sábado, 27 de maio de 2023

Mais Luz - Edição 632 - 28/05/2023

 Confira conosco:

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Persevera – Bezerra de Menezes

Ante o Evangelho: Maneira de orar

Mensagem da semana: Sirvamos ao Bem – Fonte Viva, cap.106

Poema: Segue servindo – Auta de Souza

Oração do pomicultor – Meimei

 

 

sábado, 20 de maio de 2023

Mais Luz - Edição 631 - 21/05/2023

 Não perca nesta edição:

 

O brilho do bem – Richard Simonetti

Ante o Evangelho: Fora da caridade não há salvação

Mensagem da semana: Sois a luz – Fonte Viva, cap. 105

Poema: A lâmpada – Casimiro Cunha

Oração: Prece por luz – Emmanuel

 

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sexta-feira, 19 de maio de 2023

O brilho do bem

 


"Vós sois a luz do Mundo. Não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e ilumina todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos Céus." (Mateus, 5:14-16.)

 

Jesus compara seus seguidores à luz que afugenta as trevas. O Cristianismo, com seus valores morais elevados, com seu empenho pela construção do Reino de Deus, fatalmente se destacaria na História, da mesma forma que seria impossível deixar de ver uma cidade edificada sobre a montanha. Se está claro, nota-se perfeitamente o contorno de seus edifícios; se escurece, suas luzes destacam-se.

Individualizando a figura do cristão, Jesus oferece a sugestiva imagem da candeia. Alqueire era uma espécie de vaso usado para medir líquidos ou cereais. Ninguém acende uma candeia para colocá-la prisioneira sob o alqueire. A luz deve estar no velador, suporte colocado no alto para que ilumine o ambiente. Em linguagem atual: não se liga uma lâmpada dentro de recipiente fechado. Para cumprir sua função ela deve estar livre.

O mesmo acontece com o Evangelho. É a luz que ilumina, que dá significado à Vida e a valoriza, mas, se procurarmos em suas lições apenas conforto e bem-estar para nós, sem compreender seu apelo maior, convocando-nos à Fraternidade, então sua claridade ficará aprisionada no vaso do egoísmo e de nada valerá, pois, apesar de detê-la, continuaremos na escuridão de nossas mazelas.

Ao recomendar "brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos Céus", Jesus ensina que o luzir do Evangelho em nós está condicionado à prática do Bem.

Por isso, o verdadeiro cristão é alguém cujo comportamento é invariavelmente edificante; que estimula à virtude, cultivando seus valores e que converte irresistivelmente ao Evangelho com a força do exemplo.

A esse propósito, lembramos a extraordinária figura de Alcíone, do livro "Renúncia", autoria de Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier. Atingindo estágios angelicais de evolução, eximira-se de voltar à Terra, mas voltou, por iniciativa própria, a fim de ajudar um grupo de tutelados seus.

Sua presença em nosso mundo, embora no anonimato de condição humilde, tornou-se tão marcante que todos quantos com ela conviveram foram invariavelmente influenciados por ela. E como Alcíone realizava semelhante prodígio? Fazendo prevalecer sua autoridade de Anjo? Impondo sua vontade?

Não! Discípula fiel do Cristo, ela simplesmente observava o Evangelho em sua expressão mais pura, não se limitando a perdoar os ofensores, mas achando uma desculpa para eles; não se limitando a tolerar as imperfeições alheias, mas ajudando as pessoas a superá-las com a serenidade de uma paciência sem limites; não apenas cumprindo os deveres de filha, religiosa, serviçal, mas comportando-se com valores de renúncia, dedicação e heroísmo, que fizeram dela uma inesquecível figura de mulher.

Um pequeno episódio nos oferece a medida de seu caráter. Alcíone trabalhava como governanta em rica mansão. Era muito estimada pelo dono da casa, Cirilo, a filha Beatriz e seu sogro Jacques, mas detestada por Susana, a patroa, enciumada de sua benquerença. E não se cansava de fustigá-la, impondo-lhe tarefas rudes, desvinculadas de suas atribuições, com o propósito de levá-la a deixar aquela casa, já que não podia tomar a iniciativa de despedi-la, com o que seus familiares não concordariam.

Certo dia chama a governanta:

Alcíone, a lavadeira está doente e deverás substituí-la.

Sim, senhora.

