sábado, 29 de junho de 2019

Aspectos da dor


Os soluços de dor são compreensíveis até o ponto em que não atingem a fermentação da revolta, porque, depois disso, se convertem todos eles em censura infeliz aos planos do Céu.
A enfermidade jamais erra o endereço para suas visitas.
As lágrimas, em verdade, são iguais às palavras. Nenhuma existe destituída de significação.
Somente chega a entender a vida quem compreende a dor.
A evolução regula também o sofrimento das criaturas e nelas se evidencia mais superficial ou mais profunda, conforme o aprimoramento de cada uma.
Se você pretende vencer, não menospreze a possibilidade de amargar, algumas vezes, a aflição da derrota como lição no caminho para o triunfo.
Aprende melhor quem aceita a escola da provação, porquanto, sem ela, os valores da experiência permaneceriam ignorados.
A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a Lei, ela é uma criação de quem a sofre.

André Luiz / Chico Xavier – Livro: Estude e Viva

Examinai

“Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa.” João (II João, 10)

É razoável que ninguém impeça o próximo de falar o que melhor lhe pareça; é justo, porém, que o ouvinte apenas retenha o que reconheça útil e melhor.
Em todos os setores da atividade terrestre e no curso de todas as tarefas diárias, aproximam-se irmãos que vêm ter convosco, trazendo as suas mensagens pessoais.
Esse é portador de convite à insubmissão, aquele outro é um vaso de queixas enfermiças.
Indispensável é que a casa terrestre não se abra aos fantasmas.
Batem à porta?
A prudência aconselha vigilância.
O coração é um recinto sagrado, onde não se deve amontoar resíduos inúteis.
É imprescindível examinar as solicitações que avançam.
Se o mensageiro não traz as características de Jesus, convém negar-lhe guarida, de caráter absoluto, na casa íntima, proporcionando-lhe, porém, algo das preciosas bênçãos que conseguimos recolher, em nosso benefício, no setor das utilidades essenciais.
Inúmeros curiosos que se aproximam dos discípulos sinceros nada possuem, além da presunção de bons faladores. São, quase sempre, grandes necessitados sob a veste falaciosa da teoria. Sem feri-los, nem escandalizá-los, é justo que o devotado aprendiz de Jesus lhes prodigalize algum motivo de reflexão séria. Desse modo, os que julgam conduzir um estandarte de suposta redenção passam a conduzir consigo a mensagem do bem, verdadeiramente salvadora.
O problema não é o de nos informarmos se alguém está falando em nome do Senhor; antes de tudo, importa saber se o portador possui algo do Cristo para dar.

 Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 83

Centro Espírita: ponto de luz na comunidade


Os estudos e reflexões sobre a importância do centro espírita para a comunidade na qual ele se insere apontam para cinco principais vertentes, assim expressas: templo; lar; oficina; hospital; e escola.
Templo
A casa espírita tem a primordial finalidade de abrigar e reunir aqueles que tencionam conectar-se com o Superior por meio da oração, que se constitui em instrumento de comunicação com Deus, nosso Pai.
A prece proporciona a melhoria do homem, ensejando àquele que ora pensar em Deus, aproximar-se dele e pôr-se em comunicação com ele.
Lar
O centro espírita deve receber seus frequentadores e colaboradores como o lar acolhe a família. É a oportunidade da congregação para o fortalecimento dos laços de amor. Nem sempre encontraremos facilidades, pois o reencontro se dá, por vezes, entre adversários do passado. Porém, é nesse lar que precisamos nos esforçar para a formação da família espiritual.
Oficina
A oficina enseja o trabalho e a consequente aquisição de competências técnicas e humanas. Pelo serviço, somos capazes de desenvolver potencialidades e realizar feitos a serem creditados como mérito em nossa contabilidade espiritual, embora devamos trabalhar em benefício do semelhante desinteressadamente.
Hospital
Outro dia ouvi de uma amiga; “na Terra, todos somos doentes da alma”. A necessidade de corrigenda moral é grande, daí a abençoada oportunidade que Deus nos concede de enfrentarmos doenças variadas para que passemos pelo processo de higienização perispiritual. “A enfermidade jamais erra de endereço”, ensina Emmanuel. Seja física ou moral, todos necessitamos de cura para a conquista da saúde integral. O centro espírita funciona como um hospital na medida em que busca oferecer atendimento aos carentes, sem jamais competir com a medicina terrena. É o apoio espiritual, o atendimento fraterno, a fluidoterapia, a desobsessão…
Escola
Na vida, estamos sempre aprendendo e nunca deixaremos de aprender. Como escola de almas, a casa espírita é roteiro que esclarece nossas mentes para as realidades espirituais, por meio dos estudos individuais e em grupo. As palestras públicas, o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE), o Estudo Aprofundado (EADE), a Mediunidade: Estudo e Prática, a Evangelização da Criança e do Jovem, os estudos das obras básicas, da Coleção “A vida no mundo Espiritual”, da Série Psicológica Joanna de Ângelis, os cursos de capacitação à distância, são valiosos instrumentos de aprendizado que o centro espírita pode disponibilizar a seus frequentadores.
          A FEB, no cumprimento de sua missão de promover o estudo, a prática e a difusão do Espiritismo, oferece os materiais para a implantação do ESDE, EADE e da Mediunidade: Estudo e Prática nas instituições espíritas que desejarem, estimula a criação de grupos de estudos doutrinários e incentiva as atividades de evangelização infantojuvenil, compreendendo que o centro espírita é um ponto de luz na comunidade em que se insere e para a qual deve exercer a caridade material, moral e espiritual.                        

Geraldo Campetti Sobrinho - vice-presidente da Federação Espírita Brasileira
Fonte: febnet.org.br

Palestras CEJG - Julho/2019


quinta-feira, 20 de junho de 2019

Na Terra


Na Terra, Deus nos concede o corpo, através de pais amigos.
Cada um de nós se lhe faz o inquilino temporário, em regime de responsabilidade.
Deus nos proporciona a riqueza das horas pela contabilidade do Tempo.
Cada criatura, em momento oportuno, apresentará o relatório dos próprios dias.
Deus nos oferta os laços afetivos pelos princípios da afinidade.
Podemos valorizá-los ou não, conforme o nosso próprio arbítrio.
Deus nos cede a propriedade, por intermédio das leis organizadas pelos próprios humanos.
Daremos conta do usufruto respectivo.
Deus nos oferece as sementes pelos recursos da Natureza.
Plantio e colheita são sempre de nossa escolha.
Deus nos confia o dinheiro, através do trabalho ou da generosidade alheia.
Somos responsáveis pela aplicação da finança que nos seja creditada.
Deus nos habilita para a eficiência com máquinas diversas, por meio da própria inteligência humana.
Compete a nós outros a programação e a condução delas.
Em suma, toda criação e doação das vantagens de que dispomos procedem de Deus.
Entretanto, é justo reconhecer que todos os êxitos e problemas da utilização pertencem a nós.

André Luiz / Chico Xavier – Livro: Passos da Vida

Sem desfalecimentos

“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” Paulo (Gálatas, 6:9)

