quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Uma carroça de alimento...

 


Bezerra de Menezes não fora, como alguns de seus admiradores supõem, um despreocupado com o Dia de Amanhã, com a assistência à família, com o seu e o Futuro dos seus queridos entes familiares.

Não.

Sabia, como poucos, ater-se à disciplina do necessário, a desprezar o supérfluo, a não se apegar às coisas materiais com prejuízo de seu evolvimento espiritual e da vitória de sua Missão.

Aceitava o pagamento dos clientes que lhe podiam pagar e dava aos pobres e estropiados o que podia dar, inclusive algo de si mesmo.

Sua digna família jamais passou necessidade.

Todos os componentes de seu familistério lhe tiveram a assistência permanente e o alimento espiritual de seus bons exemplos.

Preocupava-se, isto sim, com o Futuro de seu Espírito e dos Espíritos daqueles que o Pai lhe confiou.

Dia a dia, examinava-se, revia-se interiormente, para se certificar se era mais de Jesus e Jesus mais dele, se a distância psíquica entre ele e o Mestre era menor, se cumpria, como prometera, sua Tarefa testemunhal.

E tudo lhe corria bem.

As dívidas eram pagas pontualmente.

Nenhum compromisso deixava de ser cumprido.

Os Filhos eram educados cristãmente.

Jesus morava no seu Lar e dentro de seu Coração e dos Corações de seus queridos entes familiares, norteando-lhes a existência e fazendo-a vitoriosa.

Numa manhã, no entanto, houve no lar uma apreensão.

O celeiro estava vazio, sem víveres para o jantar...

Na véspera, Bezerra havia restituído a importância das consultas aos seus clientes pobres, porque, por intuição, compreendera que apenas, possuíam o necessário para a compra dos medicamentos. Agradecera a boa intenção do Farmacêutico, mas achava que não podia guardar aquelas importâncias...

Junto com a esposa, ciente e consciente da situação, ficara a pensar.

Vestira e saíra, consolando a querida companheira e dizendo-lhe:

— Não se preocupe, nada nos faltará, confiemos em Deus!

Ao regressar, à tardinha, encontra a esposa surpresa e um pouco agastada, que lhe diz:

— Por que tamanho gasto! Não precisava preocupar-se tanto, comprando alimentos demais e que podem estragar-se...

— Mas, que acontecera?!

— Logo assim que você saiu, explica-lhe a esposa, recebemos uma carroça de alimentos...

E, levando-o à despensa, mostrou-lhe os sacos, os embrulhos, os amarrados de víveres, que recebera...

Bezerra olhou para tudo aquilo e emocionou-se! Nada comprara e quem, então, lhe teria enviado tão grande dádiva se não Deus, através de seus bondosos Filhos!...

E, abraçado à querida consorte, refugiou-se a um canto da Casa para a Prece de agradecimento ao Pai de Amor, que lhe vitoriava a Missão, confirmando-lhe o Ideal Cristão e como a lhe dizer:

— Por preocupar-se tanto com o próximo, com todos meus Filhos, eu preocupo-me com você e todos os seus, também meus Filhos!

Traduzia e opulentava para o vero Servidor a Lição de Jesus, quando nos apontou os lírios dos campos, as aves que não ajuntam em celeiros e se vestem e se alimentam e jamais passam fome...

 

Ramiro Gama – Livro: Lindos casos de Bezerra de Menezes


Fraternidade

 

 “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. Jesus (João, 13:35)

Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.

Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do Universo e da Vida.

Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.

Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.

Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e manejando o punhal.

Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.

Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.

Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.

E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.

Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável.

Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores.

Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembleias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.

Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.

Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança:

— "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros."

