Leia conosco em nosso boletim especial de Natal:
Louvor do Natal – Emmanuel
Ante o Evangelho: Advento do Espírito de Verdade
Poema: Natal – Irene Ferreira de Souza Pinto
Na instrumentalidade – Fonte Viva 84
Oração do Natal – Casimiro Cunha
Leia conosco em nosso boletim especial de Natal:
Louvor do Natal – Emmanuel
Ante o Evangelho: Advento do Espírito de Verdade
Poema: Natal – Irene Ferreira de Souza Pinto
Na instrumentalidade – Fonte Viva 84
Oração do Natal – Casimiro Cunha
Reunião pública de 18/12/59
Questão nº 1.017
Senhor Jesus!
Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores
haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.
Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em
que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e
a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.
Levantavam-se, poderosos, em palácios
fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após,
esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.
Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e
permaneceste lembrado para sempre.
Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os
tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e
ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria
para o clima do lar.
Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à
verdadeira fraternidade.
Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de
tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes,
cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste
com a multidão, sem propaganda condicionada.
No entanto, ninguém conhece o nome das crianças
que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste
na via pública!
A História, que homenageava Júlio César,
discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não
te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a
presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “O cego Bartimeu”, “o
homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, “a mulher Cananeia”,
“o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e
Maria”...
Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem
cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás
diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à
humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem
violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de
todos.
É por isso que, emocionados, recordando-te a
manjedoura, repetimos em prece:
– Salve, Cristo! Os que aspiram a conquistar
desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te
glorificam e te saúdam!...
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Religião dos Espíritos
Grande bolo à mesa.
A árvore linda em festa.
O brilho da noite empresta;
Regozijo ao coração...
É como se a Natureza
Trouxesse Belém de novo
Para os júbilos do povo
Em doce fulguração.
Tudo é bênção que se enflora,
De envolta na melodia
Da luminosa alegria
Que te beija e segue além...
Mas se reparas, lá fora,
O quadro que tumultua,
Verás quem passa na rua
Sem ânimo e sem ninguém.
Contemplarás pequeninos
De faces agoniadas,
Pobres mães desesperadas,
Doentes em chaga e dor...
E, ajudando aos peregrinos
Da esperança quase morta,
Talvez enxergues à porta
O Mestre pedindo amor.
É sim!... É Jesus que volta
Entre os pedestres sem nome,
Dando pão a quem tem fome,
Luz às trevas, roupa aos nus!
Anjo dos Céus sem escolta,
Embora a expressão serena,
Tem nas mãos com que te acena
Os tristes sinais da cruz.
Natal! Reparte o carinho
Que te envolve a noite santa
Veste, alimenta e levanta
O companheiro a chorar.
E, na glória do caminho
Dos teus gestos redentores,
Recorda por onde fores
Que o Cristo nasceu sem
lar.
Irene Ferreira
de Souza Pinto
Médium: Francisco Cândido Xavier – Livro: Antologia dos Imortais
MESTRE Amado,
agradecemos,
Em teu Natal de Alegria,
A paz que nos anuncia
A vida superior...
Por nossa esperança em
festa,
Pelo pão, pelo agasalho,
Pelo suor do trabalho,
Louvado sejas,
Senhor!...
Envoltos na luz da
prece,
Louvamos-te os dons
supremos,
Nas flores que te
trazemos,
Cantando de gratidão!...
Felizes e reverentes,
Rogamos-te, Doce Amigo,
A bênção de estar
contigo
No templo do coração.
Casimiro Cunha / Chico Xavier - Livro: Os dois maiores amores
“Como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?” Paulo (I Coríntios, 14:7)
Cada companheiro de
serviço cristão deveria considerar-se instrumento nas mãos do Divino Mestre, a
fim de que a sublime harmonia do Evangelho se faça irrepreensível para a
vitória completa do bem.
Todavia, se a Ilimitada
sabedoria do Celeste Emissor se mantém soberana e perfeita, os receptores
terrenos pecam por deficiências lamentáveis.
Esse tem fé, mas não
sabe tolerar as lacunas do próximo.
Aquele suporta cristãmente
as fraquezas do vizinho, contudo, não possui energia nem mesmo para governar os
próprios impulsos.
Aquele outro é bondoso e
confiante, mas foge ao estudo e à meditação, favorecendo a ignorância.
Outro, ainda, é
imaginoso e entusiasta, entretanto, escapa sutilmente ao esforço dos braços.
Um é conselheiro
excelente, no entanto, não santifica os próprios atos.
Outro retém brilhante
verbo na pregação doutrinária, todavia, é apaixonado cultor de anedotas menos
dignas com que desfigura o respeito à revelação de que é portador.
Esse estima a castidade
do corpo, mas desvaira-se pela aquisição de dinheiro fácil.
Outro, mais além,
conseguiu desprender-se das posses de ouro e terra, casa e moinho, mas cultiva
verdadeiro incêndio na carne.
É indiscutível a nossa
imperfeição de seguidores da Boa Nova.
Por isso mesmo,
guardamos o título de aprendizes.
O Planeta não é o
paraíso terminado e achamo-nos, por nossa vez, muito distantes da angelitude.
Todavia, obedecendo ou
administrando, ensinando ou combatendo, é indispensável afinar o nosso
instrumento de serviço pelo diapasão do Mestre, se não desejamos prejudicar-lhe
as obras.
Evitemos a execução
insegura, indistinta ou perturbadora, oferecendo-lhe plena boa vontade na
tarefa que nos cabe, e o Reino Divino se manifestará mais rapidamente onde
estivermos.