Há pessoas de singulares disposições em matéria de serviço espiritual.
Hoje creem, amanhã descreem.
Entregaram-se, ontem, às manifestações da fé, entretanto, porque alguém não se curou de uma enxaqueca, perdem hoje a confiança, penetrando o caminho largo da negação.
Iniciam a prática do bem, mas, se aparece um espinho de ingratidão dos semelhantes, proclamam a falência dos propósitos de bem fazer.
São crianças que ensaiam aprendizado na escola da vida, distantes ainda da posição de discípulos do Mestre.
O exercício do amor verdadeiro não pode cansar o coração.
Quem ama em Cristo Jesus guarda confiança em Deus, é feliz na renúncia e sabe alimentar-se de esperança.
O mal extenua o espírito, mas o bem revigora sempre.
O aprendiz sincero do Evangelho, portanto, não se irrita nem conhece a derrota nas lutas edificantes, porque compreende o desânimo por perda de oportunidade.
Problemas da alma não se circunscrevem a questões de dias e semanas terrestres, nem podem viver condicionados a deficiências físicas. São problemas de vida, renovação e eternidade.
Não te canses, pois, de fazer o bem, convencido, todavia, de que a colheita, por tuas próprias mãos, depende de prosseguires no sacerdócio do amor, sem desfalecimentos.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 82

O Espiritismo pergunta


Meu irmão, não te permitas impressionar apenas com as alterações que convulsionam hoje todas as frentes de trabalho e descobrimentos na Terra.
Olha para dentro de ti mesmo e mentaliza o futuro.
O teu corpo físico define a atualidade do teu corpo espiritual.
Já viveste, quanto nós mesmos, vidas incontáveis e trazes, no bojo do espírito, as conquistas alcançadas em longo percurso de experiências na ronda de milênios.
Tua mente já possui, nas criptas da memória, recursos enciclopédicos da cultura de todos os grandes centros do Planeta.
Teu perispírito já se revestiu com porções da matéria de todos os continentes.
Tuas irradiações, através das roupas que te serviram, já marcaram todos os salões da aristocracia e todos os círculos de penúria do plano terrestre.
Tua figura já integrou os quadros do poder e da subalternidade em todas as nações.
Tuas energias genésicas e afetivas já plasmaram corpos na configuração morfológica de todas as raças.
Teus sentidos já foram arrebatados ao torvelinho de todas as diversões.
Tua voz já expressou o bem e o mal em todos os idiomas.
Teu coração já pulsou ao ritmo de todas as paixões.
Teus olhos já se deslumbraram diante de todos os espetáculos conhecidos, das trevas do horrível às magnificências do belo.
Teus ouvidos já registraram todos os tipos de sons e linguagens existentes no mundo.
Teus pulmões já respiraram o ar de todos os climas.
Teu paladar já se banqueteou abusivamente nos acepipes de todos os povos.
Tuas mãos já retiveram e dissiparam fortunas, constituídas por todos os padrões da moeda humana.
Tua pele, em cores diversas, já foi beijada pelo Sol de todas as latitudes.
Tua emoção já passou por todos os transes possíveis de renascimentos e mortes.
Eis por que o Espiritismo te pergunta:
– Não julgas que já é tempo de renovar?
Sem renovação, que vale a vida humana?
Se fosse para continuares repetindo aquilo que já foste e o que fizeste, não terias necessidade de novo corpo e de nova existência – prosseguirias de alma jungida à matéria gasta da encarnação precedente, enfeitando um jardim de cadáveres.
Vives novamente na carne para o burilamento de teu espírito.
A reencarnação é o caminho da Grande Luz.
Ama e trabalha. Trabalha e serve.
Perante o bem, quase sempre, temos sido somente constantes na inconstância e fiéis à infidelidade, esquecidos de que tudo se transforma, com exceção da necessidade de transformar. 

