quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Allan Kardec: O homem e o missionário

 


Quanto mais perscrutamos a vida de Allan Kardec, mais e melhor compreendemos a grandeza desse preclaro Espírito elegido por Deus para construir a Nova Era da Humanidade.

Membro atuante da equipe de O Consolador, reencarnou trazendo insculpido na mente e no coração o compromisso grandioso de que soube desincumbir-se com elegância e inusitado êxito.

Desde muito jovem, atraído pelo conhecimento intelectual, encontrou no insigne mestre Pestalozzi o amoroso e sábio modelador do seu caráter de escol e burilador da sua fulgurante inteligência, que o preparou para o grave cometimento de que se fez notável missionário.

Antes de iniciar o ministério para o qual viera, mourejou na atividade grandiosa da educação, compreendendo que somente se pode forjar uma sociedade feliz quando ela se torna educada.

A sua Escola de Primeiro Grau, fundada em Paris, no ano de 1825 e a Instituição Rivail, também em Paris, criada em 1826, foram o abençoado terreno onde aplicou o notável método do seu ilustre mestre, facultando à cultura francesa ampliar os seus horizontes pedagógicos, considerando a criança e o jovem como a meta prioritária a atender.

A sua contribuição, nesse campo, dele fez credor do melhor respeito dos seus cômpares na área da educação, inclusive favorecendo-o com uma distinção, entre muitas outras, que lhe foi outorgada pela Academia de Arras, ao tempo em que assinalou a cultura com a modernização da metodologia do ensino, aplicando-a à obra de construção da sociedade esclarecida.

Honrado e sensível ao reto cumprimento dos deveres, consorciou-se com a nobre desenhista e poetisa Amélie-Gabrielle Boudet, que lhe foi devotada esposa e cooperadora infatigável no seu abençoado sacerdócio, antes, durante e depois da sua entrega total à obra de renovação da Humanidade sob as luzes libertadoras do Evangelho de Jesus.

Espírito incorruptível, não apresentava jaça no seu caráter diamantino, o que o tornou vítima de familiar desonesto que, por pouco, não o levou a dolorosa falência, exigindo-lhe esforços hercúleos para manter o nome ilibado durante e depois da refrega afugente.

Indubitavelmente era-lhe necessária essa rude prova, a fim de que as paixões e ambições mundanas que por acaso nele remanescessem, cedessem lugar, no momento próprio, às aspirações e conquistas da Espiritualidade plenificadora.

Nunca se permitiu repouso desnecessário durante as ásperas lutas que travou na defesa da sua honra, do seu lar e do ideal que abraçava.

Quando chamado a tomar conhecimento do lucilar das estrelas espirituais que desciam à Terra, preparando a Era do Espírito Imortal, em momento algum abdicou do bom senso ou da razão, investigando com seriedade e firmeza cada fato, toda e qualquer ocorrência.

Manteve sempre o comportamento de estudioso muito sério, mas não crédulo, a respeito das informações recebidas do Mundo espiritual, passando as observações pelo crivo da Ciência e da lógica, de maneira que, ao codificar a Doutrina dos Espíritos, conseguiu apresentar uma das maiores sínteses do conhecimento de que se tem notícia em todos os tempos.

Portador de conduta impecável, comedido e sóbrio, soube selecionar as informações recebidas e os médiuns de que se faziam portadores, de maneira que, ao serem apresentadas ao mundo científico e filosófico com a sua moral religiosa de bronze, destituída de dogmatismo e de superstições, tem podido enfrentar a razão face a face desde então, o mesmo acontecendo em relação às futuras épocas da Humanidade.

Em pleno Século das Luzes, enfrentou diatribes e perseguições gratuitas em face da audácia de pensar e de agir fora dos padrões estabelecidos pela hipocrisia social, desenhando com vigor o programa que deveria viger no futuro, quando a sociedade esclarecida e liberta de tabus, superstições e dogmas, contemplasse o Espiritismo como a resposta sábia dos Céus às contínuas e dolorosas interrogações da Terra.

Mantendo incessante contato com os Espíritos nobres que conduzem a Terra ao seu fanal de progresso e felicidade, soube apresentar-lhes as questões mais palpitantes do pensamento, abrangendo os mais diversos segmentos da cultura, de forma que todos os indivíduos pudessem mergulhar o pensamento e o coração nas lições recebidas, encontrando orientação e segurança para a marcha ditosa no processo da reencarnação.

Jamais jactou-se em face do compromisso abraçado ou desviou-se do roteiro traçado, entregando-se ao trabalho gigantesco com total regime de abnegação, de forma que, no momento da sua desencarnação a Obra estivesse, se não concluída, pelo menos estruturada para enfrentar os vendavais da Ciência e da Tecnologia do futuro.

Simples e cordial, jamais se fez vulgar ou simplório, mantendo os seus amigos e correligionários no mais alto grau da amizade e da consideração, sabendo distender mãos generosas, fraternas e caridosas aos sofredores que lhe solicitassem ou não ajuda.

Com a sensibilidade aguçada, sempre descobria a dor oculta para socorrê-la, minimizando os sofrimentos de todos quantos se lhe acercavam com as moedas que adquirem o medicamento, o pão e o agasalho, mas também com o conhecimento espírita que ilumina para sempre.

Portador de resistência física, moral e intelectual férrea, trabalhava infatigavelmente, atendendo a correspondência volumosa procedente de diversos países, a elaboração, correção e edição da Revue Spirite, ao tempo em que dava continuidade à preparação e publicação das obras que sucederam ao O Livro dos Espíritos, corrigindo-as, ampliando-as e comentando-as com lucidez invulgar.

Quando o corpo tombou, vitimado pela desencarnação, deixou a incomparável tarefa de que se fizera apóstolo, de tal forma consolidada, que cento e quarenta e sete anos depois, nada se lhe pode acrescentar, corrigir ou adaptar ante as descobertas dos tempos e da cultura modernos.

Sem nenhum interesse encomiástico, afirmamos que Allan Kardec insere-se no contexto dos homens e mulheres mais sábios do século XIX, devendo ser considerado membro da galeria dos notáveis de toda a história da Humanidade.

Ao serem programadas as festividades comemorativas do nascimento do ínclito discípulo de Jesus, que veio à Terra no dia 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, na França, os espíritas sinceros e os simpatizantes do Espiritismo mais não fazem que render tributo ao Espírito missionário que foi Allan Kardec, o Embaixador de Jesus e das hostes espirituais, encarregado de materializar no mundo físico O Consolador que fora prometido.

Igualmente, nós, os Espíritos-espíritas, associamo-nos aos companheiros de lide doutrinária recordando o lutador invencível do Evangelho, que soube reviver os tempos apostólicos nos padrões do conhecimento e da cultura dos seus dias, legando-nos a magnificente doutrina que é o Espiritismo, na sua totalidade de Ciência que investiga, de Filosofia que responde com sabedoria as interrogações e de Religião que ilumina, conduzindo o Espírito consciente das suas responsabilidades a Deus.

Glória, pois, a ti, Allan Kardec! Os beneficiários do teu esforço grandioso, encarnados e desencarnados, saudamos-te e homenageamos-te, rogando ao Criador que te abençoe sempre e sem cessar!

Vianna de Carvalho / Divaldo Franco – Livro: Espiritismo e Vida

Incompreensão

 “Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns”. Paulo (1 Coríntios, 9:22)

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

A luz ofuscante produz a cegueira.

Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.

Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciar-lhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida.

Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.

Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.

Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.

Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.

Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.

Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.

O bolo de matéria densa reveste-se de Iodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.

Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.

