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Mensagem psicofônica recebida por Divaldo Franco no encerramento do Congresso comemorativo dos 30 anos da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais em 21/08/2016.
DCSE-CEJG |
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Mensagem de Bezerra de Menezes no Congresso Médico-Espírita de Minas Gerais - 21/08/2016
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Jogos Olímpicos
E os Jogos Olímpicos chegaram ao Brasil! Todos nos regozijamos com o magnífico espetáculo de abertura, demonstrando a nossa posse de valores de alto significado, numa apresentação que se deve considerar uma das mais belas jamais apresentadas. Até o momento conseguimos a primeira medalha de ouro através de uma jovem de modesta condição socioeconômica, que conseguiu o triunfo depois de haver sido educada em uma ONG dedicada a crianças pobres do seu bairro, em zona perigosa do Rio de Janeiro.
Os Jogos Olímpicos chegam-nos em momento grave de convulsões de vária ordem, apresentando o seu belo espetáculo de competições, nas quais se destacam os mais preparados indivíduos do mundo, em intérmino desfile de harmonia. Jogos variados e fascinantes alguns, desviam-nos a atenção das crises e aberrações que nos vêm sacudindo nos últimos tempos, direcionando-nos para outros valores que estão ao alcance de quantos a eles se possam dedicar.
Durante este período, poderemos discutir outros temas que não os do suborno, da indignidade, da malversação de recursos, mas dialogar em torno dos esforços e sacrifícios pessoais no investimento da ação chegando à perfeição possível. Reflexionando em torno desse notável esforço generalizado que se iniciou em Olímpia, na Grécia antiga, pensamos em um outro tipo de Olimpíadas, as que dizem respeito aos sentimentos de amor e de fraternidade entre os povos. As atuais já conseguem reunir as nações de diferentes comportamentos num interesse comum, o que torna factível a aquisição de outras de natureza espiritual, felicitando o mundo.
Nestes futuros dias, poderemos aspirar aos campeonatos da solidariedade, da compaixão, da caridade, auxiliando-nos reciprocamente, a fim de que a miséria de qualquer natureza fuja envergonhada, cedendo lugar ao esplendoroso comportamento do amor conforme Jesus o viveu e nos ensinou. Poderemos impor-nos o exercício da solidariedade, dando início às Olimpíadas espirituais…
Divaldo Franco
Fontes:
- Jornal da Tarde
- http://www.febnet.org.br/blog/geral/colunistas/jogos-olimpicos/
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Entrevista: Emerson Oliveira Pedersoli
“A instrução informa, a educação transforma, mas a evangelização
forma caráter em nossos filhos”.
O orador espírita traz-nos
importantes esclarecimentos sobre a educação dos filhos, convivência familiar e
o papel preponderante da evangelização na formação de um homem de bem.
Emerson
Pedersoli (foto), psicólogo e orador espírita, reside na capital mineira, onde
atua no Lar Fraternidade Maria de Nazaré, colaborando principalmente na
assistência a crianças e adolescentes carentes, com doença motora de origem cerebral,
conhecida como paralisia cerebral..
Contribui
efetivamente na divulgação da Doutrina Espírita, levando seu conhecimento para
todo o Brasil. Casado e pai de três filhas, soma suas experiências de psicólogo
à luz do Espiritismo.
Qual a importância da
evangelização na educação dos filhos?
Não tem como dispensar a evangelização na
educação de nossos filhos. Ela é que vai alicerçar moralmente esta relação. A
instrução informa, a educação transforma, mas a evangelização forma caráter em
nossos filhos. Falo de evangelização em diversos níveis. Pode ser a
evangelização nas diversas religiões, mas se conseguirmos levá-los para a
evangelização espírita, lhes ofereceremos uma fé raciocinada. Eles não iriam
simplesmente acreditar em Adão e Eva, eles irão entender o que significa Adão e
Eva, vão entender o que é o processo evolutivo. Eles não vão acreditar em Deus
porque nós falamos que Deus existe, vão acreditar em Deus porque além d’Ele
existir, Ele é o criador e que tem um propósito a Sua criação. É a fé
raciocinada, esse o diferencial da evangelização espírita. Se nós conseguirmos
trazê-los dessa forma o processo fica mais tranquilo.
Como lidar com os filhos
que se mostram resistentes à evangelização?
Quando se trata de crianças resistentes à
evangelização, teremos que analisar se os pais são resistentes dentro do
movimento espírita. Às vezes os próprios pais não assumem uma postura de
fidedignidade dentro deste movimento, não assumem uma tarefa, não têm uma
frequência. Se for este o perfil destes pais, não têm como questionar a dúvida
dos filhos. Precisamos fazer com que os filhos venham para a evangelização,
principalmente quando falamos de criança. Costumo colocar da seguinte forma, com
relação à nossa postura: com a criança nós conversamos; se ela não aceitar nós
insistimos; se ela ainda resistir nós impomos. Com o jovem nós conversamos,
escutamos o que ele tem a dizer, esclarecemos e em algumas situações temos que
aguardar. Mas a criança não tem escolha, ela precisa vir. O Raul nos ilustra
esta situação dizendo: “Eu estou indo, sua mãe está indo... vamos, levante-se e
vamos embora”. A criança ainda não tem discernimento para fazer escolhas neste
nível.
Quais os principais
desafios da família no terceiro milênio?
É mais
difícil falar agora dos principais, mas no meu modo de ver, o principal é a
questão da disciplina, do limite. Quando nós não conseguimos achar o limite na
educação, no diálogo, nas relações saudáveis, começamos a gerar problemas,
dificultamos as nossas famílias em se solidarizar mais adiante. Sabemos que a
família é a célula da sociedade, e se ela torna-se uma célula desequilibrada,
consequentemente teremos uma sociedade também desequilibrada, desajustada.
Pensemos: como querer um país melhor se não buscamos ser melhores dentro do
nosso lar? Costumamos ser perversos, agressivos, usamos palavras de baixo cunho
moral, não dialogamos... Não conquistaremos o nosso tão sonhado mundo
regenerado, cultivando a doença moral dentro do nosso lar. Este ponto, a disciplina
e o limite são a principal questão do nosso tempo hoje. Devemos buscar o limite
no falar, no ouvir, no que se deve ou não fazer; devemos nos sentar à mesa e
usar também este tempo para dialogar, conversar fraternalmente. Não temos
sabido do limite do nosso potencial e não temos sabido como usar este
potencial.
A doutrina espírita tem sido uma ferramenta
importante no exercício da sua profissão?
[risos] Sou psicólogo e algumas pessoas
fazem esta referência da seguinte forma: “Ah, o Emerson, psicólogo espírita?
Pensamos que devemos evitar este tipo de referência, pois não saímos a indicar
profissionais como médicos, contadores, taxistas e outros mais, por serem
adeptos do espiritismo. A doutrina ajuda a mim em todos os aspectos da minha
vida, não somente na área da psicologia, com a qual trabalho, e ajuda em
qualquer outra profissão. André Luiz tem uma colocação no livro Sol nas Almas que diz o seguinte: ”A
doutrina espírita não é uma religião como outra qualquer, é um método de
viver”, ou seja, independente das escolhas que fizermos, se tivermos a doutrina
espírita como bandeira, elas estarão sempre bem alicerçadas.
Como lidar com os filhos dependentes
químicos?
Aí temos
duas avaliações a fazer. O Raul Teixeira conversa com o espírito Camilo a esse
respeito no livro Desafios da Educação,
obra que sempre citamos como referência, e
ele propõe a primeira: os pais não beneficiaram estes filhos com os excessos?
Muitas vezes eles não acompanham os excessos dos filhos e quando percebem, eles
já são usuários, seja de álcool, seja de drogas. Abriram mão do acompanhamento
pessoal e terceirizaram esta obrigação de oferecer o afeto. Precisamos ficar
atentos com esta terceirização do afeto, costumamos substitui-lo com coisas,
presentes, deixamos de dialogar, de ouvir, de abraçar, de ter o contato e a
droga ou a bebida vem tomar este espaço mais tarde, tornando-se um mecanismo de
fuga. Depois desta autoavaliação como pais, passamos a avaliar o que podemos
fazer por eles agora. A droga e a bebida devem ser inaceitáveis dentro do nosso
lar. Costumamos dizer assim: a mãe encontra uma porção de droga no guarda-roupa
do filho e faz uma pergunta idiota “Meu filho, você está usando droga?” E
recebe uma resposta imbecil “- Não mamãe, isto é do meu colega”. Em um caso
assim devemos partir para a conclusão de que ele está envolvido com a droga,
não precisamos fazer este tipo de pergunta. O tratamento deve ser buscado de
todas as formas disponíveis e possíveis para eliminarmos o problema:
psicólogos, psiquiatras, medicamentos, controle das companhias, amizades,
festas, etc. Mais uma vez repito, não deve ser considerada nenhuma exceção com
relação à presença da droga em um lar estável, espiritualizado, com a prática
do culto cristão no lar. Este controle deve ser feito até determinada idade,
pois se ele insistir com o uso dos entorpecentes após atingir a independência
dos pais, passa a responder pelos seus atos e a colher as consequências das
suas atitudes.
Qual a leitura que se faz do pegar, do ficar e do rolo para o jovem espírita?
Nós
estamos sempre pedindo aos jovens que assumam responsabilidades e eles estão
com esta dificuldade porque o meio social onde eles convivem os convida aos
excessos. Assim: na mocidade estão aprendendo sobre a disciplina, a
responsabilidade, que não deve sair beijando todo mundo, agarrando todo mundo.
Mas o colega na rua ou na escola diz: “Que
é isso cara, você vai perder esta? Olha lá a menina está te dando bola...”.
Pinta sempre a dúvida do que deve seguir naquele momento. Ai entra a questão da
importância do autoconhecimento, onde deverá valorizar-se mais do que a opinião
dos colegas que ainda não têm o arcabouço de conhecimento que ele já possui. Se
valorizarem mais a opinião dos colegas, com este hábito, começam a “perder” sua
individualidade, começam a fazer parte da massa que cultiva determinados
costumes: vai ouvir a um, a outro e a outros para ser aceito e não excluído do
grupo, passando às práticas abusivas nas suas relações inclusive adotando
visitas a locais menos dignos para suas aventuras sociais e emocionais. A
adoção deste comportamento trará grandes prejuízos para ele, no futuro. O
espírito Camilo diz que se começa a atender a estes excessos, a criatura abre
fossos de enfermidades profundas na alma que só serão identificadas com o passar
dos anos. Então o jovem espírita deve aprender e adotar o respeito a si próprio
e ao próximo, conforme o conhecimento superior da moral que já tenha adquirido,
podendo assim mostrar este padrão de comportamento para seus colegas nos seus
grupos sociais. O conhecimento da moral evangélica é primordial para a melhoria
em todos os aspectos das relações humanas.
Qual orientação deve ser dada aos casais que costumam frequentar motéis sob
o pretexto de sair da rotina com vistas a “temperar” suas relações íntimas?
Trazendo
as informações colocadas pela espiritualidade, lembrando aqui mais uma vez da
obra Desafios da Educação, o Camilo responde
através da psicografia do Raul Teixeira na questão de número 38, onde foi
formulada esta mesma pergunta, que o ambiente psíquico criado no motel é
extremamente perturbador, que naquele local não existe a proteção que se
consegue dentro do lar. Não adianta pensar que por ser espiritualizado o casal,
que por serem trabalhadores na casa espírita estejam imunizados para frequentarem
os motéis. Neste caso está sendo feita uma escolha de se exporem às
perturbações. Devem-se criar alternativas sadias para condimentar a relação.
Quando se busca os excessos no motel, este “a mais” que se sente naquele
ambiente, é que a relação já está doente e desgastada. Antes que isto aconteça
é que devem ser cultivados outros incrementos como o diálogo (primordial), o
lazer a dois, uma viagem a dois, buscando manter uma desejada estabilidade.
Certa feita estava participando de um grupo onde me perguntaram: “E se nós fizermos preces, um culto no
quarto do motel, não haverá esta proteção?” Respondi que provavelmente os
espíritos adoecidos que ali estiverem poderão até esperar o culto terminar, mas
depois será a mesma prática a que estão acostumados e necessitados, a
vampirização das energias geradas em descontrole durante as práticas que se
seguirão entre os envolvidos encarnados. Portanto, ali se tornou o ambiente
deles e quando decidimos frequentá-lo é conosco e eles. Os benfeitores não
usarão de constrangimento da liberdade dos mesmos por lá. Como exemplo, podemos
citar a realização de uma reunião de estudos ou ordinária do nosso grupo
espírita na casa espírita. Gozaremos da proteção da espiritualidade superior no
nosso ambiente quando se trata de reuniões sérias, o que provavelmente não
ocorrerá se decidirmos fazer esta reunião no boteco da esquina, sem nenhuma
razão pertinente. Ali encontraremos aqueles que gostam da ingestão dos
alcoólicos e estaremos sujeitos às interferências comuns quando estamos no meio
dos alcoólatras. Questão de afinidade: “Cada qual com seu igual”. Um detalhe
colocado por Camilo, que é comum os casais questionarem a respeito do
envolvimento do parceiro, que demonstra muitas vezes insatisfação após a
relação, devendo-se isto à citada vampirização que sofreram, sem o saberem, que
mesmo alcançando o prazer no orgasmo sexual, físico, não se satisfazem
emocionalmente porque houve um déficit das energias no campo psíquico.
Entrevista concedida ao Departamento de Comunicação Social Espírita do Centro Espírita Joseph Gleber/Teófilo Otoni-MG
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