sábado, 16 de março de 2024

Mais Luz - Edição 674 - 17/03/2024

 


Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/7fac839f5efc/ao-encontro-do-mestre

 

Ao encontro do Mestre – Agostinho

Ante o Evangelho: Os últimos serão os primeiros

Mensagem da Semana: O herdeiro do Pai – Fonte Viva, 148

Poema: Servir sempre – Casimiro Cunha

Oração: Petição do servo – Des Touches



sexta-feira, 15 de março de 2024

Ao encontro do Mestre

 

Meu caro Átila,

A senda do discípulo do Senhor está aberta.

Na retaguarda, é o pretérito de sombras.

À esquerda, surge o território incendiado das paixões.

À direita, aparece o gelado desfiladeiro da indiferença.

Nossa única porta de ação construtiva é a da frente.

Através dela é preciso marchar, amealhando amor e sabedoria ao preço de renunciação e serviço constantes.

Não te atemorizem, pois, os golpes da sombra.

Refletir a luz do Cristo, em nós, na antiga arena da luta humana, é o nosso objetivo essencial.

Dilatemos, acima de tudo, a nossa capacidade receptiva, assimilando as forças superconscientes que fluem de cima para a regeneração do conteúdo de nossa individualidade.

Comunhão integral com Jesus é a nossa meta.

Para alcançá-la, tudo o que não seja Amor, em suas manifestações, deve ser esquecido.

Não te detenhas.

Avança, por dentro do próprio coração, entendendo a excelsitude do sacrifício.

Na estrada que trilhamos, milhares de companheiros amontoam recursos de ouro e pedra para a aquisição de dor e arrependimento. Outros continuam povoando os celeiros do tempo, com os monstros da insensatez.

Que a voz do Mestre vibre total na acústica de nossa alma, a fim de que os desvarios da ilusão não nos aniquilem a sagrada oportunidade de escalar o monte redentor. Ofereçamos a claridade da prece a todos os que desçam provisoriamente no escuro castelo das horas perdidas.

E adiantemo-nos, não no carro da evidência pessoal, mas no laborioso esforço da purificação, convictos de que em nosso reajustamento com Jesus permanece o soerguimento do mundo.

Quando a alma abriga, enfim, o Divino Hóspede, profunda transformação se opera no sistema espiritual de cada um.

Os olhos jazem incapacitados para a descoberta do mal.

Os ouvidos permanecem atentos às mensagens de sabedoria.

Os pensamentos se concentram invariavelmente no bem.

A palavra tece harmonia e felicidade em todos os recantos.

As mãos agem, incessantemente, sob a inspiração de ordem superior.

O coração, sobretudo, irradia bênçãos de compreensão e fraternidade, onde quer que se encontre, por estrela consciente a resplandecer nas teias da carne, e o império do Amor se estabelece no destino, consolidando a obra de sublimação eterna.

Sigamos, pois, pelo calvário da ressurreição sem desfalecer.

Na ordem material da Terra, vemos constantemente o homem a esperar pelo mundo, quando em verdade, o mundo vive esperando pelo homem, observando ainda que a alma aguarda Jesus, ao passo que o Senhor, de braços compassivos, aguarda a nossa alma, cheio de magnanimidade e esperança.

Movimentemo-nos, pois, à procura do Mestre e o Mestre virá, tolerante e sublime, ao nosso encontro.

Agostinho / Chico Xavier
Livro: Sentinelas da luz



quinta-feira, 14 de março de 2024

Petição do servo

 


Senhor!

Em verdade, não posso ser a lâmpada que clareia o caminho, mas, se me amparas, consigo ser a candeia singela capaz de orientar o rumo de algum viajante transviado na floresta da vida.

Não posso ser a fonte que dessedenta quantos atravessem as estradas do mundo, no entanto, se me auxilias, consigo ser a concha de água limpa, suscetível de socorrer um doente relegado ao abandono.

Não posso ser a árvore benfeitora que se entrega ao faminto em plenitude de bondade, entretanto, se me ajudas, posso ser a migalha de amor que suprima a penúria de um companheiro desfalecente de angústia.

Não posso ser a casa acolhedora que albergue todos os deserdados da Terra, entregues às surpresas amargas da noite, mas, se me apoias, consigo ser a mão que se estende ao amigo menos feliz para doar-lhe o calor de Tua bênção e dizer-lhe ao coração abatido — “Deus te abençoe!”

Senhor, reconheço-me pequenino servo de Tua causa, no entanto, Contigo, a esperança brilhará em minha alma e, com semelhante amparo, seguirei à frente, trabalhando e servindo, no bendito anonimato de minha pequenez, a fim de louvar-Te sempre e esperar, agindo e abençoando, a construção da Terra Mais Feliz.

 

Des Touches / Chico Xavier

Livro: Tempo e amor



quarta-feira, 13 de março de 2024

Servir sempre

 

Se procuras a extinção

Das dores, por onde vais,

Mantém a disposição

De servir um tanto mais.

 

Sofres crises a granel,

Impedimentos gerais,

Para vencê-los, não fujas

De servir um tanto mais.

