Leia conosco sobre o perdão:
https://mailchi.mp/9986e0e36c27/boletim-mais-luz
Boletim Eletrônico Semanal - CEJG
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Boletim Eletrônico Semanal - CEJG
P. — Poderemos utilmente pedir a Deus que perdoe as
nossas faltas?
R. — Deus
sabe discernir o bem do mal; a prece não esconde as faltas. Aquele que a Deus
pede perdão de suas faltas só o obtém mudando de proceder. As boas ações são a
melhor prece, por isso que os atos valem mais que as palavras. Q. 661 - LE
A concessão
paternal de Deus, no que se refere à reencarnação para a sagrada oportunidade
de uma nova experiência, já significa, em si, o perdão ou a magnanimidade da
Lei. Emmanuel
Em resposta a Pedro, o velho pescador galileu, informa o
Divino Amigo que devemos perdoar não sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Em outra oportunidade, aconselha conciliação com o
adversário “enquanto estivermos a caminho com ele”, isto é, enquanto estivermos
reencarnados.
O perdão, no conceito das religiões não reencarnacionistas,
significa “apagar faltas”.
Limpar a alma do pecado, ou seja, do mal praticado.
Eximir de responsabilidade.
Nos termos do perdão teológico, aquele que ofendeu alguém
e recebe absolvições humanas, fica com a estrada livre para novos desatinos.
Há, como se vê, nesse tipo de perdão, visível estímulo a
novos erros, novos enganos, novas ilusões.
O homem sente-se, inevitavelmente, estimulado a novas
quedas, novas reincidências, com fatais prejuízos ao processo evolutivo, que se
retarda, no tempo.
A conceituação doutrinária do Espiritismo, em torno do
tema “perdão”, é bem outra.
Muito diversa, menos fácil, porém, inegavelmente, mais
sensata, mais lógica.
O perdão, segundo a Doutrina Espírita, não alarga as
portas do erro; pelo contrário, restringe-as, sobremaneira, por apontar
responsabilidades para quem estima a leviandade e a injúria, a crueldade e o desapreço
à integridade, moral ou física, dos companheiros de luta, na paisagem
terrestre.
De acordo com os preceitos espíritas, não há perdão sem
reparação consequente, embora os próprios Instrutores de Mais Alto lembrem a
palavra evangélica, que nos incentiva à integração com o Bem, no apostolado da
fraternidade, através do ensinamento “o amor cobre a multidão dos pecados”, que
representa a única força “que anula as exigências da Lei de Talião, dentro do
Universo Infinito”. (Emmanuel).
O perdão que o Espiritismo e os amigos espirituais
preconizam em verdade não é de fácil execução.
Requer muito boa-vontade.
Demanda esforço — esforço continuado, persistente.
Reclama perseverança.
Pede tenacidade.
É bem diferente do perdão teológico, que deve ter tido,
em algum tempo, sua utilidade.
Não se veste de roupagem fantasiosa, não se emoldura de
expressões simplesmente verbais.
Os postulados espíritas indicam-no por concessão de nova
ou novas oportunidades de resgate e reparação dos erros praticados e dos males
que deles resultaram.
Elevados Mensageiros do Pai, respondendo ao Mestre
lionês, afirmaram que “o arrependimento concorre para a melhoria do Espírito,
mas ele tem que expiar o seu passado”.
Emmanuel assevera, desenvolvendo a tese doutrinária, que
“a concessão paternal de Deus, no que se refere à reencarnação para a sagrada
oportunidade de uma nova experiência, já significa, em si, o perdão ou a
magnanimidade da Lei” (“O Consolador”).
André Luiz esclarece que Deus “não castiga e nem perdoa,
mas o ser consciente profere para si as sentenças de absolvição ou culpa ante
as Leis Divinas” (“O Espírito da Verdade”).
Para a alma realmente interessada no perdão que não seja,
apenas, um enunciado verbal, sem repercussões íntimas nas fontes augustas do
sentimento, o ato de perdoar significa alguma coisa de grandioso e sublime, por
isso mesmo difícil de executar.
Não se constitui da vã afirmativa: “eu perdoo”,
permanecendo o coração fechado a qualquer entendimento conciliador e a mente
cristalizada nas vibrações menos fraternas.
