Agradecemos os professores de bondade e paciência,
compreensão e tolerância que nos concedes, através de todos aqueles que nos
transmitem os ensinamentos que nos legaste.
E manifestamos ao teu amparo a nossa gratidão pelos
examinadores que nos envias, na pessoa de nossos familiares e companheiros,
adversários e observadores, para que se nos verifique o grau de aproveitamento
das tuas mensagens de paz e amor.
Entretanto, Jesus, entre aqueles que nos induzem a
procurar as virtudes que ainda não possuímos, e aqueles outros que nos destacam
os defeitos e as deficiências que ainda carregamos, nós te pedimos força e
coragem para sermos simples e humildes, a fim de praticarmos as tuas lições.
Pai de Infinita Bondade, sustenta-nos o coração no caminho
que nos assinalaste!
Infunde-nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam,
dando-lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique
entre nós.
Dá-nos a força de lutar pela nossa própria
regeneração, nos círculos de trabalho em que fomos situados, por Teus sábios
desígnios.
Auxilia-nos a conter nossas próprias fraquezas, para que
não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.
Pai, não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas
que a dor nos sufoque.
Ensina-nos a reconhecer Tua bondade em todos os acontecimentos
e em todas as coisas.
Nos dias de aflição, faze-nos contemplar Tua luz, através
de nossas lágrimas. E nas horas de reconforto, auxilia-nos a estender Tuas
bênçãos com os nossos semelhantes.
Dá-nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho
e socorro nas tarefas difíceis.
Concede-nos, sobretudo, a graça de compreender a Tua vontade
seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir, em Teu nome, e
para que sejamos filhos do Teu infinito amor.
Ante as promessas do ano
que se inicia, não nos permitas que esqueçamos aqueles com quem nos honraste o
caminho iluminativo:
As mães solteiras,
desesperadas, a quem prometemos o pão do entendimento;
As crianças delinquentes
que nos buscaram com a mente em desalinho;
Os calcetas que,
vencidos em si mesmos, nos feriram e retornaram às nossas portas;
Os enfermos solitários,
que nos fitaram, confiantes em nosso auxílio;
Os esfaimados e desnudos
que chegaram até nossas parcas provisões;
Os mutilados e tristes,
ignorantes e analfabetos, que nos visitaram, recordando-nos de Ti...
Sabemos, Senhor, o pouco
valor que temos, identificamo-nos com o que possuímos intimamente, mas,
contigo, tudo podemos e fazemos. Ajuda-nos a manter o compromisso de amar-Te,
amando neles toda a família universal em cujos braços renascemos.
*
“Seja o que for que
peçais na prece, crede que o obtereis e concedidos vos será o que pedirdes”.
(Marcos, 11:24)
*
“Pela prece, obtém o
homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções
e a lhe inspirar ideias sãs”.
(O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO, Capítulo 27 — Item 11)
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco - Livro: Florações Evangélicas
Nos momentos penosos da
minha vida tenho-me apegado contigo e nunca deixei de merecer a Tua
misericórdia.
Nos momentos de alegria
e abundância da minha vida, nunca deixei de Te render graças e cantar louvores
ao Teu incomparável Espírito.
Ajuda-me Senhor, nas
minhas deficiências, preenche as minhas falhas, enche os meus claros com o Teu beneplácito
e não permitas que pelos meus defeitos seja a Tua Doutrina escandalizada e a
Tua palavra maculada.
Sou Teu discípulo e Te
amo como o cão fiel ama ao seu dono. Sou criança ignorante. Tem compaixão de
mim!
Abençoa a todos os
Espíritos, meus irmãos, que me sustentam e dá-lhes forças para que operem
comigo o Teu amor.
Louvado seja Deus, o
nosso Pai Celestial a quem conheço, Senhor por Teu intermédio e a quem amo e
adoro, se guardo o Teu preceito.
Caibar Schutel - Livro: Espiritismo para as crianças
Há quanto tempo não O
procuro para conversar. Reconheço que somente O busco quando as provações
sacodem o barco da minha vida.