E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 072

Prece do servidor

 


Senhor, ensina-nos a trilhar a luminosa estrada do auxílio,

Dá-nos força, para destruir a pesada fortaleza de nossos próprios erros,

Coragem, para abrir o caminho da libertação de nós mesmos,

E recurso para desobstruir o coração em favor dos nossos semelhantes, entregando-lhes enfim os

tesouros de amor, que nos confiastes,

Que por onde passemos,

A dor se faça menos angustiosa,

A ignorância menos agressiva,

O ódio menos cruel,

A terra menos densa,

O desânimo menos sombrio,

A incompreensão menos destruidora.

Se não possuímos ainda, Bens positivos com que possamos enriquecer a jornada terrestre,

Ajuda-nos a diminuir os males que nos rodeiam,

Que em teu nome, Distribuamos fraternidade e renovação,

Usando com alegria os dons sublimes e invisíveis do silêncio, da compreensão e da renúncia.

Senhor, Que nos ensinastes em palavras,

As supremas lições, Da simplicidade na manjedoura,

E do sacrifício na cruz,

Indicando-nos assim,

O roteiro da construção espiritual e da ressurreição divina,

Orienta-nos o passo incerto e ampara-nos os propósitos santificantes,

Para que a sua vontade, misericordiosa e justa,

Se faça,

Hoje e sempre, onde estivermos.

Assim seja!

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: À Luz da Oração

domingo, 25 de setembro de 2022

Espiritismo e Política



“Então lhes disse:

“Dai, pois, o que é de César a César,

e o que é de Deus, a Deus’.”

— Jesus

(Mateus, 22:21 – Bíblia de Jerusalém)

A Federação Espírita Brasileira apresenta o seu mais novo opúsculo Espiritismo e política, conjunto de textos destinado ao Movimento Espírita com o intuito de oferecer reflexões acerca da vida em sociedade. Em momento oportuno, traz subsídios para se pensar o tema na atualidade. Estudemos e divulguemos o material que está disponível para download pelo link: clique aqui.

O tema foi anteriormente trabalhado pela FEB em duas ocasiões: em 1934, sob o mesmo nome, durante a gestão de Guillon Ribeiro (1875-1943) e, mais recentemente em 2014 no livro Espiritismo e política: contribuições para a evolução do ser e da sociedade de autoria de Aylton Paiva, contribuindo com mais refl­exões sobre a visão espiritual e social da humanidade. 

Programa Espiritismo Ontem e Hoje

Para complementar o assunto, no dia 29 de setembro às 19h o programa Espiritismo Ontem e Hoje, apresentado pelo vice-presidente da FEB, Geraldo Campetti, abordará este mesmo tema com a presença do presidente da FEB, Jorge Godinho, da também vice-presidente da FEB, Marta Antunes, da presidente da USE, Rosana Gaspar e do autor Aylton Paiva. Assista no Facebook FEBOficial e também pela FEBlives.

“Portanto, tudo o que vós quereis que os 
homens vos façam, fazei-lho também vós,
porque esta é a lei e os profetas.”
(Mateus, 7:12.)

Fonte: Texto extraído do site da FEB

sábado, 24 de setembro de 2022

Mais Luz - Edição 597 - 25/09/2022

 

Leia e reflita conosco: https://mailchi.mp/ca9ad381800e/aproveita

  • Suicídio – Emmanuel
  • Ante o Evangelho – O Suicídio e a loucura
  • Poema: Lutai – Francisca Júlia da Silva
  • Aproveita – Fonte Viva, 71
  • Oração: Agradecemos – Emmanuel

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Suicídio

Reunião pública de 3/7/59

Questão nº 957


No suicídio intencional, sem as atenuantes da moléstia ou da ignorância, há que considerar não somente o problema da infração ante as Leis Divinas, mas também o ato de violência que a criatura comete contra si mesma, através da premeditação mais profunda, com remorso mais amplo.

Atormentada de dor, a consciência desperta no nível de sombra a que se precipitou, suportando compulsoriamente as companhias que elegeu para si própria, pelo tempo indispensável à justa renovação.

