sábado, 27 de agosto de 2022

Mais Luz - Edição 593 - 28/08/2022

 

Leia e reflita conosco:

 https://mailchi.mp/39565f1d2dc8/hoje-ainda


Hoje ainda – Emmanuel

Ante o Evangelho: A beneficência

Poema: Estrelas – Auta de Souza

Modo de sentir – Fonte Viva 67

Prece de Gúbio - Livro: À Luz da Oração

 


Vem aí....


 

Hoje ainda

 

Reunião pública de 23-1-61

1ª Parte, cap. VII, § 8

 

Não esperarás pela fortuna, a fim de servir à beneficência.

Muitas vezes, na pesquisa laboriosa do ouro, gastarás o próprio corpo em cansaço infrutífero.

*

Cede, hoje ainda, a pequena moeda de que dispões em favor dos necessitados.

O vintém que se transforma no pão do faminto vale mais que o milhão indefinidamente sepultado no cofre.

*

Não requestarás a glória acadêmica para colaborar na instrução.

Muitas vezes, na porfia da conquista de lauréis para a inteligência, desajustarás, debalde, a própria cabeça.

Ampara, hoje ainda, o irmão que anseia pelo alfabeto.

Leve explicação que induza alguém a libertar-se da ignorância vale mais que o diploma nobre, guardado inútil.

*

Não exigirás ascensão ao poder humano a fim de proteger as vidas alheias.

Muitas vezes, na longa procura de autoridade, consumirás, em vão, o ensejo de auxiliar.

*

Acende, hoje ainda, para essa ou aquela criança extraviada, a luz do caminho certo.

Pequeno gesto edificante, que incentiva um menino a buscar o melhor, vale mais que a posição brilhante sem proveito para ninguém.

*

Não solicitarás feriado para socorrer os aflitos.

Muitas vezes, reclamando tempo excessivo para cultivar a fraternidade, perderás, improficuamente, o tesouro dos dias.

*

Estende, hoje ainda, alguma palavra confortadora aos companheiros que a provação envolve em lágrimas.

Uma hora de esclarecimento e esperança no consolo aos que choram vale mais que um século de existência, amarrado à preguiça.

*

Não percas ocasião para o teu heroísmo, nem aguardes santidade compulsória para demonstrações de virtudes.

Comecemos a cultura das boas obras, hoje ainda, onde estivermos, porque toda migalha do bem com quem for e onde for, é crédito acumulado ou começo de progresso na justiça divina.

Emmanuel / Chico Xavier / Livro: Justiça Divina

Modo de sentir

 “Renovai-vos pelo espírito no vosso modo de sentir”. Paulo (Efésios, 4:23)

 

Há muitos séculos o homem raciocina, obediente a regras quase inalteradas, comparando fatores externos segundo velhos processos de observação; rege a vida física com grandes mudanças no setor das operações orgânicas fundamentais e maneja a palavra como quem usa os elementos indispensáveis a determinada construção de pedra, terra e cal.

Nos círculos da natureza externa, em si, as modificações em qualquer aspecto são mínimas, exceção feita ao progresso avançado nas técnicas da ciência e da indústria.

No sentimento, porém, as alterações são profundas.

Nos povos realmente educados, ninguém se compraz com a escravidão dos semelhantes, ninguém joga impunemente com a vida do próximo, e ninguém aplaude a crueldade sistemática e deliberada, quanto antigamente.

Através do coração, o ideal de humanidade vem sublimando a mente em todos os climas do Planeta.

O lar e a escola, o templo e o hospital, as instituições de previdência e beneficência são filhos da sensibilidade e não do cálculo.

Um trabalhador poderá demonstrar altas características de inteligência e habilidade, mas, se não possui devoção para com o serviço, será sempre um aparelho consciente de repetição, tanto quanto o estômago é máquina de digerir, há milênios.

Só pela renovação íntima, progride a alma no rumo da vida aperfeiçoada.

