sábado, 29 de dezembro de 2018

Palestras CEJG - Janeiro/2019


O homem novo

Para construir um mundo novo precisamos de um homem novo. O mundo está cheio de erros e injustiças porque é a soma dos erros e injustiças dos homens. Todos sabemos que temos de morrer, mas só nos preocupamos com o viver passageiro da Terra. Por isso, a humanidade desencarnada que nos rodeia é ainda mais sofredora e miserável que a encarnada a que pertencemos. "As filas de doentes que eu atendia na vida terrena - diz a mensagem de um espírito - continuam neste lado."
Muita gente estranha que nas sessões espíritas se manifestem tantos espíritos sofredores. Seria de estranhar se apenas se manifestassem espíritos felizes. Basta olharmos ao nosso redor - e também para dentro de nós mesmos - para vermos de que barro é feita a criatura humana em nosso planeta. Fala-se muito em fraude e mistificação no Espiritismo, como se ambas não estivessem em toda parte, onde quer que exista uma criatura humana. Espíritos e médiuns que fraudam são nossos companheiros de plano evolutivo, nossos colegas de fraudes cotidianas.
O Espiritismo está na Terra, em cumprimento à promessa evangélica de Consolador, para consolar os aflitos e oferecer a verdade aos que anseiam por ela. Sua missão é transformar o homem para que o mundo se transforme. Há muita gente querendo fazer o contrário: mudar o mundo para mudar o homem. O Espiritismo ensina que a transformação é conjunta e recíproca, mas tem de começar pelo homem. Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transforma. Inútil, pois, apelar para modificações superficiais. Temos de insistir na mudança essencial de nós mesmos.
O homem novo que nos dará um mundo novo é tão velho quanto os ensinos espirituais do mais remoto passado, renovados pelo Evangelho e revividos pelo Espiritismo. Sem amor não há justiça e sem verdade não escaparemos à fraude, à mistificação, à mentira, à traição. O trabalho espírita é a continuação natural e histórica do trabalho cristão que modificou o mundo antigo. Nossa luta é o bom combate do apóstolo Paulo: despertar as consciências e libertar o homem do egoísmo, da vaidade e da ganância.
"Os anos não nos dão experiência nem sabedoria - dizia o vagabundo de Knut Hamsun - mas nos deixam os cabelos horrorosamente grisalhos."(...)
(...) Os anos não trazem apenas os cabelos brancos - trazem também a experiência, mestra da vida, e com ela a sabedoria. É no dia a dia da existência que o homem vai modelando aos poucos a sua própria argila, o barro plástico de que Deus formou o seu corpo na Terra. Cada idade, afirmou Léon Denis, tem o seu próprio encanto, a sua própria beleza. É belo ser jovem e temerário, mas talvez seja mais belo ser velho e prudente, iluminado por uma visão da vida que não se fecha no círculo estreito das paixões ilusórias. O homem amadurece com o passar dos anos.
A vida tem as suas estações, já diziam os romanos. À semelhança do ano, ela se divide nas quatro estações da existência que são: a primavera da infância e da adolescência, o verão da mocidade e outono da madureza e o inverno da velhice. Mas também à semelhança dos anos, as vidas se encadeiam no processo da existência, de maneira que as estações se renovam em cada encarnação. Viver, para o individualista, é atravessar os anos de uma existência. Mas viver, para o altruísta, é atravessar as existências palingenésicas, as vidas sucessivas, em direção à sabedoria. O branquear dos cabelos não é mais do que o início das nevadas do inverno. Mas após cada inverno voltará de novo a primavera.
A importância dos anos é, portanto, a mesma das léguas numa caminhada em direção ao futuro. Cada novo ano que surge é para nós, os caminheiros da evolução, uma nova oportunidade de progresso que se abre no horizonte. Entremos no ano novo com a decisão de aproveitá-lo em todos os seus recursos. Não desprezemos a riqueza dos seus minutos, das suas horas, dos seus dias, dos seus meses. Cada um desses fragmentos do ano constitui uma parte da herança de Deus que nos caberá no futuro.





José Herculano Pires – Livro: O homem novo

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Efeméride: Nascimento de Amélie-Gabrielle Boudet

Amélie-Gabrielle Boudet foi professora de Letras e Belas Artes, artista plástica e autora das obras “Contos Primaveris” (1825), “Noções de Desenho” (1826) e “O essencial em Belas Artes” (1828). Foi esposa de Hippolyte-Léon-Denizard Rivail, o Codificador da Doutrina Espírita, sob o pseudônimo de Allan Kardec.



sábado, 3 de novembro de 2018












Irmãos Queridos,
Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo.
Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la.
Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares. Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha.
Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis. É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.
Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! A fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável. O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta.
Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral. Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança!
Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso. São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor.
Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar.
Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado.
E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós.