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 015

Prece a Dr. Bezerra de Menezes

 


Nós Te rogamos, Pai de infinita bondade e justiça, as bênçãos de Jesus Cristo, através do Espírito Bezerra de Menezes e sua legião de companheiros. Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando os que se tornem merecedores, confortando aqueles que têm provas e expiações por passar, esclarecendo aos que desejam obter conhecimento espiritual e assistindo a todos os que apelem para o Teu infinito amor. Jesus, divino portador da graça e da verdade, estende tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que te reconhecem como despenseiro fiel e prudente. Seja o nosso divino modelo, através de tuas legiões consoladoras, de teus santos espíritos, a fim de que a fé se eleve, a esperança aumente, a bondade se expanda e o amor triunfe sobre todas as coisas.

Bezerra de Menezes, apóstolo do bem e da paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem males físicos ou espirituais.

Bons espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as virtudes e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da paz e do discernimento, da harmonia e do perdão, semeando pelo mundo os divinos exemplos de Jesus Cristo.                                                                                                

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Fonte: www.sbebm.org.br

sábado, 21 de agosto de 2021

Mais Luz - Edição 540

Leia conosco mais essa edição do nosso Boletim Eletrônico Semanal:

Mais luz - Edição 540

https://mailchi.mp/dd3c5b8b7386/boletim-eletrnico

REUNIÕES PÚBLICAS - Retorno presencial

 


Comunicamos que os testes realizados às quartas-feiras, para o retorno às reuniões públicas presenciais, foram um sucesso.

Assim, estendemos este retorno também às reuniões públicas das sextas-feiras.

E no último dia 20 deste mês de agosto, realizamos a palestra “Instituto de tratamento”, proferida pela expositora Nelma Matos, marcando o retorno do público também às sextas-feiras, além da transmissão no nosso canal YouTube: CEJOSEPHGLEBER.

Lembrando que mantivemos o controle do número limite de participantes que se candidataram à presença no salão da nossa Casa, via inscrição prévia, bem como do atendimento ao protocolo sanitário em vigor para a COVID-19.

Agradecemos a todos os colaboradores, que tornaram possível o retorno da atividade com boa vontade, serenidade e harmonia.

A nossa eterna gratidão aos Amigos Espirituais da Casa de Joseph Gleber, pelo costumeiro amparo.


C. E. JOSEPH GLEBER

DCSE – Gilson/Nilton

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Para pedir a corrigenda de um defeito



Deste-me, ó meu Deus, a inteligência necessária a distinguir o que é bem do que é mal. Ora, do momento em que reconheço que uma coisa é do mal, torno-me culpado, se não me esforçar por lhe resistir.

Preserva-me do orgulho que me poderia impedir de perceber os meus defeitos e dos maus Espíritos que me possam incitar a perseverar neles.

Entre as minhas imperfeições, reconheço que sou particularmente propenso a...; e, se não resisto a esse pendor, é porque contraí o hábito de a ele ceder.

Não me criaste culpado, pois que és justo, mas com igual aptidão para o bem e para o mal; se tomei o mau caminho, foi por efeito do meu livre-arbítrio. Todavia, pela mesma razão que tive a liberdade de fazer o mal, tenho a de fazer o bem e, conseguintemente, a de mudar de caminho.

Meus atuais defeitos são restos das imperfeições que conservei das minhas precedentes existências; são o meu pecado original, de que me posso libertar pela ação da minha vontade e com a ajuda dos Espíritos bons.

Bons Espíritos que me protegeis, e sobretudo tu, meu anjo da guarda, dai-me forças para resistir às más sugestões e para sair vitorioso da luta.

Os defeitos são barreiras que nos separam de Deus e cada um que eu suprima será um passo dado na senda do progresso que dele me há de aproximar.

O Senhor, em sua infinita misericórdia, houve por bem conceder-me a existência atual, para que servisse ao meu adiantamento. Bons Espíritos, ajudai-me a aproveitá-la, para que me não fique perdida e para que, quando ao Senhor aprouver ma retirar, eu dela saia melhor do que entrei. (Cap. V, item 5; cap. XVII, item 3) – Allan Kardec                                                                                                                     

Livro: Evangelho segundo o Espiritismo 

Indagação oportuna

 

 “Disse-lhes: — Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?" 