E lá vai Alcíone cumprir a tarefa alheia às suas responsabilidades. A menina Beatriz, vendo-a no tanque, revolta-se. Chama o pai e acusa a mãe de explorar a serva. O marido irrita-se, recrimina a esposa com aspereza. Susana agita-se. Nervosa, debulha-se em lágrimas. O ambiente torna-se tenso.

Então, Alcíone, que tudo observava, dirige-se ao patrão:
Senhor Cirilo, desculpe-me entrar na conversa, mas pode crer que a senhorita Beatriz está enganada. Dona Susana não me impôs a substituição da lavadeira. Fui eu mesma que ofereci minha colaboração. Não se preocupe. Estou acostumada com esse serviço.

As palavras de Alcíone, pronunciadas com evidente inflexão de sinceridade e boa vontade, desanuviam o ambiente. Pai e filha tranquilizam-se. O gesto da serva, somado a outros iguais em circunstâncias semelhantes, acaba por sensibilizar Susana, que se torna sua amiga.

Assim é o cristão autêntico. Onde ele está a Vida sempre se faz plena de claridades, pois refletem-se nele as luzes do Céu, marcadas por uma dedicação sem limites à causa do Bem.

 

Richard Simonetti – Livro "A voz do monte”.


quinta-feira, 18 de maio de 2023

Oração do pomicultor

 

Senhor!…

Quando o desânimo me entorpeça o espírito, largando-me à feição de terra seca, dá que a chuva de tuas bênçãos me restaure a coragem.

Quando a tua proteção me renove as energias, reaquece-me no calor de tua bondade, a fim de que me faça útil.

Quando eu consiga mostrar algum proveito, concede-me o privilégio de trabalhar à maneira das árvores benfeitoras.

Quando, porém, a felicidade de servir me valorize as horas e a tarefa me absorva tempo e repouso, não me deixe desertar do dever com receio do sacrifício.

Ensina-me a permanecer de pé, qual a planta nobre que suporta assaltos da estrada e vicissitudes do tempo, pragas e golpes, agindo em silêncio e auxiliando constantemente sem nunca reclamar para si mesma os próprios frutos.

Senhor!…

Apara-me a fim de que eu aprenda obediência e serventia com os vegetais amigos aos quais devo atenção e cuidado e coloca a bênção de tua inspiração sobre os meus desejos, de modo a que obtenha da vida a incessante alegria de atender-te aos desígnios.

Assim seja.

 Meimei / Chico Xavier – Livro: Fé 




Sirvamos ao Bem

“A luz resplandece nas trevas…” — (João, 1:5)

 

Não te aflijas porque estejas aparentemente só no serviço do bem.

Jesus era sozinho, antes de reunir os companheiros para o serviço apostólico. Sozinho, à frente do mundo vasto, à maneira de um lavrador, sem instrumentos de trabalho, diante da selva imensa…

Nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje em construção na Terra, para a felicidade humana.

Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo, não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.

Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, através de todas as situações e em todas as criaturas.

Não perdeu tempo em reprovações descabidas.

Não se confiou a polêmicas inúteis.

Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e amando, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria exemplificação.

Continuemos, pois, em nossa marcha regenerativa para a frente, ainda mesmo quando nos sintamos a sós.

Sirvamos ao bem, acima de tudo, entretanto, evitemos discussões e agitações em que o mal possa expandir-se.

Foge a sombra ao fulgor da luz.

Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite, não conseguem apagar alguns milímetros da chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 106


Prece por luz

 


Senhor!…

Clareia-nos o entendimento, a fim de que conheçamos em suas consequências os caminhos já trilhados por nós; entretanto, faze-nos essa concessão mais particularmente para descobrirmos, sem enganos, onde as estradas mais retas que nos conduzam à integração com os teus propósitos.

Alteia-nos o pensamento, não somente para identificarmos a essência de nossos próprios desejos, mas sobretudo para que aprendamos a saber quais os planos que traçaste a nosso respeito.

Ilumina-nos a memória, não só de modo a recordarmos com segurança as lições de ontem, e sim, mais especialmente, a fim de que nos detenhamos no dia de hoje, aproveitando-lhe as bênçãos em trabalho e renovação.

Auxilia-nos a reconhecer as nossas disponibilidades; todavia, concede-nos semelhante amparo, a fim de que saibamos realizar com ele o melhor ao nosso alcance.

Inspira-nos, ensinando-nos a valorizar os amigos que nos enviaste; no entanto, mais notadamente, ajuda-nos a aceitá-los como são, sem exigir-lhes espetáculos de grandeza ou impostos de reconhecimento.

