CORONAVÍRUS
INFORME ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DO
BRASIL (AME- BRASIL)
13 de março de 2020
A evolução da pandemia de Coronavírus
(COVID-19), com ocorrência em vários países e se disseminando rapidamente,
torna essencial a participação de toda a nossa sociedade nas medidas
necessárias para sua prevenção e controle.
Apesar de se tratar de um novo vírus,
o conhecimento acumulado até o momento, a partir dos milhares de casos em
outras regiões, tem permitido que nosso país desenvolva planos de ação
procurando reduzir os danos desta pandemia, já considerada uma emergência de
saúde pública. Mas será necessária a mobilização e participação de todos.
Alguns esclarecimentos devem ser
apontados: oitenta por cento dos casos de infecção por Coronavírus são leves e
os sintomas lembram um resfriado comum. Casos graves acontecem principalmente
em pessoas com mais de 60 anos de idade e/ou com doenças crônicas, como doenças
cardíacas, pulmonares, renais e em pessoas com imunidade reduzida por doença ou
medicação.
Individualmente, a infecção pelo
Coronavírus não difere muito das infecções respiratórias já existentes na
população. Por isso, não há motivo para pânico ou medidas desesperadas. A
grande preocupação em relação a esta pandemia é que o número de casos pode
aumentar de maneira abrupta, em escala geométrica, o que acarretaria em um
grande número de doentes, alguns com doença grave, de modo simultâneo. Este
fato sobrecarregaria os serviços de saúde, sejam eles públicos ou privados, com
risco de faltar assistência adequada para toda a população. Esta é a razão pela
qual as medidas de contenção são essenciais, para tornar mais lenta a
instalação desta pandemia e permitir que os serviços de saúde se organizem para
oferecer atendimento adequado.
A comunidade espírita e a comunidade
ligada à Associação Médico-Espírita do Brasil têm um compromisso com a saúde
espiritual e física e com ações de fraternidade e solidariedade.
Com essas preocupações, e avaliando a
situação atual, a AME-Brasil recomenda as seguintes medidas:
1. Seguir as recomendações dos órgãos
oficiais, Ministério da Saúde do Brasil e Organização Mundial da Saúde, quanto
aos comportamentos adequados tais como “etiqueta respiratória” (tossir ou
espirrar no próprio braço ou dento da camisa), higienização frequente das mãos
com álcool gel a 70% ou com água e sabão e evitar contato das mãos com as
mucosas da boca, nariz e olhos. Pessoas com sintomas respiratórios devem
procurar o atendimento médico o mais breve possível e colaborar com o
isolamento domiciliar até ordem médica.
2. Devido à grande dimensão territorial do Brasil e a pluralidade de
cenários, as medidas de contenção podem variar conforme a localidade. Assim, é
importante estar atento às recomendações dos estados e municípios, que podem
mudar durante o período de pandemia.
3. A princípio, a maior gravidade da doença está na população com idade
superior a 60 anos com ou sem comorbidades crônicas. Por este motivo
recomendamos que estas pessoas evitem o contato social, especialmente em
reuniões com maior número de pessoas, como palestras públicas, atendimento ao
público, grandes grupos de estudo ou grandes grupos mediúnicos.
4. Trabalhos de atendimento espiritual abertos ao público podem ser
realizados por atendimento à distância (por exemplo, passe a distância),
através do trabalho de irradiações, com a formação de correntes de vibração,
através da prece, em favor de toda a comunidade mundial, brasileira.
5. Reuniões com grande número de pessoas devem ser evitadas. Para as
casas espíritas com recursos disponíveis as atividades virtuais são preferíveis
durante o período da pandemia.
6. Suspender eventos com grande número de pessoas até que essa medida
seja reavaliada de acordo com a evolução da situação epidemiológica.
7. Pessoas com sintomas respiratórios não devem participar de atividades
neste período de pandemia.
8. Manter reuniões de trabalho que envolva pequeno número de pessoas,
tomando-se os cuidados preconizados pela área de saúde pública. Delas não
deverão participar trabalhadores com sintomas respiratórios, assim como se
deverá evitar contato físico como aperto de mãos, abraços e beijos. Essas
medidas podem parecer, para alguns, excessivas no momento, mas é importante
estimulá-las porque se trata de mudança de comportamento (o que é sempre
difícil) e poderão se tornar fundamentais em seguida, com a evolução da
epidemia.