Não há perdão real, legítimo, definitivo, evangélico, doutrinário,
quando o ofendido não se inclina a ajudar o ofensor, a servi-lo cristãmente, a
socorrê-lo nas necessidades de qualquer natureza, se preciso.
As verdadeiras características do perdão com Jesus,
apregoadas pelo Espiritismo, são, realmente, singulares e difíceis:
— esquecimento do mal recebido,
— não nos regozijarmos com os insucessos do ofensor,
— auxiliarmos, discretamente, sempre que possível, ao
adversário,
— usarmos a delicadeza sincera, no trato com os que nos
magoaram o coração ou feriram a sensibilidade
— vibrarmos, fraternalmente, em favor dos que nos
desestimam.
Como se observa, perdoar, segundo o Espiritismo, não é
problema a resolver por meio de afirmativas apressadas, sem vivência interior.
O maior beneficiário do perdão não é, como parece, aquele
que o recebe, mas o que o concede.
O que é perdoado, se reconforta, se reanima.
O que perdoa, sinceramente, recolhe, dos Céus, as mais
profusas bênçãos — bênçãos que nenhum tesouro do mundo pode substituir ou
suplantar, tais como;
— conservação da paz interior,
— preservação da saúde,
— alegria de transformar o adversário em amigo, pelo
reconhecimento que o perdão desperta e suscita,
— exercitação, cultivo dos mais belos sentimentos da alma
humana, tais sejam, por exemplo, a humildade, o altruísmo, a nobreza moral.
Quem não perdoa, permanece ligado ao adversário,
encarnado ou desencarnado, pelas faixas escuras do pensamento hostil.
Quem não perdoa, insistindo na mágoa raivosa, permite se
estabeleça, entre a sua e a mente do adversário, uma ponte magnética, através
da qual circulam, em regime de vaivém, de idas e voltas consecutivas, as
vibrações do ódio e da vingança.
Quem perdoa, liberta o coração para as mais sublimes
manifestações do amor que eleva e santifica.
“A alma que não perdoa, retendo o mal consigo,
assemelha-se a um vaso cheio de lama e fel”.
“Jesus aconselhava-nos a perdoar infinitamente, para que
o Amor seja em nosso Espírito como Sol brilhando em casa limpa”.
Maravilhosos conceitos, extraídos das obras de André
Luiz!
Aquele que perdoa dissolve, ainda hoje, e aqui mesmo, os
antagonismos, nas águas puras e doces da compreensão.
Quem não perdoa transfere para amanhã, noutras
existências, em qualquer parte do Universo Ilimitado, os dolorosos reajustes,
que bem se poderiam extinguir na presente reencarnação.
Aquele que perdoa, transpõe os pórticos da
Espiritualidade, na morte do corpo físico, com a paz na consciência, a luz no
Espírito, o consolo no coração.
Quem não perdoa, carrega consigo, no mundo extracorpóreo,
a sombra e o remorso.
Martins Peralva – Livro: O Pensamento de Emmanuel
“Apascenta as minhas ovelhas”. Jesus (João, 21:17)
Significativo é o apelo do Divino
Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.
Observando na Humanidade o seu imenso
rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina
compulsória.
Nem gritos, nem xingamentos.
Nem cadeia, nem forca.
Nem chicote, nem vara.
Nem castigo, nem imposição.
Nem abandono aos infelizes, nem
flagelação aos transviados.
Nem lamentação, nem desespero.
“Pedro, apascenta as minhas ovelhas”!
Isso equivale a dizer: — Irmão,
sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.
Não te desanimes perante a rebeldia,
nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.
Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.
Educa sempre.
Revela-te por trabalhador fiel.
Sê exigente para contigo mesmo e
ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.
Se plantares o bem, o tempo se
incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação,
no instante oportuno.
Não analises, destruindo.
O inexperiente de hoje pode ser o
mentor de amanhã.
Alimenta a "boa parte" do
teu irmão e segue para diante.
A vida converterá o mal em detritos e
o Senhor fará o resto.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 019
... Senhor!
Percebo-te na cultura dos que ensinam
e na inteligência dos que aprendem...
Senhor!
Admiro-te a presença em cada criatura
que me cruza o caminho.
