sábado, 29 de fevereiro de 2020

FEBtv













Palestras CEJG - Março/2020


Abençoa sempre

Seja onde for, abençoa para que a benção dos outros te acompanhe.
Todas as criaturas e todas as cousas te respondem, segundo o toque de tuas palavras ou de tuas mãos.
Abençoa teu lar com a luz do amor, em forma de abnegação e trabalho, e o lar abençoar-te-á com gratidão e alegria.
Abençoa a árvore de tua casa com a dádiva e teu carinho e a árvore de tua casa abençoar-te-á com o perfume da flor e com a riqueza do fruto.
Se amaldiçoas, porém, o companheiro de cada dia com o azorrague da censura, dele receberás a mágoa e a desconfiança.
Se condenas o animal que te partilha o clima doméstico à fome e à flagelação, dele obterá rebeldia e aspereza.
Em verdade, não podes abençoar o mal, a exprimir-se na crueldade, mas deves abençoar-lhe as vítimas para que se refaçam, de modo a extingui-lo.
Não será justo abençoes a enfermidade que te aflige, mas é indispensável abençoes o teu órgão doente, para que com mais segurança se reajuste, expulsando a moléstia que, às vezes, te impõe amargura e desequilíbrio.
Não amaldiçoes nem mesmo por pensamento.
A ideia agressiva ou destruidora é corrosivo em nossa boca, sombra em nossos olhos, alucinação em nossos braços e infortúnio em nossa vida.
Abençoa a mão que te fere e a mão que te fere aprenderá como eximir-se da delinquência.
Abençoa o verbo que te insulta e evitarás a extensão do revide.
Abençoa a dificuldade e a dificuldade revelar-te-á preciosas lições.
Abençoa o sofrimento e o sofrimento regenerar-te-á.
Abençoa a pedra e a pedra servirá na construção.
Não olvides o Divino Mestre da Bênção.
Jesus abençoou a Manjedoura e dela fez o berço luminoso do Evangelho nascente; abençoou a Pedro, enfraquecido e vacilante, transformando-o em vigoroso pescador de almas; abençoou a Madalena obsidiada e nela plasmou o sinal da sublimação humana; abençoou Lázaro, cadaverizado, e devolveu-lhe a vida; e, por fim, abençoou a própria cruz, nela esculpindo a vitória da ressurreição imperecível.
Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre.

Scheilla / Chico Xavier – Livro: Visão Nova

Queixas

“Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados.” (Tiago, 5:9)

A queixa nunca resolveu problemas de ordem evolutiva, entretanto, se os aprendizes do Evangelho somassem os minutos perdidos nesse falso sistema de desabafo, admirar-se-iam do volume de tempo perdido.
Realmente, muitos trabalhadores valiosos não se referem a sofrimento e serviço, com espírito de repulsa à tarefa que lhes foi cometida.
A amizade e a confiança sempre autorizam confidências; mesmo nesse particular, contudo, vale disciplinar a conversação.
A palavra lamentosa desfigura muitos quadros nobres do caminho, além de anular grandes cotas de energia, improficuamente.
O discípulo do Evangelho deveria, antes de qualquer alusão amargosa, tranquilizar o mundo interno e perguntar a si mesmo:
“Queixar por quê? Não será a esfera de luta o campo de aprendizado?
Acaso, não é a sombra que pede luz, a dor que reclama alívio? Não é o mal que requisita o concurso do bem?”
A queixa é um vício imperceptível que distrai pessoas bem intencionadas da execução do dever justo.
Existem obrigações pequeninas e milagrosas que, levadas a efeito, beneficiariam grupos inteiros; todavia, basta um momento de queixa para que sejam irremediavelmente esquecidas.
Se alguém ou algum acontecimento te oferece ocasião ao concurso fraterno, faze o bem que puderes sem reparar a gratidão alheia e, por mais duro te pareça o serviço comum, aprende a cooperar com o Cristo, na solução das dificuldades.
A queixa não atende à realização cristã, em parte alguma, e complica todos os problemas. Lembra-te de que se lhe deres a língua, conduzir-te-á à ociosidade, e, se lhe deres os ouvidos, te encaminhará à perturbação.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 118