Antes do Cristo, milhares de homens e mulheres morreram na cruz, entretanto, o madeiro do Mestre converteu-se em luz inextinguível pela qualidade de sentimento com que o crucificado se entregou ao sacrifício, influenciando a maneira de sentir das nações e dos séculos.

Crescer em bondade e entendimento é estender a visão e santificar os objetivos na experiência comum.

Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o Amor é o caminho para a Vida Abundante.

Vives sitiado pela dor, pela aflição, pela sombra ou pela enfermidade?

Renova o teu modo de sentir, pelos padrões do Evangelho, e enxergarás o Propósito Divino da Vida, atuando em todos os lugares, com justiça e misericórdia, sabedoria e entendimento.


Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 067

Prece de Gúbio

 


Senhor Jesus! Nosso Divino amigo…

Há sempre quem peça pelos perseguidos, mas raros se lembram de auxiliar os perseguidores! Em toda parte, ouvimos rogativas em benefício dos que obedecem, entretanto, é difícil surpreendermos uma súplica em favor dos que administram.

Há muitos que rogam pelos fracos para que sejam, a tempo, socorridos; no entanto, raríssimos corações imploram concurso divino para os fortes, a fim de que sejam conduzidos.

Senhor, tua justiça não falha. Conheces aquele que fere e aquele que é ferido. Não julgas pelo padrão de nossos desejos caprichosos, porque o teu amor é perfeito e infinito…

Nunca te inclinaste tão somente para os cegos, doentes e desalentados da sorte, porque amparas, na hora justa, os que causam a cegueira, a enfermidade e o desânimo…

Se em verdade salvas as vítimas do mal, buscas, igualmente, os pecadores, os infiéis e os injustos. Não menoscabaste a jactância dos doutores e conversaste amorosamente com eles no templo de Jerusalém. Não condenaste os afortunados e, sim, abençoaste-lhes as obras úteis.

Em casa de Simão, o fariseu orgulhoso, não desprezaste a mulher transviada, ajudaste-a com fraternas mãos. Não desamparaste os malfeitores, aceitaste a companhia de dois ladrões, no dia da cruz.

Se Tu, Mestre, o Mensageiro Imaculado, assim procedeste na Terra, quem somos nós, Espíritos endividados, para amaldiçoarmo-nos, uns aos outros?

Acende em nós a claridade dum entendimento novo! Auxilia-nos a interpretar as dores do próximo por nossas próprias dores. Quando atormentados, faze-nos sentir as dificuldades daqueles que nos atormentam para que saibamos vencer os obstáculos em teu nome.

Misericordioso amigo, não nos deixes sem rumo, relegados à limitação dos nossos próprios sentimentos…

Acrescenta-nos a fé vacilante, descortina-nos as raízes comuns da vida, a fim de compreendermos, finalmente, que somos irmãos uns dos outros. Ensina-nos que não existe outra lei, fora do sacrifício, que nos possa facultar o anelado crescimento para os mundos divinos.

Impele-nos à compreensão do drama redentor a que nos achamos vinculados. Ajuda-nos a converter o ódio em amor, porque não sabemos, em nossa condição de inferioridade, senão transformar o amor em ódio, quando os teus desígnios se modificam, a nosso respeito.

Temos o coração chagado e os pés feridos na longa marcha, através das incompreensões que nos são próprias, e nossa mente, por isto, aspira ao clima da verdadeira paz, com a mesma aflição por que o viajor extenuado no deserto anseia por água pura.

Senhor, infunde-nos o Dom de nos ampararmos mutuamente.

Beneficiaste os que não creram em Ti, protegeste os que te não compreenderam, ressurgiste para os discípulos que te fugiram, legaste o tesouro do conhecimento divino aos que te crucificaram e esqueceram…

Por que razão, nós outros, míseros vermes do lodo ante uma estrela celeste, quando comparados contigo, recearíamos estender dadivosas mãos aos que nos não entendem ainda?

É para eles, Senhor, para os que repousam aqui, em densas sombras, que Te suplicamos a bênção! Desata-os, Mestre da caridade e da compaixão, liberta-os para que se equilibrem e se reconheçam...