Escuto-te as manifestações, quando
alguém usa o verbo na ponderação da madureza ou na simplicidade da criança.
Percebo-te na cultura dos que ensinam
e na inteligência dos que aprendem.
Sinto-te o maravilhoso amor pulsando
em cada coração.
Enterneço-me em te observando o
devotamento de todos aqueles que se fazem pais e mães no mundo.
Entretanto, além de tudo isso,
reconheço-te a voz quando me chamas naqueles que sofrem.
Fito-te nos enfermos e nos tristes que
me estendem os braços, rogando-me auxílio em teu nome.
Conheço-te as lágrimas com que me
falas de proteção no semblante das mães relegadas ao abandono.
Entendo-te no olhar ansioso dos irmãos
em desajuste.
Compreendo-te nas requisições de
carinho das crianças atiradas à via pública.
E sei quanto procuras por mim naqueles
que se desequilibram nas sombras da ignorância ou nas labaredas da
delinquência.
Agradeço-te a felicidade de
identificar-te nos companheiros de experiência, no entanto, venho rogar-te a
coragem de ser útil para que eu saiba responder-te ao chamado, junto dos que
choram:
Senhor, eu estou aqui.
Meimei / Chico Xavier - Livro: Amizade
À medida que a Doutrina Espírita alcançava as mentes e os
corações ansiosos de esclarecimento e consolo, aumentando a carga de trabalho
do ínclito Codificador eis que ele fundou a 1º de abril de 1858 a Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas, que funcionou inicialmente na galeria de
Valois, n° 35 em Palais-Royal.
Para que ficassem definidos os seus objetivos,
declarou-os no Artigo 1° do seu Regulamento:
— Tem por finalidade precípua o estudo dos fenômenos
espíritas e das suas aplicações, as manifestações morais, físicas, psicológicas
e históricas da sociedade.
Como continuasse a crescer o número de interessados no
estudo dos postulados espiritistas, providenciou a ampliação do Regulamento
ainda no mesmo ano, de forma a compatibilizar os interesses gerais com os
fundamentos doutrinários da novel Ciência filosófica e religiosa.
Esse cuidado especial do mestre lionês preservaria a
mensagem reveladora dos enxertos e adulterações que sempre ocorrem, na razão
direta em que se expandem, em que se popularizam as ideias novas.
Dessa forma, aquela Sociedade se tornaria o primeiro
Centro Espírita onde os debates saudáveis e os desdobramentos dos conteúdos
científicos, filosóficos, morais e religiosos da Doutrina encontrariam campo
para serem aprofundados.
Sob a sua presidência, as discussões permaneciam em alto
nível e quando se tornavam acaloradas, a sua intervenção sábia acalmava os
ânimos a sua autoridade moral e cultural silenciava os mais renitentes.
Outrossim, ali teriam lugar as memoráveis tertúlias espirituais, quando
venerandas Entidades, utilizando-se de médiuns sérios e dedicados ofereciam
lições ricas de sabedoria consolando e iluminando os membros atenciosos
interessados no próprio desenvolvimento intelecto-moral bem como no da
Humanidade para a qual veio o Espiritismo.
Dirimiam-se dificuldades de interpretação e
consolidavam-se no seu recinto as bases do pensamento espírita com vistas ao
porvir da sociedade humana.
Exemplo, verdadeiro modelo de instituição, a Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas deixou precioso legado, que o Centro Espírita
moderno atualiza e mantém.
Célula mater do Movimento por facultar-lhe o
desenvolvimento e propagá-lo, é escola de relevante importância para quantos se
interessam pelo Espiritismo.
É escola, por oferecer os mais significativos recursos
culturais para a educação das almas, encarnadas ou não.
No seu labor desdobram-se as instruções que capacitam o
aprendiz à conquista de uma existência feliz, enquanto adquire discernimento
para conduzir-se com acerto. Ao mesmo tempo, propõe o limar das arestas e o
disciplinar da conduta, aprimorando-a e condicionando-a às lições éticas do
Evangelho de Jesus, desvelado pela interpretação racional que haure na
Codificação.
Doutrina eminentemente educativa, o Espiritismo tem a ver
com todos os ramos do conhecimento, por isso mesmo conclamando ao seu estudo
sistematizado e cuidadoso, bem como à sua reflexão meticulosa. Nas suas classes
ressaltam os valores da inteligência e da razão para serem cultivados,
aplicados no comportamento como roteiro de segurança.