(Atos dos Apóstolos, 19:2)

 

A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior oportunidade, nos círculos do Cristianismo.

Em toda parte, há pessoas que começam a crer e que já creem, nas mais variadas situações.

Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais.

Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes.

Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor da Boa Nova, guiando-se pelas impressões de alívio físico.

Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto antes.

Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são frequentes.

Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano.

A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade.

Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros?

Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar-se ao primeiro golpe de vento.

Chico Xavier / Emmanuel – Fonte Viva – FEB – cap. 014

Comportamento do espírita ante os desafios dos tempos atuais

 


Vivemos uma época assinalada por duas significativas realidades: o desenvolvimento científico e tecnológico e o vazio existencial. As conquistas científicas e tecnológicas propiciam melhor qualidade de vida com os avanços no campo da saúde, alimentação, energia, comunicação, acesso ao conhecimento, entre outros. Em contraposição, o vazio existencial aparece no cenário das relações interpessoais, expressando-se como uma sensação de perda do sentido existencial que, em maior grau conduz a crises depressivas e, não raro, ao suicídio. Tais constatações merecem do venerável Bezerra de Menezes as seguintes ponderações dirigidas aos espiritas: “[…]. Naturalmente, essa manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores da última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga aflitiva.”

Os tempos atuais são marcados por conflitos e entrechoques nas relações humanas, mais ou menos acentuados em diferentes partes do Planeta: atos de heroísmo e solidariedade e crimes hediondos;  indiferentismo, com fuga da realidade, diante de doenças que têm conduzido milhares de pessoas à morte, e ações beneméritas, de onde menos se espera, destinadas a amenizar o sofrimento existente;  manifestações ideológicas exacerbadas de pessoas e grupos, político-partidárias ou não, mescladas por vozes contrárias, que promovem paz e a concórdia;   manifestações religiosas imprudentes, voltadas para a prática do igrejismo  e registros responsáveis que apontam  para as consequências espirituais das escolhas humanas, sobretudo as que valorizam o amor a Deus e ao próximo. Neste sentido, o benfeitor Emmanuel, aconselha-nos adotarmos um comportamento mais proativo, e, como medida de harmonia espiritual, propõe lançarmos um olhar mais além, de contemplar mais longe:

Transfere a observação para o teu campo de experiência diária e não olvides que as situações externas serão retratadas em teu plano interior, segundo o material de reflexão que acolhes na consciência. Se perseverares na cólera, todas as forças em torno te parecerão iradas. Se preferes a tristeza, anotarás o desalento, em cada trecho do caminho. Se duvidas de ti próprio, ninguém confia em teu esforço. Se te habituaste às perturbações e aos atritos, dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo.

Respirarás na zona superior ou inferior, torturada ou tranquila, em que colocas a própria mente. […].

Não resta dúvida que o denominado mundo atual é complexo, volátil, pleno de desafios como assinala o psicanalista brasileiro, Marcio de F. Giovannetti, presidente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo:

Se há algo que permanece hoje em nosso mundo é a ideia de pós. Tudo o mais parece extremamente provisório. A palavra atual parece significar hoje e apenas hoje. Aqui e agora. Ou melhor, apenas agora, pois a própria ideia de “aqui” é absolutamente questionável diante da internet ou de um aparelho de televisão.

[…]

Em uma palavra, poderíamos dizer que o que há de mais característico no mundo de hoje é o desaparecimento da permanência. Tudo se volatiliza. Tudo é descartável. Mas, paradoxalmente, há um aumento da expectativa do tempo da vida humana. Quanto mais tempo vive o homem, menor o tempo de cada uma de suas coisas, sejam elas artefatos, produções culturais ou conceitos científicos. Ser estranho esse, o homem…

Compreender a diversidade existente no mundo, conhecer e respeitar opiniões diferentes — ainda que contrários ao próprio entendimento — são desafios da vida em sociedade, sobretudo quando acontecem no ambiente familiar ou profissional. Assim, no processo de autoiluminação, faz-se necessário buscar o autodomínio, esforçando-se em manter relacionamentos saudáveis e verdadeiros com as pessoas que fazem parte do nosso convívio social, aprendendo a lidar com as divergências de forma respeitosa, sem emissão de juízos de valor. Joanna de Ângelis oferece-nos oportunas orientações a respeito:

Em teu esforço de autoiluminação, tem em vista que a paciência, é fator primordial para o êxito.