Doçura, paciência, bondade

Se o orgulho é o germe de uma multidão de vícios, a caridade produz muitas virtudes. Desta derivam a paciência, a doçura, a prudência. Ao homem caridoso é fácil ser paciente e afável, perdoar as ofensas que lhe fazem. A misericórdia é companheira da bondade. Para uma alma elevada, o ódio e a vingança são desconhecidos. Paira acima dos mesquinhos rancores, é do alto que observa as coisas. Compreende que os agravos humanos são provenientes da ignorância e por isso não se considera ultrajada nem guarda ressentimentos. Sabe que perdoando, esquecendo as afrontas do próximo aniquila todo germe de inimizade, afasta todo motivo de discórdia futura, tanto na Terra como no espaço.
A caridade, a mansuetude e o perdão das injúrias tornam-nos invulneráveis, insensíveis às vilanias e às perfídias: promovem nosso desprendimento progressivo das vaidades terrestres e habituam-nos a elevar nossas vistas para as coisas que não possam ser atingidas pela decepção.
Perdoar é o dever da alma que aspira à felicidade. Quantas vezes nós mesmos temos necessidade desse perdão? Quantas vezes não o temos pedido?
Perdoemos a fim de sermos perdoados, porque não poderíamos obter aquilo que recusamos aos outros. Se desejamos vingar-nos, que isso se faça com boas ações.
Desarmamos o nosso inimigo desde que lhe retribuímos o mal com o bem. Seu ódio transformar-se-á em espanto e o espanto, em admiração. Despertando-lhe a consciência obscurecida, tal lição pode produzir-lhe uma impressão profunda. Por esse modo, talvez tenhamos, pelo esclarecimento, arrancado uma alma à perversidade.
O único mal que devemos salientar e combater é o que se projeta sobre a sociedade. Quando esse se apresenta sob a forma de hipocrisia, simulação ou embuste, devemos desmascará-lo, porque outras pessoas poderiam sofrê-lo; mas será bom guardarmos silêncio quanto ao mal que atinge nossos únicos interesses ou nosso amor próprio.
A vingança, sob todas as suas formas, o duelo, a guerra, são vestígios da selvageria, herança de um mundo bárbaro e atrasado. Aquele que entreviu o encadeamento grandioso das leis superiores, do princípio de justiça cujos efeitos se repercutem através das idades, esse poderá pensar em vingar-se?
Vingar-se é cometer duas faltas, dois crimes de uma só vez; é tornar-se tão culpado quanto o ofensor. Quando nos atingirem o ultraje ou a injustiça, imponhamos silêncio à nossa dignidade ofendida, pensemos nesses a quem, num passado obscuro, nós mesmos lesamos, afrontamos, espoliamos, e suportemos então a injúria presente como uma reparação. Não percamos de vista o alvo da existência que tais acidentes poderiam fazer-nos olvidar. Não abandonemos a estrada firme e reta; não deixemos que a paixão nos faça escorregar pelos declives perigosos que poderiam conduzir-nos à bestialidade; encaminhemo-nos com ânimo robustecido. A vingança é uma loucura que nos faria perder o fruto de muitos progressos, recuar pelo caminho percorrido.
Algum dia, quando houvermos deixado a Terra, talvez abençoemos esses que foram inflexíveis e intolerantes para conosco, que nos despojaram e nos cumularam de desgostos; abençoá-los-emos porque das suas iniquidades surgiu nossa felicidade espiritual. Acreditavam fazer o mal e, entretanto, facilitaram, nosso adiantamento, nossa elevação, fornecendo-nos a ocasião de sofrer sem murmurar, de perdoar e de esquecer.
A paciência é a qualidade que nos ensina a suportar com calma todas as impertinências. Consiste em extinguirmos toda sensação, tornando-nos indiferentes, inertes para as coisas mundanas, procurando nos horizontes futuros as consolações que nos levam a considerar fúteis e secundárias todas as tribulações da vida material.
A paciência conduz à benevolência. Como se fossem espelhos, as almas reenviam-nos o reflexo dos sentimentos que nos inspiram. A simpatia produz o amor; a sobranceria origina a rispidez.
Aprendamos a repreender com doçura e, quando for necessário, aprendamos a discutir sem excitação, a julgar todas as coisas com benevolência e moderação. Prefiramos os colóquios úteis, as questões sérias, elevadas; fujamos às dissertações frívolas e bem assim de tudo o que apaixona e exalta.
Acautelemo-nos da cólera, que é o despertar de todos os instintos selvagens amortecidos pelo progresso e pela civilização, ou, mesmo, uma reminiscência de nossas vidas obscuras. Em todos os homens ainda subsiste uma parte de animalidade que deve ser por nós dominada à força de energia, se não quisermos ser submetidos, assenhoreados por ela. Quando nos encolerizamos, esses instintos adormecidos despertam e o homem torna-se fera. Então, desaparece toda a dignidade, todo o raciocínio, todo o respeito a si próprio. A cólera cega-nos, faz-nos perder a consciência dos atos e, em seus furores, pode induzir-nos ao crime.
Está no caráter do homem prudente o possuir-se sempre a si mesmo, e a cólera é um indício de pouca sociabilidade e muito atraso. Aquele que for suscetível de exaltar-se, deverá velar com cuidado as suas impressões, abafar em si o sentimento de personalidade, evitar fazer ou resolver qualquer coisa quando estiver sob o império dessa terrível paixão.
Esforcemo-nos por adquirir a bondade, qualidade inefável, auréola da velhice, a bondade, doce foco onde se reaquecem todas as criaturas e cuja posse vale essa homenagem de sentimentos oferecida pelos humildes e pelos pequenos aos seus guias e protetores. A indulgência, a simpatia e a bondade apaziguam os homens, congregando-os, dispondo-os a atender confiantes aos bons conselhos; no entanto, a severidade dissuade-os e afugenta. A bondade permite-nos uma espécie de autoridade moral sobre as almas, oferece-nos mais probabilidade de comovê-las, de reconduzi-las ao bom caminho. Façamos, pois, dessa virtude um archote com o auxílio do qual levaremos luz às inteligências mais obscuras, tarefa delicada, mas que se tornará fácil com um sentimento profundo de solidariedade, com um pouco de amor por nossos irmãos.