Igualmente é oficina de trabalho, por ensejar atividades
múltiplas em benefício do próximo e da comunidade.
Sem lugar para a ociosidade dourada ou para a indiferença
mórbida, a ação dignificadora nele se desdobra em mil expressões que elevam o
ser completando-o, planificando-o, dando-lhe sentido psicológico a existência planetária.
Desde a sua administração na busca incessante de
qualidade até os serviços mais humildes quão indispensáveis, é celeiro de paz
que resulta da valiosa aplicação das horas dos seus membros no trabalho
libertador.
Da mesma forma é templo de oração, destituído de
ritualística, de cerimonial, de qualquer tipo de culto externo,
caracterizando-se pela simplicidade, sendo agradável e propicio à elevação dos
pensamentos a Deus e à ação da caridade em todas as suas expressões.
Nas suas dependências devem ser preservados os valores
morais, a compostura, a dinâmica do amor, a fim de que a perfeita sintonia com
Deus, Jesus e os Espíritos Nobres tornem-no ambiente saturado por sutis
vibrações, que proporcionam a paz e a renovação.
Lugar de reequilíbrio e de harmonia, é, também, hospital
de almas no qual terapias especializadas - passes, água fluidificada (bioenergia),
oração, desobsessão e iluminação de consciência - facultem a saúde do corpo, da
mente e do espírito, emulando o paciente ao avanço, à vitória sobre si mesmo,
sobre as paixões primitivas, que nele predominam.
Não pode ser confundido, porém, com Nosocômios, Casas de
Saúde, Clinicas Médicas e semelhantes, competindo com as mesmas, portadoras de
bases acadêmicas, pois que desvirtuaria a sua finalidade essencial passando a
conflitar com as Entidades especializadas no mister, as quais deve auxiliar e
não produzir perturbação.
No seu ambiente não há lugar para exibicionismo de
natureza alguma que faça recordar os palcos do mundo, nos quais se projetam os
conflitos do ego humano e as lutas características das naturais promoções
competitivas do ser.
Tampouco, pode agasalhar ou dar curso às inovações que
ressumam do orientalismo ancestral ou das terapias alternativas atuais,
desfigurando-lhe, entorpecendo-lhe a finalidade superior.
O Centro Espírita é laboratório para experiências,
pesquisas mediúnicas elevadas e cumulativas, que confirmam sempre os postulados
básicos exarados nas Obras fundamenteis que Allan Kardec divulgou, completando
a Codificação.
Não é estanque o trabalho que nele se desenvolve, também
não é fruto dos modismos; é isento de ortodoxias ou de atavismos; não enseja
novidades frívolas ou aterradoras, muito do agrado daqueles que pensam nas
glórias vãs da Terra em detrimento da responsabilidade e da seriedade que
sempre devem constituir os seus programas.
O Centro Espírita é campo de luz aberto a todos aqueles
que tateiam nas trevas da ignorância, da presunção e do egoísmo apontando rumos
de libertação.
Atualizá-lo, sem lhe modificar os objetivos básicos;
desenvolver as suas atividades, sem lhe alterar as estruturas ético-morais;
qualificá-lo para os grandes momentos da hora presente como do futuro é dever
de todos os espíritas, preservando as bases doutrinárias que nele devam viger:
amor e estudo, ação da caridade fora da qual não há salvação, assim confirmando
a promessa do Consolador, feita por Jesus, que abriria os braços para albergar,
confortar e libertar todos aqueles que o busquem.
Página
psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite
de 25 de julho de 1995, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador,
Bahia
Parabéns, Centro Espírita Joseph Gleber!
19.09.2021 – 67 anos iluminando consciências e
despertando corações
“Nem só de pão vive o homem...” Jesus (Mateus, 4:4)
Não somente agasalho que proteja o
corpo, mas também o refúgio de conhecimentos superiores que fortaleçam a alma.
Não só a beleza da máscara
fisionômica, mas igualmente a formosura e nobreza dos sentimentos.
Não apenas a eugenia que aprimora os
músculos, mas também a educação que aperfeiçoa as maneiras.
