sábado, 31 de dezembro de 2022

O CEJG deseja a todos um excelente 2023!

 


Mais Luz - Edição 611 - 01/01/2023


Confira conosco nesta edição especial: https://mailchi.mp/2624961d2ce6/ano-novo

 

Ano Novo - Irmão X

Ante o Evangelho: Advento do Espírito de Verdade

Poema: Carta de Ano Bom

Impedimentos – Fonte Viva 85

Oração no Ano Novo - Joanna de Ângelis



Ano Novo

 


Quando o desvelado orientador chegou ao Planeta, encaminhando o aprendiz à experiência nova, o lar estava em festa, na celebração do Ano Novo.

Músicas alegres embalavam a casa, flores festivas enfeitavam a mesa lauta. Riam-se os jovens e as crianças, enquanto os velhos bebiam vinhos de júbilo.

O devotado amigo abraçou o tutelado e falou:

- Nova existência, meu filho, é qual Ano Novo. Enche-se o coração das esperanças mais belas. Troca-se o passado pelo presente. Rejubila-se a alma na oportunidade bendita.

Promessas divinas florescem no coração.

O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. Não esqueças, todavia, que a concessão de um tesouro é título de confiança e toda confiança traduz responsabilidade. Tanto prejudica a obra de Deus o avarento que restringe a circulação dos valores, como o perdulário que os dissipa, olvidando obrigações sagradas.

O tempo, desse modo, é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. