sábado, 19 de outubro de 2024

Reparemos nossas mãos

 

“…Mostrou-lhes as suas mãos…” — (João, 20:20)

 

Reaparecendo aos discípulos, depois da morte, eis que Jesus, ao se identificar, lhes deixa ver o corpo ferido, mostrando-lhes destacadamente as mãos…

As mãos que haviam restituído a visão aos cegos, levantado paralíticos, curado enfermos e abençoado velhinhos e crianças, traziam as marcas do sacrifício.

Traspassadas pelos cravos da cruz, lembravam-lhe a suprema renúncia.

As mãos do Divino Trabalhador não recolheram do mundo apenas calos do esforço intensivo na charrua do bem. Receberam feridas sanguinolentas e dolorosas…

O ensinamento recorda-nos a atividade das mãos em todos os recantos do Globo.

O coração inspira.

O cérebro pensa.

As mãos realizam.

Em toda parte, agita-se a vida humana pelas mãos que comandam e obedecem.

Mãos que dirigem, que constroem, que semeiam, que afagam, que ajudam e que ensinam… E mãos que matam, que ferem, que apedrejam, que batem, que incendeiam, que amaldiçoam…

Todos possuímos nas mãos antenas vivas por onde se nos exterioriza a vida espiritual.

Reflete, pois, sobre o que fazes, cada dia.

Não olvides que, além da morte, nossas mãos exibem os sinais da nossa passagem pela Terra. As do Cristo, o Eterno Benfeitor, revelavam as chagas obtidas na divina lavoura do amor. As tuas, amanhã, igualmente falarão de ti, no mundo espiritual, onde, interrompida a experiência terrestre, cada criatura arrecada as bênçãos ou as lições da vida, de acordo com as próprias obras.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 179

 

 

 


segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Abertas as inscrições para a COEZMUC 2025

 


Estão abertas as inscrições para a Confraternização Espírita da Zona do Mucuri – COEZMUC. O prazo vai até 31/12/2025.

Este evento acontece anualmente no período de carnaval, reunindo as famílias espíritas em regime de internato, e em 2025 acontecerá na Escola Estadual Dr. Waldemar Neves da Rocha.

Procure a coordenação (12º CRE) e conheça o regulamento.




domingo, 13 de outubro de 2024

Eleita nova Diretoria para o quadriênio 2025 a 2028.

 


Realizada no dia 05/10/2024 a Assembleia Geral para eleição da Diretoria do Centro Espírita Joseph Gleber para o quadriênio 2025 a 2028.

Foram eleitos:

Diretora Administrativa - Gilvonete Pereira de Souza;

Diretora Administrativa Adjunta - Francisca Helena da Silva Dutra;

Diretora Financeira - Maristela Alves de Araújo;

Diretores do Departamento de Estudos - José Odaildes Gonçalves Oliveira e Rosane da Silva Loiola Santos;

Diretores do Departamento de Assistência e Promoção Social Espírita - Fabiano de Moura Muniz e Ana Paula Ferreira Pose; 

Diretores do Departamento de Infância e Juventude - Bianca Leme Dutra Lobo e Taciano Pereira Rangel;

Diretores do Departamento de Orientação Mediúnica - Maria Augusta Nascimento Santos e César Henrique Pereira dos Santos;

Diretores do Departamento de Comunicação Social Espírita - Gilson Pereira da Silva e Saulo Alessandro Costa Sena.


Que o Mestre Jesus ampare e fortaleça os companheiros nas tarefas abraçadas!



sábado, 12 de outubro de 2024

Reverência e piedade

 

“Sirvamos a Deus, alegremente, com reverência e piedade.” — Paulo. (Hebreus, 12:28)

 

“Sirvamos a Deus, alegremente,” — solicita o apóstolo, — mas não se esquece de acentuar a maneira pela qual nos compete servi-lo.

Não poderíamos estender a tristeza nas tarefas do bem.

Todos os elementos da Natureza obedecem às Leis do Senhor, revelando alegria.

Brilha a constelação dentro da noite.

O Sol transborda calor e luz.

Cobre-se a Terra de flor e verdura.

Tem a fonte uma cantiga peculiar.