Não somente a cirurgia que extirpa o defeito
orgânico, mas igualmente o esforço próprio que anula o defeito íntimo.
Não só o domicílio confortável para a
vida física, mas também a casa invisível dos princípios edificantes em que o
espírito se faça útil, estimado e respeitável.
Não apenas os títulos honrosos que
ilustram a personalidade transitória, mas igualmente as virtudes comprovadas,
na luta objetiva, que enriqueçam a consciência eterna.
Não somente claridade para os olhos
mortais, mas também luz divina para o entendimento imperecível.
Não só aspecto agradável, mas
igualmente utilidade viva.
Não apenas flores, mas também frutos.
Não somente ensino continuado, mas
igualmente demonstração ativa.
Não só teoria excelente, mas também
prática santificante.
Não apenas nós, mas igualmente os
outros.
Disse o Mestre:
"Nem só de pão vive o homem".
Apliquemos o sublime conceito ao
imenso campo do mundo.
Bom gosto, harmonia e dignidade na
vida exterior constituem dever, mas não nos esqueçamos da pureza, da elevação e
dos recursos sublimes da vida interior, com que nos dirigimos para a
Eternidade.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 018
Glória a Deus nas alturas, paz aos
homens na Terra!
Jesus, bom e amado Mestre, sustenta os
teus humildes irmãos pecadores nas lutas deste mundo.
Anjo bendito do Senhor, abre para nós
os teus compassivos braços; abriga-nos do mal, levanta os nossos espíritos à
Majestade do teu reino, e infunde em todos os nossos sentidos a luz do teu
imenso amor.
Jesus, pelo teu sublime sacrifício, pelos
teus martírios na Cruz, dá, a esses que se acham ligados ao pesado fardo da
matéria, orientação perfeita do caminho da virtude, o único pelo qual podemos
te encontrar.
Jesus, paz a eles, misericórdia aos
nossos inimigos e recebe em teu seio bendito a prece dos últimos dos teus
servos.
Bendita Estrela, Farol das imortais
falanges, purifica-nos com teus raios divinos; lava-nos de todas as culpas,
atrai-nos para junto do teu seio, santuário bendito de todos os amores.
Se o mundo com os seus erros, paixões e ódios, alastra o caminho de espinhos, escurecendo o nosso horizonte com as trevas do pecado, rebrilha mais com a tua misericórdia, para que, seguros e apoiados no teu Evangelho, possamos trilhar e vencer as escabrosidades do carreiro e chegar às moradas do teu reino.
Amiga Estrela, Farol dos pecadores e dos justos, abre o teu seio divino e recebe a nossa súplica pela Humanidade inteira.
Assim seja!
Livro: Preces Espíritas – Caibar Schutel
Leia conosco: Boletim Eletrônico Semanal "Mais Luz"!
Esta semana com enfoque na campanha de valorização da vida e prevenção ao suicídio.
https://mailchi.mp/723b2aeb58bc/boletim-semanal
Lutar por vencer as vicissitudes é inevitável, desde que
a própria injunção biológica é uma constante faina, em que nascimento, morte,
transformação e ressurgimento se dão por automatismos na maquinaria
fisiológica, ensinando à consciência a técnica do esforço para a preservação da
Vida.
O pretenso suicida, que consumou a trágica fuga da
responsabilidade, jamais se libera, como é natural, dos resultados nefários do
seu gesto, sempre tresloucado, por ferir, na agressão furiosa, o mecanismo do instinto
de conservação da Vida, que governa a existência animal e o possui como fator para
sua preservação.
Orgulhoso ou pusilânime, irresponsável ou vão, o suicida
não se evade de si mesmo, da sua consciência; torna-se, aliás, o seu próprio
algoz cujas penas o gesto lhe impõe e que resgatará em injunções mil vezes mais
afligentes do que na forma em que ora se apresentam.
A burla que se permite, por supostos meios indolores para
sofrer a desencarnação, hiberna-o por algum tempo, em espírito, até o momento
em que desperta mais vilipendiado e agônico, vivo, estuante de vitalidade, padecendo
as camarteladas que a superlativa imprudência provocou.
É óbvio que ninguém ludibria a Consciência cósmica, que
se expressa na harmonia do Universo e vige, pulsante, na consciência humana
individual.