Confesso que tenho mais
pensado nas coisas da Terra do que nas coisas do Céu.
E hoje a tempestade
bateu à minha porta em forma de doença. Por isso busco em Ti o socorro, Jesus,
para que não afunde a minha embarcação.
Querido Mestre,
ampara-me para que jamais me falte a esperança na cura e a paciência para
suportar as dores do momento.
Divino Terapeuta
ajuda-me a não me sentir um pobre coitado e a não me inclinar à autopiedade,
pois isso seria o que de pior poderia me acontecer.
Incomparável Médico,
sustenta-me para que, sem desprezar a ajuda dos médicos da Terra, eu encontre
em mim os canais da cura, pois se fui capaz de criar minhas doenças, tenho
também todas as condições de recuperar a saúde.
Mestre Amigo, dá-me
forças para vencer os desejos insanos, os melindres, os ataques de orgulho,
pois sei que esses são os grandes venenos para a minha saúde.
Cristo Jesus, cura-me da
insensatez de viver longe dos teus mandamentos de amor e fraternidade, sem cuja
vivência eu jamais encontrarei a saúde inabalável.
Amado Pastor, ensina-me
a perdoar os que me ofendem para que eu consiga remover os espinhos que me
levam a enfermidade.
Querido Rabi, não me
deixe perdido no labirinto das provas que a minha invigilância não quis evitar.
Misericórdia, Senhor, é
o que te peço.
Trazei-me o elixir do
seu amor, a derramar sobre mim as bênçãos cristalinas da saúde do teu coração.
Obrigado, Jesus, por ser
meu Amigo e Médico. Estou em paz, estou curado no teu amor.
Senhor, reconhecendo as
próprias necessidades em que me debato e por sabê-las graves, venho rogar-Te:
pelos que malbaratam os
preciosos dons da saúde na ociosidade e nas dissipações;
pelos que aplicam,
indevidamente, os tesouros e moedas, de que dispõem, na condição de mordomos
transitórios, vencidos pela avareza ou pelas loucuras da enganosa situação;
pelos que, dispondo do
poder temporal, engendram problemas e aflições para o próximo, perdendo
abençoadas oportunidades de serviço;
pelos que se utilizam
das forças do corpo jovem para o mercado da licenciosidade e do sexo
irresponsável, em campeonatos de alucinação;
pelos que desfrutam de
inteligência e a usam para o festival da corrupção e do crime;
pelos que são
aquinhoados com a palavra falada e escrita, derrapando nas vinculações mentais viciosas
para o banquete demorado do ultraje, da acrimônia, da insensatez;
pelos que se encontram
aquinhoados com os recursos preciosos da arte, colocando-os a serviço da
malversação dos valores morais;
pelos que gozam das
relevantes oportunidades de redenção, atirando-as fora por leviandade e
precipitação;
pelos que são convidados
ao exercício do amor e não obstante exploram a alheia afetividade;
pelos que são dotados do
élan da simpatia e aproveitam-no para arrastar incautos aos compromissos
negativos;
pelos que, acenados pela
fé religiosa que lhes pode lenir as dores íntimas, apegam-se ao materialismo
numa atitude teimosa e pertinaz;
pelos que conhecem o
dever e seguem a estrada do erro...
São muitos aqueles que,
enriquecidos de bênçãos, desperdiçam-nas, preferindo a turbulência, a desídia,
a enfermidade.
Os que ora experimentam
limitação e escassez, os que sofrem e vivem sob suores e penas já resgatam os
infelizes cometimentos de ontem, avançando no rumo do porto da paz.
Os outros não. Malversam
os recursos com que foram aquinhoados para impulsionarem o progresso, para
redimir-se, para ampararem a vida, fazendo jus, em razão da usança inditosa, às
expiações dolorosas e lamentáveis do futuro.
... E recordando-Te a
figura sublime crucificada entre dois bandidos, aureolado por espinhos, sob
chuvas de escárnios e de doestos, perdoando-nos a todos, peço-Te permissão para
repetir com unção e sentimento de solidariedade para com eles, os equivocados e
orgulhosos: — “Perdoa-os, meu Pai, porque eles não sabem o que fazem!"