Léon Denis – Livro: Depois da Morte

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Não percamos mais tempo



Amigos,

Quanto mais a rebeldia humana atinge cifras salientes, temos a sensação de que maior é a misericórdia do Criador para com o gênero humano, permitindo a todos ocasião de avaliar as tortuosidades e de tudo refazer.
Quanto mais a indiferença dos homens alcança níveis calamitosos, percebemos que se faz mais ampla a generosidade do nosso Pai, facultando-nos novas instruções que nos chegam da Imortalidade Feliz.
Quanto mais se acrescem as dores terrestres, distribuídas nas faixas do corpo e da alma, sentimos que mais o Coração dos Céus se enche de enternecimento pelas criaturas, permitindo os progressos da farmacologia e o avanço da psicologia, a fim de que ninguém se possa queixar de abandono e desespero pelos caminhos.
Quanto mais os passos da humanidade optam por roteiros contrários aos da Casa do Pai, entendemos o quanto de piedade é derramado sobre nós, através dos renovados convites e dos instantes apelos que nos são dirigidos das Alturas.
O tempo de agora, sem embargo, chama-nos a iniciar ou a prosseguir os nossos esforços no sentido de abrir mão das posições rebeldes, das atitudes de indiferença, de modo a romper os vínculos com sofrimentos, francamente desnecessários, para seguirmos conscientes e bem dispostos para o nosso destino espiritual, que é a integração com as luzes estelares, tornando-nos um com Jesus Cristo, como Ele foi um com o Pai do Céu, após Seus roteiros de angélica evolução.
Não nos cabe mais relegar o ensejo; não devemos mais procrastinar o dia da perene claridade, que nos aguarda nas dimensões espirituais. O tempo de ventura e crescimento para Deus precisa ser muito bem administrado por nós, os milenários jornadeiros da evolução terrena, a fim de que não mais percamos essas preciosas ensanchas de conquista da paz e da alegria, que a existência no mundo nos oferta.

Luiz Carlos da Veiga / Raul Teixeira, em 26.02.2006, na Fazenda Recreio, em Pedreira-SP.