Necessário que o homem assuma as responsabilidades da
Vida e instrua-se nas leis que lhe regem a existência, aprimorando-se e
reunindo valores de que possa dispor nos momentos-desafio, a fim de superá-los
e reorganizar-se para os futuros cometimentos até o instante em que se lhe
encerre o ciclo biológico.
Estará, então, liberado da matéria, mas mantido na
Vida...
Nas aparentes mortes sem dor, provocadas pelos que
desejam fugir ou esquecer, o sofrimento moral tem início quando se elabora o
programa da evasão e jamais se pode prever quando terminará.
A consciência humana é indestrutível, portanto, o
suicídio de qualquer espécie é arrematada loucura, um salto no desconhecido abismo
da imprevisível desesperação”.
Manoel
Philomeno de Miranda / Divaldo Franco – Livro: Temas da vida e da Morte
Precisa de ajuda?
Falar é a melhor solução!
“E disse-lhe o Senhor em visão: — Ananias! E ele respondeu: —
Eis-me aqui, Senhor!” (Atos dos
Apóstolos, 9:10)
Os homens esperam por Jesus e Jesus
espera igualmente pelos homens.
Ninguém acredite que o mundo se redima
sem almas redimidas.
O Mestre, para estender a sublimidade
do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem.
Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em
seguida; uma assembleia de doze companheiros para atacar o serviço da
regeneração planetária.
E, desde o primeiro dia da Boa Nova,
convida, insiste e apela junto das almas, para que se convertam em instrumentos
de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas
não se concretizará entre as criaturas sem a colaboração ativa dos corações de
boa vontade.
Ainda mesmo quando surge,
pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão
de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de
visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer
o novo discípulo.
Por que razão Jesus se preocupou em
acompanhar o recém convertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade
não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens
na obra de soerguimento e sublimação do mundo.
"Ide e pregai".
"Eis que vos mando".
"Resplandeça a vossa luz diante
dos homens".
"A Seara é realmente grande, mas
poucos são os ceifeiros".
Semelhantes afirmativas do Senhor
provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.
Amemos e trabalhemos, purificando e
servindo sempre.
Onde estiver um seguidor do Evangelho
aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.
Cristianismo significa Cristo e nós.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 017
Sabemos, ó meu Deus, qual a sorte que
espera os que violam a tua lei, abreviando voluntariamente seus dias; mas
também sabemos que infinita é a tua misericórdia. Digna-te, pois, de estendê-la
sobre a alma de N... Possam as nossas preces e a tua comiseração abrandar a
acerbidade dos sofrimentos que ele está experimentando, por não haver tido a
coragem de aguardar o fim de suas provas.
Bons Espíritos, que tendes por missão
assistir os desgraçados, tomai-o sob a vossa proteção; inspirai-lhe o pesar da
falta que cometeu.
Que a vossa assistência lhe dê forças
para suportar com mais resignação as novas provas por que haja de passar, a fim
de repará-la. Afastai dele os maus Espíritos, capazes de o impelirem novamente
para o mal e prolongar-lhe os sofrimentos, fazendo-o perder o fruto de suas
futuras provas.
A ti, cuja desgraça motiva as nossas
preces, nos dirigimos também, para te exprimir o desejo de que a nossa comiseração
te diminua o amargor e te faça nascer no íntimo a esperança de melhor porvir!
Nas tuas mãos está ele; confia na bondade de Deus, cujo seio se abre a todos os
arrependimentos e só se conserva fechado aos corações endurecidos.
Allan Kardec – Livro: O Evangelho segundo o Espiritismo - capítulo XXVIII - item 72
Kardec e o trabalho em equipe
Aprender a trabalhar em equipe é um requisito fundamental para a nossa socialização. Saiba mais no Boletim Eletrônico Semanal do CEJG:
Se um grupo quiser estar em
condições de ordem, de tranquilidade, de estabilidade, é preciso que nele reine
um sentimento fraterno. Todo grupo ou sociedade que se formar sem ter por base
a caridade efetiva não terá vitalidade; enquanto que os que se formarem segundo
o verdadeiro espírito da doutrina olhar-se-ão como membros de uma mesma família
que, não podendo viver todos sob o mesmo teto, moram em lugares diversos.