Contudo, os resultados não se circunscrevem aos fenômenos de sofrimento íntimo, porque surgem os desequilíbrios consequentes nas sinergias do corpo espiritual, com impositivos de reajuste em existências próximas.

É assim que após determinado tempo de reeducação, nos círculos de trabalho fronteiriços da Terra, os suicidas são habitualmente reinternados no plano carnal, em regime de hospitalização na cela física, que lhes reflete as penas e angústias na forma de enfermidades e inibições.

Ser-nos-á fácil, desse modo, identificá-los, no berço em que repontam, entremostrando a expiação a que se acolhem.

Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa.

Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma.

Junto de semelhantes quadros de provação regenerativa, funciona a ciência médica por missionária da redenção, conseguindo ajudar e melhorar os enfermos de conformidade com os créditos morais que atingiram ou segundo o merecimento de que disponham.

Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Religião dos Espíritos

 



Aproveita

 “Se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu”? (1 João, 4:20)


A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.

Aproveita as lutas e dificuldades da senda para a expansão de ti mesmo, dilatando o teu círculo de relações e de ação.

Aprendamos para esclarecer.

Entesouremos para ajudar.

Engrandeçamo-nos para proteger.

Eduquemo-nos para servir.

Com o ato de fazer e dar alguma coisa, a alma se estende sempre mais além.

Guardando a bênção recebida para si somente, o espírito, muitas vezes, apenas se adorna, mas, espalhando a riqueza de que é portador, cresce constantemente.

Na prestação de serviço aos semelhantes, incorpora-se, naturalmente, ao coro das alegrias que provoca.

No ensinamento ao aprendiz, liga-se aos benefícios da lição.

Na criação das boas obras, no trabalho, na virtude ou na arte, vive no progresso, na santificação ou na beleza com que a experiência individual e coletiva se alarga e aperfeiçoa.

Na distribuição de pensamentos sadios e elevados, converte-se em fonte viva de graça e contentamento para todos.

No concurso espontâneo, dentro do ministério do bem, une-se à prosperidade comum.

Dá, pois, de ti mesmo, de tuas forças e recursos, agindo sem cessar, na instituição de valores novos, auxiliando os outros, a benefício de ti mesmo.

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.

Aproveita a gloriosa oportunidade de expansão que a esfera física te confere e ajuda a quem passa, sem cogitar de pagamento de qualquer natureza.

O próximo é a nossa ponte de ligação com Deus.

Se buscas o Pai, ajuda ao teu irmão, amparando-vos reciprocamente, porque, segundo a palavra iluminada do evangelista, "se alguém diz: — eu amo a Deus, e aborrece o semelhante, é mentiroso, pois quem não ama o companheiro com quem convive, como pode amar a Deus, a quem ainda não conhece?

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 071

Agradecemos

 


Senhor Jesus!

Nós te agradecemos:

Pela coragem de facear as dificuldades criadas por nós mesmos;

Pelas provas que nos aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;

Pela fé na imortalidade;

Pelo privilégio de servir;

Pelo dom de saber que somos responsáveis pelas próprias ações;

Pelos recursos nutrientes e curativos que trazemos em nós;

Pelo reconforto de reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para os outros;

Pelo discernimento que nos permite diferençar aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;

Pelo amparo da afeição no qual nossas vidas se alimentam em permuta constante;

Pela bênção da oração que nos faculta apoio interior para a solução de nossos problemas;

Pela tranquilidade de consciência que ninguém nos pode subtrair…

Por tudo isso, e por todos os demais tesouros de esperança e amor, alegria e paz de que nos enriqueces a existência, sê bendito, Senhor, ao mesmo tempo que te louvamos a Infinita Misericórdia, hoje e para sempre.

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Coragem

sábado, 17 de setembro de 2022

O Centro Espírita

 

O Centro de Espiritismo Evangélico, por mais humilde, é sempre santuário de renovação mental na direção da vida superior.