Para isto

“Porque para isto sois chamados; pois também o Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo.” Pedro (I Pedro, 2:21)

Elevada percentagem de crentes considera-se imune de todos os sofrimentos, porque, no conceito de grande parte daqueles que aceitam a fé cristã, entregar-se às fórmulas religiosas é subtrair-se à luta, candidatando-se à beatitude imperturbável.
Na apreciação de muita gente, os que oram não deveriam conhecer a dor.
O socorro divino assemelhar-se-ia à proteção de um monarca terrestre, doador de favores segundo as bajulações recebidas.
A situação do aprendiz de Jesus é, todavia, muito diversa.
Os títulos do Cristo não são os da inatividade, com isenção de responsabilidade e esforço.
Todos os chamados ao trabalho evangélico não podem esquecer as necessidades do serviço.
O Mestre, naturalmente, precisa companheiros que n’Ele confiem, mas não prescindirá dos que se revelem colaboradores fiéis de sua obra.
Seria justo postar-se indefinidamente o devedor, ante a generosidade do credor, confiando sempre, sem o mínimo sinal de solução ao débito adquirido?
Não somente os homens vivem na lei de permuta.
As Forças Divinas baseiam a movimentação do bem no mesmo princípio.
O Mestre Celestial ensina a todos, em verdade, as sublimes lições da vida; entretanto, não é razoável que todos os séculos assinalem nos bancos escolares da experiência humana os mesmos alunos preguiçosos e inquietos.
É indispensável que as turmas de bons obreiros se dirijam às zonas de serviço, preparados para os testemunhos dos ensinamentos recebidos.
Simão Pedro sintetiza o trabalho dos cristãos de maneira magistral.
Sois chamados para isto assevera o apóstolo.
A afirmativa simples indica que os discípulos leais foram convocados a sofrer pelo bem.
Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 117

Atmosfera psíquica




O ato de pensar – o principal atributo qualificador da inteligência –, apesar de ser uma capacidade inerente a todos os Espíritos, confere a cada qual uma espécie de identidade particular.
Isto ocorre porque todos, não obstante viverem em uma mesma dimensão, possuem características psíquicas próprias e, portanto, pensam de forma distinta.
Essas peculiaridades no ato de pensar têm sua origem nas variadas experiências vividas pelo indivíduo, considerando suas sequentes encarnações. Por esse motivo, diz-se que cada um possui sua atmosfera psíquica, à qual alguns espíritos e autores deram o nome de hálito psíquico ou halo psíquico, psicosfera, ambiente psíquico, dentre outras denominações.
Em razão da diversidade das experiências vivenciadas e da forma como o ser humano lida com as mesmas, é que a atmosfera psíquica se organiza de forma distinta entre nós. Essa diferenciação na organização psíquica se dá de tal forma que seria impossível encontrar uma atmosfera que fosse perfeitamente idêntica a qualquer outra, tal como ocorre com as impressões digitais e com as singularidades da íris do olho humano.
Devido a tais condições não encontramos pessoas, por mais que tenham compartilhado as mesmas experiências, que pensem de forma absolutamente idêntica sobre qualquer assunto.
Apesar, porém, de tais características estarem tão bem delineadas em cada ser, é fundamental considerar que estamos todos “mergulhados” no mesmo campo de ação, e, por esta razão, interagimos continuamente uns com outros.
Essa interação pode ser facilmente observada quando ocorre no campo físico, pois afeta nossos sentidos carnais. Todavia, os Espíritos nos esclarecem que a influência mútua acontece com muito mais ênfase quando se dá no campo psíquico, onde as relações ocorrem com mais intensidade, seja entre encarnados, entre estes e os desencarnados, e nestes entre si.
Em função dessa influência mútua passamos a desfrutar da companhia uns dos outros, aproximando-nos. Esta proximidade ocorre quando há similaridade de pensamentos, semelhança de pendores, afinidade de ideias, de propósitos, enfim, sintonia. É aí que as atmosferas psíquicas interagem.
Algumas dessas interações são desejadas e aspiradas, resultando em crescimento e progresso moral; isto ocorre quando desfrutamos de companhias de melhor condição espiritual que a nossa, sejam encarnadas ou não, que nos assistem, sempre respeitando nosso livre-arbítrio.

Entretanto, é interessante considerar que a natureza dos relacionamentos mais comuns, que se dão na esfera psíquica, é aquela em que uma das individualidades, ao identificar a sutileza das imperfeições alheias, influencia-a, a fim de que prevaleça a sua vontade sobre a outra. A respeito dessa questão é oportuno lembrar a advertência contida na resposta à pergunta 459, de O Livro dos Espíritos, edição FEB, sobre se nossos pensamentos poderiam sofrer influências de outros Espíritos: “Muito mais do que imaginais, pois frequentemente são eles que vos dirigem”.
Diante desse quadro, e considerando a aspiração daqueles que pretendam alcançar a elevação espiritual, é conveniente relembrar a orientação de Jesus, para que nos dediquemos continuamente à oração e à vigilância.

