segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


Pergunta endereçada a Emmanuel por algumas dezenas de pessoas em reunião pública (na noite de 23-2-1972, em Uberaba, Minas).
 
Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos dos grandes incêndios?

RESPOSTA:
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio.
Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.
É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
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Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidade na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação.
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Criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida.
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Lamentemos sem desespero, quantos se fizerem vítimas de desastres que nos confrangem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas com que se defrontaram são igualmente nossos.
Não nos esqueçamos, porém, de que nunca estamos sem a presença de Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Justiça, que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós, que tudo se renova para o bem de todos e que Deus nos concede sempre o melhor.
 
(Transcrito do livro: XAVIER, Francisco C. Autores diversos. Chico Xavier pede licença. S.Bernardo do Campo: Ed. GEEM. Cap. 19).

domingo, 27 de janeiro de 2013

Felicidade em tudo que se faça

Em Casa: Transforme a casa onde você mora num lar de convivência agradável. Seja você o elemento que busca a felicidade através da agregação e da harmonia. Transforme sua vida entre quatro paredes num presente e entregue-o àqueles que moram com você...
Com a Família: Faça de sua família o núcleo onde podem ser encontrados seus amigos. A amizade entre os membros de uma família é fundamental para a felicidade do grupo.
Com dinheiro: Considere o dinheiro o instrumento resultante do trabalho digno e com ele você poderá proporcionar a felicidade pessoal e daqueles que convivem com você. Use-o sem se deixar escravizar por ele.
Viajando: Ao viajar transforme seu deslocamento em momentos de alegria pessoal, sua e dos que lhe fazem companhia. Sua felicidade não está em viajar, mas em aprender e crescer enquanto se desloca.
Amando: Seja feliz enquanto está amando alguém. Mostre ao outro que sua felicidade é fruto de seu trabalho interior, o qual recebe a contribuição da pessoa amada. Enquanto ama, ensine aos outros a conquistar o amor em suas vidas para que também eles se sintam felizes.
Na Doença: Busque ser feliz independente de estar doente. A doença é um sinal da necessidade de reflexão e não deve se tornar um empecilho à sua harmonia. Seja feliz com o espírito em paz, mesmo tendo o corpo doente. Corpo e espírito diferem pela essência e aparência.
Sem Culpa: Divida sua culpa comentando-a com alguém para que sua mente se sinta menos pesada. Seja feliz ao saber que a culpa advinda de algo que você fez poderá ser entendida por outra pessoa que também poderia ter feito a mesma coisa que você.
Na Morte: Não chore pela morte nem se entristeça com sua ocorrência. Ela é um convite à sua reflexão sobre a grandeza da Vida e a possibilidade de muito fazer e crescer enquanto você estiver no corpo. Seja feliz, pois, literalmente, a vida continua.
No Sexo: Sua felicidade necessariamente não está relacionada a sua sexualidade, mas é importante que você utilize o sexo com naturalidade e com maturidade. Seja feliz sendo sexualmente maduro.
Desenvolva o hábito de colocar espiritualidade em sua vida. Aprenda a ver o mundo pelo olhar do espírito e seja feliz compreendendo a vida como um dom de Deus. A espiritualidade representa a percepção do espírito sobre o mundo. Veja o mundo com o olhar amoroso do espírito que você é.
Ser feliz em tudo que façamos é meta possível na medida em que estivermos inteiros e conscientes na realização dos próprios atos.
Adenáuer Novaes

domingo, 20 de janeiro de 2013

Felicidade Possível


 
Acreditavas que a felicidade seria semelhante a uma ilha fantástica de prazer constante e paz permanente. Um lugar onde não houvesse preocupação, nem se apresentasse a dor; no qual os sorrisos brilhassem nos lábios, e a beleza engrinaldasse de festa as criaturas.

Uma felicidade feita de fantasias parecia ser a tua busca.

Planejastes a vida, objetivando encontrar esse reino encantado, onde, por fim, descansasses da fadiga, da aflição e fruísses a harmonia.

Passam-se anos, e somas frustrações, anotando desencantos e amarguras, sem anelada conquista.

Lentamente, entregas-te ao desânimo, e sentes que estás discriminado no mundo, quando vês as propagandas apresentadas pela mídia, nas quais desfilam os jovens, belos e jubilosos, desperdiçando saúde, robustez, corpos venusinos e apolíneos, usando cigarros e bebidas famosas, brincando em iates de luxo, ou exibindo-se em desportos da moda, invejáveis, triunfantes...

Crês que eles são felizes...

Não sabes quanto custa, em sacrifício e dor, alcançar o topo da fama e permanecer lá.

Sob quase todos aqueles sorrisos, que são estudados, estão a face da amargura e as marcas do ressaibo, do arrependimento.

Alguns envenenaram a alma dos charcos por onde andaram, antes de serem conhecidos e disputados.

Muitos se entregaram a drogas perturbadoras, que lhes consomem a juventude, qual ocorreu com as multidões de outros, que os anteciparam e desapareceram.

Esquecidos e enfermos, aqueles que foram pessoas-objeto, amargam hoje a miséria a que se acolheram ou foram atirados.

Felicidade, porém, é conquista íntima.

Todos os que se encontram na Terra, nascidos em berços de ouro ou de palha, homenageados ou desprezados, belos ou feios, são feitos do mesmo barro frágil de carne, e experimentam, de uma ou de outra forma, vicissitudes, decepções, doenças e desconforto.

Ninguém, no mundo terreno, vive em regime especial. O que parece, não excede a imagem, a ilusão.

Se desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador.

As ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz.

A felicidade não são coisas: é um estado interno, uma emoção.

Abençoa os acidentes de percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti.

Quem avança monte acima, pisa pedregulhos que ferem os pés, mas também flores miúdas e verdejante relva, que teimam em nascer ali colocando beleza no chão.

Reúne essas florezinhas em um ramalhete, toma das pedras pequeninas fazendo colares, e descobrirás que, para a criatura ser feliz, basta amar e saber discernir, nas coisas e nos sucessos da marcha, a vontade de Deus e as necessidades para a evolução.

 

Da obra: Momentos Enriquecedores. Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.