[…]

No exercício da paciência, faz-se imprescindível o autocontrole que demonstra a eficácia da ciência da paz.

[…]

Persevera naquilo que crês, pois sabes que o amor é a única solução para todas as dificuldades humanas. O que não conseguires hoje, lograrás amanhã, se souberes permanecer firme e sem desalento. 

Ante os conflitos do mundo atual, afirma Bezerra de Menezes, “[…] é natural que surjam divergências, opiniões variadas, procurando melhor metodologia para o serviço da Luz. O direito de discordar, de discrepar, é inerente a toda a consciência livre. Mas, tenhamos cuidado para não dissentir, para não dividir, para não gerar fossos profundos ou abismos aparentemente intransponíveis”.  E conclui com bondade:

Que o Espírito de união, de fraternidade, leve-nos todos, desencarnados e encarnados, à pacificação […].

O amor é o instrumento hábil para todas as decisões. Desarmados os corações, formaremos o grupo dos seres amados do ideal da Nova Era.

[…].

Nunca olvidemos, em nossas preocupações, que a Barca terrestre tem um Nauta que a conduz com segurança ao porto da paz.

 Marta Antunes de Moura / Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira – Fonte: febnet.org.br

sábado, 14 de agosto de 2021

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

A primeira mensagem de Eurípedes Barsanulfo

 

Aos Companheiros de Ideal!

Aos queridos amigos do Triângulo Mineiro:

A nossa marcha continua e, como sempre, irmãos meus, confirmo a promessa de seguir convosco até a suprema vitória espiritual.

Os anos correm incessantemente, a morte estabelece apreciáveis modificações, as paisagens se transformam, todavia, nossa confiança em Deus permanece inabalável.

Somos numerosa caravana em serviço das divinas realizações.

Velhos amigos nossos, ouvindo-me a palavra, sentirão os olhos úmidos. Para vós que ainda permaneceis na Terra, a travessia dos obstáculos parece mais dolorosa.

As saudades orvalhadas das lágrimas vicejam ao lado das flores da esperança. As recordações represam-se na alma.

Alguns companheiros estacionaram em caminho, atraídos pelo engano do mundo ou esmagados pelo desalento; não foram poucos os que desanimaram, receosos da luta. Por isso mesmo, as dificuldades se fizeram mais duras, a jornada mais difícil.

Mas a nós, que temos sentido e recebido a bênção do Senhor, no mais íntimo d’alma, não será lícito o repouso.

Nossas mãos continuam enlaçadas na cooperação pelo engrandecimento da verdade e do bem, e minha saudade, antes de ser um sofrimento, é um perfume do Céu. No coração, vibram nossas antigas esperanças, e continuamos a seguir, a seguir sempre, no ideal de sublime unificação com o Divino Mestre.

Tenhamos, para com os nossos irmãos ainda frágeis, a ternura do amor que examina e compreende. As ilusões passam como os rumores do vento. Prossigamos, desse modo, com a verdade, para a verdade.

Falando-vos em nome de companheiros numerosos da Espiritualidade, assinalo a nossa alegria pelo muito que já realizastes, no entanto, amigos, outras edificações nos esperam, requisitando-nos o esforço. É preciso contar com os tropeços de toda sorte. O obstáculo sempre serviu para medir a fé, e o espírito de inferioridade nunca perdoou as árvores frutíferas.

