quarta-feira, 29 de junho de 2022
Palavras da vida eterna
“Tu tens as palavras da vida eterna”. Simão Pedro (João, 6:68)
Rodeiam-te as palavras,
em todas as fases da luta e em todos os ângulos do caminho.
Frases respeitáveis que
se referem aos teus deveres.
Verbo amigo trazido por
dedicações que te reanimam e consolam.
Opiniões acerca de
assuntos que te não dizem respeito.
Sugestões de variadas
origens.
Preleções valiosas.
Discursos vazios que os
teus ouvidos lançam ao vento.
Palavras faladas...
palavras escritas...
Dentre as expressões
verbalistas articuladas ou silenciosas, junto das quais a tua mente se
desenvolve, encontrarás, porém, as palavras da vida eterna.
Guarda teu coração à
escuta.
Nascem do amor
insondável do Cristo, como a água pura do seio imenso da Terra.
Muitas vezes te manténs
despercebido e não lhes assinalas o aviso, o cântico, a lição e a beleza.
Vigia no mundo, isolado
de ti mesmo, para que lhes não percas o sabor e a claridade.
Exortam-te a considerar
a grandeza de Deus e a viver de conformidade com as Suas Leis.
Referem-se ao Planeta
como sendo nosso lar e à Humanidade como sendo a nossa família.
Revelam no amor o laço
que nos une a todos.
Indicam no trabalho o
nosso roteiro de evolução e aperfeiçoamento.
Descerram os horizontes
divinos da vida e ensinam-nos a levantar os olhos para o mais alto e para o mais
além.
"Palavras,
palavras, palavras..."
Esquece aquelas que te
incitam à inutilidade, aproveita quantas te mostram as obrigações justas e te
ensinam a engrandecer a existência, mas não olvides as frases que te acordam
para a luz e para o bem; elas podem penetrar o nosso coração, através de um
amigo, de uma carta, de uma página ou de um livro, mas, no fundo, procedem
sempre de Jesus, o Divino Amigo das Criaturas.
Retém contigo as
palavras da vida eterna, porque são as santificadoras do espírito, na experiência
de cada dia, e, sobretudo, o nosso seguro apoio mental nas horas difíceis das
grandes renovações.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 059
Rogativa de apoio
Senhor!...
Guia-nos ao conhecimento
de nós mesmos e ensina-nos a usar as forças que nos deste.
*
Nos dias em que a
tristeza nos acene, induze-nos a lembrar as alegrias de que nos enriqueceis,
constantemente, a fim de que o desânimo não nos entorpeça a capacidade de
trabalhar.
*
Nas ocasiões em que a
doença nos visite, revigora-nos a certeza de que, mesmo assim, ser-nos-á
possível cultivar a paciência, de modo a encorajar àqueles que nos procurem.
*
Nos momentos em que a
fadiga nos ameace, faze-nos empregar a energia da nossa própria vontade, a fim
de que possamos prosseguir agindo e servindo, até que a oportunidade para
repouso e refazimento nos favoreça.
*
Nas horas em que alguém
nos contrarie, auxilia-nos a recordar quantas vezes temos ferido aos
semelhantes e concede-nos o olvido de quaisquer contratempos sem complicá-los.
*
Em qualquer situação,
não nos deixes pedir isso ou aquilo aos nossos companheiros, sem antes doar
quanto estiver ao nosso alcance, abrindo assim as iniciativas de cooperação e
da solidariedade.
*
Senhor!...
Não nos consinta
acreditar na fraqueza quando nos revestes a existência com recursos
inesgotáveis para o trabalho e nem nos permitas crer na necessidade do
ressentimento, quando nos impeles a viver, cada dia, em pleno oceano de amor.
E, em nos conhecendo,
tais quais somos para fazermos de nós o melhor que pudermos, sustenta-nos, seja
onde for, a decisão de aceitar sempre os teus sábios desígnios.
Assim seja!
Meimei / Chico Xavier – Livro: Sentinelas da Alma
domingo, 26 de junho de 2022
Predestinado, o Filme
Danton Mello é Arigó, médium que
auxiliou milhões de pessoas na cidade de Congonhas, tornando-se conhecido
internacionalmente por sua faculdade mediúnica. Sua história será contada nos
cinemas, a partir de 1º de setembro no filme Predestinado: Arigó e o Espírito
do Dr. Fritz.
Juliana Paes, Marcos Caruso, Alexandre
Borges e Cássio Gabus Mendes são alguns dos outros nomes presentes no elenco,
dirigido por Gustavo Fernandez. A realização é uma parceria da Imagem Filmes
com a Paramount Pictures e a Moonshot Pictures, com apoio da FEB Cinema.
Confira o trailer:
sábado, 25 de junho de 2022
Mais Luz - Edição 584 - 26/06/2022
Confira nesta semana:
- Há 20 anos, ele partiu sereno, como viveu!
- Ante o Evangelho: Consolador Prometido
- Poema: Cisco de Deus - Sérgio Santos
- Discípulos – Fonte Viva
- Oração pelos entes queridos – Na voz de Chico Xavier
https://mailchi.mp/f261ca83aacb/h-20-anos-ele-partiu-sereno-como-viveu
Há 20 anos, ele partiu sereno, como viveu!