Allan Kardec Revista Espírita de
1862
Aprender a trabalhar em equipe é um requisito fundamental
para a nossa socialização, pois na vida de relação, de modo geral, somos
chamados a conviver com pessoas diferentes, das quais dependemos e com as quais
precisamos colaborar.
É um grande erro acreditar que podemos fazer tudo
sozinho, sem o auxílio dos demais. É também um equívoco acreditar que o
trabalho só sairá bom se formos nós os executores. A autossuficiência é uma das
grandes ilusões contra a qual precisamos lutar. Nenhum de nós sabe e pode tudo.
Nosso saber e poder são relativos. Todos estamos na condição de aprendizes, em
regime de interdependência, destinados a aprender uns com os outros o que
ignoramos.
Em torno desta questão, Allan Kardec faz uma advertência
que poderíamos considerar como uma constatação de sua parte, tendo em vista que
não deixamos de ser imperfeitos pelo simples fato de abraçarmos os princípios
espíritas:
Um equívoco muito frequente entre os novos adeptos é o de
se julgarem mestres após alguns meses de estudo. Essa pretensão de não mais
necessitar de conselhos, e de se julgar acima de todos, é uma prova de
insuficiência, pois foge a um dos primeiros preceitos da doutrina: a modéstia e
a humildade.
Apenas ousaríamos acrescentar que não são apenas os novos
adeptos, muitas vezes, os mais antigos, infelizmente, também pensam assim.
Quando não se isolam, fazendo um “Espiritismo a sua maneira” e agregando
pessoas em torno do seu carisma, permanecem no movimento fiscalizando os outros
e discordando sistematicamente de ideias que não sejam as suas. Creditam-se a
condição de “crivos” das iniciativas que se dão no meio espírita.
Diferentemente dessa postura, quando procuramos atuar em
equipe, muitas vezes somos chamados a colaborar de maneira anônima, aceitando a
liderança de companheiros que estão investidos dessa responsabilidade. Em
outras ocasiões, também somos chamados a assumir o comando dos esforços e de
uma forma ou de outra, sempre deveremos acatar as decisões que decorram do
consenso. Mesmo porque, nenhum de nós é indispensável, embora todos sejamos
chamados a colaborar nesse ou naquele setor. Nem mesmo Allan Kardec era
indispensável, do contrário o Espírito de Verdade não teria lhe dito:
Não te
esqueças de que podes triunfar, como podes falir; neste último caso, um outro
te substituirá, pois, os desígnios de Deus não se repousam sobre a cabeça de um
homem.
Apesar desta possibilidade, era ele quem reunia as
melhores condições para empreender a tarefa de codificar o Espiritismo, embora
se encontrassem também reencarnados espíritos prontos a levar adiante os
desígnios de Jesus. Essas mesmas almas, como Léon Denis, Gabriel Delanne e
outros se encarregaram de desenvolver e difundir as ideias espíritas. Não
estavam interessados no comando de nada, queriam antes somar esforços e fazer o
melhor que pudessem.
Allan Kardec não apenas valorizava o trabalho em equipe,
como também fazia parte de uma, a equipe do Espírito de Verdade, que atuava em
conjunto, desdobrando-se na esfera espiritual e material.
O próprio Jesus, quando encarnado entre nós, enfatizou a
importância do trabalho em equipe, convocando doze discípulos para o trabalho
de evangelização das criaturas.
As obras de André Luiz, em particular, narram a
organização, a disciplina, os princípios que regem Nosso Lar e algumas outras
colônias espirituais, demonstrando que ninguém, em lugar algum, opera sozinho
na obra do bem ou do mal. Mesmo os espíritos inclinados ao mal atuam em
conjunto, com tarefas previamente planejadas e posteriormente avaliadas.
Na obra Paulo e Estêvão, os relatos do Espírito Emmanuel
informam que na constituição da Casa do Caminho e nos primeiros núcleos do
Cristianismo primitivo, havia sempre mais de um companheiro se revezando com
outro na execução das tarefas. O sentido da ação em equipe, proclamado de forma
silenciosa por Jesus, tomou-se uma importante diretriz na organização e
sobrevivência destes primeiros núcleos.