Quase toda gente deixa em paz o arbusto espinhoso a fim de atacar a árvore generosa, que estende os ramos em frutos aos viajantes que passam fatigados. A sombra, muita vez, ameaçará ainda os nossos esforços, os espinhos surgirão, inesperadamente, na estrada, a incompreensão cruel aparecerá, de surpresa. Conservemos, porém, a limpidez de nosso horizonte espiritual, como quem espera as dificuldades, convictos de que a vida real se estende muito além dos círculos acanhados da Terra.

Guardando a energia de nossa união, dentro da sublimidade do ideal, teremos, à frente, o archote poderoso da fé que remove montanhas. Quando o desânimo vos tente, intensificai os passos na estrada da realização. Não esperemos por favores do mundo, quando o próprio Jesus não os teve. A paz na Terra, muitas vezes, não merece outro nome, além de ociosidade.

Procuremos, pois, a paz de Cristo, que excede o entendimento das criaturas. Semelhante vitória somente poderá ser conquistada através de muita renúncia aos caprichos que nos ameaçam a marcha. Não seria justo aguardar as vantagens transitórias do plano material, quando o trabalho áspero ainda representa a nossa necessidade e o nosso galardão.

Jamais vos sintais sozinhos na luta. Estamos convosco e seguiremos ao vosso lado. Invisibilidade não significa ausência.

O Mestre espera que façamos, do coração, o templo destinado à sua Presença Divina.

Enche-vos o mundo de sombras? Verificam-se deserções, dissabores, tempestades? Continuemos sempre.

Atendamos ao programa de Cristo. Que ninguém permaneça nas ilusões venenosas de um dia.

Deste “Outro Lado” da vida, nós vos estendemos as mãos fraternas. Unindo-nos mais intensamente no trabalho, em vão rugirá a tormenta. Jamais vos entregueis à hesitação ou ao desalento, porque, ao nosso lado, flui a fonte eterna das consolações, com o amor de Jesus Cristo.

 

Primeira mensagem transmitida a Francisco Cândido Xavier, em 30/04/1950, pelo Espírito de Eurípedes Barsanulfo.

Mensagem extraída do livro Eurípedes – O Homem e a Missão, autora Corina Novelino, Ide Editora

Ergamo-nos

 

 “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai”. (Lucas, 15:18)

 

Quando o filho pródigo deliberou tornar aos braços paternos, resolveu intimamente levantar-se.

Sair da cova escura da ociosidade para o campo da ação regeneradora.

Erguer-se do chão frio da inércia para o calor do movimento reconstrutivo.

Elevar-se do vale da indecisão para a montanha do serviço edificante.

Fugir à treva e penetrar a luz.

Ausentar-se da posição negativa e absorver-se na reestruturação dos próprios ideais.

Levantou-se e partiu no rumo do Lar Paterno.

Quantos de nós, porém, filhos pródigos da Vida, depois de estragarmos as mais valiosas oportunidades, clamamos pela assistência do Senhor, de acordo com os nossos desejos menos dignos, para que sejamos satisfeitos? Quantos de nós descemos, voluntariamente, ao abismo, e, lá dentro, atolados na sombria corrente de nossas paixões, exigimos que o Todo Misericordioso se faça presente, ao nosso lado, através de seus divinos mensageiros, a fim de que os nossos caprichos sejam atendidos?

Se é verdade, no entanto, que nos achamos empenhados em nosso soerguimento, coloquemo-nos de pé e retiremo-nos da retaguarda que desejamos abandonar.

Aperfeiçoamento pede esforço.

Panorama dos cimos pede ascensão.

Se aspiramos ao clima da Vida Superior, adiantemo-nos para a frente, caminhando com os padrões de Jesus.

― Levantar-me-ei, disse o moço da parábola.

― Levantemo-nos, repitamos nós.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 013

Ave Maria

 


Ave Maria! Senhora

Do amor que ampara e redime,

Ai do mundo se não fora

A vossa missão sublime!

