domingo, 26 de novembro de 2017

A missão do Esperanto


No cômputo das transformações por que passa o mundo, não são poucos os núcleos de organização espiritual que se instalam na Terra com vistas ao porvir da Humanidade. Se por toda a parte observamos o esboroamento das obras humanas, a fim de que se renove o caminho da civilização, contemplamos também as atividades do exército de operários das edificações do futuro, como se fossem construtores de um mundo novo, dispersos nas estradas terrestres, mas procurando ajustar suas diretrizes. São esses, sim, os artífices do progresso divino. Empunham o alvião formidável da fé, acima de tudo, n’Aquele que é a luz dos nossos destinos. No acervo desse aparelhamento de energias renovadoras, objetivando o vindouro milênio, quero referir-me ao Esperanto, abraçando fraternalmente o nosso irmão que se constituiu pregoeiro sincero da sua causa, obedecendo ao determinismo divino das tarefas recebidas nas luzes do plano espiritual.

Jesus afirmava não ter vindo ao Planeta para destruir a Lei, como o Espiritismo, na sua feição de Consolador, não surgiu para eliminar as religiões existentes. O Mestre vinha cumprir os princípios da Lei, como a doutrina consoladora vem para a restauração da Verdade, reconduzindo a esperança aos corações, nesta hora torva do mundo, em que todos os valores morais do Orbe periclitam nos seus fundamentos, assaltados pelas doutrinas da violência que embriagaram o cérebro da civilização atual, qual veneno amargo a destruir as energias de um corpo envelhecido.
Também o Esperanto, amigos, não vem destruir as línguas utilizadas no mundo para o intercâmbio dos pensamentos. A sua missão é superior, é da união e da fraternidade rumo à unidade universalista. Seus princípios são os da concórdia e seus apóstolos são igualmente companheiros de quantos se sacrificaram pelo ideal divino da solidariedade humana, nessas ou naquelas circunstâncias. A língua auxiliar é um dos mais fortes brados pela fraternidade, que ainda se ouve nesse Planeta empobrecido de valores espirituais, neste instante de isolacionismo, de autarquia, de egoísmo e de nacionalismo adulterado.
O exemplo da Europa moderna nos faculta uma ideia dessa penosa situação. Todos os povos têm seus advogados entusiastas que, com orações ardorosas, justificam esta ou aquela medida de seus governos. As nações são grandes tribunas onde cada um fala se si mesmo, humilhando ou conquistando o que é de seu irmão. Cada um aplaude todo crime político, desde que seja praticado dentro de suas fronteiras. Entretanto, a grande Europa, essa entidade maternal e sublime, que cooperou para o aperfeiçoamento da Humanidade, que instruiu e educou, elevando o espírito do mundo, essa não tem advogados, não dispõe de uma voz que externe os gemidos de seu coração dilacerado, porque as fronteiras lhe dividiram todos os seus filhos, estabelecendo separações de areia e aço, transformando-a num deserto triste de corações, onde não existe a fonte de amor para reconfortar as almas.
Sim, nesta hora o Esperanto é uma força que atua para a união e a harmonia, com o facilitar que se estabeleça a permuta dos valores universais do pensamento, em forma universalista. Sonho? Propaganda só de palavras? Novo movimento para criar um interesse econômico? Todas essas suposições poderão ser formuladas pelos espíritos desprevenidos; mas, somente pelos desprevenidos, que aguardam a adesão geral, para comodamente expressarem suas preferências. Os que, porém, buscam a luz da sinceridade para o exame de todos os assuntos, saberão encontrar, no movimento esperantista, essa claridade reveladora que, em realizações sagradas, desde agora, esclarecerá, mais tarde, as ideias do mundo, fazendo ressaltar a nobreza dos seus princípios, orientados por aquela fraternidade que nasce do pensamento divino de Jesus, para todas as obras da evolução humana.
Sim, o Esperanto é lição de fraternidade. Aprendamo-la, para sondar, na Terra, o pensamento daqueles que sofrem e trabalham noutros campos. Com muita propriedade digo: “aprendamo-la”, porque somos também companheiros vossos que, havendo conquistado a expressão universal do pensamento, vos desejamos o mesmo bem espiritual, de modo a organizarmos, na Terra, os melhores movimentos de unificação.
Deus é venerado pelos homens através de numerosas línguas, de que se servem as seitas e as religiões, todas tendendo para o maravilhoso plano da unidade essencial. Copiemos esse esforço sábio da natureza divina e marchemos para a síntese da expressão, malgrado a diversidade dos processos com que exprimem os pensamentos.
Todo esse esforço é de fraternidade legítima e, rogando a Jesus que abençoe os trabalhos e as esperanças de nosso irmão presente, que lhe santifique os esforços e os de seus companheiros na tarefa que lhes foi deferida pelas forças espirituais, deixo-vos a todos vós os meus votos de paz, aguardando para todos nós, discípulos humildes do Cristo, a bênção reconfortante de seu amor.

(Mensagem psicografada por Francisco Cândido Xavier na cidade de Pedro Leopoldo - MG, em 19 de janeiro de 1940, durante uma sessão em que estava presente Ismael Gomes Braga, o grande pioneiro espírita-esperantista do Brasil).


Emmanuel

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O Esperanto no Movimento Espírita Brasileiro

A iniciativa de chamar a atenção dos espíritas para o Esperanto nós a devemos ao vulto ímpar de Leopoldo Cirne, quando, no exercício da presidência da Federação, faz publicar importante manifestação de espíritas franceses a respeito do idioma que, então, contava apenas 22 anos de existência.
A argumentação contida nesse documento permanece atualíssima, destacando-se, sobretudo, um elemento de inspiração mais tarde cabalmente confirmado, isto é, o fato de que o Esperanto nasceu no plano espiritual para solucionar problema linguístico lá existente. Juntamente com as mensagens A Missão do Esperanto, do Espírito Emmanuel, e O Esperanto como Revelação, do Espírito Francisco Valdomiro Lorenz, ambas recebidas psicograficamente por Francisco Cândido Xavier, respectivamente em 19.1.40 e 19.1.59, o artigo transcrito em Reformador de 15 de fevereiro de 1909 compõe a tríade inspiradora das realizações esperantistas nos círculos espíritas do Brasil.
Eis a íntegra do escrito da autoria de J. Camille Chaigneau que, segundo Reformador, havia sido impresso em 1908, na revista de Gabriel Delanne, e posteriormente reproduzido por La Vie d’Outre Tombe, de Charleroi, com o título O Esperanto e o Espiritismo:
“O Esperanto é uma língua artificial criada pelo Dr. Zamenhof, contando aderentes no mundo inteiro (mais de 80.000) e afirmando a sua vitalidade crescente, os seus progressos imensos em reuniões de Congressos notáveis, pela sua facilidade e seus méritos intrínsecos.
Existe a seu favor um argumento que tudo resolve: é falado.
Não ameaça qualquer língua nacional e foi escolhido por uma comissão de sábios como língua auxiliar internacional, recomendável à adoção nos diferentes países. Por isso, a maior parte dos movimentos de caráter universal começaram a servir-se do Esperanto.
Os documentos mais importantes vindos dos mais diversos países do mundo podem ser concentrados em uma revista comum, e, graças a uma língua neutra, ser postos ao alcance de todos os que estudam uma mesma ordem de questões. Pensando na quantidade de fatos que a nós espíritas nos escapam por falta de tradução, na demora que essa mesma tradução traz à nossa documentação, parece que o Espiritismo deve ter todo o interesse em constituir uma revista central em que os fatos mais salientes possam vir grupar-se, graças a uma língua comum a todos os países.
É preciso, pois, que o Espiritismo aproveite essas vantagens. Somente o fato de se servir do Esperanto estabelece um laço fraterno entre todos os esperantistas e favorece a intercomunicação das doutrinas escritas ou faladas. É de absoluta utilidade para toda ideia sincera.
A adesão de uma coletividade ao Esperanto é uma força de engrandecimento para esta língua, mas, em compensação, essa coletividade goza da força comunicativa intrinsecamente contida no Esperanto.
Se quiséssemos procurar a gênese dessa língua, verificaríamos que ela aparece como um fato de colaboração com o Invisível.
Essa impersonalidade constitui a sua superioridade; essa assistência faz a sua força de atração.
Todos aqueles que trabalham no campo do progresso concorrerão para esta obra tão bela e tão fecunda à aproximação dos homens. O Esperanto possui a chama da fraternidade; ele viverá.
Compete aos espíritas aproveitar as suas aspirações vivificantes e dar-lhes um reforço de vitalidade.”
                                                                                *
O crescimento da família espírita mundial, impondo a necessidade das relações entre os movimentos de diferentes nações, deu-lhes mais nítida consciência do problema linguístico com todo o seu cortejo de prejuízos materiais e espirituais. E o instrumento para que tal obstáculo seja facilmente removido está às mãos.
Como seria natural, aos espíritas brasileiros coube a tarefa de, acolhendo a nobre criação de Zamenhof, cultivá-la, difundi-la, utilizá-la em seus círculos, para que, no momento oportuno, os confrades de outras terras tivessem facilitada a sua adoção.
Cumpramos, pois, agora mais essa etapa do programa relativo ao Esperanto nos círculos do Espiritismo. Estendamo-lo aos nossos irmãos de outros continentes, façamos dele a nossa língua comum para as relações internacionais, e certamente conheceremos um surto de progresso digno de um ideal universalista como é o Espiritismo Cristão.