Licurgo Soares de Lacerda Filho – Revista Reformador / Fevereiro / 2011

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Campanha: Conduta Espírita


V Congresso Espírita Brasileiro







































Vem aí o 5º Congresso Espírita Brasileiro.
Saiba mais detalhes sobre a Edição Centro, que acontecerá em Belo Horizonte/MG, dos dias 01 a 03 de maio de 2020:

Hospitalidade


“Não vos esqueçais da hospitalidade, porque, por ela, alguns, não o sabendo, hospedaram os anjos.” – Paulo. (Hebreus, 13:2)

É provável que nem sempre disponhas dos recursos necessários à hospedagem de companheiros da casa.


Obstáculos e vínculos domésticos, em muitas ocasiões, determinam impedimentos.
Se a parentela ainda não se compraz contigo, na cultura da gentileza, não é justo violentes a harmonia do lar, estabelecendo discórdia, em nome do Evangelho que te recomenda servi-los.
Nada razoável empilhar amigos, em espaço irrisório, impondo-lhe constrangimentos, à conta do bem-querer.
Todos nós, porém, conseguimos descerrar as portas da alma e oferecer acolhimento moral.
Nem todos os desabrigados se classificam entre os que jornadeiam sem teto.
Aqui e ali, surpreendemos os que vagueiam, deserdados do apoio e convivência...
Observa e tê-lo-ás no caminho, a te pedirem asilo ao entendimento.
Dá-lhes uma frase de coragem, um pensamento de paz, um gesto de amizade, um momento de atenção.
Às vezes, aquele que hoje se reergue com a tua migalha de amor é quem te vai solucionar as necessidades de amanhã, num carro de bênçãos. Não te digas inútil, nem te afirmes incapaz.
Ninguém existe que não possa auxiliar alguém, estendendo o agasalho da simpatia pelos fios do coração.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Palavras de Vida Eterna

Não só


“E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em ciência e em todo o conhecimento.” Paulo (Filipenses, 1:9)

A caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia, inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitá-la, ocultando-lhe o espírito divino.
Muitos aprendizes creem que praticá-la é apenas oferecer dádivas materiais aos necessitados de pão e teto.
Caridade, porém, representa muito mais que isso para os verdadeiros discípulos do Evangelho.
Em sua carta aos filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referência ao assunto.
Indispensável é que a caridade do cristão fiel abunde em conhecimento elevado.
Certo benfeitor distribuirá muito pão, mas se permanece deliberadamente nas sombras da ignorância, do sectarismo ou da autoadmiração não estará faltando com o dever de assistência caridosa a si mesmo?
Espalhar o bem não é somente transmitir facilidades de natureza material.
Muitas máquinas, nos tempos modernos, distribuem energia e poder, automaticamente.
Caridade essencial é intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem olvidarmos o imperativo de autossublimação para que outros se renovem para a vida superior, compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e saber.
Muitos crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente em saber; as atividades de todos os benfeitores dessa espécie são úteis, mas incompletas.
Ambas as classes podem sofrer presunção venenosa.
Bondade e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e consciência são arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade.
Não só receber e dar, mas também ensinar e aprender.

Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 116

A obra do Evangelho

Resultado de imagem para compreensão do evangelho




Muitos daqueles que se entregam atualmente aos postulados científicos do Espiritismo condenam os estudiosos das ilações de ordem moral e religiosa, às quais a Doutrina inevitavelmente conduz com as suas expressões fenomênicas, demonstrando as realidades espirituais.

 Mesmo aqui no Brasil, onde Ismael fixou as bases luminosas do seu programa, observam-se movimentos sub-reptícios tendentes a nulificar a ação do Evangelho, eliminando as feições religiosas e consoladoras da Doutrina.

 Que se crie uma ciência nova sobre a argamassa dos fenômenos espíritas, que se amplie a metapsíquica, com os seus compêndios de complicada terminologia é natural; mas que se olvide que o moderno Espiritismo tem de ser a confirmação do Cristianismo, em sua primitiva pureza, restaurando as forças coletivas para a prática do bem, é inadmissível.

 As ciências terrenas têm um valor sobremaneira relativo diante das leis transcendentes que regem o mecanismo dos destinos. O homem físico tem atingido a cumeadas evolutivas, mas o homem moral se ressente de graves lacunas e grandes defeitos. Para o primeiro, a Terra está cheia de novas comodidades e de eficazes tratamentos. Para o segundo, porém, só existe um caminho de progresso - o do instituto cristão.