 

Cheia de graça e bondade,

É por vós que conhecemos

A eterna revelação

Da vida em seus dons supremos.

 

O Senhor sempre é convosco,

Mensageira da ternura,

Providência dos que choram

Nas sombras da desventura.

 

Bendita sois vós, Rainha!

Estrela da Humanidade,

Rosa mística da fé,

Lírio puro da humildade!

 

Entre as mulheres sois vós

A Mãe das mães desvalidas,

Nossa porta de esperança,

E Anjo de nossas vidas!

 

Bendito o fruto imortal

Da vossa missão de luz,

Desde a paz da Manjedoura,

Às dores, além da Cruz.

 

Assim seja para sempre,

Oh! Divina Soberana,

Refúgio dos que padecem

Nas dores da luta humana.

 

Ave Maria! Senhora

Do amor que ampara e redime,

ai do mundo se não fora,

A vossa missão sublime!  

 

Amaral Ornellas / Chico Xavier - Livro: Parnaso de Além-Túmulo


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Seminário App Boa Nova

 


Seminário abordará uso de aplicativo para desenvolvimento de estudos

 Área de Estudos do 12º Conselho Regional Espírita - Teófilo Otoni realizará seminário para divulgação de aplicativo que visa facilitar o desenvolvimento de Estudo Minucioso do Evangelho, Palestras Públicas, ESDE, entre outros.

 O evento, online e gratuito, será realizado no dia 15 de agosto, das 15h30 às 17h30, com transmissão pelo Canal Oficial do 12º CRE no Youtube e as inscrições podem ser feitas no link a seguir:

 https://forms.gle/jFmjzwFRomqxDnA7A


Missão paterna

 

Muitas vezes as palavras transcendem de tal maneira os seus próprios sentidos léxicos que, ao fazermos uma análise mais ou menos profunda a seu respeito, chegam a nos causar verdadeira surpresa, tão grande a extensão dos significados e diversificadas as interpretações.

Algumas palavras, com acepção exata, quando bem observadas, podem levar-nos por caminhos extraordinariamente variados, no campo da mentalização, capazes de nos transportar aos domínios abscônditos do labirinto da capacidade de inteligência dos homens, tantas maravilhas ainda muito pouco conhecidas encerram.

Tomemos por exemplo a palavra pai. Qual o seu significado? Que é pai? Até aonde ela poderá levar-nos em nossa apreciação?

São indagações oportunas, porque poderão despertar em nós, que somos pais, identificação de algumas particularidades nem sempre depreendidas com facilidade.

Pondo à parte a etimologia da palavra, consideremo-la somente pelo lado léxico; pai, em seu sentido genérico, significa genitor, progenitor, criador.

Assim entendido, o pai é a razão da existência dos filhos; como tal, é o arquiteto que vê neles a promessa de objetivação da perspectiva que concebera; tomada no sentido de criador, de quem trata e cuida, é o zeloso protetor da destinação que lhes augura, ou seja, a consecução de quanto ele mesmo deu em favor da formação intelecto-moral da personalidade de cada um.

Ser pai, na acepção comum da palavra, é relativamente fácil; arquitetar para o filho um futuro vitorioso pode ser também muito cômodo. O difícil mesmo, e a tanto importa seja assim, é ser pai que planeje e execute a estruturação do caráter do filho, fazendo-o um homem de bem, um amigo, um espírito equilibrado, enfim, uma criatura que veja no trabalho o bem, tendo por via de execução o próprio bem.

No entanto, apesar desse empenho paterno, o trabalho do pai seria incompleto sem o da mãe e vice-versa.

A situação dele está de tal maneira ligada à dela, que não podemos entender uma sem subentender a outra; podemos até mesmo afirmar, sem contestação, que a mão de obra educativa de ambos jamais pode deixar de coexistir, porque sem a participação de um dos cônjuges o trabalho se faz incompleto; enquanto a mãe é toda carinho, toda ternura, toda amor, o pai é apoio, sustento e proteção da família.