Venha ler conosco: https://mailchi.mp/63e8edf4076d/bem-aventurados-os-pacificadores
Bem-aventurados os
pacificadores – Rodolfo Calligaris
Ante o Evangelho: Advento
do Espírito de Verdade
Poema: Quando Jesus
pregava – Wenceslau José de Oliveira Queiroz
Avancemos além – Fonte Viva
83
Oração: Carta a Jesus –
Caibar Schutel
Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
“A paz vos deixo, a minha paz vos dou”, disse Ele, pouco antes de sua morte. “Não
vo-la dou como o mundo a dá”, isto é, sob a forma de armistício, frágil e
incerto, cuja estabilidade pode romper-se a qualquer momento, mas sim em
caráter firme e absoluto.
Esse dom da graça divina, entretanto, para que
se estabeleça em nossa alma, impregnando-a de suave beatitude, exige condições de
receptividade, ou seja, a extinção do orgulho e de todos os desejos egoístas,
porquanto são esses sentimentos inferiores que inspiram todas as discórdias e
promovem todas as lutas que se verificam na face da Terra.
Sim, para que esse carisma seja uma realidade em
nossa vida, mister se faz despertemos nossa consciência espiritual, libertemo-nos
das ilusões do plano físico e identifiquemo-nos com as verdades do Mundo Maior;
sem essa experiência, haveremos de ser, sempre, criaturas agitadas e
descontentes, em permanente desarmonia com nós mesmos e com aqueles que nos
cruzam o caminho.
Enquanto não haja pacificação individual,
enquanto os homens não se sentirem harmonizados intimamente, os conflitos exteriores,
tanto no recinto doméstico, como no campo social, hão de subsistir, fatalmente,
sendo baldados todos os recursos que se empreguem para aboli-los.
Bem-aventurado aquele que, numa busca pessoal,
ingente, descubra o seu Cristo interno e, renunciando ao seu pequenino ego humano,
unifique-se com Ele, passando a viver, não mais com mira no próprio proveito,
mas desejando ardentemente vir a ser um veículo pelo qual o Amor divino possa
chegar até os seus irmãos. Esse terá encontrado a “pérola preciosa” de
que nos fala a parábola evangélica, e desde então, na posse desse tesouro inapreciável,
gozará de uma paz e uma alegria perfeitas, que nenhum sucesso vindo de fora
será capaz de perturbar.
Alcançado esse estado de alma, dominará o
ambiente exterior e, onde quer que se encontre, mesmo sem dizer palavra, simplesmente
com sua presença, influirá beneficamente sobre os que o rodeiam.
Junto a si, mercê das forças espirituais
superiores que irradia, todos se sentirão aliviados, tranquilos e seguros; uma
indizível sensação de calma e bem-estar descerá qual orvalho sobre os corações
desgostosos e conturbados.
Os seguidores do Cristo devem dar-se a conhecer
pelos esforços que empreendam em favor da paz.
Sejam, pois, nossos pensamentos, palavras e
ações, uma contribuição constante no sentido de erradicar do mundo (começando
primeiramente por nós) a inveja, as suspeitas, o ódio, a vingança e o espírito
de contenda.
Se assim o fizermos, se adquirirmos a
qualificação de pacificadores, mereceremos ser chamados “filhos de Deus”,
bem como a glória de ser participantes da paz celestial. (Mateus, 5:9.)
Rodolfo Calligaris – Livro: O Sermão da Montanha
“Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina do Cristo, prossigamos até à perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas.” Paulo (Hebreus, 6:1)
Aceitar o poder de
Jesus, guardar certeza da própria ressurreição além da morte, reconfortar-se ante
os benefícios da crença, constituem fase rudimentar no aprendizado do
Evangelho.
Praticar as lições
recebidas, afeiçoando a elas nossas experiências pessoais de cada dia,
representa o curso vivo e santificante.
O aluno que não se
retira dos exercícios no alfabeto nunca penetra o luminoso domínio mental dos
grandes mestres.
Não basta situar nossa
alma no pórtico do templo e aí dobrar os joelhos reverentemente; é
imprescindível regressar aos caminhos vulgares e concretizar, em nós mesmos, os
princípios da fé redentora, sublimando a vida comum.
Que dizer do operário
que somente visitasse a porta de sua oficina, louvando-lhe a grandeza, sem,
contudo, dedicar-se ao trabalho que ela reclama? Que dizer do navio
admiravelmente equipado, que vivesse indefinidamente na praia sem navegar?
Existem milhares de
crentes da Boa Nova nessa lastimável posição de estacionamento. São quase
sempre pessoas corretas em todos os rudimentos da doutrina do Cristo. Creem,
adoram e consolam-se, irrepreensivelmente; todavia, não marcham para diante, no
sentido de se tornarem mais sábias e mais nobres. Não sabem agir, nem lutar e
nem sofrer, em se vendo sozinhas, sob o ponto de vista humano.
Precavendo-se contra
semelhantes males, afirmou Paulo, com profundo acerto: — “Deixando os
rudimentos da doutrina de Jesus, prossigamos até à perfeição, abstendo-nos de
repetir muitos arrependimentos, porque então não passaremos de autores de obras
mortas.”
Evitemos, assim, a
posição do aluno que estuda... e jamais se harmoniza com a lição, recordando
também que se o arrependimento é útil, de quando em quando, o arrepender-se a
toda hora é sinal de teimosia e viciação.