 Na compreensão exata do Evangelho está hoje guardada a solução de todas as crises que assoberbam os humanos. O critério de civilização ou de cultura, sob o ponto de vista mundano, não resolve os sérios enigmas que preocupam a mentalidade geral, porquanto, moralmente falando, o homem está cheio de necessidades. A mensagem do Cristo, ainda hoje, é obscura e desconhecida no ambiente de quase todas as nacionalidades, não obstante as igrejas de todos os matizes, isoladas dos verdadeiros característicos do Cristianismo. Muitos povos esperam ainda a palavra do Mestre para que aproximem as suas leis do Código da Fraternidade e do Amor.

 No domínio das coisas espirituais, o homem ainda oscila entre a civilização e a barbaria. Daí se infere a necessidade de se esclarecer o entendimento humano no que se refere aos seus deveres divinos.

 Todos os programas dos ideais espiritualistas têm de se basear na melhoria do homem. O Espiritismo terá de reviver o Cristianismo ou terá de perecer; as suas questões científicas são acessórios necessários à sua evolução como doutrina, mas não significam a sua vitalidade essencial. Os que malsinam a obra evangélica, taxando-a de inútil e descabida, não apreenderam as grandes verdades da Vida, despidos do senso das realidades atuais.

 É necessário que os espíritas se convençam de que toda a obra doutrinária, sem o concurso da parte moral do Espiritismo, passará como meteoro. Se nas vossas atividades consuetudinárias tendes visto fracassarem inúmeras edificações rotuladas com a nossa fé consoladora, semelhantes desastres são o fruto de injustificáveis irreflexões. Antes de criar os espíritas conscientes dos seus deveres de fraternidade, de humildade e de amor, tendes levantado as obras espíritas, vazias das consciências esclarecidas, inaptas a orientá-las no labirinto das atividades modernas.  Criar instituições sem afinar as mentes que as nortearão nos ambientes da coletividade, de acordo com os seus objetivos sagrados, é meio caminho andado para a sua própria falência.

 Convencei-vos de que a atualidade necessita do esforço comum de todos à sombra da bandeira da tolerância e da unificação para que se dissemine a lição do Evangelho em todo o planeta.  Antes dos cérebros, faz-se mister iluminar-se os corações. O Espiritismo marchará com o Cristo ou se desviará de suas finalidades sagradas. Ou os homens realizam o Evangelho ou a sua civilização terá de desaparecer.

Francisco Leite de Bittencourt Sampaio / Chico Xavier, em 24-3-1936 – Revista Reformador - março /1976

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Em torno da Regra Áurea

Quanto mais se adianta o progresso, mais intensamente se percebe que a vida é um condomínio.
Partilhamos, em regime de obrigatoriedade, o ar ambiente e a luz solar que nunca estiveram sob nosso controle. E, em nos referindo aos bens que retemos na Terra, quando na condição de Espíritos encarnados, à medida que solucionamos as grandes questões de interesse coletivo, quais as da justiça, da economia, do trabalho, da provisão ou moradia, mais impelidos nos reconhecemos a observar o direito dos outros.
Seja num edifício de apartamentos ou numa fila de compras, as nossas conveniências estão sujeitas à tranquilidade dos vizinhos.
Numa oficina, quanto mais importante se mostre, a produção apenas surge no rendimento preciso se mantida na forma da música orquestral, atribuindo-se a cada instrumento a responsabilidade que lhe compete.
Civilização e cultura baseiam-se no espírito de equipe, com a interdependência de permeio.
Princípios idênticos prevalecem no reino da alma, convocando-nos o livre-arbítrio ao levantamento da segurança e da felicidade de todos aqueles que nos comungam a experiência.
Sem nenhuma pretensão de natureza política, a Doutrina Espírita funciona, atualmente, no campo religioso da Humanidade, por mecanismo providencial de alertamento, induzindo-nos ao concurso natural e espontâneo na edificação do bem comum.
Por séculos e séculos, conservamos no mundo ignorância e carência, guerra e criminalidade, em nome da Vontade de Deus; entretanto, o Espiritismo, restaurando a mensagem do Cristianismo, que veio estabelecer a fraternidade entre os homens, pergunta a cada um de nós se estaríamos realmente certos de viver sob a Vontade de Deus, se formássemos entre as vítimas da penúria e das trevas de espírito.
Usemos todas as nossas possibilidades, sejam elas recursos ou aptidões, na construção dos tempos novos.
Solidariedade e cooperação, entendimento e concórdia, amor a deslocar-se da teoria para erguer-se na vida prática.
A regra áurea, para complementar-se devidamente, não se restringe à estrutura negativa, “não faças a outrem aquilo que não desejas”, e sim exige plena observância da forma positiva em que se expressa: “é preciso fazer aos outros tudo aquilo que desejamos nos seja feito”.