Marcelo Ribeiro / Divaldo Franco - Livro: Terapêutica de emergência
Rogando-te permissão
para reverenciar o divino apostolado, nós te louvamos e agradecemos as
oportunidades de trabalho, das quais nos enriquece a existência.
Abençoa-nos, Senhor, com
a tua infinita bondade a fim de aprendermos a servir-te, na pessoa daqueles
irmãos nossos da Humanidade, tantas vezes em obstáculos maiores do que os
nossos.
Conserva-nos aqui, em
teu amor, e ensina-nos a encontrar-te nas tarefas do bem a que nos designas,
para que não nos percamos nas sombras em que, porventura, se nos envolvam os
caminhos, nos variados climas terrestres!...
Nas horas felizes,
dá-nos a tua inspiração e a tua luz, para que a nossa alegria não se converta em
flor estéril, na seara de tuas bênçãos e, nos dias difíceis, sede nosso apoio
para que a provação não nos abata ou destrua.
Ajuda-nos a
identificar-te a presença divina, em cada coração necessitado de socorro ou de
amor que nos bata à porta e supre-nos de forças e recursos, na magnificência de
teu amparo, no desempenho das nossas obrigações.
Quando a incerteza nos
visite em ação, coloca, Jesus, por misericórdia, a tua mão em nossas mãos e
guia-nos o sentimento, para que o bem se faça, não segundo a nossa visão humana
e estreita, e sim de acordo com as disposições sábias e compassivas de tua
vontade.
Quando possíveis
incompreensões nos impulsionem a qualquer dificuldade de entendimento,
guarda-nos em tua paciência e induze-nos à união e à humildade, auxiliando-nos,
a saber, que a obra de elevação, em que nos permites cooperar é sempre tua e
não nossa.
Faze-nos reconhecer que
a caridade começa invariavelmente de nossas relações mútuas, porquanto, apenas
em nos servindo uns aos outros é que conseguiremos irradiar o amor que nos
deste para distribuir com os nossos semelhantes.
Senhor, ampara-nos e
orienta-nos, para que possamos, um dia, corresponder plenamente ao teu mandato
de confiança!... E, suplicando-te, mais uma vez, acolher-nos em teu coração
misericordioso e augusto, terminamos a nossa rogativa com aquela outra que nos
legaste por luz divina, no caminho dos cristãos de todos os séculos:
“Pai Nosso que estais
nos Céus, santificado seja o teu nome; venha a nós o teu reino; seja feita, oh!
Pai a tua vontade, assim na Terra como nos Céus; o pão nosso de cada dia dá-nos
hoje; perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores; não
nos deixeis cair em tentação e livra-nos do mal, porque teus são o reino, o
poder, a majestade e a glória para sempre!... Assim seja”.
Bezerra de Menezes / Chico Xavier - Livro: Bezerra, Chico e você
Perdoa-nos se te pedimos
compaixão em favor dos homens, no Plano Físico.
Eles te solicitaram
conhecimento superior e abriste-lhes escolas.
Entretanto, em se
iluminando pela inteligência, muitos deles apenas procuram destaque dinheiroso com
menosprezo aos seus irmãos.
Rogaram-te liberdade e
inspiraste-lhes leis justas e sábias, com que senhoreassem a independência, em regime
de responsabilidade.
Contudo, muitos deles
truncam ou confundem os textos legais para que os mais fortes se façam opressores
dos mais fracos.
Insistiram contigo para
que lhes desses melhores condições de vida com os familiares e enviaste-lhes os
recursos preciosos ao levantamento de habitações confortáveis.
No entanto, posseando
semelhantes valores, muitos deles amoleceram na ociosidade e no tédio que se
lhes faz consequente, entregando os próprios filhos a mãos mercenárias pelas
quais são orientados fora de Teu Nome, favorecendo-lhes a deriva para orgulho e
viciação.
