Conscientizar
as pessoas a respeito das consequências do suicídio no além-túmulo, uma vez que
a morte não existe, das dores que maceram os familiares, do ultraje às Leis
Divinas, foi o objetivo do quarto dia de exposições da XXVIII Semana Espírita
de Teófilo Otoni.
O tema foi
brilhantemente apresentado pela companheira Abigail Guimarães que integra o
Movimento Espírita da cidade de Vitória da Conquista/BA.
Afinal, tem o
ser humano o direito de dispor de sua própria vida?
Abigail trouxe
dados estatísticos do suicídio no Brasil e no mundo. Números que estarrecem,
pois superam a quantidade de homicídios e vítimas de ações terroristas. Segundo
dados da OMS a cada 2 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida, e a
cada 40 segundos umas delas consegue por termo à sua existência. Poucos países
incluíram a prevenção ao suicídio entre suas prioridades na política de saúde
pública, e em diversas sociedades, o tema é tabu, e por isso não é discutido
abertamente.
Mas, como
ajudar?
A palestrante
falou sobre o preconceito em torno do tema, as causas, o crescimento alarmante
entre os jovens, salientando a necessidade de um olhar especial para essas
pessoas. Mostrou a vida futura inutilizando o suicídio, e o problema das
influências espirituais. Citou questões de “O Livro dos Espíritos” (943 a 957),
comentou sobre a vida de Camilo Castelo Branco narrada no livro “Memórias de um
suicida” de Yvonne Pereira, convidou a todos a estudarem o artigo escrito por
Allan Kardec na Revista Espírita de Julho/1862 , que aborda esse tema. Citou
também “O Céu e o Inferno”, além de um livro intitulado “O demônio do meio dia”.
Literatura que esclarece e ajuda no enfrentamento do problema.
Notória a necessidade
de sensibilização de toda a sociedade em torno da gravidade desse mal. Dialogar
com bondade com as pessoas que tem propensão para o suicídio, e estimular a
valorização pessoal são atitudes positivas. Fé, resignação e submissão à
vontade de Deus...
A expositora promoveu
uma reflexão sobre os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial,
mostrando as diferentes posturas diante daquele grande martírio. Citou o caso
de Viktor Frankl como exemplo de superação e valorização da vida, e encerrou sua fala com trechos das canções de
Gonzaguinha que exaltam a beleza da vida.
“Viver e não
ter a vergonha de ser feliz!”...
Sim para a vida!