O título acima reproduz a edição de julho de
2002 da Folha Espírita, ainda em seu formato impresso, e que foi totalmente
dedicada a homenagear o amado médium Chico Xavier. Em 30 de junho daquele mesmo
ano, enquanto todo o povo brasileiro celebrava o tão esperado Pentacampeonato
de Futebol Mundial, Chico se despedia de sua vida terrena.
Aquele dia então ficara marcado na história
entre um misto da euforia de toda uma nação apaixonada pelo futebol e a
despedida da vida de Francisco Cândido Xavier, que durante 92 anos dedicou sua
vida inteiramente para a humanidade. Chico deixara a existência terrena
conforme prometera aos amigos mais íntimos: “vou partir em um dia que o povo
estiver muito feliz”! E assim foi.
Passados 20 anos de seu desencarne, a edição de
junho de 2022 é totalmente dedicada a ele. Nosso tributo é materializado em
forma de uma viagem no tempo, trazendo para esta edição a íntegra de alguns
depoimentos e artigos que foram eternizados na Folha Espírita de julho de 2002.
Começamos com o texto principal de Marlene
Nobre.
O
sereno adeus, por Marlene Nobre
Chico Xavier partiu para as Esferas Superiores
em meio à euforia nacional pela conquista do pentacampeonato. Partiu sereno,
como viveu. Ao seu lado, o médico fiel de quase três decênios, o cardiologista
Eurípides Tahan Vieira, viu o amigo juntar as mãos na direção do Mais Alto, em
agradecimento a Deus, e, em seguida, abandonar o corpo físico, por parada
cardíaca, sem dor, qual se fora pássaro cativo, demandando seu “hábitat”
natural. Era 30 de junho, 19h30. Terminava, ali, aos 92 anos, às vésperas de
completar 75 anos de mediunidade, no leito tosco de seu quarto humilde, a
existência física de Chico Xavier, o Apóstolo da Renovação Humana. No mundo
espiritual, uma multidão, muito maior do que aquela que saíra às ruas do país
para comemorar o penta, concentrara-se, ali, abrindo enorme clareira, entre o
Céu e a Terra, para receber o atleta especial que vencera todas as modalidades
de provas e cravar-lhe, no peito, as estrelas da vitória. Vencera na corrida
dos saltos com barreiras, suplantando a pobreza, as torturas e incompreensões,
desde a infância sofrida à velhice repleta de testemunhos difíceis; saltara bem
alto, sobrepujando a tentação do dinheiro e do poder, com a dedicação às
tarefas mais humildes; completara, integralmente, a maratona de 75 anos de
mediunidade, cumprindo sua trajetória única de medianeiro fiel ao dever e à
disciplina, canalizando as mais belas páginas da Espiritualidade Superior;
arremessara bem longe os seus dardos de tolerância e perdão, neutralizando o
ódio e desculpando, incondicionalmente, injúrias, calúnias e abandonos;
recebera, finalmente, a Medalha da Paz, porque foi Campeão de Bondade e
Humildade. Essas estrelas brilharam ainda mais em seu peito, quando o coro dos
encarnados, nas despedidas do cemitério São João Batista, entoava da Terra para
os Céus, “Chico, eu te amo”.
Demonstrou
que o Evangelho pode ser vivido, por Nestor Masotti
A partida do nosso Chico, indubitavelmente,
deixa uma ausência física que nós todos estamos sentindo, mas, meditando sobre
seus exemplos, nós podemos registrar que ele mostrou-nos alguns aspectos
extremamente importantes. Primeiro, que somos realmente seres imortais, que
continuamos a existir depois da morte física, através dos seus escritos, das
suas informações mediúnicas, constatamos isso. Mas ele foi além: deixou um
roteiro de vida que é a vivência do Evangelho. E nos mostrou que as
recomendações do Evangelho e da Doutrina Espírita não são meras recomendações,
são possibilidades reais de vida, de prática e vivência. Esta é a marca mais
forte que ele nos deixou.
Outro aspecto muito positivo que nos enche o
coração de uma certa serenidade é quando constatamos que um Espírito como ele,
que enfrentou uma luta tão árdua, desafios os mais diversos, conseguiu chegar
ao fim realmente vitorioso. Nesse aspecto, elevamos o nosso pensamento de
gratidão e louvamos no Chico o exemplo de humildade, de disciplina e dedicação
que ele nos deixa e a expectativa que tenhamos de nossa parte o bom senso de
seguir-lhe o exemplo.
(...)
Complemento
do Espiritismo, por Weimar Muniz de Oliveira
Chico Xavier tem sido, do ponto de vista humano,
intensa luz nos nossos caminhos, estimulando a nossa fé e exemplificando a
prática do bem, do perdão e da solidariedade para com todas as criaturas, sem
distinção. Do ponto de vista da Doutrina Espírita e de seu movimento, não é
apenas o intérprete, ou intermediário, da complementação do pentateuco
Kardequiano, mas é também brilhante copartícipe deste luminoso edifício
doutrinário. Pode ser comparado, embora em épocas diferentes, a Sócrates e a
Mahatma Gandhi.
André
Luiz e a ciência, por Hernani Guimarães Andrade
Encontrei muita informação de natureza
científica nos livros de André Luiz, psicografados pelo médium Chico Xavier.
