sábado, 27 de abril de 2019
"Obreiros da Vida Eterna" - Entrevista com Emanoel de Castro
Entrevista com Emanoel de Castro Felício, professor e vice-diretor da Aliança Municipal Espírita (AME) de Juiz de Fora. Ele fala sobre o livro "Obreiros da Vida Eterna", de autoria de André Luiz e psicografia de Chico Xavier.
A obra completa 73 anos de lançamento em 2019 e é a quarta abordada pela Microcampanha "A Vida no Mundo Espiritual", realizada pela União Espírita Mineira e Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais (COFEMG).
sexta-feira, 26 de abril de 2019
quinta-feira, 25 de abril de 2019
Fé e caridade
As páginas examinadas em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”
nos falam de bênção e tradução da bênção, de confiança em Deus e expressar-se
em serviço de amor aos semelhantes, e isso nos pede atenção para as
conquistas que demandamos no campo da nossa própria renovação.
Somos hoje um grande livro de doutrinas excelsas – cada
qual de nós um capítulo estruturado em caracteres brilhantes, todavia, a
Terra espera por nós no campo da verdade aplicada e, tão somente nessa aplicação
do bem que conhecemos é que, em verdade, descobriremos o bem que
desconhecemos e, no qual, se nos levantará a felicidade eterna.
Nestas palavras, pretendemos elucidar o que seja o nosso
antigo binômio: “fé e caridade”.
Uma, efetivamente, não se realiza sem a outra.
Unicamente a fé mobilizada em trabalho pode atingir as
realizações puras do Amor, para que o Amor nos presida os destinos.
Comecemos semelhantes ações a partir dos nossos mais
íntimos redutos de vivência humana.
Para sermos mais explícitos, iniciemos o nosso apostolado
nas criaturas-problema que a vida nos confiou.
É no recanto doméstico, seja no setor do trabalho ou do
ideal, do afeto ou da família que identificamos a nossa primeira escola.
Suportemos valorosamente as provas que a vida nos imponha,
junto daqueles que nos amam ou que devemos amar ou daqueles que se reúnem
conosco sem amar-nos ainda ou aos quais ainda não conseguimos amar, de todo,
apesar de estarmos juntos.
Vençamo-nos, doando de nós tudo o que sejamos em boa
vontade e abnegação, auxiliando-nos uns aos outros e teremos conosco a
fórmula de ação pela qual atingiremos as realizações de que carecemos em
favor de nós mesmos.
Bezerra de Menezes / Chico
Xavier – Livro: Bezerra, Chico e Você
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Maus obreiros
“Guardai-vos dos maus obreiros”.
Paulo (Filipenses, 3:2)
Paulo
de Tarso não recomenda sem razão o cuidado a observar-se, ante o assédio dos
maus obreiros.
Em
todas as atividades do bem, o trabalhador sincero necessita preservar-se contra
o veneno que procede do servidor infiel.
Enquanto
os servos leais se desvelam, dedicados, nas obrigações que lhes são
deferidas, os maus obreiros procuram o repouso indébito, conclamando companheiros
à deserção e à revolta. Ao invés de cooperarem, atendendo aos compromissos
assumidos, entregam-se à crítica jocosa ou áspera, menosprezando os colegas
de luta.
Estimam
as apreciações desencorajadoras.
Fixam-se
nos ângulos ainda inseguros da obra em execução, despreocupados das
realizações já feitas.
Manuseiam
textos legais a fim de observarem como farão valer direitos com esquecimento
de deveres.
Ouvem
as palavras alheias com religiosa atenção para extraírem os conceitos verbais
menos felizes, de modo a estabelecerem perturbações.
Chamam
covardes aos cooperadores humildes, e bajuladores aos eficientes ou
compreensivos.
Destacam
os defeitos de todas as pessoas, exceto os que lhes são peculiares.
Alinham
frases brilhantes e complacentes, ensopando-as em óleo de perversidades
ocultas.
Semeiam
a dúvida, a desconfiança e o dissídio, quando percebem que o êxito vem
próximo.
Espalham
suspeitas e calúnias, entre os que organizam e os que executam.
Fazem-se
advogados para serem acusadores.
Vestem-se
à maneira de ovelhas, dissimulando as feições de lobos.
Costumam
lamentar-se por vítimas para serem verdugos mais completos.
“Guardai-vos
dos maus obreiros”.
O
conselho do apóstolo aos gentios permanece cheio de oportunidade e significação.
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Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 74
Examinemos a nós mesmos
O dever do espírita cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal,
a nossa verdadeira situação íntima.
Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece
estacionário.
Testa a paciência própria:
- Estás mais calmo, afável e compreensivo?