9. O fornecimento de álcool gel em locais chaves da casa espírita, como
na entrada, na biblioteca e nos banheiros pode auxiliar sobremaneira na contenção
do vírus.
10. Contribuir com as ações propostas pelas autoridades sanitárias,
especialmente através da divulgação de informações confiáveis e desenvolvendo
um trabalho de educação em saúde junto às comunidades atendidas e/ou ligadas à
AME-Brasil.
Essas medidas serão reavaliadas
sistematicamente, de acordo com a evolução da situação da doença. Nosso país é
grande e diverso e, até o momento, a distribuição dos casos confirmados é
heterogênea nos diversos estados. São Paulo e Rio de Janeiro possuem o maior
número de casos confirmados e acredita-se que nesse momento possam estar na
iminência ou em fase inicial de contágio comunitário. As capitais desses dois
estados são cidades muito populosas e apresentam um fluxo muito grande de
pessoas em viagens de entrada e saída. Uma vez estabelecida a transmissão
comunitária, quando não se identifica mais a fonte de aquisição do vírus,
outras medidas poderão ser necessárias.
Mais informações sobre Coronavírus
(COVID-19) e sobre as medidas de prevenção propostas à sociedade podem ser
encontradas no site do Ministério da Saúde do Brasil: https://saude.gov.br
Também está disponível APP para
sistemas operacionais iOS e Android, desenvolvidos pelo Ministério da Saúde,
que podem ser baixados gratuitamente, e permite o acompanhamento da situação e
das orientações em tempo real.
Devemos lembrar que os problemas que
nos surgem são oportunidades para aprendizado, oferecidos por Deus, para nosso
próprio crescimento, seja ele individual ou coletivo. Como afirma Emmanuel na
obra Ceifas de Luz: “Não há sofrimento sem significação”. Semelhante aos dramas
individuais, devemos manter a fé e a serenidade para permitirmos a inspiração
do Mundo Maior para nos auxiliar no enfrentamento desta pandemia.
Como prevenir o contágio?
• Lave as mãos com água e sabão ou use álcool
gel a 70%.
• Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou
tossir.
• Evite aglomerações se estiver doente.
• Mantenha os ambientes bem ventilados.
• Não compartilhe objetos pessoais.
PERANTE
A ENFERMIDADE
Sustentar inalteráveis a fé e a
confiança, sem temor, queixa ou revolta, sempre que enfermidades conhecidas ou
inesperadas lhe visitem o corpo ou lhe assediem o lar.
Cada prova tem uma razão de ser.
Com o necessário discernimento,
abster-se do uso exagerado de medicamentos capazes de intoxicar a vida
orgânica.
Para o serviço da cura, todo
medicamento exige dosagem.
Desfazer ideias de temor ante as
moléstias contagiosas ou mutilantes, usando a disciplina mental e os recursos
da prece.
A força poderosa do pensamento tanto
elabora quanto extingue muitos distúrbios orgânicos e psíquicos.
Sabendo que todo sofrimento orgânico
é uma prova espiritual, dentro das leis cármicas, jamais recear a dor, mas
aceitá-la e compreendê-la com desassombro e conformação.
A intensidade do sofrimento varia
segundo a confiança na Lei Divina.
Aceitar o auxílio dos missionários e
obreiros da medicina terrena, não exigindo proteção e responsabilidade
exclusivas dos médicos desencarnados.
A Eterna Sabedoria tudo dispõe em nosso
proveito.
Afirmar-se mentalmente em segurança,
acima das enfermidades insidiosas que lhe possam assaltar o organismo,
repelindo os pensamentos e as palavras de desespero ou cansaço, na fortaleza de
sua fé.
A doença pertinaz leva à purificação
mais profunda.
Aproveitar a moléstia como período de
lições, sobretudo como tempo de aplicação dos valores alusivos à convicção
religiosa. A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé.
“Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” — Jesus. (MATEUS, 11:28).
Espírito André Luiz – psicografia de Chico Xavier
(Conduta Espírita – cap. 35).
Diretoria da
AME-Brasil
Dr. Gilson Luís Roberto – Médico
homeopata e presidente da AME-Brasil.
Dr. Vicente Pessoa Jr – Médico
infectologista e vice-presidente da AME Goiânia (GO).
Dr. Ricardo de Souza Cavalcante –
Médico infectologista do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina de Botucatu –
UNESP e presidente da AME Botucatu (SP).
Fonte: febnet.org.br