Ajuda-os a se aprimorarem nas emoções do amor santificante, olvidando as paixões inferiores para sempre. Possam eles sentir-Te o desvelado carinho, porque também Te amam, e Te buscam inconscientemente, embora permaneçam supliciados no vale fundo de sentimentos escuros e degradantes...

 

André Luiz / Chico Xavier / Livro: À Luz da Oração.

sábado, 20 de agosto de 2022

Mais Luz - Edição 592 - 21/08/2022

 Leia e reflita conosco:

  • Aviso oportuno – Inácio Bittencourt
  • Ante o Evangelho: Bem-aventurados os que têm fechados os olhos
  • Poema – Desobsessão (Alfredo José dos Santos Nora)
  • Acordar e erguer-se – Fonte Viva 66
  • Oração: Rogativa – Emmanuel

 

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Aviso oportuno

 


Nas tarefas da noite de 10 de novembro de 1955, profunda alegria felicitou-nos o grupo em prece.

Pela vez primeira; o inolvidável companheiro Inácio Bittencourt visita-nos a casa. Senhoreando as possibilidades do médium, o grande lidador do Espiritismo no Brasil dirige-nos a sua palavra clara e incisiva, concitando-nos às responsabilidades que nos competem na Doutrina de Luz que abraçamos.

 

Meus amigos: Louvado seja o Senhor.

Em minha última romagem no campo físico, mobilizando os poucos préstimos de minha boa vontade, devotei-me ao serviço da cura mediúnica; no entanto, desencarnado agora, observo que a turba de doentes, que na Terra me feria a visão, aqui continua da mesma sorte, desarvorada e sofredora.

Os gemidos no reino da alma não são diferentes dos gemidos nos domínios da carne.

E dói-me o coração reparar as filas imensas de necessitados e de aflitos a se movimentarem depois do sepulcro, entre a perturbação e a enfermidade, exigindo assistência.

É por esta razão, hoje reconhecemos, que acima do remédio do corpo temos necessidade de luz no espírito.

Sabemos que redenção expressa luta. Que resultados colheremos no combate evolutivo, se os soldados e obreiros das nossas empresas de recuperação jazem desprevenidos e vacilantes, infantilizados e trôpegos?

Nas vastas linhas de nossa fé, precisamos armar-nos de conhecimento e qualidade que nos habilitem para a vitória nas obrigações assumidas. Conhecimento que nasça do estudo edificante e metódico, e qualidade que decorra das atitudes firmes na regeneração de nós mesmos.

Devotamento à lição que ilumine e à atividade que enobreça.

Indubitavelmente, ignoramos por quanto tempo ainda reclamaremos no mundo o concurso da medicina e da farmácia, do bálsamo e do anestésico, da água medicamentosa e do passe magnético, à feição de socorro urgente aos efeitos calamitosos dos grandes males que geramos na vida, cujas causas nem por isso deixarão de ser removidas por nós mesmos, com a cooperação do tempo e da dor.

Mas, porque disponhamos de semelhante alívio, temporário embora; não será lícito olvidar que o presente de serviço é a valiosa oportunidade de nossa edificação.

A falta de respeito para com a nossa própria consciência dá margem a deploráveis ligações com os planos inferiores, estabelecendo em nosso prejuízo, moléstias e desastres morais cuja extensão não conseguimos sequer pressentir; e a ausência de estudo, acalenta em nossa estrada os processos da ignorância, oferecendo azo às mais audaciosas incursões da fantasia em nosso mundo mental, como sejam: a acomodação com fenômenos de procedência exótica, presididos por rituais incompatíveis com a pureza de nossos princípios, o indevido deslumbramento diante de profecias mirabolantes e a conexão sutil com Inteligências desencarnadas menos dignas, que se valem da mediunidade incauta e ociosa entre os homens, para a difusão de notícias e mensagens supostamente respeitáveis, pela urdidura fantasmagórica, e que encerram em si o ridículo finamente trabalhado, com o evidente intuito de achincalhar o ministério da verdade e do bem.