Amplia-nos a visão para que vejamos em nossos entes queridos não apenas pessoas capazes de auxiliar-nos, fornecendo-nos apoio e companhia, mas, acima de tudo, na condição de criaturas que nos confiaste ao amor, para que venhamos a encaminhá-los na direção do bem.

Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.

Senhor!…

Abençoa-nos e estende-nos as mãos compassivas, em tua infinita bondade, para que te possamos perceber em espírito na realidade das nossas tarefas e experiências de cada dia, hoje e sempre.

 Assim seja.

 

Emmanuel / Chico Xavier - Livro: Ceifa de Luz


quarta-feira, 17 de maio de 2023

A lâmpada

Em casa, a lâmpada acesa,

Singela e despercebida,

Constitui lição patente

Das mais nobres que há na vida.

 

Contra a noite escura e espessa,

Que se espalha e reproduz,

Envolve-se de energia,

Resplandece e traz a luz.

 

Seu trabalho é grande e simples,

Difundindo o sol do bem.

Não discute, não pergunta,

Dá sempre, não olha a quem.

 

Ilumina o gabinete

De pesquisa ou de leitura,

Como aclara a agulha humilde

Da máquina, de costura.

 

Envolve com a mesma luz

A velhice, a enfermidade,

A infância, a alegria, a dor,

E os sonhos da mocidade.

 

Há tumultos, há prazeres?

Amarguras, agonia?

Se não sofre violência,

Eis que a lâmpada irradia.

 

Serena, silenciosa,

Não se aflige, não consulta,

Nada pede, além da força

Que lhe vem da usina oculta.

 

Revela todo detalhe,

Sem contendas, sem perigo.

A sua demonstração

É o foco que traz consigo.

 

Não exige condições

Por servir e iluminar,

E define seu ruído

Cada cousa em seu lugar.

 

Pensemos em nossa glória

Quando formos, irmãos meus,

Como lâmpadas do Cristo

Na usina do amor de Deus.

 

Casimiro Cunha / Chico Xavier

Livro: Cartilha da Natureza


terça-feira, 16 de maio de 2023

Sois a luz

“Vós sois a luz do mundo.” — Jesus. (Mateus, 5:14)

 

Quando o Cristo designou os seus discípulos, como sendo a luz do mundo, assinalou-lhes tremenda responsabilidade na Terra.

A missão da luz é clarear caminhos, varrer sombras e salvar vidas, missão essa que se desenvolve, invariavelmente, à custa do combustível que lhe serve de base.

A chama da candeia gasta o óleo do pavio.

A iluminação elétrica consome a força da usina.

E a claridade, seja do Sol ou do candelabro, é sempre mensagem de segurança e discernimento, reconforto e alegria, tranquilizando aqueles em torno dos quais resplandece.

Se nos compenetramos, pois, da lição do Cristo, interessados em acompanhá-lo, é indispensável a nossa disposição de doar as nossas forças na atividade incessante do bem, para que a Boa Nova brilhe na senda de redenção para todos.

Cristão sem espírito de sacrifício é lâmpada morta no santuário do Evangelho.

Busquemos o Senhor, oferecendo aos outros o melhor de nós mesmos.

Sigamo-lo, auxiliando indistintamente.

Não nos detenhamos em conflitos ou perquirições sem proveito.

“Vós sois a luz do mundo.” — Exortou-nos o Mestre, — e a luz não argumenta, mas sim esclarece e socorre, ajuda e ilumina.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 105


segunda-feira, 15 de maio de 2023

Persevera


Perseveremos no bem, sobretudo.

A estrada provavelmente se nos erigirá lodacenta ou agressiva pelos tropeços e espinhos que apresente…

Perseveremos servindo para transpô-la.

 

O ambiente terá surgido carregado de nuvens, na condensação de injúrias ou incompreensões que nos circundem…

Perseveremos ofertando aos outros o melhor de nós em favor dos outros e os outros nos auxiliarão para vencer as sombras e dissipá-las.

 

Ansiedades e esperanças nos visitam a alma, transformando-se em obstáculos para a obtenção da alegria que nos propomos alcançar…

Perseveremos agindo na prática do bem e, dentro desse exercício salutar de sublimação, surpreenderemos, por fim, a região de acesso às bênçãos que buscamos.

 

As lutas e desafios se nos avolumam na marcha…

Perseveremos na humildade e na paciência que nos garantirão a segurança e a tranquilidade das quais não prescindimos para seguir adiante.