Hoje em dia, para que os centros espíritas possam
continuar fieis a Jesus e a Kardec, faz-se necessário que as equipes estejam
abertas para se renovarem. Renovarem-se com novas ideias e novos companheiros,
sem que ninguém retenha, indefinidamente, o comando de nada. Mas que essa
renovação se processe com critérios e não estouvadamente. Que ocorra sem apegos
e melindres.
Sabemos que a principal renovação de que temos
necessidade é a do nosso mundo interior, pois sem essa, todas as outras ficarão
comprometidas. Mas podemos atualizar as técnicas, estudar e implantar novos
modelos de gestão, rever a metodologia dos estudos, convidar expositores de
outras casas, promover encontros, criarmos grupos para estudar determinada
obra, participarmos de encontros de preparação, realizados pelos órgãos de
unificação ou aqueles que se dão em determinados centros, analisarmos outras
experiências, a fim de que a nossa equipe cresça e o trabalho prossiga com
qualidade.
As diretrizes gerais, para esse empreendimento, estão
sinalizadas e ao mesmo tempo justificadas na codificação, particularmente em
Obras Póstumas; de Allan Kardec:
(...) a direção, de individual que precisou ser no
início, deve tornar-se coletiva; primeiro, porque chega um momento em que seu
peso excede as forças de um homem, e, em segundo lugar, porque há mais garantia
de estabilidade numa reunião de indivíduos, na qual cada um representa sua
própria voz, e que nada podem sem o concurso uns dos outros, do que um único,
que pode abusar de sua autoridade e querer fazer que predominem suas ideias
pessoais.
Para o público dos adeptos, a aprovação ou a
desaprovação, o consentimento ou a recusa, as decisões, numa palavra, de um
corpo constituído, representando uma opinião coletiva, terão, forçosamente, uma
autoridade que jamais teriam, se emanassem de um único indivíduo, que apenas
representa uma opinião pessoal. Com frequência rejeita-se a opinião de uma
única pessoa, acredita-se que se humilharia por ter que se submeter, enquanto
que a de vários é aceita sem dificuldade. (Constituição do Espiritismo:
‘Comissão Central’.)
(...) a ninguém é dado possuir a luz universal, nem nada
fazer com perfeição; como pode um homem iludir-se acerca de suas próprias
ideias; enquanto outros podem ver o que ele não pode; (Constituição do
Espiritismo: ‘Os Estatutos Constitutivos*.)
Há, igualmente, num ser coletivo, uma garantia de
estabilidade que não existe quando tudo repousa sobre uma única cabeça: se o
indivíduo for impedido por uma causa qualquer, tudo pode ficar entravado. Um
ser coletivo, ao contrário, perpetua-se incessantemente; se perder um ou vários
de seus membros, nada periclita. (Constituição do Espiritismo: ‘Comissão
Central’).
Essas colocações valem para a direção de um órgão de
unificação, de um centro espírita, de um departamento existente no centro ou
mesmo para uma equipe transitória, que se constitua apenas para a realização de
um evento.
Precisamos deixar de reclamar da ausência de
colaboradores e começar a nos perguntar:
1. Como a nossa equipe atua?
2. Nela predomina a sinceridade e todos aprendem uns com
os outros?
3. Como lidamos com as ideias que são contrárias às
nossas?
4. Procuramos conhecer a maneira como as outras
instituições espíritas se organizam?
5. Temos nos capacitado para melhor execução da tarefa
que abraçamos?
6. Nossa equipe tem se renovado ao longo dos anos com
novos irmãos?
7. Nossa equipe planeja, avalia e se avalia?
Mais do que apenas fazer a nossa parte, precisamos
analisar se colaboramos para que os outros façam a parte que lhes compete. Não
com intromissões que comprometam a autonomia dos companheiros e impeçam que os
erros lhes ensinem o que precisam saber, mas com estímulos, sugestões,
colocando-nos à disposição para auxiliá-los, tanto quanto esperamos o concurso
alheio em nosso próprio auxílio.
Uma equipe formada por espíritas deve ser mais que uma
equipe, deve ser uma verdadeira família, onde o fracasso de um atinge a todos e
onde o êxito de alguém é o sucesso de todos.
Cezar Braga Said – Livro: Centro Espírita – Uma visão construtiva