Entoa o pássaro melodias de louvor.

Não seria justo, pois, trazer, ao serviço que o Mestre nos designa, o pessimismo e a amargura.

O contentamento de ajudar é um dos sinais de nossa fé.

Entretanto, é necessário que a nossa alegria não se desmande em excessos.

Nem ruído inadequado, nem conceitos impróprios.

Nem palavras menos dignas, nem gargalhadas que poderiam apenas sugerir sarcasmo e desprezo.

Sirvamos alegremente, com reverência e piedade.

Reverência para com o Senhor e piedade para com o próximo.

Não podes pessoalizar o Todo-Misericordioso para agradá-lo, mas podemos servi-lo diariamente na pessoa dos nossos irmãos de luta.

Conduzamos, assim, o carro de nosso trabalho sobre os trilhos do respeito e da caridade e encontraremos, em nosso favor, a alegria que nunca se extingue.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 178

 

 

 


domingo, 6 de outubro de 2024

Mais Luz - Edição 683 - 06/10/2024 - BEM

 


Clique aqui: https://mailchi.mp/9d932671b0c5/no-ms-do-codificador

Confira nesta edição:

Editorial: No mês do codificador...

✅  Ajuda sempre – Mensagem de José Grosso

✅  Aconteceu: Comemorações do 70º aniversário do CEJG com fotos

Atividades

Agenda

Personalidades: Biografia de José Grosso

Você sabia? História da Casa do Caminho de Teófilo Otoni

Campanhas



sábado, 5 de outubro de 2024

Riqueza para o Céu

 

“Ajuntai tesouros no Céu…” — Jesus. (Mateus, 6:20)

 

Quem se aflige indebitamente, ao ver o triunfo e a prosperidade de muitos homens impiedosos e egoístas, no fundo dá mostras de inveja, revolta, ambição e desesperança. É preciso que assim não seja!

Afinal, quem pode dizer que retém as vantagens da Terra, com o devido merecimento?

Se observamos homens e mulheres, despojados de qualquer escrúpulo moral, detendo valores transitórios do mundo, tenhamos, ao revés, pena deles.

A palavra do Cristo é clara e insofismável. — “Ajuntai tesouros no Céu”, — disse-nos o Senhor.

Isso quer dizer: “acumulemos valores íntimos para comungar a glória eterna”!

Efêmera será sempre a galeria de evidência carnal.

Beleza física, poder temporário, propriedade passageira e fortuna amoedada podem ser simples atributo da máscara humana, que o tempo transforma, infatigável.

Amealhemos bondade e cultura, compreensão e simpatia.

Sem o tesouro da educação pessoal é inútil a nossa penetração nos Céus, porquanto estaríamos órfãos de sintonia para corresponder aos apelos da Vida Superior.

Cresçamos na virtude e incorporemos a verdadeira sabedoria; porque amanhã serás visitado pela mão niveladora da morte e possuirás tão somente as qualidades nobres ou aviltantes que houveres instalado em ti mesmo.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 177

 


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Ajuda Sempre

 

Ao longo de tua caminhada terrena, depararás com inúmeras oportunidades de servir a teu próximo.

Procura, pois, estar atento para as tarefas que te requisitam o auxílio, a fim de conquistares amigos para teu progresso e libertação.

Quando nos dispomos a servir realmente, devemos armar-nos de coragem e fé e esquecer de nossos próprios problemas, procurando ajudar na solução dos problemas do próximo.

Estaremos assim fazendo um curso abençoado de libertação íntima.

Encontraremos multidões de necessitados de todos os matizes e em meio às dores do próximo, nossa dor se desfaz, como insignificante gota d'água no oceano.

Sendo o sofrimento a alavanca do progresso do espírito humano, teremos que exercer as virtudes da resignação e da paciência a fim de alçarmos o glorioso voo da liberdade espiritual.

Despojando-nos dos fardos do egoísmo, estamos avançando na senda do progresso e aprendendo a usar a fraternidade real em nossas vidas.

Procurai, pois irmãos amados, ampliar a vossa visão, penetrando nos corações que te cercam angustiados, muitas vezes desencorajados a vos rogar socorro e esclarecimento.