 

Discórdias e problemas repontam das tarefas a que consagramos as nossas melhores forças…

Perseveremos na serenidade e na elevação, dentro dos encargos que nos assinalem a presença onde estivermos, e seremos aqueles ingredientes indispensáveis de união e de paz nos grupos do serviço de que partilhamos, atendendo às obrigações que nos competem ao espírito de equipe.

 

Filhos, provas e tribulações, pedras e espinhos, conflitos e lágrimas, desarmonias e empeços existirão sempre na estrada que se nos desdobra à visão…

No entanto, se é fácil começar o apostolado do amor, é sempre difícil continuar em direção do remate vitorioso.

 

Perseverar é o impositivo de que não nos será lícito fugir…

Perseverar trabalhando e servindo, entendendo e edificando, aprendendo e redimindo…

Perseverar sempre de modo a nunca desanimar na construção do bem a fim de merecermos o bem maior.

 

De mensagem recebida em 18.11.1972

Bezerra de Menezes / Chico Xavier – Livro: Bezerra, Chico e você


sábado, 13 de maio de 2023

Mais Luz - Edição 630 - 14/05/2023

 

Eis mais uma edição de nosso boletim Mais Luz:

https://mailchi.mp/260457a7e1a7/a-misso-da-maternidade

 

A missão da maternidade – J. Raul Teixeira

Ante o Evangelho: Simplicidade e pureza de coração

Mensagem da semana: Diante da multidão – Fonte Viva 104

Poema: Carta às mães – Casimiro Cunha

Oração na festa das mães – Emmanuel

 

Venha ler e refletir conosco!

 

sexta-feira, 12 de maio de 2023

A missão da maternidade

 


Que mistério é esse que envolve as mães?

Eis uma pergunta difícil de explicar. Não existe uma única criatura no mundo que não haja experimentado o envolvimento de sua mãe.

Seja um envolvimento positivo, amoroso, seja um envolvimento lamentável, doentio, patológico. Mas, ninguém escapa da presença da mãe.

Alguém pode nascer sem a presença do pai, mas é impossível alguém nascer no mundo sem a presença da mãe.

A mãe é essa criatura tão especial que, muitas vezes, atormenta a vida dos filhos, desejosa de impulsionar a vida do filho.

Muitas vezes abafa o filho, querendo protegê-lo e, desse modo, verificamos quanto é importante essa figura no mundo!

Em O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ele chega a perguntar aos seres espirituais qual é a missão mais importante dentre aquelas que Deus concedeu aos homens na Terra e às mulheres. Os Imortais respondem a Allan Kardec que a missão mais importante é a da mulher. E complementam – porque é ela que educa o homem.

Quando nós pensamos nisso, verificamos a importância da mulher consciente, quando ela tem esse apercebimento do seu papel e quando tem essa certeza de sua influência, porque não há uma única mãe que não exerça influência sobre seus filhos.

Podemos mesmo ousar e dizer que, como base de todo o bruto, de todo o homem grotesco que houve na Humanidade, havia a figura de uma mulher, sua mãe.

Porque foi ela que fez com que ele não levasse desaforos para casa, foi ela que o ensinou a devolver agressão com agressão, ensinou-o a ser egoísta.

Mas, por baixo da história de todo santo, de todo missionário, de toda criatura do bem, existe a figura de uma mulher, de sua mãe.

Foi ela que disse: Meu filho, quando um não quer, dois não brigam. Meu filho, é melhor um covarde vivo do que um corajoso morto. Meu filho, venha lavar em casa os problemas da rua, porque em casa você encontrará amor. Roupa suja, meu filho, se lava em casa.

Então, desse modo, nós encontramos mães que criaram seus filhos para cima, e mães que empurraram seus filhos para baixo.

Encontramos aquelas que sabem que seus filhos não lhes pertencem, sabem que seus filhos são filhos de Deus essencialmente, são filhos da vida e que para a vida elas os deverão educar.

Há outras que supõem que eles sejam seus pertences, inoculam neles as suas fragilidades, os seus medos, os seus temores, seus pontos de vista.

Daí, então, começarmos a pensar na trajetória da mãe sobre o mundo, quando ela tiver essa consciência do seu papel junto aos filhos, quando ela admitir que serão seus filhos os professores de amanhã, os médicos, os advogados, os juízes, os políticos.

