quinta-feira, 10 de outubro de 2019
"Evolução em Dois Mundos" - Entrevista com Cleber Gonçalves
Entrevista com o professor e expositor espírita Cleber Maurício Gonçalves sobre o livro "Evolução em Dois Mundos", de autoria de André Luiz. Teve parte trazida pela psicografia de Chico Xavier, em Pedro Leopoldo/MG, e outra parte por Waldo Vieira, em Uberaba/MG.
A obra completa 61 anos de lançamento em 2019 e é a décima abordada pela Microcampanha “A Vida no Mundo Espiritual” - realizada pela União Espírita Mineira e Conselho Federativo Espírita de Minas Gerais (COFEMG).
A criança
Levantará o homem o
próprio ninho à plena altura, estagiando no tope dos gigantescos edifícios de
cimento armado...
Escalará o fastígio da
ciência, povoando o espaço de ondas múltiplas, incessantemente convertidas em
mensagens de som e cor.
Voará em palácios
aéreos, cruzando os céus com a rapidez do raio...
Elevar-se-á sobre
torres poderosas, estudando a natureza e movimento dos astros...
Erguer-se-á, vitorioso,
ao cimo da cultura intelectual, especulando sobre a essência do Universo...
Entretanto, se não
descer, repleto de amor, para auxiliar a criança, no chão do mundo, debalde
esperará pela humanidade melhor.
Na infância, surge,
renovado, o germe da perfeição, tanto quanto na alvorada recomeça o fulgor do
dia.
Estende os braços
generosos e ampara os pequeninos que te rodeiam.
Livra-os, hoje, da
ignorância e da penúria, da preguiça e da crueldade, para que, amanhã, saibam
livrar-se do crime e do sofrimento.
Filha de tua carne ou
rebento do lar alheio, cada criança é vida de tua vida.
Aprende a descer para
ajudá-la, como Jesus desceu até nós para redimir-nos.
Sem a recuperação da
infância para a glória do bem, todo o progresso humano continuará oscilando
nos espinheiros da ilusão e do mal.
Não duvides que, ao pé
de cada berço, Deus nos permite encontrar o próprio futuro.
De nós depende fazê-lo
trilho perigoso para a descida à sombra ou estrada sublime para ascensão à
luz.
Emmanuel / Chico Xavier
– Livro: Taça de Luz
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A prece recompõe
“E, tendo orado, moveu-se o
lugar em que estavam reunidos.” (Atos, 4:31)
Na construção de simples casa de pedra, há que despender longo esforço para
ajustar ambiente próprio, removendo óbices, eliminando asperezas e melhorando
a paisagem.
Quando não é necessário acertar o solo rugoso, é preciso, muitas vezes,
aterrar o chão, formando leito seguro, à base forte.
Instrumentos variados movimentam-se, metódicos, no trabalho renovador.
Assim também na esfera de cogitações de ordem espiritual.
Na edificação da paz doméstica, na realização dos ideais generosos, no desdobramento
de serviços edificantes, urge providenciar recursos ao entendimento geral,
com vistas à cooperação, à responsabilidade, ao processo de ação imprescindível.
E, sem dúvida, a prece representa a indispensável alavanca renovadora,
demovendo obstáculos no terreno duro da incompreensão.
A oração é divina voz do espírito no grande silêncio.
Nem sempre se caracteriza por sons articulados na conceituação verbal, mas,
invariavelmente, é prodigioso poder espiritual comunicando emoções e pensamentos,
imagens e ideias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando
concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe cumprir a tarefa a
que o Pai nos convoca.
Muitas vezes, nas lutas do discípulo sincero do Evangelho, a maioria
dos afeiçoados não lhe entende os propósitos, os amigos desertam, os
familiares cedem à sombra e à ignorância; entretanto, basta que ele se
refugie no santuário da própria vida, emitindo as energias benéficas do amor
e da compreensão, para que se mova, na direção de mais alto, o lugar em que
se demora com os seus.
A prece tecida de inquietação e angústia não pode distanciar-se dos
gritos desordenados de quem prefere a aflição e se entrega à imprudência, mas
a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola
da fé viva, recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para
a vida superior.
Livro
Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier – Lição 98
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Interatividade em tempos líquidos
O maior paradoxo da
atualidade é que vivemos num mundo inundado de informação, mas sedento de
conhecimento.
Essa afirmação foi
atribuída ao executivo estadunidense Jack Welch. Ela incita-nos a refletir
sobre a nossa situação na sociedade pós-moderna, na qual os avanços
científicos e tecnológicos ganham espaço e em que as relações humanas
tornam-se cada vez mais líquidas, conforme vislumbrado pelo sociólogo polonês
Zygmunt Bauman.
Vivemos em um mundo
movido à velocidade. Tudo é muito rápido e, cada vez mais, os acontecimentos
se dão celeremente. A atualidade é marcada por uma síndrome que se poderia
ironicamente denominar com a sigla SEI – a Síndrome do Excesso de Informação
–, que nos afugenta a uma correria desenfreada para buscas constantes e
insatisfatórias de obter mais e mais, como se abrigássemos em nossa
intimidade um “poço sem fundo” que nunca se logra satisfeito com as fugazes
conquistas ofertadas pela era pós-moderna, ora em curso.
Queremos mais,
desejamos mais, e o mundo está aparentemente pronto para nos oferecer cada
vez mais, numa insanidade quase incontrolável de aparências e ilusões.
É preciso dar uma
pausa, rebobinar o filme da nossa história, ou, randomicamente, acessar o
conteúdo informacional e a ocorrência fática que possam ter originado o que
hoje praticamente não conseguimos suportar.