É necessário que a sensibilidade te permita sentir os problemas cruciantes que se vos ocultam num sorriso triste ou num olhar vago e perdido na amplidão da vida.

Aprendei a ler nas almas, buscai sentir o bater de vossos corações em uníssono com o do teu próximo.

Ajuda, ampara, serve e ama sem cessar para que Jesus te inspire e te ilumine na trilha do bem a fim de que as oportunidades sejam renovadas no amor e na ternura da vida.

Que Jesus vos ilumine e ampare e que vossa senda seja de amor e progresso.

José Grosso

Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli.



quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Você conhece a história de José Grosso?

No ano de 1896, em território brasileiro, nos recantos áridos do Ceará, em pequeno lugarejo próximo a Crato, nasceu como José da Silva, tendo como pais Gerônimo e Francisca, pais de outros 8 filhos. No princípio da década de 1930, os rumores invadiram toda a vastidão do sofrido Nordeste. Miséria, seca, sofrimentos, falta de tudo. Nessa época alguns homens se apropriaram dos bens dos ricos para distribuí-los aos pobres, e isso empolgou muito o coração de José da Silva que em seu íntimo sonhava, como de resto todos os sertanejos nordestinos, com uma terra de paz, sem fome e com a justiça amparando também os pobres e fracos. Essa turba de homens tinha como chefe Lampião. Animado por esses anseios, se integrou ao grupo, por ocasião de sua passagem pela região de Orós (hoje município do estado do Ceará).

Mas, com a convivência com o bando, José da Silva, então conhecido como José Grosso, percebeu que eles extrapolavam nas suas aspirações. Em desacordo com as atitudes do grupo mudou seu comportamento, apesar de não delatar os companheiros de bando às autoridades policiais, passou a alertar as cidades que seriam invadidas para que as pessoas (especialmente mulheres e crianças) não fossem violentadas e assassinadas. Esse comportamento levou Lampião a perfurar-lhe os olhos com uma faca, vingando-se da traição sofrida. José Grosso perdido na mata com infecção generalizada desencarnou em 1936 aos 40 anos de idade sem ter notícia alguma de sete dos seus irmãos. Conhecia apenas o paradeiro de um único irmão, que hoje conhecemos como Palminha e que na época vivia o mesmo tipo de vida, mas pertencendo a outro grupo.

Afirma-se que após o seu desencarne esteve algum tempo vagando em cegueira no plano espiritual sendo amparado pelo espírito Nina Arueira. Ficou por longos anos sob a orientação do Espírito Sheilla e de Joseph Gleber, que tiveram vínculos com ele na Germânia, e também sob a orientação do Espírito Glacus.

Em 1949, acontece sua primeira manifestação no Centro Espírita Oriente em Belo Horizonte. Teria então afirmado ser “folha caída dos ventos do Norte”. Também levado por Scheilla e Joseph começou a manifestar-se no Grupo Espírita André Luiz, no Rio de Janeiro, através de alguns médiuns principalmente através do extraordinário médium de efeitos físicos conhecido como Peixotinho (Francisco Peixoto Lins).

Desde então o Espírito José Grosso, o “cangaceiro do bem”, vem cooperando junto a vários movimentos espíritas integrando as hostes espirituais onde transitam outros espíritos benfazejos que viveram no sofrido.


* Parte do Relato feito pelo médium Ênio Wendling intuído pelo Irmão Palminha.

Fonte: FEIG




sábado, 28 de setembro de 2024

Necessidade do Bem

 

“E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras.” — Paulo. (Hebreus, 10:24)

 

Muitas instituições da vida cristã, respeitáveis por seus programas e fundamentos, sofrem prejuízos incalculáveis, em razão da leviandade com que muitos companheiros se observam uns aos outros.

Aqui, comenta-se o passado desairoso de quem procura hoje recuperar-se dignamente; ali, pequenos gestos infelizes são analisados, através das escuras lentes do sarcasmo e da crítica…

A censura e a reprovação indiscriminadas, todavia, derramam-se na família de ideal, como chuva de corrosivos na plantação, aniquilando germes nascentes, destruindo flores viçosas e envenenando frutos destinados aos celeiros do progresso comum.