Eurípedes Barsanulfo / Sueli Caldas Shubert - 14.9.1983

Palestras CEJG - Novembro/2018



sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Aniversário do Centro Espírita Meimei


Palestras CEJG - Outubro/2018


150 anos de o livro A Gênese – Os milagres e as predições segundo o Espiritismo


A 29ª Semana Espírita de Teófilo Otoni, ocorrida de 18 a 22.9.2018, teve como tema central "A Gênese na transição planetária", em homenagem ao jubileu dos 150 anos desta indispensável obra. Foi uma semana bastante enriquecedora para a família espírita, com instigantes palestras, extremamente esclarecedoras que certamente incentivaram a leitura e o estudo deste livro que contém temas de interesse universal e são abordados de forma lógica, racional e reveladora.

Congratulações à Aliança Municipal Espírita pela feliz iniciativa.



quinta-feira, 20 de setembro de 2018

29° Semana Espírita de Teófilo Otoni

   
    Está acontecendo no Automóvel Clube de Teófilo Otoni, a vigésima nona Semana Espírita.
    Confira no áudio a palestra proferida no primeiro dia pelo confrade Carlos Henrique Brito de Vitória da Conquista/BA, cujo tema foi "O caráter da revelação espírita".

Juventude em ação - visita à Creche Ninho

    No dia 15/09/2018 a Juventude Espírita Joseph Gleber visitou  a Creche Ninho, levando, além de muita alegria e carinho para as crianças, 315 litros de leite, arrecadados durante uma campanha realizada nos meses de agosto e setembro. A visita faz parte do programa "Juventude em Ação!"








sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Bezerra de Menezes – 187 anos de nascimento


Médico exemplar, espírita dedicado, político íntegro, homem de bem. Bezerra de Menezes sintetiza virtudes grandiosas sem perder os traços de uma comovente humanidade. (...)
Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu na Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Jaguaretama (CE), em 29 de agosto de 1831.
Educado dentro de padrões morais rígidos, formou-se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e tornou-se mais que médico: missionário. “Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta”, escreveu.
Para ele, o doente representava o anjo da caridade que lhe vinha fazer uma visita e lhe trazia a única moeda que podia saciar a sede de riqueza do Espírito. Seus gestos de bondade e sua infatigável compaixão tornaram-se lendários.
A carreira política de Bezerra de Menezes iniciou-se em 1861, quando foi eleito vereador municipal pelo Partido Liberal. Na Câmara Municipal da Corte desenvolveu amplo trabalho em favor dos mais pobres. Foi reeleito para o período 1864-1868 e elegeu-se deputado geral em 1867. Novamente foi eleito vereador em 1873.
Ocupou o cargo de presidente da Câmara, que atualmente corresponde ao de prefeito do Rio de Janeiro, de julho de 1878 a janeiro de 1881. Nessa época, a intensificação da luta abolicionista teve a adesão de Bezerra, que usou de extrema prudência no trato do assunto.
No dia 16 de agosto de 1886, o público de duas mil pessoas que lotava a sala de honra da Guarda Velha, no Rio de Janeiro, ouviu, silencioso e atônito, o famoso médico e político anunciar sua conversão ao Espiritismo. (...)
O contato com a Doutrina Espírita ocorrera dez anos antes, quando Joaquim Carlos Travassos, que fez a primeira tradução das obras de Allan Kardec, presenteou Bezerra com um exemplar de O Livro dos Espíritos. O episódio foi narrado pelo próprio Bezerra: “[...] disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto [...] depois, é ridículo confessar-me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi-me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito, entretanto tudo aquilo era novo para mim! Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se acha em O Livro dos Espíritos [...]. Preocupei-me seriamente com este fato que me era maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, como se diz vulgarmente, de nascença [...]”.
Desde então, sua vida foi dedicada ao Espiritismo. Escritor refinado, passou a assinar artigos com temas espíritas. Aos domingos, escrevia no jornal então mais lido do Brasil: O Paiz. Sob o pseudônimo Max, assinava a série “Espiritismo-Estudos Filosóficos”, que escreveu ininterruptamente de novembro de 1886 até dezembro de 1896. Seus textos, inclusive os publicados no Reformador, marcaram época pela dignidade e coragem com que defendia seus pontos de vista e o Espiritismo.
Em 1889 assumiu pela primeira vez a presidência da FEB e iniciou o estudo metódico, semanal, de O Livro dos Espíritos. Entre os diversos livros que escreveu, constam trabalhos doutrinários, políticos e históricos. Todos deixam transparecer a preocupação com os desfavorecidos. Traduziu Obras Póstumas, de Allan Kardec.
As divergências se multiplicavam entre os espíritas brasileiros.
De um lado os chamados “místicos” e de outro os “científicos”. Em 1895, Bezerra de Menezes foi lembrado como o único nome capaz de unir os espíritas. Em 3 de agosto daquele ano, assumiu pela segunda vez a presidência da FEB, cargo que ocupou até a sua desencarnação.
À frente da Casa, imprimiu uma orientação acentuadamente evangélica aos trabalhos e recomeçou o estudo de O Livro dos Espíritos.
No início de 1900, Bezerra de Menezes foi acometido por uma congestão cerebral. Grande número de visitantes de todas as classes sociais acorria à sua casa diariamente.
Em 11 de abril de 1900, às 11h30, desencarnou, no Rio de Janeiro. (...).
Como Espírito, prossegue na vivência plena da caridade e da humildade: levantando os abatidos, consolando os curvados sob as provas terrenas, orientando Espíritos endurecidos, inspirando indulgência.
Sua assistência bondosa pode ser sentida nos livros e mensagens que ditou a Francisco Cândido Xavier, Yvonne Pereira e outros médiuns. Tradicionalmente, durante a reunião anual do Conselho Federativo Nacional da FEB, pelo médium Divaldo Pereira Franco, ele fala ao Movimento Espírita: continua a convidar os espíritas à união fraterna, perfumando as almas com seus exemplos de mansidão, devotamento, benevolência e perdão.

