucinados programas de divertimentos
extravagantes quanto grosseiros.
A
drogadição vinha, há décadas, consumindo a juventude, e vícios degradantes
dominavam a sociedade que combatia a família, a educação, a saúde e os meios de
dignificação humana. O bafio pestilento exteriorizado pelo materialismo
dominador das massas zombava de Deus, na condição de mito superado, e a figura
de Jesus e Sua Doutrina, como as personagens dos Seus dias, que O acompanhavam,
sendo objeto de escárnio e desdém...
Em
nome da arte e da cultura, vivia-se a bacanal em toda parte com a anuência das
autoridades ou por elas estimulada, e graves transtornos de conduta formavam
uma sociedade desarrazoada e venal.
Os
valores éticos, a princípio, surdamente, depois vulgarizando através de
veículos de comunicação tradicional e virtual, eram anulados como castradores
da liberdade, e a necessidade de igualdade com as minorias de todos os aspectos
favorecia a libertinagem desmedida. Pessoas cultas e aparentemente sensatas de
repente sentiam necessidade de quebrar os limites, a que denominavam como
tabus, e desnudavam-se em nome da nova ordem, animalizando mais o ser humano e
humanizando os animais.
Disparates
de toda espécie tornavam-se motivos de brigas intérminas e qualquer postura de
equilíbrio era vista como remanescente da chamada decadência de comportamento
ultramoderno.
Os
jogos políticos atingiam chocantes aberrações de furtos e roubos, predominando
o cinismo de criaturas declaradas sem honra em face dos crimes cometidos e
divulgados.
As
universidades negavam a finalidade para a qual foram edificadas pelas
civilizações transatas, dominadas pelos revolucionários perversos que os
políticos insanos colocavam para desviarem a juventude, seduzindo com programas
ateus e depravados, em que os instintos primitivos eram exaltados até a
consumpção das energias devoradas pelos interesses de corruptos e de
corruptores.
Sentia-se
no ar, em toda parte, que algo iria acontecer, porque a decadência moral e
intelectual havia chegado à situação insustentável.
Pensou-se
que o monstro da guerra seria uma solução para diminuição da população da
Terra, como sucedera anteriormente, e os laboratórios de investigação
científica, a, pretexto de penetrar na vida microbiana para melhor estudar a
saúde e resguardá-la, também estabeleceram códigos secretos de se criarem vírus
tenebrosos, partindo-se da cepa de algumas enfermidades. E neste século
surgiram epidemias, algumas transformadas em pandemias, que continuam devorando
vidas aos milhares.
A
Divindade, através dos Seus prepostos, providenciou reencarnações de apóstolos
da caridade, de missionários do conhecimento, de sábios da tecnologia para
melhorar as condições de vida no planeta, de embaixadores da Vida espiritual e
proclamadores do amor, do respeito à vida em todas as suas expressões, e eles
sensibilizaram milhões de seres que anelavam pelo bem e pela Verdade. Entretanto,
suas vozes, exemplos e abnegação não lograram diminuir a força dos arbitrários
da Luz Divina, que abraçando doutrinas perversas, ampliaram o seu campo de
obstinação no mal e arrebanharam as mentes jovens, em razão das famílias
destruídas, das uniões sexuais imaturas, dos cidadãos inescrupulosos
dominadores...
Os
enfrentamentos têm sido contínuos e os inimigos do bem, disfarçados em
servidores da imortalidade em que se homiziam, para continuarem envenenando as
massas com as suas ironias e argumentações odientas, utilizam-se da Imprensa
marrom e suspeita, perturbando as mentes dignas com notícias falsas, bem
trabalhadas para confundirem. E têm conseguido com facilidade e comportamento
feroz.
Perde-se
muito tempo com dialética vazia e combates antifraternos, separando as pessoas
do mesmo clã por ideologias políticas e criminosas, enquanto os males surgem
inesperadamente.
É
o que está acontecendo neste momento de provações e expiações individuais e
coletivas, que ameaçam a existência humana no planeta confiado a Jesus para
alçar o mundo de regeneração.
Em
razão da continuidade de comportamento insano dos seres rebeldes e negligentes,
as forças do bem anuem com a grande aflição da peste que varre a Terra em seus
quadrantes.
Cenas
de horror são ridicularizadas, orientações elevadas são desconsideradas com
zombaria, sacrifício e abnegação dos Espíritos dedicados que se encontram na
linha de frente não têm recebido o merecido reconhecimento do Estado, em alguns
lugares, nem das massas enfermas da alma e ambiciosas na Terra.