Nunca é demais repetir a necessidade de perdão, bondade e otimismo, em nossas fileiras e atividades.

Lembremo-nos de que, com o nosso auxílio, tudo hoje pode ser melhor que ontem, e tudo amanhã será melhor que hoje.

O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento.

Examinemo-nos mutuamente, acendendo a luz da fraternidade para que a fraternidade nos clareie os destinos.

Sem perseverança no bem, não há caminho para a felicidade.

Por isso mesmo, recomendou-nos o Apóstolo Paulo: — “E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras”; porque somente nessa diretriz estaremos servindo à construção do Reino do Amor.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 176

 


sábado, 21 de setembro de 2024

Mudança

 

“Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.” — (Lucas, 9:53)

 

Digna de nota a presente passagem de Lucas.

Reparando os samaritanos que Jesus e os discípulos se dirigiam a Jerusalém, negaram-se a recebê-los.

Identificaram-nos pelo aspecto.

Se fossem viajores com destino a outros lugares, talvez lhes oferecessem hospedagem, reconforto, alegria…

Não se verifica, até hoje, o mesmo fenômeno com os verdadeiros continuadores do Mestre?

Jerusalém, para nós, simboliza aqui testemunho de fé.

E basta que alguém se encaminhe resolutamente a semelhante domínio espiritual, para que os homens comuns, desorientados e discutidores, lhe cerrem as portas do coração.

Os descuidados, que rumam na direção dos prazeres fáceis, encontram imediato acolhimento entre os novos samaritanos do mundo.

Mulheres inquietas, homens enganadores e doentes espirituais bem apresentados possuem, por enquanto, na Terra, luzida assembleia de companheiros.

Todavia, quando o aprendiz de Jesus acorda na estrada humana, verificando que é indispensável fornecer testemunho da sua confiança em Deus, com a negação de velhos caprichos, na maior parte das vezes é constrangido a seguir sem ninguém.

É que, habitualmente, em tais ocasiões, o homem se revela modificado.

Não dá a impressão comum da criatura disposta a satisfazer-se.

É alguém resolvido a renunciar aos próprios defeitos e a anulá-los, a golpes de imenso esforço, para esposar a cruz redentora que o identificará com o Mestre Divino…

Por essa razão, mesmo portas a dentro do lar, quase sempre não será plenamente reconhecido, porque seu aspecto sofreu metamorfose profunda… Ele mostra o sinal de quem tomou o rumo da definitiva renovação interior para Deus, disposto a consagrar-se ao eterno bem e a soerguer seu coração no grande caminho…

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 175

 


sábado, 14 de setembro de 2024

Mãos estendidas

 

“Estende a tua mão. E ele a estendeu e foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra.” — (Marcos, 3:5)

 

Em todas as casas de fé religiosa, há crentes de mãos estendidas, suplicando socorro…

Almas aflitas revelam ansiedade, fraqueza, desesperança e enfermidades do coração.

Não seremos todos nós, encarnados e desencarnados, que algo rogamos à Providência Divina, semelhantes ao homem que trazia a mão seca?

Presos ao labirinto criado por nós mesmos, eis-nos a reclamar o auxílio do Divino Mestre…

Entretanto, convém ponderar a nossa atitude.

É justo pedir e ninguém poderá cercear quaisquer manifestações da humildade, do arrependimento, da intercessão.

Mas é indispensável examinar o modo de receber.

Muita gente aguarda a resposta materializada de Jesus.

Esse espera o dinheiro, aquele conta com a evidência social de improviso, aquele outro exige a imediata transformação das circunstâncias no caminho terrestre…

Observemos, todavia, o socorro do Mestre ao paralítico.

Jesus determina que ele estenda a mão mirrada e, estendida essa, não lhe confere bolsas de ouro nem fichas de privilégio. Cura-a. Devolve-lhe a oportunidade de serviço.

A mão recuperada naquele instante permanece tão vazia quanto antes.

É que o Cristo restituía-lhe o ensejo bendito de trabalhar, conquistando sagradas realizações por si mesmo; recambiava-o às lides redentoras do bem, nas quais lhe cabia edificar-se e engrandecer-se.

A lição é expressiva para todos os templos da comunidade cristã.