 

Pretendes viver acima

Das aflições em que cais,

Não desertes do dever

De servir um tanto mais.

 

Carregas lutas em casa,

Provações descomunais,

Por tua paz, não desistas

De servir um tanto mais.

 

Encontras pedras, injúrias,

Ofensas, erros brutais…

Não te afastes do programa

De servir um tanto mais.

 

Tua vida necessita

De mudanças radicais?

Não menosprezes o ensejo

De servir um tanto mais.

 

Angústias do coração

Em tempestades morais?

Inventa novos recursos

De servir um tanto mais.

 

Se quisermos atingir

As Luzes Celestiais,

Aprendamos com Jesus

Que servir nunca é demais.

 

Casimiro Cunha / Chico Xavier

Livro: Correio fraterno



terça-feira, 12 de março de 2024

O herdeiro do Pai

 

“A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” — Paulo. (Hebreus, 1:2)

 

Cede aos poderes humanos respeitáveis o que lhes cabe por direito lógico da vida, mas não te esqueças de dar ao Senhor o que lhe pertence.

Esta fórmula conciliadora do Evangelho permanece, ainda, palpitante de interesse para o bem-estar do mundo.

Não convém concentrar em organizações mutáveis do Plano carnal todas as nossas esperanças e aspirações.

O homem interior renova-se diariamente. Por isso, a ciência que lhe atende as reclamações, nos minutos que passam, não é a mesma que o servia, nas horas que se foram, e a do futuro será muito diversa daquela que o auxilia no presente. A política do pretérito deu lugar à política das lutas modernas. Ao triunfo sanguinolento dos mais fortes ao tempo da selvageria sem peias, seguiu-se a autocracia militarista. A força cedeu à autoridade, a autoridade ao direito. No setor das atividades religiosas, o esforço evolutivo não tem sido menor.

Em vista de semelhantes realidades, por que te apaixonas, com tanta veemência, por criaturas falíveis e programas transitórios?

Os homens de hoje, por mais veneráveis, são herdeiros dos homens de ontem, empenhados na luta gigantesca pela redenção de si mesmos. Poderão prometer maravilhosos reinados de abastança e paz, liberdade e harmonia, entretanto, não fugirão ao serviço de corrigenda dos erros que herdaram, não só daqueles que os antecederam, no campo dos compromissos coletivos, mas igualmente de suas próprias experiências passadas, em tenebrosos desvios do sentimento.

A civilização de agora é sucessora das civilizações que faliram.

As nações que se restauram aproveitam as nações que se desfizeram.

As organizações que surgem na atualidade guardam a herança das que desapareceram na voragem da discórdia e da tirania.

Examinando a fisionomia indisfarçável da verdade, como hipertrofiar o sentimento, definindo-te, em absoluto, por instituições terrestres que carecem, acima de tudo, de teu próprio auxílio espiritual?

Como pode a casa sem teto abrigar-te da intempérie? A planta do arranha-céu, inteligentemente traçada no pergaminho, ainda não é a construção mantenedora da legítima segurança.

Não existem, pois, razões que justifiquem os tormentos dos aprendizes do Cristo, angustiados pelas inquietudes políticas da hora que passa; semelhante estado d’alma é simples produto de inadvertência perigosa, porque todos devemos saber que os homens falíveis não podem erguer obras infalíveis e que compete a nós outros, partidários do Mestre, a posição de trabalhadores sinceros, chamados a servir e cooperar na obra paciente e longa, mas definitiva e eterna, daquele a quem o Pai “constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 148



sábado, 9 de março de 2024

Mais Luz - Edição 673 - 10/03/2024

 

Confira nesta edição:

https://mailchi.mp/a8916bc20ad1/refugia-te-em-paz

 

Tópicos da prece – Bezerra de Menezes

Ante o Evangelho: A indulgência

Mensagem da Semana: Refugia-te em paz – Fonte Viva, 147

Poema: Refúgio – Maria Dolores

Oração íntima – Maria Dolores






sexta-feira, 8 de março de 2024

Tópicos da prece

 


Elevemos o nosso coração, sempre que possível, ao Senhor e confiemos em Sua Infinita Bondade!

Na prece está a nossa força e no serviço do bem o nosso refúgio!

Confiemos nosso pensamento à oração e nossos braços ao trabalho com Cristo Jesus. E Jesus solucionará os nossos problemas com a bênção do tempo. Confiemos, pois, e que Jesus nos guarde sempre!

 

* * *

Paz e esperança ao coração! Cada noite, apesar do cansaço, não olvidemos alguns minutos com a oração, para que se nos refaçam as forças. As tarefas seguem intensas, contudo, quanto possível, os Amigos Espirituais procuram amparar-nos as energias e acrescentá-las ainda mais.

 

* * *

Meus irmãos, muitos Amigos da Espiritualidade sustentam-nos as forças na travessia difícil das horas que passam. Através da oração recolheremos, como sempre, a inspiração de que necessitamos na superação das lutas redentoras.

 

* * *

Guardemos a tranquilidade mental! Através da oração, as tarefas do lar são sustentadas com a bênção do Alto.