Ele deu maior precisão à parte científica relacionada com o Espiritualismo e,
particularmente, com o Espiritismo. Foi a obra de Chico Xavier que introduziu
as primeiras noções da Física do Espírito. Inspirado por ele, tentei
compreender os mesmos processos da Física para determinar as propriedades da
matéria espiritual. Ele também se interessava vivamente pelo assunto e, uma das
vezes que nos encontramos, visitou nosso Instituto em São Paulo, mais
precisamente em 1978, e quis acompanhar as então recentes experiências com a
Kirliangrafia, chegando inclusive a se submeter a uma sessão de fotos. Chico
era uma pessoa maravilhosa, encantadora, muita aberta e inteligente.
(...)
Adeus
a Chico Xavier, por Fernando Ós
Que palavras podem ser usadas para um amigo que
parte silencioso para a Eternidade? Quando o coração fala, não existem fórmulas
nem palavras rebuscadas. Estou falando sobre Chico Xavier e acho que nesse
derradeiro episódio ele nos passou uma lição de grandeza, fazendo com que,
devido aos ruidosos festejos do penta de futebol, muitos nem se deram conta de
seu falecimento. Conta uma pessoa presente na sua casa que seu último movimento
foi elevar um pouco as mãos, murmurar uma prece e, na tarde desse dia, exalar o
último suspiro. Enquanto escrevo estas linhas, estou rezando em gratidão a Deus
por ter nos enviado Chico em tempos tumultuados, e por quase um século o médium
abriu caminhos importantes para a vitória sobre o ateísmo.
Domingo, dia 30/06/2002, às 23h, liguei a TV e
ouvi a notícia de sua morte ou desencarnação em meio ao alarido de multidões
nas ruas e avenidas, festejando a vitória do pentacampeonato de futebol.
Francisco Cândido Xavier, médium Chico, falecera calmamente, de parada
cardíaca. Suponho que pressentira a aproximação da carruagem toda feita de
brilhantes dourados, rumando para o banquete espiritual preparado por seus
milhões de amigos na Espiritualidade, tendo Jesus, Maria, Emmanuel e Bezerra de
Menezes no centro do Grande Salão de Preces.
Enfermo e hipertenso, não pude viajar a Uberaba,
apenas orei muito a Deus. Chico viveu entre nós 92 anos e 90 dias, e o que ele
representou na vida de muita gente só mais tarde as multidões irão compreender.
Se ninguém é profeta em sua casa, também não o é em seu tempo. Precisamos da
ótica da distância, principalmente quando se é discípulo de Jesus. Seus mais de
400 livros foram traduzidos em oito idiomas, acendendo muitas luzes na
trajetória dos povos. (...)
Na década de 1930, quando Chico começou seu
trabalho com os Espíritos, a mediunidade não possuía nenhuma credibilidade e
era tida como trabalho de bruxaria. Chico, em matéria de dinheiro, sempre foi
pobre, e pobre morreu; os direitos autorais de seus livros foram totalmente
doados a entidades de caridade. Eu próprio fiz com ele uma carta quando
concluímos em parceria com Emmanuel o livro A ponte. Hoje, os médiuns
verdadeiramente espirituais nada cobram pelo que produzem, e os que cobram são
considerados comerciantes do trabalho alheio.
No fim foram mais de 22 anos de convívio em que
o trabalho permitia uma amizade fraterna e afetuosa. Neste breve bilhete de
adeus temporário ao amigo espiritual, digo com certeza em Deus que um dia nos
reencontraremos na Espiritualidade. Lembro quando terminávamos a composição do
livro A ponte, eu perguntei ao médium: “Diga-me, Chico, você que é ‘médium’,
nós dois já cruzamos caminhos anteriores”? A resposta dele: “Já, e de forma
estreita. Mas o resto deve ficar sob sigilo”. Nada mais foi perguntado nem
revelado sobre tal assunto. (...)
Somos e vamos continuar amigos pelo coração e
pelo ideal, Eternidade afora. Com lágrimas nos olhos e no peito, eu te abraço,
amigo, beijando tuas mãos de luz e teu coração abençoado por Deus.
Algumas datas para
relembrar a vida do médium:
1910 – Nasce Francisco Cândido Xavier, em 2 de
abril, na pequena cidade mineira de Pedro Leopoldo, a 40 quilômetros de Belo
Horizonte. O pai, João Cândido Xavier, era um vendedor de bilhetes de loteria.
A mãe, Maria João de Deus, uma lavadeira.
1914 – Aos 4 anos de idade, Francisco tem a primeira
manifestação significativa de mediunidade. Ele interrompe uma conversa entre
seus pais com palavras e raciocínio surpreendentes para a sua idade e meio
social.
1915 – Maria João de Deus morre em setembro em
decorrência de uma angina. Chico vai para a casa da madrinha, Rita de Cássia.
Lá, durante dois anos, sofre toda a sorte de torturas. O menino era diariamente
alvo de agressões físicas e morais por parte da madrinha. Em desespero, o
pequeno chama pela mãe morta, que o aconselha a ter paciência.
1917 – O pai, João Cândido, casa-se novamente. Sua
esposa Cidália, como um anjo, recolhe os nove filhos de seu marido e com
carinho os educa. Ela mesma tem mais seis filhos com João Cândido.
1919 – O menino matricula-se na escola. Suas visões
continuavam, e por causa delas ele é levado pelo pai até o padre Scarzelli. O
padre receitou um remédio amargo: mandou que o pai destruísse jornais, revistas
e livros considerados como “má influência” e decretou ao menino que era o
demônio, e não a mãe que vinha falar-lhe. A mãe apareceu e pediu que ele não
mais a defendesse e disse que se afastaria; o que de fato aconteceu. Ela
afastou-se por sete anos.