                           Militão Pacheco / Chico Xavier / Waldo Vieira – Livro: O Espírito da Verdade

"Libertação" - Entrevista com Éder Corrêa

sexta-feira, 14 de junho de 2019

O instante divino

Não deixes passar, despercebido, o teu divino instante de ajudar.
Surge, várias vezes nos sessenta minutos de cada hora, concitando-te ao enriquecimento de ti mesmo.
Repara, vigilante.
Aqui, é o amigo que espera por uma frase de consolo.
Ali, é alguém que te roga insignificante favor.
Além, é um companheiro exausto no terreno árido das provas, na expectativa de um gesto de solidariedade.
Acolá, é um coração dorido que te pede algumas páginas de esperança.
Mais além, é um velhinho que sofre e a quem um simples sorriso teu pode reanimar.
Agora, é um livro edificante que podes emprestar ao irmão de luta.
Depois, é o auxílio eficiente com que será possível o socorro ao próximo necessitado.
Não te faças desatento.
Não longe de tua mesa, há quem suspire por um caldo reconfortante.
E, enquanto te cobres, feliz, há quem padeça de frio e nudez, em aflitiva expectação.
As horas voam.
Não te detenhas.
Num simples momento, é possível fazer muito.
Ao teu lado, a multidão das necessidades alheias espera por teu braço, por tua palavra, por tua compreensão...
         Vale-te, pois, do instante que foge e semeia bênçãos para que o mundo se empobreça de miséria e, em se fazendo hoje mais rico de amor, possa fazer-te, amanhã, mais rico de luz.

José Ricardo / Chico Xavier – Livro: Relicário de Luz

Estejamos certos

“Porei minhas leis em seus corações e as escreverei em seus entendimentos.” Paulo (Hebreus, 10:16)
As instituições humanas vivem cheias de códigos e escrituras.
Os templos permanecem repletos de pregações. Os núcleos de natureza religiosa alinham inúmeros compêndios doutrinários.
O Evangelho, entretanto, não oculta os propósitos do Senhor.
Toda a movimentação de páginas rasgáveis, portadoras de vocabulário restrito, representa fase de preparo espiritual, porque o objetivo de Jesus é inscrever os seus ensinamentos em nossos corações e inteligências.
Poderemos aderir de modo intelectual aos mais variados programas religiosos, navegarmos a pleno mar da filosofia e da cultura meramente verbalistas, com certo proveito à nossa posição individual, diante do próximo; mas, diante do Senhor, o problema fundamental de nosso espírito é a transformação para o bem, com a elevação de todos os nossos sentimentos e pensamentos.
O Mestre escreverá nas páginas vivas de nossa alma os seus estatutos divinos.
Tenhamos disso a certeza. E não estejamos menos convencidos de que, às vezes, por acréscimo de misericórdia, nos conferirá os precisos recursos para que lavemos nosso livro íntimo com a água das lágrimas, eliminando os resíduos desse trabalho com o fogo purificador do sofrimento.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 81