Suplicaram-te
possibilidades de vencer a distância e o tempo e permitiste-lhes a descoberta
de engrenagens que os transportam facilmente de um polo a outro da Terra.
Eles, porém, já
conseguem abordar a própria Lua, sem que muitos deles se disponham a aceitar a
mínima ponte de amor para a comunicação com vizinhos e amigos, no intuito de
auxiliá-los.
Pediram-te providências
que lhes suprimissem a dor e cedeste-lhes os medicamentos de misericórdia, com os
quais se confiam sem preocupação aos tratamentos de alívio e cura.
Mas muitos deles
desencaminham semelhantes bênçãos, convertendo-as em corredores para a fuga, anulando
os talentos da vida no fogo da leviandade e no gelo da delinquência.
Deus de Infinita
Sabedoria!
Os homens na Terra e nós
outros, os companheiros de evolução, vinculados ao mundo somos todos irmãos.
As consequências dos
erros de alguns são as dificuldades de todos.
Compadece-te de nós e
não nos deixes perpetrar o delito da ingratidão.
Não nos permitas pedir
para fazer aquilo que ainda não podemos, mas fortalece-nos para fazermos todo o
bem de que sejamos capazes, principalmente em auxílio dos que ainda não podem
compreender e trabalhar tanto quanto nós.
E, sobretudo, ó Pai de
Infinita Sabedoria, quando viermos a sentir dificuldade para fazer o que
podemos, faze-nos reconhecer que não nos confias tarefa superior às nossas
forças e renova-nos a certeza de que, se buscarmos estar contigo, nenhuma
insuficiência nos abaterá, de vez que em teu amor tudo é possível.
Que eu possa me debruçar
sobre cada criança, e sobre cada jovem, com a reverência que deve animar minha
alma diante de toda criatura tua!
Que eu respeite em cada
ser humano de que me aproximar, o sagrado direito de ele próprio construir seu
ser e escolher seu pensar!
Que eu não deseje me
apoderar do espírito de ninguém, imprimindo-lhe meus caprichos e meus desejos
pessoais, nem exigindo qualquer recompensa por aquilo que devo lhe dar de alma
para alma!
Que eu saiba acender o
impulso do progresso, encontrando o fio condutor de desenvolvimento de cada um,
dando-lhes o que eles já possuem e não sabem, fazendo-os surpreenderem-se
consigo mesmos!
Que eu me impregne de
infinita paciência, de inquebrantável perseverança e de suprema força interior
para me manter sempre sob o meu próprio domínio, sem deixar flutuar meu
espírito ao sabor das circunstâncias! Mas que minha segurança não seja
dogmatismo e inflexibilidade e que minha serenidade não seja mormaço
espiritual!
Que eu passe por todos,
sem nenhuma arrogância e sem pretensão à verdade absoluta, mas que deixe em
cada um, uma marca inesquecível, por ter transmitido alguma centelha de verdade
e todo o meu amor!
Dora Incontri - Livro: A educação segundo o Espiritismo
Pela coragem de facear
as dificuldades criadas por nós mesmos;
Pelas provas que nos
aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;
Pela fé na imortalidade;
Pelo privilégio de
servir;
Pelo dom de saber que
somos responsáveis pelas próprias ações;
Pelos recursos
nutrientes e curativos que trazemos em nós;
Pelo reconforto de
reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para
os outros;
Pelo discernimento que
nos permite diferençar aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;
Pelo amparo da afeição
no qual nossas vidas se alimentam em permuta constante;
Pela bênção da oração
que nos faculta apoio interior para a solução de nossos problemas;
Pela tranquilidade de
consciência que ninguém nos pode subtrair…
Por tudo isso, e por
todos os demais tesouros de esperança e amor, alegria e paz de que nos
enriqueces a existência, sê bendito, Senhor, ao mesmo tempo que te louvamos a
Infinita Misericórdia, hoje e para sempre.
Esta é a casa em que nos
honorificas a confiança, permitindo-nos cooperar contigo no serviço aos
semelhantes, em favor de nós mesmos.
