sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Perseveras


Tema: Necessidade incessante do bem

Persistirás no bem. Ainda mesmo que ouças prodígios acerca dos que se laurearam fora dele, perseveras... Ainda mesmo que os amigos mais estimáveis te convidem a abandoná-lo, sob o pretexto de que podes ser bom simplesmente não fazendo o mal, perseveras.
Os que se resguardam na construção da felicidade de todos são aqueles que encontram o próprio destino.
Cedo reconhecem que o homem nasce para ser útil e procuram esquecer-se.
Registram a lamentação dos que afirmam ser o mundo uma represa de lágrimas e esforçam-se para que a Humanidade compreenda a Terra, como sendo também uma casa de Deus, bafejada de sol.
Assinalam a voz dos que borboleteiam no campo das sensações, asseverando que a existência é apenas o dia que passa, e prosseguem jungidos ao arado do serviço, na certeza de que estão edificando para agora e para o futuro.
E porque resistem a seduções e tentações, fazem-se alvo das arremetidas de todos aqueles que abafaram a consciência, no lado negativo das convenções humanas, enceguecidos de vaidade ou atolados no visgo dos interesses pessoais.
Transfiguram-se, desde então, em ponto de mira para a saraivada de injúrias com que se lhes pretende barrar o pensamento em marcha renovadora ou paralisar as mãos no curso das boas obras.
Agiganta-se-lhes, porém, a fé sob o impacto da perseguição injustificada ou do ódio gratuito e trabalham mais, com mais acentuado valor.
Compadecem-se dos caluniadores, endereçando-lhes o benefício da oração, porque sabem separá-los da calúnia como se aparta um enfermo do processo infeccioso que lhe corrompe as energias.
Toleram, pacientemente, os ofensores, porquanto jazem convencidos de que a ofensa é fruto da ignorância ou, mais propriamente, da ausência de luz espiritual, e ninguém pode condenar um viajante que se arroja no pântano, quando caminha sob as trevas.
Perseveras no bem acima de todas as circunstâncias.
Sobrenadarás o dilúvio de sombras, fiel ao raio de luz que te aponta o rumo certo.
Ainda mesmo de alma relegada à solidão, persistirás no bem, recordando Jesus que esteve sozinho ao proclamar-lhe a grandeza sobre o triunfo aparente do mal, ensinando-nos a cada um que venceremos realmente o mal tão somente quando, em cada tarefa que abraçarmos, tivermos a precisa coragem de perseverar no bem até o fim.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro:  Encontro marcado

O escudo

“Embraçando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.” Paulo (Efésios, 6:16)

Ninguém se decide à luta sem aparelhamento necessário.
Não nos referimos aqui aos choques sanguinolentos.
Tomemos, para exemplificar, as realizações econômicas. Quem garantirá êxito à produção, sem articular elementos básicos, imprescindíveis à indústria? A agricultura requisita instrumentos do campo, a fábrica pede maquinaria adequada.
Na batalha de cada um é também indispensável a preparação de sentimentos. Requere-se intenso trabalho de semeadura, de cuidado, esforço próprio e disciplina.
Paulo de Tarso, que conheceu tão profundamente os assédios do mal, que lhe suportou as investidas permanentes, dentro e fora dele mesmo, recomendou usemos o escudo da fé, acima de todos os elementos da defensiva.
Somente a confiança no Poder Maior, na Justiça Vitoriosa, na Sabedoria Divina consegue anular os dardos invisíveis, inflamados no veneno que intoxica os corações. Todo trabalhador sincero do Cristo movimenta-se à frente de longa e porfiada luta na Terra. Golpes da sombra e estiletes da incompreensão cercam-no em todos os lugares. E, se a bondade conforta e a esperança ameniza, é imprescindível não esquecer que só a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.141

Discípulos do Cristo



O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI – item 3

Somos discípulos do Cristo.
Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação: – “Pai nosso que estais no céu”, esperamos que Deus se transforme em nosso escravo particular, atento às nossas ilusões e caprichos.

Somos discípulos do Cristo.
Contudo, redizendo junto a Ele as inesquecíveis palavras de submissão ao Criador: – “Seja feita a vossa vontade”, assemelhamo-nos a vulcões de imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de pequeninos desejos.

Somos discípulos do Cristo.
Entretanto, refazendo com Ele a súplica ao Pai de Infinito Amor:
– “o pão de cada dia dai-nos hoje”, reclamamos a carcaça do boi e a safra do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.

Somos discípulos do Cristo.
Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à Eterna Justiça: – “perdoai as nossas dívidas”, mentalizamos, de imediato, a melhor maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os métodos de odiar os mais fortes e oprimir os mais fracos.

Somos discípulos do Cristo.
No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia do Grande Benfeitor: – “Não nos deixeis cair em tentação”, procuramos, por nós mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício.

Somos discípulos do Cristo.
Contudo, rogando ao Todo Poderoso, junto do Inefável Companheiro:
– “livrai-nos de todo mal”, construímos canhões e fabricamos bombas mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.

Somos discípulos do Cristo.
Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses escusos, olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo, a parte do leão.

É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos incrédulos, que ensinam sem crer e pregam sem praticar, trazendo o cérebro luminoso e o coração amargo.

