domingo, 8 de setembro de 2024

Ante a luz da Verdade

 


“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” — Jesus. (João, 8:32)

 

A palavra do Mestre é clara e segura.

Não seremos libertados pelos “aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos.

Muitos, em política, filosofia, ciência e religião, se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a própria vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do “ponto de vista”.

Muitos aceitam a verdade, estendem-lhe as lições, advogam-lhe a causa e proclamam-lhe os méritos, entretanto, a verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do Eterno Bem.

Penetrá-la é compreender as obrigações que nos competem.

Discerni-la é renovar o próprio entendimento e converter a existência num campo de responsabilidade para com o melhor.

Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido.

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.

Observa, desse modo, a tua posição diante da Luz…

Quem apenas vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos.

 

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 173



sábado, 31 de agosto de 2024

Ante o Cristo Libertador

 

“Eu sou a porta.” — Jesus. (João, 10:7)

 

Segundo os léxicos, a palavra “porta” designa “uma abertura em parede, ao rés-do-chão ou na base de um pavimento, oferecendo entrada e saída”.

Entretanto, simbolicamente, o mundo está repleto de portas enganadoras. Dão entrada sem oferecerem saída.

Algumas delas são avidamente disputadas pelos homens que, afoitos na conquista de posses efêmeras, não se acautelam contra os perigos que representam.

Muitos batem à porta da riqueza amoedada e, depois de acolhidos, acordam encarcerados nos tormentos da usura.

Inúmeros forçam a passagem para a ilusão do poder humano e despertam detidos pelas garras do sofrimento.

Muitíssimos atravessam o portal dos prazeres terrestres e reconhecem-se, de um momento para outro, nas malhas da aflição e da morte.

Muitos varam os umbrais da evidência pública, sequiosos de popularidade e influência, acabando emparedados na masmorra do desespero.

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.

Com ele, submetemo-nos aos desígnios do Pai Celestial e, nessa diretriz, aceitamos a existência como aprendizado e serviço, em favor de nosso próprio crescimento para a Imortalidade.

Vê, pois, a que porta recorres na luta cotidiana, porque apenas por intermédio do ensinamento do Cristo alcançarás o caminho da verdadeira libertação.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 172



Palestras CEJG - Setembro/2024

 


Ilumina-te

 


Absorves a longos haustos o ar puro das manhãs ensolaradas, enchendo os pulmões deste planeta abençoado que vos mantém perfeita a vitalidade do aparelho físico.

Esforça-te, para igualmente preservares a pureza de vosso Espírito buscando banhar-se na esplendorosa luz do Evangelho cristão.

Aquece teu coração no lume santo das palestras renovadoras, a fim de que a luz da verdade brilhe no santuário da tua alma.

Ama, serve, pacifica.

Contempla o teu semelhante com os olhos do amor sereno e compreensivo capaz de vasculhar-lhe os mais recônditos pensamentos com o fito único de auxiliar.

Uma multidão nos cerca, observando-nos os atos e palavras. Nossos exemplos trarão, para muitos, renovação e paz. Nossa serenidade ajudará aqueles que se acham em desespero. Nossa paciência iluminará o caminho daqueles que se acham desalentados.

Nossa bondade abrirá o caminho da verdade para todos que de nós se acercarem.

Guardemos a paz, aplicando no dia a dia as leis sábias e divinas que regem a nossa vida e estaremos convictos de que realmente seremos discípulos esforçados do Mestre, na escola terrena.

Iluminemo-nos intimamente em cada palavra e em cada gesto, e o Mestre estará mais conosco, conduzindo-nos a passos rápidos através de nossa renovação aos caminhos excelsos da Espiritualidade maior, rumo ao glorioso ápice divino para todos os seres.

Muita paz e amor!

 

José Grosso

Mensagem recebida pela médium Déa Gazzinelli na reunião pública do Grupo da Fraternidade Joseph Gleber em 13/01/1978.


sábado, 24 de agosto de 2024

Testemunho

 

“Pois para isto é que fostes chamados, porque também o Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que lhe sigais as pegadas.” — Pedro. (I Pedro, 2:21)

 

Muitos se queixam da luta moral em que se sentem envolvidos, depois da aceitação do Evangelho.

Em caminhos diferentes, sentem-se modificados.

Não mais mergulham nas correntes escuras da vaidade.

Não mais se comprazem no orgulho.

Não mais se compadecem com o egoísmo.

Não mais rendem culto à discórdia.

E, por isso, de alma desenfaixada, por perderem velhos envoltórios da ilusão, reconhecem que a sensibilidade se lhes aguça, agravando-lhes as aflições na romagem do mundo.

Sentem-se expostos a doloroso processo de burilamento e admitem padecer, mais que os outros, angustiosas provas. Mas, na sublimação espiritual de que oferecem testemunho, outros filhos da Terra tomam contato com a Boa Nova, descobrindo as excelsitudes da vida cristã e estendendo-lhe a luz divina.

Se nos encontrarmos, pois, em extremos desajustes na vida íntima, à face dos problemas suscitados pela fé, saibamos superar corajosamente os conflitos da senda, optando sempre pelo sacrifício de nós mesmos, em favor do bem geral, de vez que não fomos trazidos à comunhão com Jesus, simplesmente para o ato de crer, mas para contribuir na extensão do Reino de Deus, ao preço de nossa própria renovação.

Ninguém recue, diante do sofrimento. Aprendamos a usá-lo, na edificação da vida mais eficiente, em frutos de paz e luz, serviço e fraternidade, bom ânimo e alegria, porque, segundo o Evangelho, “a isso fomos chamados”, com o exemplo do Divino Mestre, que renunciou em nosso benefício, deixando-nos o padrão de altura espiritual que nos compete atingir.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 171

 


sábado, 17 de agosto de 2024

Rotulagem

 


“Mas quem não possui o espírito do Cristo, esse não é dele.” — Paulo. (Romanos, 8:9)

 

A rotulagem não tranquiliza.

Procuremos a essência.

Há louvores em memória do Cristo, em muitos estandartes que estimulam a animosidade entre irmãos.

Há símbolos do Cristo, em numerosos tribunais, que, em muitas ocasiões, apenas exaltam a injustiça.

Há preciosas referências ao Cristo, em vozes altamente categorizadas da cultura terrestre, que, em nome do Evangelho, procuram estender a miséria e a ignorância.

Há juramentos por Cristo, através de conversações que constituem vastos corredores na direção das trevas.

Há invocações verbais ao Cristo, em operações puramente comerciais, que são escuros atentados à harmonia da consciência.

Meditemos na extensão de nossos deveres morais, no círculo das responsabilidades que abraçamos com a fé cristã.

Jesus permanece em imagens, cartazes, bandeiras, medalhas, adornos, cânticos, poemas, narrativas, discursos, sermões, estudos e contendas, mas isso é muito pouco se lhe não possuímos o ensinamento vivo, na consciência e no coração.

É sempre fácil externar entusiasmo e convicção, votos brilhantes e frases bem-feitas.

Acautelemo-nos, porém, contra o perigo da simples rotulagem. Com o apóstolo, não nos esqueçamos de que, se não possuímos o espírito do Cristo, dele nos achamos ainda consideravelmente distantes.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 170

 


sábado, 10 de agosto de 2024

Busquemos a Eternidade

 

“… Ainda que o homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova dia a dia.” — Paulo. (II Coríntios, 4:16)

 

Não te deixes abater, ante as alterações do equipamento físico.

Busquemos a Eternidade.

Moléstias não atingem a alma, quando não se filiam aos remorsos da consciência.

A velhice não alcança o Espírito, quando procuramos viver segundo a luz da imortalidade.

Juventude não é um estado da carne.

Há moços que transitam no mundo, trazendo o coração repleto de pavorosas ruínas.

Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter.

O espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro.

Recorda que o estágio na Terra é simples jornada espiritual.

Assim como o viajante usa sandálias, gastando-as pelo caminho, nossa alma apropria-se das formas, utilizando-as na marcha ascensional para a Grande Luz.

Descerra, pois, o receptor de teu coração à onda sublime dos mais nobres ideais e dos mais belos pensamentos e aprendamos a viver longe do cupim do desânimo, e nosso Espírito, ainda mesmo nas mais avançadas provas da enfermidade ou da senectude, será como sol radiante, a exteriorizar-se em cânticos de trabalho e alegria, expulsando a sombra e a amargura, onde estivermos.

 

Emmanuel / Chico Xavier

Livro: Fonte Viva – Lição 169

 

 


domingo, 4 de agosto de 2024