Fonte: FEB

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Homenagens a Divaldo Franco em Brasília



A última sexta-feira (6/10) Divaldo Franco foi o convidado para receber as homenagens realizadas na Câmara dos Deputados e na sede da Federação Espírita Brasileira. Esse ano o médium e orador completa 90 anos de idade e 70 anos de oratória.
A Câmara dos Deputados recebeu centenas de convidados para participar da Sessão Solene (requerimento da Deputada Dorinha – Democratas/TO). Na ocasião foram entregues os troféus Você e a Paz a cinco homenageados: Juscelino Kubitschek de Oliveira, Remanso Fraterno, Jerônimo Mendonça Ribeiro, Joana Angélica de Jesus e Dom Bosco, personalidades que trabalharam em prol da Paz para a humanidade. Posteriormente, Divaldo Franco falou sobre a importância de cada cidadão se perceber como agente da paz.
O médium participou também da inauguração da exposição Os Pacificadores na sede da FEB. A mostra tem como objetivo lembrar das pessoas que se dedicaram a tornar o planeta um lugar melhor, Divaldo é um dos destaques da exposição. Logo após, o orador falou algumas palavras no Cenáculo sobre os destaques da exposição e reforçou o papel de cada um como parte da construção de um mundo melhor.
Assista aqui a gravação da Sessão Solene e aqui a matéria produzida pela TV Câmara.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

A educação


É pela educação que as gerações se transformam e aperfeiçoam. Para uma sociedade nova são necessários homens novos. Por isso, a educação desde a infância é de importância capital.
Não basta ensinar à criança os elementos da Ciência. Aprender a governar-se, a conduzir-se como ser consciente e racional, é tão necessário como saber ler, escrever e contar: é entrar na vida armado não só para a luta material, mas, principalmente, para a luta moral. É nisso em que menos se tem cuidado. Presta-se mais atenção em desenvolver as faculdades e os lados brilhantes da criança, do que as suas virtudes. Na escola, como na família, há muita negligência em esclarecê-la sobre os seus deveres e sobre o seu destino. Portanto, desprovida de princípios elevados, ignorando o alvo da existência, ela, no dia em que entra na vida pública, entrega-se a todas as ciladas, a todos os arrebatamentos da paixão, num meio sensual e corrompido.
Mesmo no ensino secundário, aplicam-se a atulhar o cérebro dos estudantes com um acervo indigesto de noções e fatos, de datas e nomes, tudo em detrimento da educação moral. A moral da escola, desprovida de sanção efetiva, sem ideal verdadeiro, é estéril e incapaz de reformar a sociedade.
Mais pueril ainda é o ensino dado pelos estabelecimentos religiosos, onde a criança é apossada pelo fanatismo e pela superstição, não adquirindo senão ideias falsas sobre a vida presente e a futura. Uma boa educação é raras vezes, obra de um mestre. Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, são precisos, às vezes, a perseverança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser suscetível. Se os pais não conseguem corrigir os filhos, como é que poderia fazê-lo o mestre que tem um grande número de discípulos a dirigir?
Essa tarefa, entretanto, não é tão difícil quanto se pensa, pois não exige uma ciência profunda. Pequenos e grandes podem preenchê-la, desde que se compenetrem do alvo elevado e das consequências da educação. Sobretudo, é preciso nos lembrar de que esses Espíritos vêm coabitar conosco para que os ajudemos a vencer os seus defeitos e os preparemos para os deveres da vida. Com o matrimônio, aceitamos a missão de os dirigir; cumpramo-la, pois, com amor, mas com amor isento de fraqueza, porque a afeição demasiada está cheia de perigos. Estudemos, desde o berço, as tendências que a criança trouxe das suas existências anteriores, apliquemo-nos a desenvolver as boas, a aniquilar as más. Não lhe devemos dar muitas alegrias, pois é necessário habituá-la desde logo à desilusão, para que possa compreender que a vida terrestre é árdua e que não deve contar senão consigo mesma, com seu trabalho, único meio de obter a sua independência e dignidade. Não tentemos desviar dela a ação das leis eternas. Há obstáculos no caminho de cada um de nós; só o critério ensinará a removê-los. (...)
A educação, baseada numa concepção exata da vida, transformaria a face do mundo. Suponhamos cada família iniciada nas crenças espiritualistas sancionadas pelos fatos e incutindo-as aos filhos, ao mesmo tempo em que a escola laica lhes ensinasse os princípios da Ciência e as maravilhas do Universo: uma rápida transformação social operar-se-ia então sob a força dessa dupla corrente.
Todas as chagas morais são provenientes da má educação. Reformá-la, colocá-la sobre novas bases traria à Humanidade consequências inestimáveis. Instruamos a juventude, esclareçamos sua inteligência, mas, antes de tudo, falemos ao seu coração, ensinemos-lhe a despojar-se das suas imperfeições. Lembremo-nos de que a sabedoria por excelência consiste em nos tornarmos melhores.  
Leon Denis/Livro: Depois da Morte

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Efeméride: Nascimento de Allan Kardec

Allan Kardec foi o pseudônimo adotado pelo professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França. Ele realizou a tarefa missionária de codificar, isto é, apresentar em livros, metódica, didática e logicamente organizados, comentados e explicados, os postulados da Doutrina Espírita.



segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Aniversário do Centro Espírita Meimei


Palestras CEJG - Outubro/2017


Doutrina Espírita como terapêutica para a não violência

Muita alegria!
Talvez seja esta a frase para definir o misto de sentimentos que nos embalou a alma assistindo e comemorando ao final, a XXVIII Semana Espírita de Teófilo Otoni.
Com um seminário na tarde do sábado (30/09/2017) facilitado pelo confrade Ricardo Ferreira, de Vitória da Conquista, preludiamos juntos o último dia de atividades do nosso evento, onde com imenso prazer recebemos a nossa comunidade espírita e seus simpatizantes, percebendo no olhar e falas de muitos a satisfação de seus anseios ao poder assistir nas cinco noites previstas, as palestras onde foram tratados assuntos referentes à campanha nacional de valorização da vida promovida e mantida pela Federação Espírita Brasileira (FEB) de forma permanente.
Gratidão, imensa gratidão!
Esta a frase complementar que nos dirige o coração para agradecer a todos os trabalhadores que de alguma forma tornaram possível a concretização deste projeto de importância incalculável para o processo de melhoramento espiritual do nosso planeta, pois transcende o ponderável o alcance das atividades ali realizadas, onde somos apenas parte muito pequenas, mas necessárias.