Faze-nos sentir que nos
concedes aqui um educandário da alma, em função de nosso próprio burilamento
para a imortalidade vitoriosa.
Ilumina-nos o
entendimento, a fim de que possamos discernir os teus desígnios de nossos
desejos.
Ensina-nos a receber
todos aqueles que nos batam às portas, na condição de mensageiros da tua
bondade, capazes de instruir-nos no amor que nos legaste.
Ajuda-nos, para que
venhamos a ser bálsamo aos que sofrem, escora aos que esmorecem, coragem aos
abatidos e paz aos que jazem no desespero.
Nos dias obscuros ou intranquilos,
quando as nossas imperfeições não nos consintam perceber-te as diretrizes, sê,
por misericórdia, a luz que nos oriente em rumo certo.
Nas horas de incerteza
ou perturbação, sê o equilíbrio que nos reajuste sentimentos e raciocínios.
Induze-nos a reconhecer
que os mais fortes de nós, somos o apoio dos mais fracos; os mais cultos, o
auxílio dos menos cultos; os sãos, o socorro devido aos doentes e que todos
quantos já puderam entesourar as luzes do caráter cristão devem ser, diante de
Ti, o amparo de quantos ainda não conseguem apresentar o padrão de vida
espiritual elevado e nobre tanto quanto desejam.
Senhor!
Abençoa-nos e que, junto
ao benemérito patrono deste lar da paz e da bênção, possamos nós também
aprender a servir-te, servindo o próximo, hoje e sempre.
Assim seja.
Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Educandário de Luz
Senhor Jesus, abençoa,
por misericórdia, o lar que nos deste ao serviço da oração.
Reúne-nos aqui em teu
amor e ensina-nos a procurar-te para que não nos percamos à margem do caminho. Nos
instantes felizes, sê nossa força, para que a alegria não nos torne ingratos e
insensíveis.
Nos momentos amargos, sê
nosso arrimo, para que a tristeza não nos faça abatidos e inúteis.
Nos dias claros,
concede-nos a bênção do suor do trabalho digno.
Nas noites tempestuosas,
esclarece-nos o espírito para que te entendamos a advertência.
Inclina-nos a pensar
sentindo, para que não guardemos gelo no cérebro, e induze-nos a sentir
pensando para que não tenhamos fogo no coração.
Ajuda-nos para que a
caridade em nossa existência não seja vaidade que dilacere os outros e para que
a humildade em nossos dias não seja orgulho rastejante!...
Auxilia-nos para que a
nossa fé não se converta em fanatismo e para que o nosso destemor não se
transforme em petulância.
Amorável Benfeitor,
perdoa as nossas faltas.
Mestre Sublime,
reergue-nos para a lição.
E, sobretudo, Senhor,
faze que entendamos a Divina Vontade, a fim de que, aprendendo a servir
contigo, saibamos dissolver a sombra de nossa presença na glória de tua luz!
Emmanuel / Chico Xavier - Livro: O Espírito da Verdade
Há sempre quem peça
pelos perseguidos, mas raros se lembram de auxiliar os perseguidores! Em toda
parte, ouvimos rogativas em benefício dos que obedecem, entretanto, é difícil
surpreendermos uma súplica em favor dos que administram.
Há muitos que rogam pelos
fracos para que sejam, a tempo, socorridos; no entanto, raríssimos corações
imploram concurso divino para os fortes, a fim de que sejam conduzidos.
Senhor, tua justiça não
falha. Conheces aquele que fere e aquele que é ferido. Não julgas pelo padrão
de nossos desejos caprichosos, porque o teu amor é perfeito e infinito…
Nunca te inclinaste tão
somente para os cegos, doentes e desalentados da sorte, porque amparas, na hora
justa, os que causam a cegueira, a enfermidade e o desânimo…
Se em verdade salvas as
vítimas do mal, buscas, igualmente, os pecadores, os infiéis e os injustos. Não
menoscabaste a jactância dos doutores e conversaste amorosamente com eles no
templo de Jerusalém. Não condenaste os afortunados e, sim, abençoaste-lhes as
obras úteis.