A morte não é milagre e o Espiritismo desceu à Humanidade terrestre com o objetivo de espiritualizar a alma humana.

Evitemos proceder como aquele artífice do apólogo, que pretendia consertar a vara torta buscando aperfeiçoar-lhe a sombra.

Iluminemos o santuário de nossa vida interior e a nossa presença será luz.

Eis a razão por que, em nos comunicando convosco, reportamo-nos aos quadros dolorosos que anotamos aqui, na esfera dos ensinamentos desaproveitados, para destacar o impositivo daquela oração e daquela vigilância, perenemente lembradas a nós todos pela advertência do nosso Divino Mestre, a fim de que estejamos seguros no discernimento e na fé, na fortaleza e na razão, encarando o nosso dever face a face.

Inácio Bittencourt / Chico Xavier / Livro: Vozes do grande Além

Acordar e erguer-se

 “Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará”. Paulo (Efésios, 5:14)

 

Há milhares de companheiros nossos que dormem, indefinidamente, enquanto se alonga debalde para eles o glorioso dia de experiência sobre a Terra.

Percebem vagamente a produção incessante da Natureza, mas não se recordam da obrigação de algo fazer em benefício do progresso coletivo.

Diante da árvore que se cobre de frutos ou da abelha que tece o favo de mel, não se lembram do comezinho dever de contribuir para a prosperidade comum.

De maneira geral, assemelham-se a mortos preciosamente adornados.

Chega, porém, um dia em que acordam e começam a louvar o Senhor, em êxtase admirável...

Isso, no entanto, é insuficiente.

Há muitos irmãos de olhos abertos, guardando, porém, a alma na posição horizontal da ociosidade.

É preciso que os corações despertos se ergam para a vida, se levantem para trabalhar na sementeira e na seara do bem, a fim de que o Mestre os ilumine.

Esforcemo-nos por alertar os nossos companheiros adormecidos, mas não olvidemos a necessidade de auxiliá-los no soerguimento.

É imprescindível saibamos improvisar os recursos indispensáveis em auxílio dos nossos afeiçoados ou não, que precisam levantar-se para as bênçãos de Jesus.

Não basta recomendar.

Quem receita serviço e virtude ao próximo, sem antes preparar-lhe o entendimento, através do espírito de fraternidade, identifica-se com o instrutor exigente, que reclama do aluno integral conhecimento acerca de determinado e valioso livro, sem antes ensiná-lo a ler.

Disse Paulo: — “Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará”.

E nós repetiremos: — “Acordemos para a vida superior e levantemo-nos na execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os outros.”

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 066

Rogativa

 



Senhor Jesus!

Associa-se a nossa voz a todas as súplicas que te rogam a bênção de amor, a fim de que possamos trabalhar em harmonia com os teus superiores desígnios.

Dá-nos consciência de nossas responsabilidades e infunde-nos a noção do dever.

Reveste-nos com a dignidade da resistência pacífica, diante do mal que nos conclama à perturbação, e faze-nos despertos na construção espiritual que fomos chamados a realizar contigo, dentro da renunciação que nos ensinaste.

Apaga em nosso pensamento as labaredas da discórdia e ajuda-nos a responder com silêncio, serenidade e diligência no bem toda ofensiva da leviandade, da violência e do ódio.

Instila-nos a coragem de esquecer tudo o que expresse inutilidade e aviva-nos a memória no cultivo dos valores morais indispensáveis à edificação do nosso futuro.

Mestre, não nos deixes hipnotizados pela indiferença que tantas vezes tem sido o nosso clima de invigilância pessoal em tua obra de luz.