Quando ela admitir que serão seus filhos que administrarão as cidades, os Estados, os países, que responsabilidades terão em suas mãos. Elas próprias se tratarão melhor, para que não tenham a cabeça infernizada por complexos de culpa, por conflitos e possam passar para os seus filhos esse respeito à vida, esse respeito aos outros.

Jamais ensinando aos seus filhos que têm que respeitar os mais velhos, mas ensinando aos seus filhos que eles têm que respeitar a todo o ser humano, a todo ser vivente. E aí, a mãe ensinará os filhos a amar os vegetais, a proteger as florestas, começando a cuidar dos jardins em casa. Ela ensinará o respeito aos animais.

E, desse modo, então, quem começa das coisas simples, terá capacidade de realizar as coisas complexas.

Ah, mulher mãe! Que mistérios envolverão a sua figura?

*   *   *

A missão da mulher, desse modo, é uma missão misteriosa, porque ela consegue penetrar a alma do seu filho, ela consegue conhecer seu filho como ninguém.

Se pararmos para pensar, a mulher passa nove meses lunares carregando nas entranhas o seu rebento, nove meses em que ela faz um curso de especialização em percepção fluídica, em percepção psíquica.

Ela capta as emissões do seu feto, do seu filho ainda feto e as interpreta, como qualquer sensitivo interpretaria uma influenciação espiritual sobre seu psiquismo.

É dessa interpretação, das emissões do filho reencarnante que nascem os famosos desejos da mulher durante a gravidez: a interpretação que ela faz do que está sentindo.

Nem sempre são verdadeiras as interpretações, como nem sempre as criaturas transmitem corretamente aquilo que recebem de seres espirituais. O fenômeno é o mesmo.

Daí, podermos afirmar que a gravidez corresponde ao período de maior transe mediúnico de que se tem notícia. São nove meses em que a mulher mãe filtra o psiquismo de seu filho. São nove meses em que ela projeta sobre ele seu próprio psiquismo.

Tanto ele conhece a sua mãe intimamente, tanto ela conhece seu filho como ninguém.

A mãe conhece os filhos pelo andar deles, pelo modo deles respirarem, pelo modo de olharem. Ela conhece seu filho.

Jamais um filho se esconderá de sua mãe. Não é pelos olhos. É porque ela conhece suas emissões, seus fluidos, seu psiquismo.

Do mesmo modo, jamais uma mãe se esconderá do seu filho. Ele consegue ler na sua mãe se ela está contente, se ela está triste, se ela está feliz, se ela está aborrecida. Ele consegue ler sem que ela diga nada, por causa dessa habitualidade em conviver um com o outro, com essa intimidade visceral.

As nossas mães são aquele instrumento de que Deus lançou mão para que Ele se manifestasse na Terra, enviando-nos à Terra através delas.

A mulher rica, a mulher inteligente, intelectual quanto a mulher pobre, a mulher simples e ignorante, elas têm a mesma habilidade para ser mãe. Toda mulher, psiquicamente, nasce com essa estrutura para a maternidade.

Às vezes, elas não conseguem ser mães de filhos carnais, mas elas são mães dos sobrinhos, elas são mães dos irmãos mais novos, elas são mães de todas as crianças que se lhes acerquem, porque é da mulher esse instinto da maternidade, ainda que não tenha seus próprios filhos carnais.

É dessa maneira que nós verificamos que há um mistério notável na maternidade, e esse mistério se chama amor.

Esse amor que vem se desenvolvendo do instinto para a razão. É esse amor, nas devidas dimensões, que faz o ninho entre os irracionais, que faz com que a galinha guarde seus pintainhos sob as asas, que faz com que os felinos lambam suas crias, que faz com que os pássaros ponham na boca dos seus filhotes o alimento que trouxeram no seu próprio estômago.

É isso que se desenvolveu ao longo dos milênios e explodiu cá em cima na coroa humana e recebeu o nome de amor de mãe, profundamente irracional.

A mãe ama seu filho independentemente do que ele seja, de quem ele seja.

O maior santo recebe o amor de sua mãe, o maior vilão, o mais espúrio dos seres recebe o amor de sua mãe.

Em todas as cadeias públicas, nos dias de visita, pode faltar a esposa, o filho, o amigo, nunca a mãe. Ela estará sempre lá, amando seu filho, na felicidade ou na desdita, na alegria ou na tristeza. Porque ser mãe é de fato trazer uma proposta de Deus para aliviar as lutas do mundo.

