Por
mais perturbadoras e afligentes sejam as circunstâncias e a convivência com as
demais pessoas do teu círculo de amizade ou não, porfia nos teus bons ideais e
objetivos existenciais.
Não
aguardes entendimento e cooperação dos outros em relação ao que realizas,
porquanto a tua é a atividade que faculta a libertação da ignorância e da
crueldade.
Embora
esperes consciente ou inconscientemente compreensão e ajuda porque anelas pelo
bem da coletividade, talvez os demais não estejam interessados no que te
fascina e não têm qualquer compromisso contigo. O deles é um destino diferente
ao qual se vinculam.
Estão
contigo, mas têm as suas próprias aspirações, buscando diferentes formas de
viver. Alguns são simpáticos contigo, o que não significa terem compromisso com
o que faças ou estimas. De igual maneira ocorre contigo em relação a eles.
Desde
quando passaste a reflexionar nos ensinamentos de Jesus e compreendeste os
enganos em que te movimentavas, compreendeste a necessidade de operar mudanças
interiores e oferecer esses conhecimentos libertadores a todos que conheces ou
não, na expectativa de que seria recebido com júbilo.
Ledo
engano que cultivas vitimado pela ingenuidade.
Cada
ser tem o seu próprio destino, o que não justifica, porém, voltar-se contra ti
e tentar crucificar-te.
Percebeste
a excelência da paz que te fazia muita falta, embora não o identificasses de
maneira clara.
Sentias
o fastio que o erro produz nos indivíduos, o vigoroso mal-estar que expressa a
inutilidade de certos prazeres que mais comprometem do que agradam sem
proporcionarem harmonia.
Quando
sentias os prejuízos das irregularidades praticadas, em vez de meditação
necessária à reparação mais chafurdavas nos lôbregos embriagadores dos sentidos
e perdias a capacidade do discernimento.
Desconhecias
a mensagem de Jesus, ou melhor, tinhas notícias a seu respeito, porém, nunca te
detiveste a examinar os conteúdos maravilhosos de que é portadora.
Ouvias
falar-se a seu respeito, mas não entendias o poder que possui de modificar a
estrutura do pensamento vulgar e proporcionar lucidez para a existência digna e
tranquila.
Ao
tomar-lhe conhecimento, hoje desvelada pelos Imortais que te vieram demonstrar
a plenitude do após desencarnação, tirou-te a venda dos olhos e percebeste a
grandeza luminosa da vida que antes se te apresentava sombria e pesada...
É
natural, portanto, que sofras discriminação e suspeita, qual fazias também
àqueles que se dedicavam à abnegação e ao trabalho de autoiluminação.
Todo
missionário do bem, do amor, e do conhecimento sedimenta os seus ideais sobre a
argamassa das lágrimas, dos tormentos que lhe são impostos, do exílio, quando
não lhe são solicitados testemunhos mais severos.
Não te
permitas, porém, desfalecimento nem receios ante as agressões dos iludidos no
poder temporal, dos vaidosos, dos comprometidos com realidade nenhuma.
Cabe-te
semear exemplos de fé que demonstrem a tua capacidade de promover a verdade.
Quando
se prepara um pomar ou um jardim a tarefa inicial é sempre desafiadora.
Tem-se
que trabalhar o solo adusto ou sem vitalidade, coberto ou não de cardos e
relvas perversas.
À hora
de semear surgem novos perigos que devem ser vencidos, logo após, pelas
plântulas frágeis e pelos seus zeladores.
Somente
com a perseverança no tempo é que se pode ver a vida vegetal triunfar.
Confia
no teu esforço e na Divina Providência que está sempre vigilante, pronta para
auxiliar todos aqueles que se lhe entregam.
A
História demonstra-nos mediante lições empolgantes o valor da fidelidade aos
próprios ideais.
Abraham
Lincoln, por exemplo, para alcançar a glória da imortalidade, candidatou-se a
posições políticas de relevo várias vezes e perdeu-as todas. Insistiu até à
exaustão e logrou os seus objetivos como Presidente da República do seu país.
Libertou
os escravos, viveu a terrível Guerra de Secessão e pagou com a vida a coragem
de amar e servir ao seu país.
O
jovem pastor Luther King teve o sonho de ver livres os seus irmãos de
ascendência africana e foi sacrificado, apesar das homenagens que recebeu em
vida, padecendo angústias inimagináveis.
Os
discípulos de Jesus saíram a ensinar e a viver o Evangelho, porém, foram
perseguidos, cruelmente caluniados até serem sacrificados em inomináveis
holocaustos pelo ideal.
Mandela
experimentou o cárcere e o abandono por quase três décadas, a fim de conseguir
libertar o seu povo.
Apesar
de tuberculoso, Pasteur prosseguiu na caça dos bichinhos voadores, sofrendo
sarcasmos de toda ordem e abriu novos horizontes à ciência médica.
Nunca
houve exceção para os apóstolos do Bem na Terra.
Para
que a sociedade desfrutasse de comodidades e bem-estar, houve a escravidão
odienta e as guerras mortíferas.
Faz a
tua parte.
O teu
triunfo não será agora como ocorreu com todos os mártires, heróis e idealistas.
Insiste
e dispõe-te a pagar com sorrisos os dardos da malquerença e da ingratidão.
Nada
vence o amor que é a força viva mais atuante do Universo.
Continua
amando mesmo desamado moralmente.
Os
anjos guardiães que zelam por ti e pelo destino da Humanidade estão vigilantes
e ativos ao teu lado.
Invisíveis,
mas não inoperantes, confortam-te nas horas graves, estimulam-te ao
prosseguimento e dão-te força em nome do Amigo crucificado que ressuscitou para
que sejas fiel até o fim...
Joanna
de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 6 de
abril de 2020, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia. Fonte:
http://divaldofranco.com.br