Quando estenderes tuas mãos ao Senhor, não esperes facilidades, ouro, prerrogativas… Aprende a receber-lhe a assistência, porque o Divino Amor te restaurará as energias, mas não te proporcionará qualquer fuga às realizações do teu próprio esforço.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 174

 


domingo, 8 de setembro de 2024

Ante a luz da Verdade

 


“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” — Jesus. (João, 8:32)

 

A palavra do Mestre é clara e segura.

Não seremos libertados pelos “aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos.

Muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do “ponto de vista”.

Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do Eterno Bem.

Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem.

Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor.

Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.

Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz…

Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 173



sábado, 31 de agosto de 2024

Ante o Cristo Libertador

 

“Eu sou a porta.” — Jesus. (João, 10:7)

 

Segundo os léxicos, a palavra “porta” designa “uma abertura em parede, ao rés-do-chão ou na base de um pavimento, oferecendo entrada e saída”.

Entretanto, simbolicamente, o mundo está repleto de portas enganadoras. Dão entrada sem oferecerem saída.

Algumas delas são avidamente disputadas pelos homens que, afoitos na conquista de posses efêmeras, não se acautelam contra os perigos que representam.

Muitos batem à porta da riqueza amoedada e, depois de acolhidos, acordam encarcerados nos tormentos da usura.

Inúmeros forçam a passagem para a ilusão do poder humano e despertam detidos pelas garras do sofrimento.

Muitíssimos atravessam o portal dos prazeres terrestres e reconhecem-se, de um momento para outro, nas malhas da aflição e da morte.

Muitos varam os umbrais da evidência pública, sequiosos de popularidade e influência, acabando emparedados na masmorra do desespero.

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.

Com ele, submetemo-nos aos desígnios do Pai Celestial e, nessa diretriz, aceitamos a existência como aprendizado e serviço, em favor de nosso próprio crescimento para a Imortalidade.

Vê, pois, a que porta recorres na luta cotidiana, porque apenas por intermédio do ensinamento do Cristo alcançarás o caminho da verdadeira libertação.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 172



Palestras CEJG - Setembro/2024

 


Ilumina-te

 


Absorves a longos haustos o ar puro das manhãs ensolaradas, enchendo os pulmões deste planeta abençoado que vos mantém perfeita a vitalidade do aparelho físico.

Esforça-te, para igualmente preservares a pureza de vosso Espírito buscando banhar-se na esplendorosa luz do Evangelho cristão.

Aquece teu coração no lume santo das palestras renovadoras, a fim de que a luz da verdade brilhe no santuário da tua alma.

Ama, serve, pacifica.

Contempla o teu semelhante com os olhos do amor sereno e compreensivo capaz de vasculhar-lhe os mais recônditos pensamentos com o fito único de auxiliar.

Uma multidão nos cerca, observando-nos os atos e palavras. Nossos exemplos trarão, para muitos, renovação e paz. Nossa serenidade ajudará aqueles que se acham em desespero. Nossa paciência iluminará o caminho daqueles que se acham desalentados.

Nossa bondade abrirá o caminho da verdade para todos que de nós se acercarem.

Guardemos a paz, aplicando no dia a dia as leis sábias e divinas que regem a nossa vida e estaremos convictos de que realmente seremos discípulos esforçados do Mestre, na escola terrena.

Iluminemo-nos intimamente em cada palavra e em cada gesto, e o Mestre estará mais conosco, conduzindo-nos a passos rápidos através de nossa renovação aos caminhos excelsos da Espiritualidade maior, rumo ao glorioso ápice divino para todos os seres.

Muita paz e amor!

 

José Grosso

Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli na reunião pública do Grupo da Fraternidade Joseph Gleber em 13/01/1978.


sábado, 24 de agosto de 2024

Testemunho

 

“Pois para isto é que fostes chamados, porque também o Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que lhe sigais as pegadas.” — Pedro. (I Pedro, 2:21)

 

Muitos se queixam da luta moral em que se sentem envolvidos, depois da aceitação do Evangelho.

Em caminhos diferentes, sentem-se modificados.

Não mais mergulham nas correntes escuras da vaidade.

Não mais se comprazem no orgulho.