1922
– Ao escrever uma
redação sobre a Independência do Brasil, viu que havia um homem ao seu lado
ditando o que ele deveria escrever. Ele chamou a professora e contou o
ocorrido. Chico ganhou menção honrosa pelo texto e algumas insinuações a
respeito da autoria do texto.
1925 – O contato com o mundo espiritual continua,
mas ainda de forma atabalhoada. Aos 15 anos ele procura novamente o padre
porque não consegue lidar com um Espírito sofredor que o atormenta dia e noite.
1927 – A irmã, Maria Xavier, foi acometida por
delírios, contorções, suores frios. Sem saída, o pai de Chico levou Maria ao
casal Perácio, espírita, que detectou um Espírito obsessor. Ela foi curada com
passes, orações e doutrinação. Chico acompanhou todo o processo e tornou-se
espírita. Despediu-se, então, do padre Scarzelli, que lhe desejou felicidades.
8/7/1927 – Chico recebe a primeira mensagem assinada por
um amigo espiritual.
1928 – Psicografou centenas de mensagens no centro
espírita de Pedro Leopoldo.
1931 – O espírito Emmanuel apresenta-se ao médium e
assume a responsabilidade por suas atividades. O primeiro livro da dupla é o
Parnaso de Além-túmulo, uma coletânea de 56 poemas.
1935
– O livro ganha
notoriedade, e o jornal carioca O Globo faz uma série de reportagens com o
médium. Nessa época, ele psicografava em várias línguas, como inglês, alemão e
sânscrito. Recebe ainda mensagens do escritor Humberto de Campos. A família do
escritor reclama na justiça os direitos autorais dos livros.
1940 – Emmanuel transmite através de Chico
importantes mensagens sobre política, economia, sociologia e feminismo.
1943 – Chico começa a trabalhar com o Espírito de um
médico, que se autodenomina André Luiz.
1944 – A Justiça declara que Humberto de Campos
estava morto, por isso ninguém poderia reclamar os direitos autorais. Mesmo
assim, Humberto de Campos decide assinar seus textos como Irmão X.
1958 – Mudou-se, por orientação espiritual, de Pedro
Leopoldo para Uberaba.
1975 – Mudou-se da Comunhão Espírita Cristã para o
Grupo Espírita da Prece.
1976 – Aos 66 anos, teve problemas de saúde que o
obrigaram a diminuir suas atividades físicas. Mas ele continua a psicografar e
a lançar livros.
1981 – O diretor de TV e teatro Augusto Cesar
Vannucci propôs seu nome para o Prêmio Nobel da Paz.
1991 – Cai doente, sem possibilidade de atender ao
público.
1997 – Mesmo com dificuldades, volta no G. E. da
Prece.
2001 – Aos 91 anos, está com apenas 30% de sua
audição, cego de um olho e enfraquecido. Contrai uma pneumonia nos dois
pulmões. Sua saúde passa a ser vigiada por enfermeiros e seu médico particular.
Apesar de muito doente, ele fez atendimento até 29 de junho de 2002, às
vésperas da morte.
Conrado Santos / Colaborador
do Grupo Espírita Cairbar Schutel Folha Espírita
Fonte: www.folhaespirita.com.br
Lendo e relendo André Luiz - Campanha CEJG
Encontra-se em curso a leitura da 4ª
obra da coleção “A vida no mundo espiritual”, ditada pelo Espírito André
Luiz, integrando o Projeto LENDO E RELENDO ANDRÉ LUIZ, promovido pelo
Departamento de Estudos do C. E. Joseph Gleber.
E na Livraria Joanna de Ângelis do C.
E. Joseph Gleber, você encontra esta magnífica obra.
Participe!
sexta-feira, 24 de junho de 2022
Estudo Minucioso do Livro Paulo e Estêvão
Jesus ensinou-nos as verdadeiras leis
de Deus e que para ser um bom cristão é imprescindível praticar a mensagem do
Evangelho. A Doutrina Espírita tem a missão de restaurá-la, pois foi esquecida
ou mal compreendida e para penetrarmos em sua pureza é fundamental conhecer o
Cristianismo nascente e a conduta de vida dos primeiros cristãos.
A Obra Paulo e Estevão relata o
testemunho de vida de alguns desses mártires para que a mensagem do Evangelho
pudesse prosperar nos corações e consolidar o Cristianismo no mundo como a base
de nossa transformação moral.
Participe do estudo online desta Obra
e conheça os exemplos de vida dos primeiros cristãos.
Os estudos são uma iniciativa da Área
de Estudo do Evangelho de Jesus (AEEJ) e acontecerão a partir de 02 de julho de
2022, todo primeiro e terceiro sábados do mês, sempre de 17 às 18h15. Em cada
sábado será um capítulo do livro a ser estudado de forma sequenciada.
Acompanhem as transmissões pelos
canais do Youtube e Facebook da UEM. Os links serão divulgados nas redes
sociais sempre às quartas e sábados.
Notícia extraída do site da UEM
quinta-feira, 23 de junho de 2022
Educação evangélica
Todas as reformas sociais, necessárias em vossos tempos de indecisão espiritual, têm de processar-se sobre a base do Evangelho.
Como? – Podereis objetar-nos. Pela educação,
replicaremos.