Inquire as tuas relações na experiência doméstica:
- Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário:
- Colaboras com mais euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos:
- Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício:
- Notas em ti mesmo mais ampla disposição de servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego:
- Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses
terrestres?
Usas mais intensamente os pronomes "nós", "nosso" e
"nossa" e menos os determinativos "eu", "meu" e
"minha"?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos
somente por ti, estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
Dissipaste antigos desafetos e aversões?
Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência?
Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
Entendes melhor a função da dor?
Ainda cultivas alguma discreta desavença?
Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
Teus ideais evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais
abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato, mais alegre e feliz
intimamente, nestes três últimos anos?
Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o
Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te
não vejas na obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade,
mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou
perdida.
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à
saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade
de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando
passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil...
André Luiz / Chico Xavier e Waldo Vieira – Livro:
Opinião Espírita
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sábado, 20 de abril de 2019
Aconteceu com Ele
Falatórios - Mensagem da Semana
“Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade”. Paulo
(II Timóteo, 2:16)
Poucas expressões da vida social ou doméstica são
tão perigosas quanto o falatório desvairado, que oferece vasto lugar aos
monstros do crime.
A atividade religiosa e científica há descoberto
numerosos fatores de desequilíbrio no mundo, colaborando eficazmente por
extinguir-lhes os focos essenciais.
Quanto se há trabalhado, louvavelmente, no combate
ao álcool e à sífilis?
Ninguém lhes contesta a influência destruidora.
Arruínam coletividades, estragam a saúde, deprimem o caráter.
Não nos esqueçamos, porém, do falatório maligno
que sempre forma, em derredor, imensa família de elementos enfermiços ou
aviltantes, à feição de vermes letais que proliferam no silêncio e operam nas
sombras.
Raros meditam nisto.
Não será, porventura, o verbo desregrado o pai da
calúnia, da maledicência, do mexerico, da leviandade, da perturbação?
Deus criou a palavra, o homem engendrou o
falatório.
A palavra digna infunde consolação e vida. A
murmuração perniciosa propicia a morte.
Quantos inimigos da paz do homem se aproveitam do
vozerio insensato, para cumprirem criminosos desejos?
Se o álcool embriaga os viciosos, aniquilando-lhes
as energias, que dizer da língua transviada do bem que destrói vigorosas
sementeiras de felicidade e sabedoria, amor e paz? Se há educadores
preocupados com a intromissão da sífilis, por que a indiferença alusiva aos
desvarios da conversação?
Em toda parte, a palavra é índice de nossa posição
evolutiva. Indispensável aprimorá-la, iluminá-la e enobrece-la.
Desprezar as sagradas possibilidades do verbo,
quando a mensagem de Jesus já esteja brilhando em torno de nós, constitui
ruinoso relaxamento de nossa vida, diante de Deus e da própria consciência.
Cada frase do discípulo do Evangelho deve ter
lugar digno e adequado.
Falatório é desperdício. E quando assim não seja,
não passa de escura corrente de venenos psíquicos, ameaçando espíritos
valorosos e comunidades inteiras.
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Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier –
Lição 73
sexta-feira, 19 de abril de 2019
A paixão de Jesus
O Espiritismo não nos
abre o caminho da deserção do mundo.
Se é justo evitar os
abusos do século, não podemos chegar ao exagero de querer viver fora dele.
Usufruamos a vida que Deus nos dá, respirando o ar das demais criaturas,
nossas irmãs.
Para seguir a própria
consciência, podemos dispensar a virtude intocável que forja a santidade
ilusória.
Não sejamos sombras
vivas, nem transformemos nossos lares em túmulos enfeitados por filigranas de
adoração.
Nossa fé não é campo
fechado à espontaneidade.
Encarnados e
desencarnados precisamos ser prudentes, mas isso não significa devamos
reprimir expansões sadias e não nos abracemos uns aos outros. A abstinência
do mal não impõe restrições ao bem.
Assim como a virtude
jactanciosa é defeito quanto qualquer outro, a austeridade afetada é ilusão
semelhante às demais.
Não façamos da vida
particular uma torre de marfim para encastelar os princípios superiores, ou
estrado de exibição para entronizar o ponto de vista.
A convicção espírita
não é insensível ou impertinente.
A inflexibilidade, no
dever, não exige frieza de coração. Fujamos ao proselitismo fanatizante, mas
nem por isso cultivemos nos outros a aversão por nossa fé.
Se o papel de vítima é
sempre o melhor e o mais confortável, nem por isso, a título de
representá-lo, podemos forçar a nossa existência, transformando em verdugos,
à força, as criaturas que nos rodeiam.
Não sejamos policiais
do Evangelho, mas candidatemo-nos a servidores cristãos.
Nem caridade vaidosa
que agrave a aspereza do próximo, nem secura de coração que estiole a alegria
de viver.