 

* * *

Receberemos, pela oração, o concurso espiritual, rogando a Jesus para que os nossos corações sejam fortificados no caminho de dor e luz em que nos encontramos.

 

* * *

Agradeçamos a Jesus as bênçãos de cada dia e confiemos na proteção divina, hoje e sempre!

 

* * *

Cada noite consagremos alguns momentos à oração, momentos esses de que se valerão os Amigos Espirituais que nos amparam, a fim de insuflar-nos novas forças para o desempenho de nossas tarefas.

Reanimemo-nos e guardemos o bom ânimo na certeza de que a fé viva em Deus é luz que nos auxilia a dissipar todas as sombras.

 

* * *

Jesus nos abençoe! Roguemos a Ele, nosso Eterno Benfeitor, nos abençoe os planos de trabalho e renovação à frente do futuro.

 

Bezerra de Menezes / Chico Xavier
Livro: Apelos cristãos



quinta-feira, 7 de março de 2024

Dia Internacional da Mulher


 

Oração íntima

 


Senhor!… Tu que me deste

Paz e consolo à vida,

Não me dês condição

Para espalhar na vida a sombra da discórdia,

Ou estender na estrada as pedras da aflição…

 

Tu que acendeste em mim

A luz do entendimento,

Na fé com que me alteias,

Não consintas, Jesus, que eu suprima a esperança

Das estradas alheias.

 

Tu que me concedeste o verbo edificante

Que nos induz

A prática do bem,

Nunca me deixes formular palavra,

Capaz de condenar ou de ferir alguém.

 

Tu que me desvendaste

O sublime valor da provação,

Que a Lei de Causa e Efeito determina,

Não me faças entregue à queixa e ao desencanto,

Em que eu possa esquecer a Justiça Divina.

 

Tu que me conferiste o privilégio

E a bênção do serviço,

Como ensejo celeste e dom perfeito,

Não permitas que eu viva sem trabalho,

Desfrutando o descanso sem proveito.

 

Naquilo que eu deseje

E naquilo que eu sinta, pense, diga ou faça,

Contrariamente à Eterna Lei do Amor,

Em tudo quanto eu queira sem que o queiras,

Não me aproves, Senhor!…

 

Maria Dolores / Chico Xavier

Livro: Antologia da Espiritualidade


quarta-feira, 6 de março de 2024

Refugia-te em paz

 

“Havia muitos que iam e vinham e não tinham tempo para comer.” — (Marcos, 6:31)

 

O convite do Mestre, para que os discípulos procurem lugar à parte, a fim de repousarem a mente e o coração na prece, é cada vez mais oportuno.

Todas as estradas terrestres estão cheias dos que vão e vêm, atormentados pelos interesses imediatistas, sem encontrarem tempo para a recepção de alimento espiritual. Inúmeras pessoas atravessam a senda, famintas de ouro, e voltam carregadas de desilusões. Outras muitas correm às aventuras, sedentas de novidade emocional, e regressam com o tédio destruidor.

Nunca houve no mundo tantos templos de pedra, como agora, para as manifestações de religiosidade, e jamais apareceu tamanho volume de desencanto nas almas.

A legislação trabalhista vem reduzindo a atividade das mãos, como nunca; no entanto, em tempo algum surgiram preocupações tão angustiosas como na atualidade.

As máquinas da civilização moderna limitaram espantosamente o esforço humano, todavia, as aflições culminam, presentemente, em guerras de arrasamento científico.

Avançou a técnica da produção econômica em todos os setores, selecionando o algodão e o trigo por intensificar-lhes as colheitas, mas, para os olhos que contemplam a paisagem mundial, jamais se verificou entre os encarnados tamanha escassez de pão e vestuário.

Aprimoraram-se as teorias sociais de solidariedade e nunca houve tanta discórdia.

Como acontecia nos tempos da permanência de Jesus no apostolado, a maioria dos homens permanece no vaivém dos caminhos, entre a procura desorientada e o achado falso, entre a mocidade leviana e a velhice desiludida, entre a saúde menosprezada e a moléstia sem proveito, entre a encarnação perdida e a desencarnação em desespero.

Ó meu amigo, se adotaste efetivamente o aprendizado com o Divino Mestre, retira-te a um lugar à parte, e cultiva os interesses de tua alma.

É possível que não encontres o jardim exterior que facilite a meditação, nem algum pedaço de natureza física onde repouses do cansaço material, todavia, penetra o santuário, dentro de ti mesmo.

Há muitos sentimentos que te animam há séculos, imitando, em teu íntimo, o fluxo e o refluxo da multidão. Passam apressados de teu coração ao cérebro e voltam do cérebro ao coração, sempre os mesmos, incapacitados de acesso à luz espiritual.  São os princípios fantasistas de paz e justiça, de amor e felicidade que o Plano da carne te impôs. Em certas circunstâncias da experiência transitória, podem ser úteis, entretanto, não vivas exclusivamente ao lado deles. Exerceriam sobre ti o cativeiro infernal.

Refugia-te no templo à parte, dentro de tua alma, porque somente aí encontrarás as verdadeiras noções da paz e da justiça, do amor e da felicidade reais, a que o Senhor te destinou.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 147