O plano pedagógico que implica esse grandioso
problema tem de partir ainda do simples para o complexo. Ele abrange atividades
multiformes e imensas, mas não é impossível.
Primeiramente, o trabalho de vulgarização deverá
intensificar-se, lançando, através da palavra falada ou escrita do ensinamento,
as diminutas raízes do futuro.
O
RESULTADO DOS ERROS RELIGIOSOS
Toda essa demagogia filosófico-doutrinária, que
vedes nas fileiras do Espiritismo, tem sua razão de ser. As almas humanas se
preparam para o bom caminho. A missão do Cristianismo na Terra não era a de
mancomunar-se com as forças políticas que lhe desviassem a profunda
significação espiritual para os homens. O Cristo não teria vindo ao mundo para
instituir castas sacerdotais e nem impor dogmatismos absurdos. Sua ação
dirigiu-se, justamente, para a necessidade de se remodelar a sociedade humana, eliminando-se
os preconceitos religiosos, constituindo isso a causa da sua cruz e do seu martírio,
sem se desviar, contudo, do terreno das profecias que o anunciavam.
Todas essas atividades bélicas, todas as lutas
antifraternas no seio dos povos irmãos, quase a totalidade dos absurdos, que
complicam a vida do homem, vieram da escravização da consciência ao
conglomerado de preceitos dogmáticos das Igrejas que se levantaram sobre a
doutrina do Divino Mestre, contrariando as suas bases, digladiando-se mutuamente,
condenando-se umas às outras em nome de Deus.
Aliado ao Estado, o Cristianismo deturpou-se,
perdendo as suas características divinas.
FIM
DE UM CICLO EVOLUTIVO
Sabemos todos que a Humanidade terrena atinge,
atualmente, as cumeadas de um dos mais importantes ciclos evolutivos. Nessas
transformações, há sempre necessidade do pensamento religioso para manter-se a
espiritualidade das criaturas em momentos tão críticos. À ideia cristã se
encontrava afeto o trabalho de sustentar essa coesão dos sentimentos de
confiança e de fé das criaturas humanas nos seus elevados destinos; todavia,
encarcerada nas grades dos dogmas católico-romanos, a doutrina de Jesus não poderia,
de modo algum, amparar o espírito humano nessas dolorosas transições.
Todas as exterioridades da Igreja deixam nas
almas atuais, sedentas de progresso, um vazio muito amargo.
URGE
REFORMAR
Foi justamente quando o Positivismo alcançava o
absurdo da negação, com Auguste Comte, e o Catolicismo tocava às extravagâncias
da afirmativa, com Pio IX proclamando a infalibilidade papal, que o Céu deixou
cair à Terra a revelação abençoada dos túmulos.
O Consolador prometido pelo Mestre chegava no
momento oportuno. Urge reformar, reconstruir, aproveitar o material ainda
firme, para destruir os elementos apodrecidos na reorganização do edifício
social. E é por isso que a nossa palavra bate insistentemente nas antigas
teclas do Evangelho cristão, porquanto não existe outra fórmula que possa dirimir
o conflito da vida atormentada dos homens. A atualidade requer a difusão dos
seus divinos ensinamentos. Urge, sobretudo, a criação dos núcleos
verdadeiramente evangélicos, de onde possa nascer a orientação cristã a ser
mantida no lar, pela dedicação dos seus chefes. As escolas do lar são mais que
precisas, em vossos tempos, para a formação do espírito que atravessará a noite
de lutas que a vossa Terra está vivendo, em demanda da gloriosa luz do porvir.
NECESSIDADE
DA EDUCAÇÃO PURA E SIMPLES
Há necessidade de iniciar-se o esforço de
regeneração em cada indivíduo, dentro do Evangelho, com a tarefa nem sempre
amena da autoeducação. Evangelizado o indivíduo, evangeliza-se a família;
regenerada esta, a sociedade estará a caminho de sua purificação,
reabilitando-se simultaneamente a vida do mundo.
No capítulo da preparação da infância, não
preconizamos a educação defeituosa de determinadas noções doutrinárias, mas
facciosas, facilitando-se na alma infantil a eclosão de sectarismos
prejudiciais e incentivando o espírito de separatividade, e não concordamos com
a educação ministrada absolutamente nos moldes desse materialismo demolidor,
que não vê no homem senão um complexo celular, onde as glândulas, com as suas
secreções, criam uma personalidade fictícia e transitória. Não são os sucos e
os hormônios, na sua mistura adequada nos laboratórios internos do organismo,
que fazem a luz do espírito imortal. Ao contrário dessa visão audaciosa dos
cientistas, são os fluidos, imponderáveis e invisíveis, atributos da
individualidade que preexiste ao corpo e a ele sobrevive, que dirigem todos os
fenômenos orgânicos que os utopistas da biologia tentam em vão solucionar, com
a eliminação da influência espiritual. Todas as câmaras misteriosas desse
admirável aparelho, que é o mecanismo orgânico do homem, estão repletas de uma
luz invisível para os olhos mortais.
FORMAÇÃO
DA MENTALIDADE CRISTÃ
As atividades pedagógicas do presente e do
futuro terão de se caracterizar pela sua feição evangélica e espiritista, se quiserem
colaborar no grandioso edifício do progresso humano.