Quem transpira gelo,
dentro em breve caminhará em atmosfera glacial.
A crença aferrolhada no
orgulho desencadeia desastres tão grandes quanto aqueles criados pelo
materialismo.
Não sejamos companhias
entediantes.
Um sorriso de bondade
não compromete a ninguém.
A fé espírita reside no
justo meio termo do bem e da virtude.
Nem o silêncio perpétuo
da meia morte, que destrói a naturalidade, nem a fala medrosa da inibição a
beirar o ridículo.
Nem olhos baixos de
santidade artificiosa, nem anseio inexperiente de se impor a todo preço.
Nem cumplicidade no
erro, na forma de vício, nem conivência com o mal, na forma de aparente
elevação.
Fé espírita é
libertação espiritual. Não ensina a reserva calculada que anula a
comunicabilidade, constrangendo os outros, nem recomenda a rigidez de hábitos
que esteriliza a vida simples. Nem tristeza sistemática, nem entusiasmo
pueril.
Abstenhamo-nos da falsa
ideia religiosa, suscetível de repetir os desvios de existências anteriores,
nas quais vivemos em misticismo acabrunhante.
Desfaçamos os tabus da
superioridade mentirosa, na certeza de que existe igualmente o orgulho de
parecer humilde.
O Espiritismo nos
oferece a verdadeira confiança, raciocinada e renovadora; eis por que o
espírita não está condenado a atividade inexpressiva ou vegetante. Caridade é
dinamismo do amor. Evangelho é alegria. Não é sistema de restringir as ideias
ou tolher as manifestações, é vacinação contra o convencionalismo absorvente.
Busquemos o povo – a
verdadeira paixão de Jesus –, convivendo com ele, sentindo-lhe as dores, e
servindo-o sem intenções secundárias, conforme o “amai-vos uns aos outros” –
a senda maior de nossa emancipação.
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Ewerton Quadros/Chico Xavier e Waldo Vieira– Livro: O
Espírito da Verdade
sábado, 13 de abril de 2019
Mensagem da Semana
Não as palavras
“Mas em breve irei ter convosco, se
o Senhor quiser, e então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados,
mas a virtude.” Paulo (I Coríntios, 4:19)
Cristo
e os seus cooperadores não virão ao encontro dos aprendizes para conhecerem
as palavras dos que vivem na falsa concepção do destino, mas sim dos que se
identificaram com o espírito imperecível da construção evangélica.
É
indubitável que o Senhor se interessará pelas obras; contudo, toda vez que
nos reportamos a obras, geralmente os ouvintes somente se lembram das instituições
materiais, visíveis no mundo, ricas ou singelas, simples ou suntuosas.
Muita
vez, as criaturas menos favorecidas de faculdades orgânicas, qual o cego ou o
aleijado, acreditam-se aniquiladas ou inúteis, ante conceituação dessa natureza.
É
que, comumente, se esquece o homem das obras de santificação que lhe compete
efetuar no próprio espírito.
Raros
entendem que é necessário manobrar pesados instrumentos da vontade a fim de
conquistar terreno ao egoísmo; usar enxada de esforço pessoal para o
estabelecimento definitivo da harmonia no coração. Poucos se recordam de que possuem
ideias frágeis e pequeninas acerca do bem e que é imprescindível manter recursos
íntimos de proteção a esses germens para que frutifiquem mais tarde.
É
lógico que as palavras dos que não vivem inchados de personalismo serão objeto
das atenções do Mestre, em todos os tempos, mesmo porque o verbo é também
força sagrada que esclarece e edifica. Urge, todavia, fugir aos abusos do palavrório
improdutivo que menospreza o tempo na “vaidade das vaidades”.
Não
olvides, pois, que, antes das obras externas de qualquer natureza, sempre
fáceis e transitórias, tens por fazer a construção íntima da sabedoria e do amor,
muito difícil de ser realizada, na verdade, mas, por isto mesmo, sublimada e eterna.
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Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier –
Lição 72
O Livro dos Espíritos e a Educação - continuação
Continuação da postagem anterior...
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Os novos dados
O
ensino de O Livro dos Espíritos se constitui da transmissão para os educandos
dos novos dados sobre o homem, a vida, a Natureza e o Universo que a Ciência
Espírita conseguiu obter através da pesquisa, da observação e da revelação. O
problema da revelação, que levanta suspeitas e objeções na área científica propriamente
dita, é explicado de maneira didática. Até Kardec a Revelação era divina e só
divina, e se escrevia assim como fizemos, com inicial maiúscula. Dela se
originava a Teologia, a Ciência de Deus... feita pelos homens. A partir de
Kardec a situação é outra.