Que Jesus nos envolva em bênçãos e nos possibilite a realização em outras oportunidades de serviços que virão!

Gilson Silva - DCSE AME

sábado, 30 de setembro de 2017

Suicídio: Falsa solução


Conscientizar as pessoas a respeito das consequências do suicídio no além-túmulo, uma vez que a morte não existe, das dores que maceram os familiares, do ultraje às Leis Divinas, foi o objetivo do quarto dia de exposições da XXVIII Semana Espírita de Teófilo Otoni.
O tema foi brilhantemente apresentado pela companheira Abigail Guimarães que integra o Movimento Espírita da cidade de Vitória da Conquista/BA.
Afinal, tem o ser humano o direito de dispor de sua própria vida?
Abigail trouxe dados estatísticos do suicídio no Brasil e no mundo. Números que estarrecem, pois superam a quantidade de homicídios e vítimas de ações terroristas. Segundo dados da OMS a cada 2 segundos uma pessoa atenta contra a própria vida, e a cada 40 segundos umas delas consegue por termo à sua existência. Poucos países incluíram a prevenção ao suicídio entre suas prioridades na política de saúde pública, e em diversas sociedades, o tema é tabu, e por isso não é discutido abertamente.
Mas, como ajudar?
A palestrante falou sobre o preconceito em torno do tema, as causas, o crescimento alarmante entre os jovens, salientando a necessidade de um olhar especial para essas pessoas. Mostrou a vida futura inutilizando o suicídio, e o problema das influências espirituais. Citou questões de “O Livro dos Espíritos” (943 a 957), comentou sobre a vida de Camilo Castelo Branco narrada no livro “Memórias de um suicida” de Yvonne Pereira, convidou a todos a estudarem o artigo escrito por Allan Kardec na Revista Espírita de Julho/1862 , que aborda esse tema. Citou também “O Céu e o Inferno”, além de um livro intitulado “O demônio do meio dia”. Literatura que esclarece e ajuda no enfrentamento do problema.
Notória a necessidade de sensibilização de toda a sociedade em torno da gravidade desse mal. Dialogar com bondade com as pessoas que tem propensão para o suicídio, e estimular a valorização pessoal são atitudes positivas. Fé, resignação e submissão à vontade de Deus...
A expositora promoveu uma reflexão sobre os campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, mostrando as diferentes posturas diante daquele grande martírio. Citou o caso de Viktor Frankl como exemplo de superação e valorização da vida,  e encerrou sua fala com trechos das canções de Gonzaguinha que exaltam a beleza da vida.

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz!”...
Sim para a vida!

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Aborto, solução para quem?


O clima álacre e fraternal em que se processa a XXVIII Semana Espírita de Teófilo Otoni foi mantido em seu terceiro dia, motivados pelos acordes do violino e do violoncelo habilmente conduzidos pelas musicistas Alessandra M. Guedes e Carina Magna, respectivamente, abrindo os trabalhos da noite.
A valorização da Vida, que é a proposta reflexiva do evento à luz da Doutrina Espírita, trouxe neste terceiro dia o tema: Aborto, solução para quem?
A exposição ficou aos cuidados da confreira Juselma Maria Coelho, de Belo Horizonte, que apresentando fidelidade doutrinária, sem julgamentos e apresentando compreensão às faltas alheias, discorreu sobre os comprometimentos nocivos a que os indivíduos se vinculam em razão das ações diretas ou indiretas na prática do aborto.  
Em seu discurso lembrou que a cada dia a Ciência se desenvolve e aumenta o percentual de aceitação de que o início da vida humana ocorre desde o momento da concepção no ventre materno.
Valorizando a Vida, lembrou Maria, a mãe da Humanidade, que aceitou a missão de receber em seu ventre o Cristo, exemplo a ser seguido por todas as mães, aceitando como presente divino o ser que Deus permite gerar no ventre de cada uma destas.
Ao encerrar lembrou que todos nós podemos contribuir com a campanha de conscientização e valorização da Vida, orientando aqueles que ignoram as leis divinas e a sequência da vida espiritual pós o perecimento do corpo físico; orando pelos que esboçam tal plano; ter fé sempre e sobretudo, amar.
Fechando o evento, o grupo de cantores mirins do Centro Espírita Joseph Gleber, ofertou mais luz à noite esclarecedora, trazendo a música intitulada Nove meses, mostrando a vida a pulsar no ventre materno e a sinergia ali existente entre mãe e filho(s).