Emmanuel / André Luiz – Chico Xavier / Waldo Vieira – Livro: Estude e Viva

Armai-vos

“Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.” Paulo (Efésios, 6:13)

O movimento da fé não proporciona consolações tão somente.
Buscar-lhe as fontes sublimes para retirar apenas conforto, seria proceder à maneira das crianças que nada enxergam senão guloseimas.
É indispensável tomar as armaduras de Deus nas casas consagradas ao labor divino.
Ilógico aproximar-se o filho adulto da presença paterna com a exclusiva preocupação de receber carinho. A mente juvenil necessita aceitar a educação construtiva que lhe é oferecida, revestindo-se de poderes benéficos, na ação incessante do bem, a fim de que os progenitores se sintam correspondidos na sua heroica dedicação.
A sede de ternura palpita em todos os seres, contudo, não se deve olvidar o trabalho que enrijece as energias comuns, a responsabilidade que define a posição justa e o esforço próprio que enobrece o caminho.
Em todos os templos do pensamento religioso elevado, o Pai está oferecendo armaduras aos seus filhos.
Os crentes, num impulso louvável, podem entregar-se naturalmente às melhores expansões afetivas, mas não se esqueçam de que o Senhor lhes oferece instrumentos espirituais para a fortaleza de que necessitam, dentro da luta redentora; somente de posse de semelhantes armaduras pode a alma resistir, nos maus dias da experiência terrestre, sustentando a serenidade própria, nos instantes dolorosos e guardando-se na couraça da firmeza de Deus.

Livro: Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 115

Os Messias do Espiritismo


4. – Eis uma questão que se repete em toda parte: o Messias anunciado é a pessoa mesma do Cristo?

Ao lado de Deus estão numerosos Espíritos chegados ao topo da escala dos Espíritos puros, que mereceram ser iniciados em seus desígnios, para dirigirem a sua execução. Deus escolheu dentre eles seus enviados superiores, encarregados de missões especiais. Podeis chamá-los Cristos: é a mesma escola; são as mesmas ideias modificadas conforme os tempos.

Não fiqueis, pois, admirados de todas as comunicações que vos anunciam a vinda de um Espírito poderoso sob o nome do Cristo; é o pensamento de Deus revelado numa certa época, e que é transmitido pelo grupo dos Espíritos superiores que se acercam de Deus e recebe as suas emanações para presidir o futuro dos mundos que gravitam no espaço.

O que morreu na cruz tinha uma missão a cumprir, e essa missão se renova hoje por outros Espíritos desse grupo divino, que vêm, eu vo-lo repito, presidir aos destinos de vosso mundo.

Se o Messias de que falam essas comunicações não é a personalidade de Jesus, é o mesmo pensamento. É aquele que Jesus anunciou, quando disse: “Eu vos enviarei o Espírito de Verdade, que deve restabelecer todas as coisas”, isto é, reconduzir os homens à sã interpretação de seus ensinamentos, porque ele previa que os homens se desviariam do caminho que lhes havia traçado.

Aliás, era preciso completar o que então não lhes havia dito, porque não teria sido compreendido. Eis por que uma multidão de Espíritos de todas as ordens, sob a direção do Espírito de Verdade, veio a todas as partes do mundo e a todos os povos, revelar as leis do mundo espiritual, cujo ensino Jesus havia adiado, e lançar, pelo Espiritismo, os fundamentos da nova ordem social.
Quando todas as bases estiverem postas, então virá o Messias, que deve coroar o edifício e presidir à reorganização, auxiliado pelos elementos que tiverem sido preparados.

Mas não creiais que esse Messias esteja só; haverá muitos que abraçarão, pela posição que cada um ocupará no mundo, as grandes partes da ordem social: a política, a religião, a legislação, a fim de as fazer concordar com o mesmo objetivo.

Além dos Messias principais, Espíritos de escol surgirão em todas as partes e que, como lugar-tenentes animados da mesma fé e do mesmo desejo, agirão de comum acordo, sob o impulso do pensamento superior.