Para além da
informação, que nos oferta o significado, é indispensável o conhecimento, que
promove a interpretação. Entender o sentido de tudo e conseguir interpretar a
realidade pode “abrir as portas” aos mais adequados caminhos da felicidade
geral.
A difusão dos
postulados espiritistas nos tempos hodiernos é uma necessidade inadiável para
a definitiva implantação do Reino de Deus na Terra, a começar por sua
instalação no coração de cada um de nós. Acessar a informação espírita
enquanto estivermos na caminhada terrena pode provocar a completa mudança na
forma de pensar-sentir-agir do materialista, cético, agnóstico, ateu e, até mesmo,
do religioso aberto a novidades transformadoras.
Por isso, temos o
compromisso de divulgar o Espiritismo por meio das diversas mídias
disponíveis na atualidade. São tantos os recursos de tecnologia da informação
e comunicação, facilitando a interatividade entre as pessoas,
independentemente de distâncias geográficas ou barreiras físicas, que não
podemos descurar da responsabilidade de disseminar a mensagem do Evangelho de
Jesus pelas luzes da Doutrina Espírita a todos os rincões do mundo,
iluminando mentes e consolando corações.
Os mais modernos
instrumentos de comunicações virtuais, digitais e eletrônicas, pela
vulgarização do uso da rede mundial, possibilitaram o intercâmbio entre os
povos dos diversos continentes e a aproximação dos homens pelas relações
sociais e busca de negócios econômico-financeiros ou aqueles empreendimentos
sem fins lucrativos que beneficiam o desenvolvimento das ciências e das
artes, da filosofia e da educação, das condições de vida do ser humano.
Se a informação e o
conhecimento são importantes para a evolução humana, é preciso reconhecer que
estamos hoje na era da interatividade, por meio da qual, espargindo o bem
pelas luzes do Espiritismo, conseguiremos aplicar em nossa vida a mensagem do
Cristo em toda a sua essência para a nossa plenitude e auxílio daqueles que
buscam a paz e a serenidade acalentadas no alvorecer de um mundo de
regeneração.
Com a base que o
Espiritismo nos oferece, é possível atravessar o mar da liquidez, em que a
insegurança será substituída pela certeza e as relações fugazes e
descartáveis cederão lugar aos compromissos sérios e duradouros. À
impermanência sobrevirá a imortalidade, conforme prenunciou o Espírito
Pastorino pela psicografia de Divaldo Franco.
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Geraldo Campetti - vice-presidente da Federação Espírita
Brasileira – Fonte: www.febnet.org.br
sábado, 5 de outubro de 2019
Outubro rosa
À semelhança do Setembro
Amarelo, quando houve o esforço para a prevenção do suicídio, repete-se o
Outubro Rosa com o objetivo de
prevenir-se, especialmente as mulheres, contra o câncer.
As estatísticas sobre o câncer são verdadeiramente
aterradoras, sendo a enfermidade que mais destrói existências femininas.
Todos os tipos de câncer são perigosos, especialmente o de
mama. Sutil ou brutal, surge de uma vez, quando já se encontra com metástase
em outros órgãos, ou suavemente, sem dar sinal de presença, torna-se um
ceifador perverso de vidas preciosas em todas as idades. Possui caráter
pandêmico e é cruel.
O doutor Bernie Siegel, insigne cancerologista e mestre da
Universidade de Yale (USA), afirma que o diagnóstico já constitui um fator de
gravidade, sendo responsável pela piora do paciente e mesmo pela sua
desencarnação.
Quando o enfermo o recebe, logo acredita que não poderá
recuperar a saúde e, não poucas vezes, permite-se entrar em depressão,
dificultando o tratamento.
O diagnóstico precoce, qual ocorre no extraordinário movimento
denominado Outubro Rosa, contribui
poderosamente para identificar-lhe a presença na mama, dando margem a uma
terapêutica valiosa e portadora de resultados salutares.
Após o exame realizado, a mulher já tem a tranquilidade de
constatar o seu bom estado de saúde acerca dessa enfermidade, e, sendo
registrada alguma ocorrência, pode iniciar o tratamento de imediato, assim se
facultando uma recuperação mais rápida.
Nem todas as mulheres, no entanto, preocupam-se em fazer o
autoexame de apalpar o seio e tentar encontrar alguma formação de algum
tumor, por ignorância, por medo injustificado ou mesmo por negligência...
Sempre paira a falsa ideia de que se encontra muito bem,
porque nada sente de preocupante, até quando surgem sintomas assustadores,
sendo mais complicada a recuperação.
Ademais, existem pequeníssimos pólipos cancerígenos que
somente podem ser detectados através da mamografia.
A vida física é um tesouro inimaginável, concedida por Deus
para a elevação moral e intelectual do Espírito no seu crescimento, no rumo
da Imortalidade.
Utilizar-se de todas as conquistas tecnológicas para
prolongá-la é um dever que não pode nem deve ser negligenciado.
A Misericórdia Divina proporciona o desenvolvimento científico
da Humanidade, a fim de tornar a existência mais saudável e, nas enfermidades
graves, algumas das quais irreversíveis, a contribuição para dar-lhe melhor
qualidade de vida, superando ou amenizando o sofrimento.
Saibamos, pois, cooperar com o progresso e estimulemos todas
as mulheres a manterem mais cuidado com a saúde, especialmente nestes
abençoados dias do Outubro Rosa, quando
a consciência desperta para o bem viver.
Divaldo Pereira
Franco - Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 5.10.2017 - Fonte:
www.divaldofranco.com.br
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