Sônia Zagueto – Revista Reformador

Semana Espírita de Teófilo Otoni


Semana Espírita de Teófilo Otoni!
De 18 a 22 de Setembro de 2018, na Sede Social do Automóvel Clube de Teófilo Otoni!

2ª Semaninha Espírita de Teófilo Otoni
De 18 a 21 de Setembro de 2018, na Fraternidade Espírita Joaquim Portugal!


Confira, em breve, a Programação Completa do Evento!

#12CRE #SemanaEspírita

Sarau de Luzes


      Encerrando as comemorações dos 63 anos do Centro Espírita Joseph Gleber, aconteceu o Sarau de Luzes, com apresentações artísticas de vários trabalhadores da casa e também de casas coirmãs. Momentos de muita emoção e vibrações sublimes marcaram o evento que contou ainda com a presença de alguns dos pioneiros da casa de Joseph.









quinta-feira, 12 de julho de 2018

Yvonne do Amaral Pereira





Nascida a 24 de dezembro de 1900, ela viveu oitenta e três anos, desde cedo dedicando-se a bem do próximo. Seu pai costumava levar para casa pessoas necessitadas e a menina Yvonne conviveu com mendigos, que comiam na mesma mesa e dormiam sob o mesmo teto que ela.
Toda sua vida foi de renúncias e dedicação aos sofredores. Desde os cinco anos de idade, passou a ter percepções mediúnicas. Via os Espíritos com tal nitidez que, por vezes, confundia a si mesma e aos seus familiares.
As lembranças de vida anterior não contribuíram menos para lhe causar tormentos pois, à tarde, ao ser banhada, ela exigia o vestido bonito e reclamava pela carruagem que a deveria levar a passeio.
No relacionamento com seu pai, mais de uma vez, em sendo chamada a atenção, olhava-o e dizia que ele não era seu pai, apontando para o nada, afirmando que aquele que era o seu pai. Referia-se ao Espírito Charles, que via com constância, e que lhe fora companheiro de muitas jornadas e pai amoroso.
Sentia, ademais, imensas saudades de Charles, a quem desejava abraçar, sofrendo por sua ausência física.
Aos vinte e nove dias de nascida, teve um colapso letárgico e tudo foi disposto para seu enterro. Sua mãe insistia que ela não estava morta e, preparando-se as pessoas para levar o pequeno caixão à sepultura, se recolheu ao quarto, orou à Maria, mãe de Jesus, pedindo que ela permitisse que algo ocorresse, a fim de que sua pequena não fosse sepultada. E prometeu dar-lhe o nome de Maria.
O pai, contudo, tinha sua própria vontade e a registrou com o nome de Yvonne – Yvonne do Amaral Pereira. No entanto, a própria Yvonne confidenciou a amigos que, na Espiritualidade, os Espíritos a chamavam por Maria, respeitando assim, a vontade e a promessa de uma mãe aflita.
Yvonne era uma mulher corajosa. A pedido da Federação Espírita Brasileira – FEB escreveu, em   1982, sua própria biografia, detalhando suas lutas, seus percalços, que foi publicada na Revista Reformador, da FEB.
Não temeu informar que ela própria era a personagem de muitas das histórias e romances escritos mediunicamente, por seu intermédio, descrevendo sua trajetória de acertos e desajustes, desde o ano 40 da Era cristã à atualidade, conforme os registros em Sublimação (Lygia/ Nina/ Leila); Nas voragens do pecado (Ruth–Carolina); O cavaleiro de Numiers (Berthe de Soumerville); O drama da Bretanha (Andrea de Guzmann).
O casamento não fez parte de sua vida, embora ela tenha insistido com alguns namoros que, conforme confessou, somente dissabores lhes trouxeram à alma.
Médium psicógrafa, receitista, de desdobramento, psicofonia, vidência, de efeitos físicos (materializações), era amiga dos suicidas. Lia os jornais e anotava em caderno especial o nome dos que descobria terem tirado a própria vida, orando por eles, diariamente, sabedora das dores que os alcançavam.