Nenhum de nós que serve, embora com a simples presença, a uma instituição dessa natureza, deve esquecer a dignidade do encargo recebido e a elevação do sacerdócio que nos cabe.

Nesse sentido, é sempre lastimável duvidar da essência divina da nossa tarefa.

O ensejo de conhecer, iluminar, contribuir, criar e auxiliar, que uma organização nesses moldes nos faculta, procede invariavelmente de algum ato de amor ou de alguma sementeira de simpatia que nosso Espírito, ainda não burilado, deixou à distância, no pretérito escuro que até agora não resgatamos de todo.

Um Centro Espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.

Quando se abrem as portas de um templo espírita cristão ou de um santuário doméstico, dedicado ao culto do Evangelho, uma luz divina acende-se nas trevas da ignorância humana e através dos raios benfazejos desse astro de fraternidade e conhecimento, que brilha para o bem da comunidade, os homens que dele se avizinham, ainda que não desejem, caminham, sem perceber, para a vida melhor.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Educandário de Luz

***

A importância do Centro Espírita

 

P – Quais os benefícios resultantes destes movimentos para os Centros Espíritas?

R - Os nossos amigos espirituais sempre nos ensinaram a considerar os Centros Espíritas como a Escola mais importante da nossa alma, porque é no Templo Espírita que nós recebemos de outros e podemos doar de nós mesmos os valores que servirão a cada um de nós para a vida eterna.

De modo que, nós damos tanta importância ao Estudo da Matemática, ou ao estudo da Química, que realmente são importantes, não podemos menosprezar as lições em torno da paciência, em torno da tolerância, que são atitudes da alma que nós não teremos sem estudar, sem raciocinar.

Portanto, um Templo Espírita é uma Universidade de formação espiritual para as criaturas humanas, e por isso o Espírito de Emmanuel, que nos orienta as atividades desde 1931, empresta a maior importância ao Templo Espírita, porque o Templo Espírita revive as casas do Cristianismo simples e primitivo em que os nossos corações se reúnem em torno dos ensinamentos do Cristo, para a melhoria da nossa vida interior.

Por exemplo, numa Faculdade de ensino superior que nos merece o máximo acatamento, nós aprendemos Ciências que vão aperfeiçoar os nossos recursos intelectuais. Mas, no Centro Espírita, orientado segundo os preceitos do Evangelho, nós vamos encontrar os estudos e os raciocínios adequados a nossa necessidade de vivência em paz no mundo com a vivência igualmente do Amor uns para com os outros, segundo o ensinamento de Jesus, que nós não podemos esquecer: "Amai uns aos outros como eu vos amei...”.

Chico Xavier – Livro: Entrevistas

***

 Das Sociedades propriamente ditas

(...) Esses grupos, correspondendo-se entre si, visitando-se, permutando observações, podem, desde já, formar o núcleo da grande família espírita, que um dia consorciará todas as opiniões e unirá os homens por um único sentimento: o da fraternidade, trazendo o cunho da caridade cristã.

Allan Kardec – O Livro dos Médiuns – Capítulo XXIX – item 334

 

Honra ao Centro Espírita Joseph Gleber!!!

68 anos iluminando consciências e despertando corações!

Solidão

 “O presidente, porém, disse: — Mas, que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: — Seja crucificado”. (Mateus, 27:23)

À medida que te elevas, monte acima, no desempenho do próprio dever, experimentas a solidão dos cimos e incomensurável tristeza te constringe a alma sensível.

Onde se encontram os que sorriram contigo no parque primaveril da primeira mocidade? Onde pousam os corações que te buscavam o aconchego nas horas de fantasia? Onde se acolhem quantos te partilhavam o pão e o sonho, nas aventuras ridentes do início?

Certo, ficaram...

Ficaram no vale, voejando em círculo estreito, à maneira das borboletas douradas, que se esfacelam ao primeiro contato da menor chama de luz que se lhes descortine à frente.