Em casa de Simão, o
fariseu orgulhoso, não desprezaste a mulher transviada, ajudaste-a com
fraternas mãos. Não desamparaste os malfeitores, aceitaste a companhia de dois
ladrões, no dia da cruz.
Se Tu, Mestre, o
Mensageiro Imaculado, assim procedeste na Terra, quem somos nós, Espíritos
endividados, para amaldiçoarmo-nos, uns aos outros?
Acende em nós a
claridade dum entendimento novo! Auxilia-nos a interpretar as dores do próximo
por nossas próprias dores. Quando atormentados, faze-nos sentir as dificuldades
daqueles que nos atormentam para que saibamos vencer os obstáculos em teu nome.
Misericordioso amigo,
não nos deixes sem rumo, relegados à limitação dos nossos próprios sentimentos…
Acrescenta-nos a fé
vacilante, descortina-nos as raízes comuns da vida, a fim de compreendermos,
finalmente, que somos irmãos uns dos outros. Ensina-nos que não existe outra
lei, fora do sacrifício, que nos possa facultar o anelado crescimento para os
mundos divinos.
Impele-nos à compreensão
do drama redentor a que nos achamos vinculados. Ajuda-nos a converter o ódio em
amor, porque não sabemos, em nossa condição de inferioridade, senão transformar
o amor em ódio, quando os teus desígnios se modificam, a nosso respeito.
Temos o coração chagado
e os pés feridos na longa marcha, através das incompreensões que nos são
próprias, e nossa mente, por isto, aspira ao clima da verdadeira paz, com a
mesma aflição por que o viajor extenuado no deserto anseia por água pura.
Senhor, infunde-nos o
Dom de nos ampararmos mutuamente.
Beneficiaste os que não
creram em Ti, protegeste os que te não compreenderam, ressurgiste para os
discípulos que te fugiram, legaste o tesouro do conhecimento divino aos que te
crucificaram e esqueceram…
Por que razão, nós
outros, míseros vermes do lodo ante uma estrela celeste, quando comparados
contigo, recearíamos estender dadivosas mãos aos que nos não entendem
ainda?
É para eles, Senhor,
para os que repousam aqui, em densas sombras, que Te suplicamos a bênção!
Desata-os, Mestre da caridade e da compaixão, liberta-os para que se equilibrem
e se reconheçam...
Ajuda-os a se
aprimorarem nas emoções do amor santificante, olvidando as paixões inferiores
para sempre. Possam eles sentir-Te o desvelado carinho, porque também Te amam,
e Te buscam inconscientemente, embora permaneçam supliciados no vale fundo de
sentimentos escuros e degradantes...
André Luiz / Chico Xavier / Livro: À Luz da Oração.
Associa-se a nossa voz a
todas as súplicas que te rogam a bênção de amor, a fim de que possamos
trabalhar em harmonia com os teus superiores desígnios.
Dá-nos consciência de
nossas responsabilidades e infunde-nos a noção do dever.
Reveste-nos com a dignidade
da resistência pacífica, diante do mal que nos conclama à perturbação, e
faze-nos despertos na construção espiritual que fomos chamados a realizar
contigo, dentro da renunciação que nos ensinaste.
Apaga em nosso
pensamento as labaredas da discórdia e ajuda-nos a responder com silêncio,
serenidade e diligência no bem toda ofensiva da leviandade, da violência e do
ódio.
Instila-nos a coragem de
esquecer tudo o que expresse inutilidade e aviva-nos a memória no cultivo dos
valores morais indispensáveis à edificação do nosso futuro.
Mestre, não nos deixes
hipnotizados pela indiferença que tantas vezes tem sido o nosso clima de
invigilância pessoal em tua obra de luz.
Que a fraternidade e a
ordem, a compreensão humana e o respeito recíproco nos presidam à tarefa de
cada dia, em teu nome, na execução de tua divina vontade, são os votos que
repetimos com todo o coração, hoje e sempre.