Os estudiosos do materialismo não sabem que
todos os seus estudos se baseiam na transição e na morte. Todas as realidades
da vida se conservam inapreensíveis às suas faculdades sensoriais. Suas análises
objetivam somente a carne perecível. O corpo que estudam, a célula que
examinam, o corpo químico submetido à sua crítica minuciosa, são acidentais e
passageiros. Os materiais humanos postos sob os seus olhos pertencem ao domínio
das transformações, através do suposto aniquilamento. Como poderá, pois, esse movimento
de extravagância do espírito humano presidir à formação da mentalidade geral que
o futuro requer, para a consecução dos seus projetos grandiosos de fraternidade
e de paz? A intelectualidade acadêmica está fechada no círculo da opinião dos
catedráticos, como a ideia religiosa está presa no cárcere dos dogmas absurdos.
Os continuadores do Cristo, nos tempos modernos,
terão de marchar contra esses gigantes, com a liberdade dos seus atos e das
suas ideias.
Por enquanto, todo o nosso trabalho objetiva a
formação da mentalidade cristã, por excelência, mentalidade purificada, livre
dos preceitos e preconceitos que impedem a marcha da Humanidade. Formadas essas
correntes de pensadores esclarecidos do Evangelho, entraremos, então, no ataque
às obras. Os jornais educativos, as estações radiofônicas, os centros de
estudo, os clubes do pensamento evangélico, as assembleias da palavra, o filme
que ensina e moraliza, tudo à base do sentimento cristão, não constituem uma
utopia dos nossos corações. Essas obras que hoje surgem, vacilantes e indecisas
no seio da sociedade moderna, experimentando quase sempre um fracasso temporário,
indicam que a mentalidade evangélica não se acha ainda edificada. A andaimaria,
porém, aí está, esperando o momento final da grandiosa construção.
Toda a tarefa, no momento, é formar o espírito genuinamente cristão; terminado esse trabalho, os homens terão atingido o dia luminoso da paz universal e da concórdia de todos os corações.
Discípulos
“E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo”. Jesus (Lucas. 14:27)
Os círculos cristãos de
todos os matizes permanecem repletos de estudantes que se classificam no
discipulado de Jesus, com inexcedível entusiasmo verbal, como se a ligação
legítima com o Mestre estivesse circunscrita a problema de palavras.
Na realidade, porém, o
Evangelho não deixa dúvidas a esse respeito.
A vida de cada criatura
consciente é um conjunto de deveres para consigo mesma, para com a família de
corações que se agrupam em torno dos seus sentimentos e para com a Humanidade
inteira.
E não é tão fácil
desempenhar todas essas obrigações com aprovação plena das diretrizes
evangélicas.
Imprescindível se faz
eliminar as arestas do próprio temperamento, garantindo o equilíbrio que nos é
particular, contribuir com eficiência em favor de quantos nos cercam o caminho,
dando a cada um o que lhe pertence, e servir à comunidade, de cujo quadro
fazemos parte.
Sem que nos
retifiquemos, não corrigiremos o roteiro em que marchamos.
Árvores tortas não
projetam imagens irrepreensíveis.
Se buscamos a sublimação
com o Cristo, ouçamos os ensinamentos divinos.
Para sermos discípulos
dele é necessário nos disponhamos com firmeza a conduzir a cruz de nossos
testemunhos de assimilação do bem, acompanhando-lhe os passos.
Aprendizes existem que
levam consigo o madeiro das provas salvadoras, mas não seguem o Senhor por se
confiarem à revolta através do endurecimento e da fuga.
Outros aparecem,
seguindo o Mestre nas frases bem feitas, mas não carregam a cruz que lhes toca,
abandonando-a à porta de vizinhos e companheiros.
Dever e renovação.
Serviço e aprimoramento.
Ação e progresso.
Responsabilidade e
crescimento espiritual.
Aceitação dos
impositivos do bem e obediência aos padrões do Senhor.
Somente depois de
semelhantes aquisições é que atingiremos a verdadeira comunhão com o Divino
Mestre.
Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 058
Oração pelos entes queridos
Senhor Jesus!
Concedeste-nos os entes
queridos por tesouros que nos empresta.
Ensina-nos a considerá-los
e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto quanto nós,
com necessidades e esperanças semelhantes às nossas. Faze-nos, porém, observar
que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e ajuda-nos a não lhes violentar
o sentimento em nome do amor, no propósito inconsciente de escravizá-los aos nossos
pontos de vista.
Quando tristes,
transforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria segurança
e, quando alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam, não nos deixes na
sombra do egoísmo ou da inveja, mas sim ilumina-nos o entendimento para que
lhes saibamos acrescentar a paz e a esperança.
Conserva-nos no respeito
que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de apreço, em
desacordo com os recursos de que disponham.
Auxilia-nos a ser gratos
pelo bem que nos fazem, sem reclamar-lhes benefícios ou vantagens, homenagens
ou gratificações que não nos possam proporcionar.
Esclarece-nos para que
lhe vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos determos nisso,
entendendo que os prováveis defeitos de que se mostrem ainda portadores desaparecerão
no amparo de tua benção.