Descartes,
inspirado pelo Espírito da Verdade já havia demonstrado no século XVII que à
Ciência Divina proveniente da Revelação se opunham as ciências humanas
provenientes da razão. Kardec foi além e demonstrou a existência de dois tipos
de revelação: a divina e a humana. A Ciência Espírita se apresentava como
produto da conjugação dessas duas formas. De um lado tínhamos a revelação
divina feita pelos Espíritos, de outro a revelação humana feita pelos homens.
Todo cientista capaz de descobrir novas leis naturais é um revelador, pois na
verdade revela uma realidade oculta.
A Ciência Espírita fundia a revelação divina com a revelação humana. Os
Espíritos revelavam no geral, os homens no particular.
Vamos a
um exemplo concreto. Os Espíritos revelaram a Kardec que muitos Espíritos não
sabiam que haviam morrido. Kardec estranhou e pôs em dúvida esse dado da
revelação. Mas para esclarecer o problema entregou-se à pesquisa e esta lhe
mostrou que os Espíritos tinham razão. Kardec poderia ter-se apoiado em pressupostos
da tradição espiritualista, inclusive da tradição judaica a respeito, mas não
procedeu assim porque o seu critério científico exigia a comprovação objetiva
dos fatos. Quem quiser consultar a coleção da Revista Espírita sobre esse assunto verá como Kardec conseguiu
objetivar esse problema subjetivo com a questão do desprendimento do espírito
durante o sono, com o problema da obsessão e também com o problema da
existência do corpo espiritual (períspirito), e assim por diante.
A
própria existência de Deus e a questão de sua imanência e transcendência, inacessíveis
à Ciência, segundo a tese kantiana, Kardec submeteu à observação e à lógica.
Depois dele o Prof. Ernesto Bozzano sugeriu a hipótese do Deus-Éter, mas Kardec
não se prendera ao campo das leis físicas, recorrendo ao princípio de causa e
efeito e firmando o princípio espírita de que: todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
A ideia
de evolução se infiltrara na Ciência e na Filosofia desde o século XVIII.
Kardec a recebeu dos Espíritos, mas também a submeteu à observação. No caso da
evolução do homem submeteu-a ainda à pesquisa através da mediunidade e
conseguiu demonstrar a sua realidade de maneira positiva.
Assim
os dados da nova ciência, que Kardec
chamou de ciência do espírito
ofereciam uma nova concepção do homem e do mundo que tinha de ser ensinada à
Humanidade. A transmissão desses dados coube à didática de Kardec em O Livro
dos Espíritos.
O novo homem
Esse
volume de informações novas que abriam novas perspectivas para o futuro humano,
Kardec, o pedagogo e professor, submeteu naturalmente ao controle pedagógico da
formação do novo homem. Surge aí, precisamente nesse ponto do processo
espírita, a conexão necessária (entendendo-se a necessidade no mais rigoroso
sentido lógico) do Espiritismo com o Cristianismo. Jesus também havia procedido
assim. Oferecera aos homens novos dados sobre a sua natureza e sobre a natureza
do Universo, provando através de demonstrações práticas a realidade do seu
ensino: os fatos espíritas que constam dos Evangelhos, os fenômenos físicos por
ele produzidos, os fenômenos de transfiguração e materializações ou aparições
tangíveis (como no Monte Tabor e os ocorridos com ele mesmo após a morte).
Por
outro lado, apoiando-se nesses dados, Jesus afirmara a necessidade de
transformação do homem velho em homem
novo e aplicará a sua pedagogia nesse sentido. Kardec dava continuação a
esse trabalho de Jesus e verificava que a moral evangélica preenchia todos os
requisitos da nova formação do homem a partir do século XIX.
O Livro
dos Espíritos não é apenas um repositório de informações a serviço da Didática
Espírita. É também um manual de aperfeiçoamento humano que culmina na sua
última parte, dedicada às leis morais. Nesse sentido a estrutura da obra é
clara: parte da questão da existência de Deus, examina o problema da Criação,
situa o homem no contexto universal, demonstra a sua natureza espiritual e não
sujeita à destruição da morte, investiga o mundo de após morte, revela a lei de
reencarnação progressiva e teológica, estuda as relações dos espíritos com os
homens, descobre a lei de adoração e explica o seu desenvolvimento, trata das
penas e recompensas futuras e aponta Jesus como modelo da perfeição humana,
dando à Humanidade a educação integral de que ela necessita.
O Livro
dos Espíritos é, pois, um manual de Educação Integral oferecido à Humanidade
para a sua formação moral e espiritual na Escola da Terra.
José Herculano Pires / Livro:
Pedagogia Espírita
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18/04/2019 – 162 ANOS DA 1ª EDIÇÃO DE O LIVRO DOS ESPÍRITOS
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