Que a fraternidade e a ordem, a compreensão humana e o respeito recíproco nos presidam à tarefa de cada dia, em teu nome, na execução de tua divina vontade, são os votos que repetimos com todo o coração, hoje e sempre.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: À luz da Oração

sábado, 13 de agosto de 2022

Mais Luz - Edição 591 - 14/08/2022

 

Venha ler conosco em mais uma edição do nosso semanário:


  • Credores no lar – Emmanuel
  • Ante o Evangelho: Piedade filial
  • Poema: Carta paternal I – Vallado Rosas
  • Não te enganes – Fonte Viva 65
  • Oração: Pai nosso - Monsenhor Horta

 

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Seminário: Campanha do quilo

 


Credores no lar

 


“Honrai vosso pai e vossa mãe…” — Jesus (Mateus, 19.19)

“Honrar a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco na infância.” — Cap. XIV, 3

 

No devotamento dos pais, todos os filhos são joias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros que te apoiam a alma, surgem os filhos-credores, alcançando-te a vida, por instrutores de feição diferente.

Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço. É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.

Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.

Não te rogam a liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de entendimento.

Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.

Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.

Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.

De doces numes do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.

Governam-te impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.

Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo, todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.

Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.

Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem.

Apagas-te, a pouco a pouco, para que fuljam em teu lugar.

Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.

E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.

Quando te vejas, diante de filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.

Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em silêncio, o luminoso certificado de tua própria libertação.

Emmanuel / Chico Xavier / Revista Reformador / fevereiro / 1963

Não te enganes

 “Olhais para as coisas, segundo as aparências? Se alguém confia de si mesmo que é do Cristo, pense outra vez isto consigo, que assim como ele é do Cristo, também nós do Cristo somos”. Paulo (II Coríntios, 10:7)

Não te enganes, acerca da nossa necessidade comum no aperfeiçoamento.

Muita vez, superestimando nossos valores, acreditamo-nos privilegiados na arte da elevação. E, em tais circunstâncias, costumamos esquecer, impensadamente, que outros estão fazendo pelo bem muito mais que nós mesmos.

O vagalume acende leves relâmpagos nas trevas e se supõe o príncipe da luz, mas encontra a vela acesa que o ofusca. A vela empavona-se sobre um móvel doméstico e se presume no trono absoluto da claridade, entretanto, lá vem um dia em que a lâmpada elétrica brilha no alto, embaciando-lhe a chama.

A lâmpada, a seu turno, ensoberbece-se na praça pública, mas o Sol, cada manhã, resplandece no firmamento, clareando toda a Terra e empalidecendo todas as luzes planetárias, grandes e pequenas.

Enquanto perdura a sombra protetora e educativa da carne, quase sempre somos vítimas de nossas ilusões, mas, em voltando o clarão infinito da verdade com a renovação da morte física, verificamos, ao sol da vida espiritual, que a Providência Divina é glorioso amor para a Humanidade inteira.

Não troques a realidade pelas aparências.

Respeitemos cada realização em seu tempo e cada pessoa no lugar que lhe é devido. Todos somos companheiros de evolução e aperfeiçoamento, guardados ainda entre o bem e o mal.

Onde acionarmos a nossa "parte inferior", a sombra dos outros permanecerá em nossa companhia. Da zona a que projetarmos a nossa “boa parte”, a luz do próximo virá ao nosso encontro.

Cada alma é sempre uma incógnita para outra alma. Em razão disso, não será lícito erguer as paredes de nossa tranquilidade sobre os alicerces do sentimento alheio.

Não nos iludamos.

Retifiquemos em nós quanto prejudique a nossa paz íntima e estendamos braços e pensamentos fraternos, em todas as direções, na certeza de que, se somos portadores de virtudes e defeitos, nas ocasiões de juízo receberemos sempre de acordo com as nossas obras. E, compreendendo que a Bondade do Senhor brilha para todas as criaturas, sem distinção de pessoas, recordemos em nosso favor e em favor dos outros as significativas palavras de Paulo: — “Se alguém confia de si mesmo que é do Cristo, pense outra vez isto consigo, porque tanto quanto esse alguém é do Cristo, também nós do Cristo somos.”

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 065

Pai nosso

 


Pai nosso que estás nos Céus

Na luz dos sóis infinitos

Pai de todos os aflitos,

Neste mundo de escarcéus.

 

Santificado, Senhor,

Seja Teu nome sublime

Que em todo universo exprime

Ternura, concórdia e amor.