E, se algum dia, viermos
a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a força de
compreender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos os corações,
e sim entregando-os a Ti, através da oração, porque apenas Tu, Senhor, pode sondar
o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o reequilíbrio nas Leis de
Deus.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Mãos unidas
sábado, 18 de junho de 2022
Mais Luz - Edição 583 - 19/06/2022
Confira nesta edição:
- Evangelização espírita de crianças e jovens na FEB: *108 anos de verdadeira luz
- Ante o Evangelho: Simplicidade e pureza de coração
- Mensagem da Semana: Apóstolos - Fonte Viva
- Poema - Vida - Edmundo Xavier de Barros
- Mestre e Senhor - Oração
Clique: https://mailchi.mp/5bcceca722fe/evangelizao-esprita-de-crianas-e-jovens-na-feb
quinta-feira, 16 de junho de 2022
Evangelização espírita de crianças e jovens na FEB
*108 anos de verdadeira luz
Foi aos 14 de junho de 1914, na Sede Histórica
da Federação Espírita Brasileira (FEB), situada na Av. Passos, 30, no Rio de
Janeiro, então sob a gestão do presidente Dr. Aristides Spínola (1850-1925) e
do vice-presidente Pedro Richard (1858-1914), que se inaugurou a Escola
Dominical de Doutrina Cristã, evento a ser comemorado por todo o Movimento
Espírita brasileiro, sob as inspirações e bênçãos de Jesus e Ismael. O ensejo
foi motivo de grande júbilo para os corações que lá estavam: “[...] o ambiente
se achava repleto de crianças desencarnadas, entoando hinos de alegria e de
louvor a Deus, ao som de música celestial”.¹
Iniciava-se, na Casa de Ismael, para as crianças
e, anos mais tarde, para os adolescentes, a grande tarefa da evangelização, que
é importantíssima dentre as atividades desenvolvidas pelas instituições
espíritas, no afã de prepará-los para receber os ensinamentos sobre os princípios
fundamentais do Espiritismo, que lhes permitam compreender e aplicar os
conhecimentos doutrinários e a moral evangélica pregada pelo Cristo.
Desde a sua fundação, em 1° de janeiro de 1884,
a Federação Espírita Brasileira jamais deixou de pensar nos cuidados com a
formação moral da criança e do jovem, apenas aguardava o momento propício de
levar a efeito esse nobilíssimo projeto. Considerando que a primeira
providência deveria ser a divulgação de livros infantis, a FEB publicou, em
1901, a obra do Espírito Bittencourt Sampaio (1834-1895): De Jesus para as
crianças.
O expoente trabalhador da seara do Mestre, entre
outras produções espirituais de sua autoria, transmitiu o texto do sugestivo
livro, por meio da psicografia do médium Frederico Pereira da Silva Júnior
(1858-1914), contribuindo para o êxito do futuro tentame, conforme registros do
ano de seu lançamento.²
Entre os servidores que legaram exemplos de
perseverança entusiasta e ardorosa em favor da evangelização está Antônio Lima (1864-1946),
considerado um dos pioneiros do ensino espírita-cristão à criança no Brasil. Em
janeiro de 1904, foi criada uma seção em Reformador, denominada “Diálogos”,
onde o autor “desenvolvia sugestivas e atraentes historietas, nos moldes
didáticos dos melhores educadores”.³
Antônio Lima, no ano do Centenário Kardequiano, em
31 de dezembro de 1904, proferiu importante conferência sobre a “Educação da
Infância sob o ponto de vista espírita”. Em 1915, a FEB publica o seu livro
Espiritismo na infância, esgotando-se rapidamente os exemplares.
Em pouco tempo, o movimento iniciado pela Casa
de Ismael em 1914 se expandiu para todo o País com a criação de novos
agrupamentos de evangelização para a infância, tornando-se a proposta vitoriosa
bem como sua colheita de excelentes frutos. “Em meados de 1932, cerca de 50
Grupos, Asilos, Centros, Federações”,4 todos seguidores do modelo de
ensino sugerido pela FEB, mantinham aulas de educação moral-cristã desempenhando
a abençoada tarefa de formar os futuros espíritas, que haveriam de continuar o
trabalho de amor ao próximo entre as criaturas. Os registros históricos, nesse
período, apontam uma pequena interrupção no funcionamento do núcleo de evangelização
infantil da FEB, sobretudo em função da carência de trabalhadores para execução
das tarefas junto às crianças.
Em maio de 1946, o abnegado confrade Dr. Carlos
Lomba (1886-1958) assume a direção da Escola de Evangelho, que há muito vinha
sendo denominada dessa forma, em substituição ao nome dado anteriormente:
Escola Dominical de Doutrina Cristã. O preclaro obreiro, que a meninada carinhosamente
chamava “vovô Lomba”, dedicou-se com fervor ao trabalho desse importante setor
e, em sua gestão, muitas foram as providências apropriadas para o
engrandecimento e a qualidade das atividades que melhor atendessem às
necessidades pedagógicas das crianças. Entre elas, o lançamento, em dezembro de
1950, do “Programa de Ensino para as Escolas de Evangelho segundo a Doutrina
Espírita”, encaminhado a todas as instituições que ministravam aulas desse gênero,
conforme se tinha notícia na ocasião. Nessa época, já funcionava o Departamento
de Infância e Juventude (DIJ) da FEB, responsável pela elaboração da proposta,
aprovada pelo Conselho Federativo Nacional, a qual recomendava às Sociedades Espíritas
que adotassem o referido Programa, como preceituado no item 29, dos “Preceitos
Gerais – Pró-Unificação do Espiritismo Nacional”. O Programa estabelecia a
estrutura e o funcionamento das aulas a serem ministradas, separando as
crianças por idades e ciclos.5
Em 1951, “a antiga Escola Dominical de Doutrina
Cristã da FEB, que há muito vinha sendo carinhosamente chamada Escola de
Evangelho da Federação”,6 passou a ser denominada “Escola de
Evangelho Maria de Nazaré”, constituindo-se em manancial de preciosas oportunidades
no trato dos assuntos evangélico-doutrinários da infância e juventude. Com o afastamento
do Dr. Lomba, após 9 anos de trabalhos ininterruptos, o grupo da juventude, a
partir de 1954, e ao longo dos anos 60, assessorou a Secretaria de Assuntos
Infantis, órgão auxiliar do DIJ, colaborando para continuidade dos trabalhos de
organização e operacionalização da Escola.6
Nesse período, assume a direção do DIJ o saudoso
companheiro Alberto Nogueira da Gama (1918-2003), que se devotou ao serviço com
afinco e denodo.