Hábito

O hábito é uma esteira de reflexos mentais acumulados, operando constante indução à rotina.
Herdeiros de milênios, gastos na recapitulação de muitas experiências análogas entre si, vivemos, até agora, quase que à maneira de embarcações ao gosto da correnteza, no rio de hábitos aos quais nos ajustamos sem resistência.
Com naturais exceções, todos adquirimos o costume de consumir os pensamentos alheios pela reflexão automática, e, em razão disto, exageramos as nossas necessidades, apartando-nos da simplicidade com que nos seria fácil erguer uma vida melhor, e formamos em torno delas todo um sistema defensivo à base de crueldade, com o qual ferimos o próximo, dilacerando consequentemente a nós mesmos.
Estruturamos, assim, complicado mecanismo de cautela e desconfiança, para além da justa preservação, retendo, apaixonadamente, o instinto da posse e, com o instinto da posse, criamos os reflexos do egoísmo e do orgulho, da vaidade e do medo, com que tentamos inutilmente fugir às Leis Divinas, caminhando, na maioria das circunstâncias, como operários distraídos e infiéis que desertassem da máquina preciosa em que devem servir gloriosamente, para cair, sufocados ou inquietos, nas engrenagens que lhes são próprias.
Nesse círculo vicioso, vive a criatura humana, de modo geral, sob o domínio da ignorância acalentada, procurando enganar-se depois do berço, para desenganar-se depois do túmulo, aprisionada no binômio ilusão-desilusão, com que despende longos séculos, começando e recomeçando a senda em que lhe cabe avançar.
Não será lícito, porém, de modo algum, desprezar a rotina construtiva. É por ela que o ser se levanta no seio do espaço e do tempo, conquistando os recursos que lhe enobrecem a vida.
A evolução, contudo, impõe a instituição de novos costumes, a fim de que nos desvencilhemos das fórmulas inferiores, em marcha para ciclos mais altos de existência.
É por esse motivo que vemos no Cristo - divino marco da renovação humana - todo um programa de transformações viscerais do espírito. Sem violência de qualquer natureza, altera os padrões da moda moral em que a Terra vivia há numerosos milênios. Contra o uso da condenação metódica, oferece a prática do perdão. A tradição de raça opõe o fundamento da fraternidade legítima.
No abandono à tristeza e ao desânimo, nas horas difíceis, traz a noção das bem-aventuranças eternas para os aflitos que sabem esperar e para os justos que sabem sofrer.
Toda a passagem do Senhor, entre os homens, desde a Manjedoura, que estabelece o hábito da simplicidade, até a Cruz afrontosa que cria o hábito da serenidade e da paciência, com a certeza da ressurreição para a vida eterna, o apostolado de Jesus é resplendente conjunto de reflexos do caminho celestial para a redenção do caminho humano.
Até agora, no mundo, a nossa justiça cheira a vingança e o nosso amor sabe a egoísmo, pelo reflexo condicionado de nossas atitudes irrefletidas nos milênios que nos precedem o “hoje”. Não podemos desconhecer, todavia, que somente adotando a bondade e o entendimento, com a obrigação de educarmos e com o dever de servir, como hábitos automáticos nos alicerces de cada dia, colaborando para a segurança e felicidade de todos, ainda mesmo à custa de nosso sacrifício, é que refletiremos em nós a verdadeira felicidade, por estarmos nutrindo o verdadeiro bem. 
                       
                             Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Pensamento e Vida

sexta-feira, 7 de junho de 2019

"Libertação": Andrezinho e a existência no Mundo Físico

Feijoada do Grupo Espírita Irmã Scheilla


No lar


Não olvides que teu filho, sendo a materialização de teu sonho, é também tua obra na Terra.
Às vezes é um lírio que plantaste no tempo; contudo, na maioria das ocasiões, é um fragmento de mármore que deixaste à distância.
Flor que te pode encorajar ou pedra que te pode ferir.
Recebe-o, pois, como quem encontra a oportunidade mais santa de trabalho no mundo.
Não lhe abandones o espírito à liberdade absoluta, para que se não perca ao longo da estrada, e nem cometas a loucura de encarcerá-lo em teus pontos de vista, para que o teu exclusivismo não lhe desfigure as qualidades inatas para o infinito bem.
Ajuda-o, acima de tudo, a crescer para o ideal superior, assim como auxilias a árvore nascente, em ímpeto ascensional para a luz.
Livra-o das deformidades mentais, tanto quanto proteges o vegetal proveitoso contra a invasão da erva sufocante.
Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Receber um filho é deter entre os homens o mais sagrado depósito.
Não desertes, assim, da abnegação em que deves empenhar todas as forças peculiares à própria vida, a fim de que o rebento de tuas aspirações humanas se faça legítimo sucessor dos teus mais íntimos anseios de elevação.
O lar, na Terra, ainda é o ponto de convergência do passado. Dentro dele, entre as quatro paredes que lhe constituem a expressão no espaço, recebemos todos os serviços que o tempo nos impõe, habilitando-nos ao título de cidadãos do mundo.
Exercitemos, desse modo, o amor e o serviço, a humildade e o devotamento, no templo familiar, à frente de nossos amigos ou adversários do pretérito transformados hoje em nossos parentes ou em nossos filhos, e estaremos alcançando nos problemas da eternidade a mais alta e a mais sublime equação.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Luz no Lar