Em torno de ti, a claridade, mas também o silêncio...

Dentro de ti, a felicidade de saber, mas igualmente a dor de não seres compreendido...

Tua voz grita sem eco e o teu anseio se alonga em vão.

Entretanto, se realmente sobes, que ouvidos te poderiam escutar a grande distância e que coração faminto de calor do vale se abalançaria a entender, de pronto, os teus ideais de altura?

Choras, indagas e sofres...

Contudo, que espécie de renascimento não será doloroso?

A ave, para libertar-se, destrói o berço da casca em que se formou, e a semente, para produzir, sofre a dilaceração na cova desconhecida.

A solidão com o serviço aos semelhantes gera a grandeza.

A rocha que sustenta a planície costuma viver isolada e o Sol que alimenta o mundo inteiro brilha sozinho.

Não te canses de aprender a ciência da elevação.

Lembra-te do Senhor, que escalou o Calvário, de cruz aos ombros feridos.

Ninguém o seguiu na morte afrontosa, à exceção de dois malfeitores, constrangidos à punição, em obediência à justiça.

Recorda-te dele e segue...

Não relaciones os bens que já espalhaste.

Confia no Infinito Bem que te aguarda.

Não esperes pelos outros, na marcha de sacrifício e engrandecimento. E não olvides que, pelo ministério da redenção que exerceu para todas as criaturas, o Divino Amigo dos Homens não somente viveu, lutou e sofreu sozinho, mas também foi perseguido e crucificado.

Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 070

Em oração

 

Senhor Jesus!

Esta é a casa em que nos honorificas a confiança, permitindo-nos cooperar contigo no serviço aos semelhantes, em favor de nós mesmos.

Faze-nos sentir que nos concedes aqui um educandário da alma, em função de nosso próprio burilamento para a imortalidade vitoriosa.

Ilumina-nos o entendimento, a fim de que possamos discernir os teus desígnios de nossos desejos.

Ensina-nos a receber todos aqueles que nos batam às portas, na condição de mensageiros da tua bondade, capazes de instruir-nos no amor que nos legaste.

Ajuda-nos, para que venhamos a ser bálsamo aos que sofrem, escora aos que esmorecem, coragem aos abatidos e paz aos que jazem no desespero.

Nos dias obscuros ou intranquilos, quando as nossas imperfeições não nos consintam perceber-te as diretrizes, sê, por misericórdia, a luz que nos oriente em rumo certo.

Nas horas de incerteza ou perturbação, sê o equilíbrio que nos reajuste sentimentos e raciocínios.

Induze-nos a reconhecer que os mais fortes de nós, somos o apoio dos mais fracos; os mais cultos, o auxílio dos menos cultos; os sãos, o socorro devido aos doentes e que todos quantos já puderam entesourar as luzes do caráter cristão devem ser, diante de Ti, o amparo de quantos ainda não conseguem apresentar o padrão de vida espiritual elevado e nobre tanto quanto desejam.

Senhor!

Abençoa-nos e que, junto ao benemérito patrono deste lar da paz e da bênção, possamos nós também aprender a servir-te, servindo o próximo, hoje e sempre.

Assim seja.

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Educandário de Luz

domingo, 11 de setembro de 2022

 


Olá pessoal, é com grande prazer que anunciamos oficialmente o nosso 8° EME, a ocorrer em 23 de Outubro de 2022. As inscrições começaram 10/09 e vão até o dia 10/10/2022.
E o valor da inscrição será de R$30,00 por jovem.
Demais informações estarão presentes no formulário de inscrição.
E sigam nossa página no Instagram para ficarem sabendo de todas as notícias. (@eme12creto).
Aguardamos todos vocês!!!

sábado, 10 de setembro de 2022

Mais Luz - Edição 595 - 11/09/2022

 Venha ler conosco:

https://mailchi.mp/910a0acb337d/centro-esprita-joseph-gleber


  • Centro Espírita Joseph Gleber: 68 anos iluminando consciências e despertando corações
  • Ante o Evangelho: Missão dos espíritas
  • Poema: Sandálias semeadoras
  • Firmeza e constância – Fonte Viva
  • Prece no templo espírita – Emmanuel

Centro Espírita Joseph Gleber

 


68 anos iluminando consciências e despertando corações! 