Alastra-se
a peste, recordando-se a denominada negra do período medieval, em que a Igreja,
intolerante e irresponsável através do seu representante máximo, propôs a
Inquisição, e mais de um milhão de vidas foram ceifadas cruelmente por serem acusadas
como hereges... Logo depois, outro Papa anunciou que os gatos eram portadores
da figura satânica, e os felinos foram perseguidos de maneira inclemente mortos
com impiedade... Como efeito natural, os ratos multiplicaram-se terrivelmente
e, portadores de pulgas infectadas, contaminaram a Terra, especialmente a
Europa, destruindo milhões de existências.
De
alguma forma, ocorre hoje o mesmo fenômeno; ao combater-se, ou parecer fazê-lo,
as paixões políticas arruínam os países, e os sobreviventes do vírus da
Covid-19 serão dizimados pela miséria e pelo abandono.
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É certo que nada poderá obstaculizar o progresso do planeta terrestre e da sua
sociedade.
Esses
acontecimentos e outros de natureza sísmica e cósmica darão lugar a maior soma
de sofrimento humano, enquanto facultarão também a presença dos apóstolos da
caridade e do amor, da fraternidade e do bem, formando a família da
misericórdia em socorro a todas as vítimas, sejam aquelas que padeçam a
contaminação ou chorem as perdas afetivas e/ou as misérias de outras
expressões.
Ninguém
conseguirá fugir ao determinismo do sofrimento, embora não tenham diretamente
razões, mas por solidariedade e compaixão.
Avizinha-se
a hora em que das colônias espirituais descerão ao planeta em desolação as
equipes socorristas em nome de Jesus, mergulhando em reencarnações redentoras e
atendimentos específicos durante a atual e as demais calamidades que venham a
acontecer.
Todos
estamos convidados ao serviço de amor e de caridade aos nossos irmãos do amado
planeta Gaia, na tradição grega.
Somente
o sentimento de amor, conforme o expressou Jesus e o viveu, logrará modificar
as paisagens humanas neste momento.
Nesse
terrível confronto entre o bem e o mal, muitas criaturas sem maturidade
psicológica robotizam-se, sem definição, seguindo a trajetória das forças em
antagonismo, inimizando-se umas com as outras.
As
esperanças cristãs estão centradas no Consolador com a sublime mensagem de Vida
imperecível e o comportamento digno na vilegiatura carnal. Benfeitores
abnegados recusam-se a ascender, de forma a continuarem auxiliando a Humanidade
iluminada pelo Cruzeiro do Sul, mas que prefere as sombras da ignorância e da
crueldade, teimando em olvidar que a jornada física é de efêmera duração.
Observemos
o que sucedeu às civilizações do passado, cuja glória se transformou em
memórias vagas, e suas grandiosas construções ruíram e hoje servem de amparo a
serpentes e aracnídeos perigosos, ou foram arrastadas pelas águas oceânicas à
sua profundeza.
O
tempo terrestre é relativo aos movimentos do planeta no seu giro infindável
sobre si mesmo e em torno do Sol, sob a direção do Celeste Governador que o
guia desde os dias longínquos de nebulosa de gases incandescentes.
Logo
mais, formaremos nossas caravanas de socorro, porquanto já estão tomadas as
providências para receber os irmãos que desencarnarem sob a trágica tempestade
viral.
Ao
terminarmos a nossa elucidação, formar-se-ão grupos sob direções especiais
adrede programadas, para o trabalho em conjunto com todos os grupos espirituais
de comunidades socorristas que operam em favor do planeta.
Recordemos
da orientação do Senhor Jesus ao encaminhar os setenta à Galileia: “Eu vos
mando como ovelhas brandas para conviver com lobos rapaces”...
Certamente
se referia aos irmãos desencarnados, que se comprazem na geração do terror e
das lamentáveis obsessões aos deambulantes do corpo físico. Nestes dias de
horror, também eles, nossos irmãos infelizes, comprazem-se em atormentar
antigos desafetos, desafetos que se dizem do Senhor Jesus, a Quem perseguem tresvariados
e odientos.
Eles
também estão organizados para os embates do momento, por considerarem-no
excelente para os fins desprezíveis a que se dedicam.
Formando
uma nuvem espiritual, semeiam a desordem e a incompreensão nas almas já
aturdidas em si mesmas, perseguindo-as com tenaz insistência.
Atividades
severas nos aguardam em nome do amor, a fim de preservarem as nossas
comunidades dos assaltos perigosos do mal em hordas asselvajadas e dispormos em
condições para recebermos os recém-desencarnados que possamos trazer para
nossos diversos setores socorristas.
À
semelhança dos dias de guerras hediondas, estamos diante de uma ainda mais
perigosa, em face da sua singularidade, como ocorreu nos dias do passado...
Irmão Antúlio
Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo
Franco – Livro: No rumo do mundo de regeneração