 

Venha ao nosso coração

O Teu Reino de bondade,

De paz e de claridade,

Na estrada da redenção.

 

Cumpra-se o Teu mandamento

Que não vacila, nem erra

Nos Céus, como em toda Terra

De luta e de sofrimento.

 

Evita-nos todo o mal,

Dá-nos o pão no caminho

Feito na Luz no carinho

Do Pão Espiritual.

 

Perdoa-nos, Senhor,

Os débitos tenebrosos

De passados escabrosos,

De iniquidade e de dor.

 

Auxilia-nos também

Nos sentimentos cristãos,

A amar aos nossos irmãos

Que vivem distantes do Bem.

 

Com a proteção de Jesus

Livra nossa alma do erro

Neste mundo de desterro

Distante da Tua luz.

 

Que nossa ideal igreja

Seja o altar da caridade,

Onde se faça a Vontade

Do Teu amor... Assim seja.


Monsenhor Horta / Chico Xavier – Livro: Senda para Deus

sábado, 6 de agosto de 2022

Mais Luz - Edição 590 - 07/08/2022

 Venha ler com a gente:

  • Vem, hoje – Livro: Depoimentos vivos
  • Ante o Evangelho: Os últimos serão os primeiros
  • Poema: Ide, irmãos - Bittencourt Sampaio
  • Semeadores- Fonte viva 64
  • Oração do pintor - Meimei

 

Clique e acesse o nosso boletim semanal:

https://mailchi.mp/afceb9a5dd2a/vem-hoje

Palestras CEJG - Agosto/2022

 


Evangelização Espírita Joseph Gleber


 

Estudos - CEJG

 


Vem, hoje

 


O convite do Senhor é claro e vazado em termos de síntese: “Vem hoje trabalhar na minha Vinha”!

De forma impositiva, a ilustração do Mestre determina tempo e local de ação.

Não deixa condicional liberativa, nem faculta uma porta de evasão para a irresponsabilidade.

De maneira incisiva, apresenta a necessidade redentora em termos finalistas.

Não abre ensancha a divagações que permitam a transferência, tampouco enseja ao discípulo a oportunidade de adiar o compromisso.

Hoje é a medida de tempo que se está vivendo.

Nem ontem — hoje passado —, nem amanhã — hoje porvindouro.

Equivale dizer, agora, porquanto, ontem é a oportunidade que foi e amanhã, talvez, não seja alcançado nas mesmas circunstâncias, com as características azadas dentro dos recursos próprios para a realização do cometimento.

Há tempo, em razão disso, para semear como há oportunidade para colher.

Hoje, na Vinha do Senhor, é o imperativo para que produzamos no bem, a fim de que, no futuro, possamos recolher na messe da luz a contribuição da claridade que esparzimos.

Nesse sentido, o apelo do Mestre determina, também, o campo de trabalho.

Nem a esfera da divagação filosófica nem o campo da investigação científica incessante, nem a contemplação religiosa fantasista da adoração inoperante.

A Sua Vinha são as dores do mundo, os tormentos e percalços, os mananciais de lágrimas e os rios de sofrimento.

...

Refletir filosofando, perquirir examinando, para crer ajudando.

“Vem hoje trabalhar na minha Vinha”, ainda é apelo para nós, dos mais veementes e concisos.

Eis um ângulo da Vinha do Senhor no qual somente os afervorados discípulos se dispõem a trabalhar: o inadiável socorro aos irmãos desencarnados em aflição pelo contributo do intercâmbio mediúnico. Ante eles, nem o azedume do fastio emocional, nem a prepotência da vaidade humana, tampouco a imposição do desequilíbrio.

A palavra de ordem, o roteiro de fé e a compreensão fraterna do trabalhador que na Vinha do Senhor não tem outra meta senão ajudar a fim de ajudar-se, eficazmente, porquanto amanhã estará, também, transitando pelos mesmos caminhos.

João Cléofas / Divaldo Franco / Livro: Depoimentos vivos