segunda-feira, 25 de janeiro de 2021
sábado, 23 de janeiro de 2021
Deveres espíritas - O grande Mandamento
“Chegou um dos escribas e, tendo ouvido a discussão e vendo que Jesus lhes havia respondido bem, fez-lhe esta pergunta: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? Respondeu Jesus: O primeiro é; Ouve, ó Israel: O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um só; e amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes. Disse-lhe o escriba: Na verdade, Mestre, disseste bem que Ele é um; e não há outro senão Ele; e que o amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios. Vendo Jesus que ele havia falado sabiamente, disse-lhe: Não estás longe do Reino de Deus. E ninguém mais ousava interrogá-lo.”
(Marcos, XII, 28-34)
Três
são os deveres indispensáveis à criatura humana: 1° para com Deus; 2° para
consigo mesmo; 3° para com seu próximo. Nisto resumiu Jesus a lei e os
Profetas.
Sendo
Deus o autor de nossa existência, o nosso verdadeiro Pai, devemos dedicar,
primeiramente a Deus, todos os nossos haveres, a nossa própria Vida.
Os
deveres do homem estão em relação com o seu grau de adiantamento, com as suas
aptidões físicas, intelectuais e psíquicas.
Ninguém
pode dar senão o que tem, mas é fora de dúvida que devemos dar a Deus tudo o
que temos. E como os haveres que dedicamos a Deus são retribuídos com
centuplicados juros, cumpre-nos aproveitar todas essas dádivas para proveito
próprio e em proveito do próximo.
É
do cumprimento desses deveres que começa a felicidade.
Satisfeitos
os deveres que temos para com Deus, ocorre-nos tratar daqueles que se relacionam
com a nossa própria individualidade. É claro que essas obrigações são de
natureza material, intelectual e espiritual.
O
homem veio à Terra para progredir e esse progresso depende do bom emprego que
faça do tempo para zelar do seu corpo, proporcionando-lhe a natural manutenção,
e cultivar o espírito, oferecendo-lhe luzes: luzes de Vida Eterna; luzes de
sabedoria verdadeira; luzes de moral perfeita.
O
corpo é um intermediário para as recepções e manifestações exteriores; é
preciso que o tratemos e nos utilizemos dele como quem trata e se utiliza de
uma máquina para executar o trabalho de que está encarregado.
O
Espiritismo abrange a parte material e a parte psíquica do indivíduo; exige
tratamento do corpo e cultivo do Espírito, sem detrimento um do outro.
Pela
mesma maneira nos cumpre fazer para com o nosso próximo.
Próximo
é aquele que se aproxima de nós, seja em corpo, seja em Espírito:
Há
próximos que estão longe de nós e próximos que estão perto.
Na
esfera do Espírito prevalece a lei da similaridade. No terreno da matéria a lei
da atração.
Os
principais próximos são os que nos estão ligados pela lei da afinidade
psíquica.
Os
próximos secundários são os que se valem de nós para suprir a sua necessidade;
necessidade de ordem material ou de ordem espiritual, porque os nossos deveres
para com o próximo, para com nós mesmos e para com Deus são de ordem material e
espiritual.
O
homem que cumpre o seu dever, a nada mais fica obrigado. Quando o homem faz o
que pode, Deus faz por ele o que ele por si mesmo não pode fazer.
Feliz
daquele que faz tudo o que pode e deve fazer, pois esse é o bom emprego do
talento para aquisição de outros tantos talentos.
Três
são os deveres indispensáveis do homem: para com Deus, para consigo mesmo, para
com o seu próximo.
O
preceito é este: ama a Deus; ama a ti mesmo; ama ao teu próximo; instrui-te e
procura instruir teu próximo. Faze tudo isso de todo o teu entendimento, de
todo o teu coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças.
Não há
outro mandamento.
Caibar Schutel – Livro: Parábolas e ensinos de Jesus
Assim como
“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” Jesus (João, 20:21)
Todo
cristão sincero sabe como o Senhor Supremo enviou à Terra o Embaixador Divino.
Fê-lo
nascer na manjedoura singela.
Deu-lhe
trabalho construtivo na infância.
Conferiu-lhe
deveres pesados, na preparação, com prece e jejum no deserto.
Inspirou-lhe
vida frugal e simples.
Não
lhe permitiu o estacionamento em alegrias artificiais.
Conduziu-o
ao serviço ativo no bem de todos. Inclinou-lhe o coração para os doentes e
necessitados.
Enviou-o
ao círculo de pecadores contumazes. Induziu-o a banquetear-se com pessoas
consideradas de má vida, para que o seu amor não fosse uma joia de luxo e sim o
clima abençoado para a salvação de muitos.
Fê-lo
ensinar o bem e praticá-lo entre os paralíticos e cegos, leprosos e loucos, de
modo a beneficiá-los.
E,
ao término de sua missão sublime, deu-lhe a morte na cruz, entre ladrões, com o
abandono dos amigos, sob perseguição e desprezo, para que as criaturas aprendessem
o processo de sacrifício pessoal, como garantia de felicidade, a caminho da
ressurreição do homem interior na vida eterna.
Foi
assim que o Supremo Pai enviou à Terra o Filho Divino e, nesse padrão, podemos
entender o que Jesus desejava dizer quando asseverou que expediria mensageiros
ao mundo nas mesmas normas.
Assim,
pois, o cristão que aspira a movimentar-se entre facilidades terrestres,
certamente ainda não acordou para a verdade.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 165
Prece da união
Senhor
Jesus, concedeste-nos o abençoado caminho da união contigo, desde a manjedoura
iluminada até a ressurreição divina, com passagem pela cruz do trabalho e da
renunciação, da fé viva e do testemunho santificante. Viajores que somos na
estrada redentora que a tua misericórdia nos desdobra, no campo da vida eterna,
rogamos-te, ainda, luz para as nossas sombras, certeza para as nossas dúvidas,
esclarecimento às nossas hesitações!
Auxilia-nos
a aceitar o roteiro que teu amor infinito nos traça a benefício da paz e da felicidade
de nós mesmos...
Que
o sacrifício seja para nós uma bênção, a luta uma escola de aperfeiçoamento
sublime, o serviço a oportunidade salvadora, o obstáculo o ensinamento maior, o
sofrimento um mestre sábio e eficaz; que as nossas dores sejam emissárias de
alegrias, que os espinhos da estrada permaneçam adornados de flores para os
nossos corações e que os percalços e lágrimas da senda constituam renovadas
esperanças para nossa alma sequiosa de tua luz!...
Assim
te suplicamos, porque a nossa união é alegria para os tristes, vitória para os
vencidos, consolo para os desesperados, sementeira de imperecível ventura para
quantos prosseguem à retaguarda, aspirando a um mundo melhor!...
Desse
modo, Senhor, agradecendo-te a caridade divina da paz com que nos felicitas a
alma, neste dia de abençoada luz, esperamos que o teu amor viva em nós
infinitamente e que a tua misericórdia nos acompanhe, em todos os passos da
redenção espiritual, convictos, quanto estamos, de que em ti encontramos o
Caminho, a Verdade e a Vida com eterna libertação.
Cumpra-se
em nós a tua vontade, hoje e sempre.