Não mais se compadecem com o egoísmo.

Não mais rendem culto à discórdia.

E, por isso, de alma desenfaixada, por perderem velhos envoltórios da ilusão, reconhecem que a sensibilidade se lhes aguça, agravando-lhes as aflições na romagem do mundo.

Sentem-se expostos a doloroso processo de burilamento e admitem padecer, mais que os outros, angustiosas provas. Mas, na sublimação espiritual de que oferecem testemunho, outros filhos da Terra tomam contato com a Boa Nova, descobrindo as excelsitudes da vida cristã e estendendo-lhe a luz divina.

Se nos encontrarmos, pois, em extremos desajustes na vida íntima, à face dos problemas suscitados pela fé, saibamos superar corajosamente os conflitos da senda, optando sempre pelo sacrifício de nós mesmos, em favor do bem geral, de vez que não fomos trazidos à comunhão com Jesus, simplesmente para o ato de crer, mas para contribuir na extensão do Reino de Deus, ao preço de nossa própria renovação.

Ninguém recue, diante do sofrimento. Aprendamos a usá-lo, na edificação da vida mais eficiente, em frutos de paz e luz, serviço e fraternidade, bom ânimo e alegria, porque, segundo o Evangelho, “a isso fomos chamados”, com o exemplo do Divino Mestre, que renunciou em nosso benefício, deixando-nos o padrão de altura espiritual que nos compete atingir.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 171

 


sábado, 17 de agosto de 2024

Rotulagem

 


“Mas quem não possui o espírito do Cristo, esse não é dele.” — Paulo. (Romanos, 8:9)

 

A rotulagem não tranquiliza.

Procuremos a essência.

Há louvores em memória do Cristo, em muitos estandartes que estimulam a animosidade entre irmãos.

Há símbolos do Cristo, em numerosos tribunais, que, em muitas ocasiões, apenas exaltam a injustiça.

Há preciosas referências ao Cristo, em vozes altamente categorizadas da cultura terrestre, que, em nome do Evangelho, procuram estender a miséria e a ignorância.

Há juramentos por Cristo, através de conversações que constituem vastos corredores na direção das trevas.

Há invocações verbais ao Cristo, em operações puramente comerciais, que são escuros atentados à harmonia da consciência.

Meditemos na extensão de nossos deveres morais, no círculo das responsabilidades que abraçamos com a fé cristã.

Jesus permanece em imagens, cartazes, bandeiras, medalhas, adornos, cânticos, poemas, narrativas, discursos, sermões, estudos e contendas, mas isso é muito pouco se lhe não possuímos o ensinamento vivo, na consciência e no coração.

É sempre fácil externar entusiasmo e convicção, votos brilhantes e frases bem-feitas.

Acautelemo-nos, porém, contra o perigo da simples rotulagem. Com o apóstolo, não nos esqueçamos de que, se não possuímos o espírito do Cristo, dele nos achamos ainda consideravelmente distantes.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 170

 


sábado, 10 de agosto de 2024

Busquemos a Eternidade

 

“… Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova dia a dia.” — Paulo. (II Coríntios, 4:16)

 

Não te deixes abater, ante as alterações do equipamento físico.

Busquemos a Eternidade.

Moléstias não atingem a alma, quando não se filiam aos remorsos da consciência.

A velhice não alcança o Espírito, quando procuramos viver segundo a luz da imortalidade.

Juventude não é um estado da carne.

Há moços que transitam no mundo, trazendo o coração repleto de pavorosas ruínas.

Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter.

O espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro.

Recorda que o estágio na Terra é simples jornada espiritual.

Assim como o viajante usa sandálias, gastando-as pelo caminho, nossa alma apropria-se das formas, utilizando-as na marcha ascensional para a Grande Luz.

Descerra, pois, o receptor de teu coração à onda sublime dos mais nobres ideais e dos mais belos pensamentos e aprendamos a viver longe do cupim do desânimo, e nosso Espírito, ainda mesmo nas mais avançadas provas da enfermidade ou da senectude, será como sol radiante, a exteriorizar-se em cânticos de trabalho e alegria, expulsando a sombra e a amargura, onde estivermos.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 169