Hoje o pai e a mãe respondem pela subsistência da prole. Daí a importância de ele, através do seu contributo e, principalmente, de bons exemplos, dever nortear os filhos em busca do melhor caminho para a conquista da verdadeira felicidade, ainda tão pouco entendida pela maioria dos pais e das mães hodiernos.

E, nesse desiderato, achamos que os casais, escudados em exemplificação construtiva, se proponham a instruir os filhos, esclarecendo-os e mostrando-lhes que o lar não se reduz apenas a uma construção de alvenaria ou a um mero grupo comunitário sob o mesmo teto; que o instituto doméstico, em sua precípua finalidade, consiste no mais importante fator de apaziguamento e cordialidade entre os familiares que o formam, nele vivem e convivem; que, no seu recesso, pai e mãe conjuguem esforços no sentido de estarem atentos à preservação da solidariedade e união, solicitude e dedicação, zelo e desvelo, concórdia e paz no ambiente do domicílio – aconchego harmonioso que deve ser do convívio em família, imprescindível ao melhoramento e bem-estar da equipe familiar.

 Passos Lírio –– Revista Reformador – agosto / 2001

Campanha de leitura: Nosso Lar

 


quinta-feira, 5 de agosto de 2021

RETORNO PRESENCIAL? (Sim, em construção!)

 


É com imensa satisfação que noticiamos os preparativos da nossa Instituição para, de forma gradual, voltarmos às atividades presenciais.

 

Efetuamos teste com a reunião pública de Estudo de O Livro dos Espíritos na última quarta-feira do mês de julho, com desempenho satisfatório e nos ofertando condições de, com as devidas cautelas, retornarmos.

 

Inicialmente, manteremos no decorrer deste mês de agosto, o funcionamento da reunião pública nas quartas-feiras com o novo modelo de atuação no formato híbrido, ou seja, presencial e virtual.

 

Certamente que, seguros quanto ao sucesso desta retomada, aplicaremos os procedimentos às reuniões públicas das sextas-feiras e dos domingos.

 

Assim, na quarta-feira 04/08/2021, recebemos os irmãos que se inscreveram à participação presencial e que agendaram via formulário eletrônico, que foi disponibilizado exclusivamente aos cadastrados no grupo informativo do WhatsApp do C. E. Joseph Gleber: "CEJosephGleber".

 

Quem não conseguiu se inscrever para participar presencialmente, pode acompanhar normalmente pelo nosso canal YouTube: "CEJOSEPHGLEBER".

 

É uma retomada das atividades e que requer atenção e prudência da parte de cada um de nós.

 

Por isso, contaremos com a compreensão e disciplina de todos, esforçando-nos por respeitar os protocolos propostos pelas autoridades sanitárias.

 

 Naquela oportunidade, alertamos à observância dos protocolos sanitários, dentre muitas outras instruções complementares, onde destacamos:

 

a) Caso tenha o hábito de acompanhar o estudo tendo o livro em mãos, recomendamos, caso eleito para participar presencialmente, que leve o seu livro, haja vista que na atual realidade devemos evitar o máximo de transição de objetos entre nós.

 

b) Se você faz uso da água magnetizada (fluidificada), traga de casa seu recipiente com água, devidamente identificado.

 

c) Observar ainda que, por dispensar cuidados maiores, não estamos estruturados para receber nossas crianças, impedidos assim, de recebê-las no horário da nossa reunião. Recomendamos deixá-las em segurança em casa enquanto nos readaptamos.

 

d) Sendo contemplada a sua participação presencial, na recepção do evento você receberá instruções complementares a serem observadas durante a sua presença na Casa.

 

Com disposição, mas com prudência e paciência construiremos juntos este retorno às atividades presenciais.

 

C. E. JOSEPH GLEBER

DCSE – Gilson / Nilton

Equipe da Reunião Pública da 4a. Feira