Isso lhe granjeou muitas amizades espirituais. Trabalhou sempre, mesmo quando as condições lhe eram mais adversas. Quando, no Rio de Janeiro, não foi aceita em vários centros espíritas, trabalhou sozinha, fornecendo receituário mediúnico e os medicamentos, realizando aulas de evangelização a crianças, psicografando.
Aplicava injeções em doentes pobres. Costurava para eles. Estabeleceu aulas de costura e bordados a moças e meninas de favela próxima de onde residia.
Manteve-se fiel à FEB, mesmo após ter tido suas duas primeiras produções mediúnicas rejeitadas (Memórias de um suicida e Amor e Ódio). Reconheceu que fora o Alto que tornara seu instrumento Manuel Quintão, pois faltava conteúdo doutrinário ao Memórias. Léon Denis, o Apóstolo do Espiritismo, seria quem lhe daria a feição doutrinária necessária.
Yvonne teve oportunidade de saber da reencarnação de seu grande amor, um amor de várias reencarnações, chegando a se corresponder com ele, em Esperanto e orientá-lo, após a morte física. Ele nascera na Polônia.
A descrição dos encontros espirituais desses dois Espíritos é sublime. Possivelmente, para o coração de Yvonne, os poucos momentos de felicidade de que podia fruir, além das horas de trabalho psicográfico de literatura, que, confessava, eram de intensa felicidade, as únicas horas felizes que conheceu em sua vida. Eram oportunidades de convívio com os Espíritos.
Dedicou cinquenta e quatro anos e meio às curas através do receituário homeopático, passes e preces. Curou obsessões, sempre assistida por Espíritos de alta envergadura como Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Charles, Roberto de Canallejas.
Foi oradora espírita durante quarenta e quatro anos. Disciplinada, diariamente, matinha um trabalho de irradiações, que realizava a sós, com seus guias.
Nessas verdadeiras sessões, ela lia trechos da Doutrina Espírita, oferecendo-os aos desencarnados, desejando que pudessem se esclarecer e se ilustrar com as leituras.
Atuou orientando médiuns e Centros Espíritas, reconciliando cônjuges, reequilibrando lares desarmonizados, consolando corações, evitando suicídios e esclarecendo Espíritos sofredores.
Estudiosa da Doutrina Espírita, na Codificação alicerçava todo seu trabalho, seguindo fielmente as prescrições de O livro dos médiuns, no exercício da própria faculdade.
Deixou um legado de extraordinárias obras:
Memórias de um suicida (1954)
Nas telas do infinito (1955)
Amor e ódio (1956)
A tragédia de Santa Maria (1957)
Nas voragens do pecado (1960)
Ressurreição e vida (1963)
Devassando o invisível (1964)
Dramas da obsessão (1964)
Recordações da mediunidade (1966)
O drama da Bretanha (1973)
Sublimação (1973)
O cavaleiro de Numiers (1975)
Cânticos do coração – v. I e II (1994)
À luz do Consolador (1997)
Um caso de reencarnação (2000).
Yvonne retornou ao Mundo Espiritual no dia 9 de março de 1984, tendo desencarnado no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.

Fonte: www.mundoespirita.com.br

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Chá Beneficente 2018

O Centro Espírita Joseph Gleber convida para o tradicional Chá Beneficente!
Venha saborear tortas variadas, biscoitos, sequilhos deliciosos, salgados diversos, um delicioso chocolate quente e chás maravilhosos!
Tudo isso ao som de César Porto!
Contate-nos e adquira seu ingresso no valor de R$40,00.