Setembro é um mês especialíssimo para nós. A visita da primavera, embelezando o nosso olhar, traz consigo o eflúvio para comemorarmos mais um aniversário do amado Centro Espírita Joseph Gleber. Fundado no dia de 19 de setembro de 1954, sob os auspícios de Espíritos abnegados na seara do bem, que reuniram um pequeno grupo de trabalhadores devotados ao ministério renovador que o Espiritismo proporciona.

Nestes 68 anos de existência, nossa Instituição, invariavelmente, primou pelo aprofundamento dos estudos, o consolo, o esclarecimento e a divulgação dos ensinos de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre sob a égide dos postulados codificados por Allan Kardec.

Nesta perspectiva, temos, grupos de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita, Estudo de O Livro dos Espíritos, reunião de desobsessão, Palestras Públicas e, principalmente, Evangelização Infantojuvenil.

Diante disso, se nos pedirem para definir nossa Casa, prontamente responderemos sem medo de errar:

O Centro Espírita Joseph Gleber, além de ser um Templo, é também, sem sombra de dúvida, uma Escola, um Hospital luminoso, uma Oficina de trabalho e porque não dizer, um Lar comunitário...

Escola, por esclarecer almas e espíritos. Aqui se busca desenvolver a caridade, “o bom perfume de Cristo”.

Hospital porque somos ao mesmo tempo enfermos e médicos de nós próprios, afinal de contas, aqui aprendemos que o remédio para curar nossas enfermidades está dentro de nós mesmos. Aqui descobrimos que a evolução dos Espíritos é uma conquista individual e intransferível, pois não é “a cada um segundo as suas obras”?

Oficina de trabalho, é por meio dela que ocorre a transmudação de encarnados e desencarnados.

E por tudo isso, se torna um Lar comunitário, onde aprendemos a conviver e melhorar.

Jubilosamente damos graças ao nosso Pai amoroso, soberanamente Justo e bom, a Jesus nosso Mestre e Senhor, amigo incondicional de todos nós e a toda Equipe Espiritual que se comprometeu a nos auxiliar no erguimento desta Casa de Luz, notadamente, Irmão Joseph, nosso patrono, que com intrepidez, não mede esforços para nos impulsionar ao trabalho e prosseguir na busca da nossa autoiluminação.

Agradecemos a todos os tarefeiros pelo esforço, trabalho, dedicação e cooperação, emitindo as nossas melhores vibrações de Paz, Amor, Alegria, Harmonia, União e Respeito.

Que possamos continuar neste trabalho na Seara do Mestre Jesus, sempre unidos, como uma família universal, e ao abrigo do lema: “Fora da caridade não há salvação”!


 

SALVE, CENTRO ESPÍRITA JOSEPH GLEBER!!!

 ***

 Joseph Gleber, (...) “Esqueçamos o “eu” para vivermos o “nós”.

Nas sendas edificantes do trabalho cristão surgem diante de vós inúmeras situações a exigirem fé, bom ânimo, espírito de renúncia e sacrifício e uma imensa dose de amor no coração para derramá-lo como gotas de luz e de esperança no socorro àqueles que sofrem.

Olhemos em torno de nós e observemos a dor que atinge os nossos irmãos, envolvendo-os no torvelinho do desespero e da dor.

Se queres ajudar, meu irmão, faça um balanço de vossas ações diárias. Uma autoanálise. Veja o que tens feito de vossa vida. Como acolhes os espinhos que vos ferem. (...)

Equipe de Divulgação - CEJG