É assim que, pouco a pouco, se estabelecerá a harmonia do conjunto; mas é preciso, primeiramente, que se realizem certos acontecimentos.

Lacordaire – Revista Espírita - fevereiro/1868

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Juventude Espírita CEJG


Reflexão para estudantes e colaboradores


Estudantes e colaboradores do Centro Espírita Joseph Gleber, vamos nos motivar para os estudos e tarefas refletindo sobre união e unificação?
Compreensão, paciência, amor, fraternidade, união... itens indispensáveis à boa convivência.
Com quem nos exija a jornada de mil passos, caminhemos mais dois mil.

Palestras CEJG - Fevereiro/2020


Deus espera que ames



Se tiveres um pouco de atenção e olhares em torno de ti, encontrarás os variados meneios da vida que se reportam ao amor do nosso Criador, em cada movimento.
Em toda parte, a natureza está sempre oferecendo um pouco mais à vida, em homenagem ao Grande Pai, enquanto também se enriquece de luz, de cores e de harmonia.
Se de longe vires um canteiro, onde medram flores, alcançarás somente os matizes multicores das corolas; porém, se te aproximares sentirás que, quando beijadas pela brisa, as flores exalam benfazejos perfumes, dando um pouco mais em prol da beleza terrena.
Se olhares a exuberante queda d’água, que despenca da montanha, observarás apenas um soberbo espetáculo de força e vigor. Mas, se te acercares dessa catadupa, verás um risonho arco-íris que se desenha sobre as gotículas suspensas no ar, a fim de que, ao refletir os matizes da luz, possa ofertar um pouco mais em favor da beleza planetária.
Contemplas, ao longe, a neve que inspira friagem e desolação, na branca vastidão do inverno. Se, no entanto, chegares mais perto, identificarás as miríades de cristais de formosíssimas estruturas, a refletir os raios do Sol, como pequenos brilhantes pingentes em qualquer lugar, no anseio de cooperar um pouco mais no embelezamento do mundo.
Se olhares o velho tronco de árvore, apodrecido pelo tempo e abandonado, terás à frente dos olhos tão só um poleiro inusitado de múltiplas aves, no rumo de uma antiga cerca. Entretanto, se te avizinhares, registrarás o ninho aconchegante e bem arranjado que se abriga no oco vetusto, onde os filhotes piam, ensaiando o canto do futuro, a fim de tornar mais belas as paisagens terrestres.
Se, por entre ameaçadores zumbidos, o enxame de abelhas que se agita te deixa temeroso, não consegues te dar conta do que ocorre, de fato. Ao te aproximares, entretanto, encontrarás uma sociedade organizada, com os trabalhos devidamente distribuídos, sob instintivas ordem e obediência, gerando variados produtos para si mesma e para quem mais os possa utilizar, homens e animais, de modo a dar um pouco mais para a formosura do mundo.
Enfim, para onde te voltes, perceberás sempre o louvor que se estabelece em a natureza, dirigido ao nosso Deus.
Procura viver de tal maneira, coração amigo, que possas desmentir qualquer um que, por ver-te de longe, admita que és tão só alguém à cata de atender às necessidades imediatas, que ajudam a manter o corpo, a espécie e as propriedades que adquiriste com esforços. Todavia, se já sabes o porquê de estares no mundo e o que te trouxe ao corpo carnal, novamente, saberás expressar, para quem se aproxime de ti, o anjo potencializado que és, por enquanto engolfado em árduas lutas humanas por brilhar e crescer, no rumo do Criador, de modo a dar beleza à vida que pulsa na Terra.
Deus quer que ames e que ofereças um pouco mais de ti à vida. Não te afugentes desse destino; não te negues a atender a esse anseio do nosso Pai Celestial. Vem, levanta-te e move-te para incrementar uma vida nova para ti; busca aprender sempre mais, a fim de mais te libertares das cadeias da ignorância; trabalha com afinco e alegria, para te tornares afinado instrumento nas mãos do Senhor, e ama, por fim, porque foste feito a Sua semelhança, e porque não deves mais deter o voo que te fará alcançar o teu próprio destino, destino de felicidade cujos fundamentos se acham no pulsar das constelações.

Rosângela C. Lima / Raul Teixeira - Mensagem psicografada em 06.03.2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.
Fonte: www.raulteixeira.com.br