E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de toda espécie – aflitiva colheita de velhos males –, cada qual de nós tem necessidade de prosternar-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do Evangelho, guardando n’alma o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou semimorto, a exorar em contraditória rogativa:
– “Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade!”

Jacinto Fagundes / Chico Xavier – Livro: O Espírito da Verdade

Fatos e Personalidades espíritas do mês de agosto


Divaldo Franco agradece as orações após operação



Em vídeo gravado na tarde do dia 3 de agosto, o médium e orador Divaldo Franco agradece emocionado as mensagens e preces feitas por ele neste período em que se submeteu a uma cirurgia em São Paulo.

Bezerra de Menezes




Agosto é marcado pelo nascimento de Adolfo Bezerra de Menezes e a UEM aproveita a oportunidade para divulgar durante todo esse mês, trechos de falas importantes desse benfeitor.


quarta-feira, 29 de julho de 2020

A importância da Evangelização infantil


A criança é um Espírito reencarnado, uma alma que recomeça uma nova existência na carne.

Como ser espiritual, traz toda uma bagagem acumulada ao longo de sua trajetória evolutiva. Seu destino é a perfeição de que é suscetível e, para isso, conta com o tempo necessário, pois seu esforço de aperfeiçoamento não se circunscreve apenas a uma existência terrena.

No corpo e fora dele, dá continuidade ao seu aperfeiçoamento e à sua caminhada na conquista da felicidade.

Precisamos entender bem a função própria do período infantil para avaliarmos a real importância da Evangelização Espírita Infantojuvenil.

A principal finalidade de o Espírito nascer criança outra vez é ser educado novamente.

“Nessa fase é que se lhe pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores” Allan Kardec (O Livro dos Espíritos, questão 385).

As impressões positivas que recebe durante a infância podem ser determinantes em sua existência atual e até em próximas vidas.

Exatamente por causa do estado de semiconsciência do Espírito encarnado num corpo infantil, suas barreiras de defesa psíquica estão neutralizadas: ele está brando, mais receptivo, mais maleável, mais aberto a todas as influências.

Daí a importância da Evangelização Espírita, pois evangelizar é preparar o ser humano para enfrentar todos os momentos e adversidades da vida nos postulados do Evangelho.

É o único meio de cultivar no Espírito da criança, desde o alvorecer da vida, o entendimento da prática das boas obras, a aquisição da moral e do saber, para que ela atinja o crepúsculo físico consciente de suas conquistas espirituais, conhecendo a si mesma e situando-se no Universo como colaborador da Divindade Suprema.

Quando Jesus nos recomendou não desprezar os pequeninos, esperava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e à vestimenta. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação.

A criança é o sorriso do futuro na face do presente. Evangelizá-la é, pois, espiritualizar o porvir, legando-lhe a lição clara e pura do ensinamento cristão, a fim de que, verdadeiramente, viva o Cristo nas gerações de amanhã.

Sob a ótica da doutrina espírita, devemos entender que, na juventude, o indivíduo já deixou de ser criança, mas ainda não é adulto.

Ele está numa outra fase de seu desenvolvimento, etapa difícil, marcada por mudanças de ordem biológica, psicológica, social e necessita, mais do que nunca, de orientação e amparo para que possa estar bem consigo, com o próximo e com Deus, conforme nos instrui Kardec em O Livro dos Espíritos, questão 385: “Na adolescência o espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era”. Allan Kardec

É um período de reorganização que se inicia, na maioria das vezes, com contestações, rebeldias, rupturas, inquietações, podendo passar por transgressões, para desembocar numa reflexão sobre os valores que o cercam sobre o mundo e sobre a sua existência.

É preciso saber um pouco da história de vida do adolescente para conhecer suas potencialidades e dificuldades. Esse conhecimento facilita o diálogo entre adolescente, evangelizador e grupo.

No jovem, ainda é possível corrigir, compensar falhas e deficiências da infância, mas no adulto a tarefa de remodelação é normalmente muito mais difícil.

O homem será o que de sua infância se faça.

A criança é sementeira que aguarda, o jovem é campo fecundado, o adulto é seara em produção.

Desse modo, conforme a qualidade da semente, teremos a colheita.

Saibamos cuidar de nossos jovens, moldando-lhes o caráter e a personalidade, sob as diretrizes dos ensinamentos do Cristo à luz da Doutrina Espírita e estaremos, assim, contribuindo para a formação de adultos mais equilibrados e conscientes de suas responsabilidades diante da construção do Mundo do terceiro milênio.

O caminho pode ser longo. Estamos sempre por chegar, construindo e reconstruindo. Trata-se de um caminhar continuo repleto de descobertas e surpresas.

Assim é o trabalho: cheio de possibilidades e de reconstruções. As sementes deixadas germinarão a seu tempo.

Os frutos, talvez não os possamos colher, mas sabemos que lá estarão para serem colhidos.

Trabalhamos para estabelecer bases para a compreensão e vivência dos valores morais calcados nas leis de Deus, e essa compreensão e vivência precisam de tempo para construir-se e consolidar-se.

Material IV Encontro de Evangelizadores – FEB
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
A Educação segundo o Espiritismo – Dora Incontri