Enquanto Deus mandar à Terra Seus filhos no seio das mulheres-mães é porque Ele ainda confia no progresso da Humanidade. 

 

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 147, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em abril de 2008.

Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 10 de maio de 2009.

Texto extraído do site FEP - Federação Espírita do Paraná


quinta-feira, 11 de maio de 2023

Oração na festa das mães

 


Senhor Jesus!

 

Junto dos irmãos que reverenciam as mães que os amam, para as quais te rogamos os louros que mereceram, embora atentos à lei de causa e efeito que a Doutrina Espírita nos recomenda considerar, vimos pedir abençoes também as mães esquecidas, para quem a maternidade se erigiu em purgatório de aflição!…

Pelas que jazem na largueza da noite, conchegando ao peito os rebentos do próprio sangue, para que não morram de frio;

pelas que estendem as mãos cansadas na praça pública, suplicando, em nome da compaixão, o sustento que o mundo lhes deve à necessidade;

pelas que se refugiam, nas furnas da natureza, acomodando crianças enfermas entre as fezes dos animais;

pelas que revolvem latas de lixo, procurando alimento apodrecido de que os próprios cães se afastam com nojo;

pelas que pintam o rosto, escondendo lágrimas, no impulso infeliz de venderem o próprio corpo a corações desalmados, acreditando erroneamente que só assim poderão medicar os filhos que a enfermidade ameaça com a morte;

pelas que descobriram calúnia e fel nas bocas que amamentaram;

pelas que foram desprezadas nos momentos difíceis;

pelas que se converteram em sentinelas da agonia moral, junto aos catres de provação;

pelas que a viuvez entregou à cobiça de credores inconscientes;

pelas que enlouqueceram de dor e foram trancadas nos manicômios;

e por aquelas outras que a velhice da carne cobriu de cabelos brancos e, sem ninguém que as quisesse; foram acolhidas como sombras do mundo, nos braços da caridade!…

São elas, Senhor, as heroínas da retaguarda, que pagam à Terra os mais altos tributos de sofrimento…

Tu que reconfortaste a samaritana e secaste o pranto da viúva de Naim, que restauraste o equilíbrio de Madalena e levantaste a menina de Jairo, recorda as filhas de Jerusalém que te partilharam as agonias da cruz, quando todos te abandonavam, e compadece-te da mulher!… 

Reunião pública de 12-5-1961

Emmanuel / Chico Xavier – Livro Justiça Divina


quarta-feira, 10 de maio de 2023

Carta às mães

 

Minha irmã, se Deus te deu

A luz da maternidade

Deu-te a tarefa divina

Da renúncia e da bondade.

 

Busca imitar no caminho

A Rosa de Nazaré,

Irradiando o perfume

De amor, de humildade e fé.

 

 Lembra sempre em tua estrada,

Que a paz de tua missão

É feita dessa ternura

Que nasce do coração.

 

 Contempla em cada filhinho

Um luminoso sorriso

Da alegria dolorosa

Que te leva ao paraíso.

 

 Porque, ser mãe, minha irmã,

É ser prazer sobre as dores,

É ser luz, embora a estrada

Tenha sombras e amargores.

 

Ser mãe é ser a energia

Que domina os escarcéus,

É ser nas mágoas da Terra

Um sacrifício dos céus.

 

 Pensa nisso e não duvides

Da grande misericórdia,

Que te deu na senda escura

A lâmpada da concórdia.

 

 Ouve ainda. Tem cuidado

Com o teu próprio coração.

Não deixes que se transforme

O teu amor em paixão.

 

 Muita vez, a mãe terrestre

Em vez de salvar, condena,

Porque do amor que redime

Faz a paixão que envenena.

 

Há muitas mães nos Espaços

Chorando na desventura,

Os perigosos desvios

De sua imensa ternura.

 

Ama o filho de outra mãe

Qual se fora teu também,

E estarás santificando

Teu lar nas luzes do Bem.

 

Castiga amando o teu filho

Em teu carinho profundo.

Prefere o teu próprio ensino

Às tristes lições do mundo.

 

Recorda que está contigo

A missão de renovar,

De corrigir perdoando,

De esclarecer e ensinar.

 

Nos teus exemplos repousa

A esperança do Senhor,

Que há de salvar este mundo

Por meio de teu amor.

 

Casimiro Cunha / Chico Xavier

Livro: Cartas do Evangelho e outros poemas