Em dezembro de 1975, reativou-se o Departamento
de Infância e Juventude, sendo nomeada como diretora Maria Cecília Paiva Barros
(1912-1995), cargo que ocupou até 1980, quando passou a exercer a
vice-presidência da Casa de Ismael. Valiosas foram as contribuições trazidas pela
digníssima companheira e seus dedicados auxiliares. Juntos, promoveram
encontros e seminários, reunindo representantes do Rio de Janeiro e de outros
Estados, constituindo-se em equipes altamente qualificadas para a execução de
determinações mais amplas de ações efetivas sobre a evangelização. Ao
engajar-se com empenho na Campanha Nacional de Evangelização Espírita
Infantojuvenil, divulgada ao público espírita em 9 de outubro de 1977, por
determinação do Conselho Federativo Nacional (CFN), Maria Cecília realizou viagens
para disseminação de seu lançamento, com vistas ao aprimoramento e a expansão do
movimento de evangelização da criança e do adolescente, no Brasil e no
exterior.7
Em 1980, assume a direção do Departamento de Infância
e Juventude da FEB, a professora Cecília Rocha (1919-2012), insigne educadora e
ativa colaboradora, durante muitos anos, do Movimento Espírita do Rio Grande do
Sul, seu Estado de nascença. Sua orientação foi decisiva para a organização e o
desenvolvimento da implantação e do aperfeiçoamento das escolas de
evangelização espírita, no campo Federativo Nacional. Participou do
planejamento, da elaboração e do cumprimento da operacionalização da “Campanha
de Evangelização Espírita”, da infância e da juventude, no início, ao lado de
Maria Cecília Paiva, tornando-se, após alguns anos, “Campanha Permanente”, e
difundindo-a em todo território nacional.8
O dinamismo ardoroso em prol da causa da
evangelização permitiu-lhe realizar inúmeros eventos como cursos, seminários,
encontros nacionais e internacionais, e a formação de equipes de trabalho para a
elaboração de planos de aulas e do Currículo para as escolas de evangelização
espírita infantojuvenil, com o interesse primordial de sugerir uma metodologia
que garantisse a unidade de princípios e de objetivos a serem atingidos pelo programa.
Como vice-presidente, de 1983 até março de 2012, nunca deixou de atuar junto à
área da evangelização de crianças e adolescentes, contribuindo para a
eficiência dos trabalhos realizados na área Federativa e no Campo Experimental
de Brasília, auxiliada pela nova diretora, Rute Vieira Ribeiro, que a
substituiu, com eficácia e dedicação, na execução das atividades do DIJ, de
1984 a 2009. (...)
(...) As palavras do Espírito Bezerra de
Menezes, através do médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro (1935-1999),
convidam-nos a prosseguir, sem esmorecimentos:
[...] Que não haja desânimo nem apressamento,
mas, acima de tudo, equilíbrio e amor. Muito amor e devotamento!
A Evangelização Espírita Infantojuvenil
amplia-se como um sol benfazejo abençoando os campos ao alvorecer.
[...] Unamo-nos, que a tarefa é de todos nós.
Somente a união nos proporciona forças para o cumprimento de nossos serviços,
trazendo a fraternidade por lema e a humildade por garantia de êxito.9
Referências:
1.
Reformador, ano 69, n. 9, p. 17(209) a 18(210), setembro de 1951, Origem das “Escolas
de Evangelho” para a infância.
2.
WANTUIL, Zêus. (Organizador.) Grandes espíritas do Brasil. 4. ed. Rio de Janeiro:
FEB, 2002. p. 253.
3.
Reformador, ano 82, n. 8, p. 11(177) a 14(180), agosto de 1964, A FEB e a criança
– 50 anos.
4.
Reformador, ano 69, n. 9, p. 17(209) a 18(210), setembro de 1951, Origem das “Escolas
de Evangelho” para a infância.
5.
Opúsculo do Programa de Ensino para as Escolas de Evangelho. Posfácio de Carlos
Lomba. Rio de Janeiro: FEB, s/d. p. 1 a 22.
6.
Reformador, ano 82, n. 8, p. 11(177) a 14(180), agosto de 1964, A FEB e a criança
– 50 anos.
7.
Reformador, ano 113, n. 1.995, p.34(190) a 35(191), junho de 1995.
8.
Reformador, ano 130, n. 2.205, p.32(470) a 33(471), dezembro de 2012.
9.
SEPARATA DE REFORMADOR. Rio de Janeiro: FEB, 1986. p. 17
Clara Lila Gonzalez de
Araújo– Revista Reformador – janeiro/2014
*100 anos de verdadeira luz – atualizamos para 108