Respeitemos a Vida!

Nilton Maia - DCSE CEJG

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A autodestruição pelas drogas

Este foi o tema do segundo dia da XVIII Semana Espírita de Teófilo Otoni, apresentado pelo confrade Evaldo Santana da cidade de Divinópolis/MG, seguindo a proposta de abordagem relacionada à campanha de valorização da vida aliada à comemoração dos 160 anos de Codificação da Doutrina Espírita.
A noite de luz se iniciou com uma belíssima apresentação do companheiro Leonardo de Deus, da cidade de Poté/MG, que brindou ao todos com duas composições de Bach tocadas ao violão.
O tema foi introduzido pela organização do evento com a questão 645 de O Livro dos Espíritos, que nos esclarece que muito embora o homem esteja mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se lhe configura um arrastamento irresistível.
Seguem abaixo, de forma sintética, alguns tópicos tratados por Evaldo Santana durante a palestra:
Ø Falou sobre “vício e dependência”, enfatizando que todas as tendências podem ser transformadas.
Ø  Tratou dos “vícios e paixões”, trazendo a questão 908 de O Livro dos Espíritos, que define o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más.
Ø  Mostrou a dependência química nos dias atuais, caracterizando-a como um mal endêmico, que está em todos os lugares e classes sociais.
Ø  Salientou que mais de 29 milhões de brasileiros são dependentes químicos, o que a torna também um problema de saúde pública.
Ø  Trouxe as causas desse mal as dividindo em: psicológicas, sociais, congênitas ou genéticas, esclarecendo todavia que cientificamente, não há uma resposta definitiva sobre a causa.
Ø  Falou sobre os aspectos comportamentais da dependência química na ótica espírita e a finalidade da reencarnação perante os vícios.
Ø  Indicou o livro “Juventude interrompida” que contém relatos de jovens que desencarnaram precocemente, vítimas de si mesmos, coletados pela Associação Médico Espírita.
Ø  Traçou o perfil psicológico do dependente químico, esclareceu o problema da sintonia e das influências apresentadas nas questões 459, 472 e 910 de O Livro dos Espíritos.
Ø  Enfatizou os princípios educativos do Espiritismo e sua contribuição para superação desse grave problema.
Ø  Analisou a recomendação evangélica de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, concluindo com o versículo de Mateus no capítulo XI, versículo 28 que diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.”


Paralelamente à palestra na sede social do Automóvel Clube continua acontecendo a Semaninha que se estende até sexta-feira, dando oportunidade às crianças de serem evangelizadas.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Eutanásia, uma boa morte?

     
    Esse o tema do primeiro dia da XXVIII Semana Espírita de Teófilo Otoni que está ocorrendo na sede social do Automóvel Clube.
    O facilitador da noite, Cristalino Cézar Batista, iniciou sua fala com a questão 953 de O Livro dos Espíritos, onde Kardec questiona se diante de uma morte inevitável, seríamos culpados ao abreviar por alguns INSTANTES o sofrimento através da eutanásia. Cristalino discorreu sobre o tema, trazendo os conceitos de  Eutanásia, Ortotanásia e Distanásia, exemplificando com histórias retiradas da obra de André Luiz, contidas nos livros Nosso Lar e Obreiros da Vida Eterna, enfatizando sempre que somente Deus conhece o termo de nossas vidas.
     O evento acontece até o dia 30 de setembro e tem como tema central - "Doutrina Espírita: 160 anos despertando consciências e promovendo o espírito imortal".
    Dentro dessa temática ainda serão abordados temas como drogas, aborto e suicídio, culminando com uma abordagem da terapêutica espírita como recurso para a não-violência.
       
   Neste ano, o evento traz como novidade a Semaninha Espírita, que está ocorrendo no Centro Espírita Mansão da Luz,  e se destina a acolher as crianças durante o período das palestras com atividades dentro do tema central da Semana Espírita.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A Independência do Brasil sob a visão espiritual


Humberto de Campos conta que apesar do movimento de emancipação percorrer todos os departamentos de atividades políticas da pátria, era no Rio de Janeiro que fervilhavam as ideias de liberdade e os espíritos desenvolviam suas ações junto de todos os indivíduos, preparando a fase final do trabalho da independência, através dos processos pacíficos.
Os patriotas viam no Príncipe D. Pedro I, a pessoa que deveria exercer o papel de libertador, mas este hesitava em optar pela decisão da separação definitiva, considerando as tradições e laços de família. Ordens rigorosas vieram de Portugal determinando o regresso de D. Pedro I, porém sob a assistência e estímulo da equipe do Espírito Ismael mentor espiritual do nosso país, no dia 9 de janeiro de 1822, o Príncipe completou a obra de emancipação política do Brasil, prometendo ao povo que aqui ficaria, contrariando as decisões da Corte de Lisboa.
Reagindo a essa decisão , Jorge de Avilez, comandante das tropas fiéis a Lisboa, ameaçou abrir luta com os brasileiros, ocupando o Morro do Castelo. Diante do ocorrido, o povo carioca incorporou-se às tropas brasileiras e se postou contra o inimigo. Nova intervenção do Espírito Ismael, e Avilez, sem um tiro, obedeceu à intimação de D. Pedro I e retirou-se com suas tropas.
Mais tarde, D. Pedro encontrava-se em viagem a São Paulo a fim de unificar o sentimento geral em favor da independência e comemorando o acontecimento, as entidades espirituais sob a direção do Espírito Ismael reuniam-se no Colégio de Piratininga, ouvindo deste que a independência já se encontrava definitivamente proclamada desde 1808, porém em virtude dos últimos acontecimentos e para não quebrar os costumes terrenos, foi escolhida uma data para assinalar essa liberdade.
Dirigindo-se ao Espírito Tiradentes, presente no conclave, comunicou-lhe que ele acompanharia o imperador em seu regresso ao Rio e ainda nas terras paulistas auxiliaria seu coração no grito de liberdade.
Às margens do Ipiranga, D. Pedro I sem suspeitar que era instrumento de um emissário espiritual que velava pela nossa pátria, deixou escapar o grito de “Independência ou Morte”.
Eis porque o dia 7 de setembro passou à nossa memória como o Dia da Pátria. Esse fato, despercebido da maioria dos estudiosos, representa a adesão intuitiva do povo aos elevados desígnios do mundo espiritual.



quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Novidade!

     
   A equipe de Estudos do Centro Espírita Joseph Gleber disponibilizou, aqui no blog, um banco de aulas para o ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita.
     O ESDE é um programa de estudo metódico, contínuo e sério da Doutrina Espírita, a ser realizado em grupo privativo, fundamentado nas cinco obras básicas de Allan Kardec - O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Sua ação é complementar a outras realizadas pela instituição espírita, como o estudo das obras básicas e da mediunidade, o Estudo Aprofundado do Espiritismo, a Infância e Juventude, o atendimento fraterno, as ações de assistência e promoção social, constituindo-se em instrumento de preparação de trabalhadores para todas as áreas da casa.
  As aulas disponibilizadas estão em formato de apresentações do Power Point e seguem os roteiros de estudo estabelecidos pela FEB, podendo ser utilizadas por monitores ou mesmo estudantes do ESDE.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Comemorações 62 anos do CEJG

Confira alguns momentos das comemorações do aniversário do Centro Espírita Joseph Gleber, que contou com palestras, seminários e Sarau:

Sarau:
Apresentação: Gilvonete e Gilson
Maciléa


Myriam e Gilson

Homenagem a Dona Margarida

Diálogo entre a mãe de Judas e a mãe de Jesus


Confrades do GFJP

Evangelizadores








Seminário Perturbações Espirituais:

Facilitador: César Henrique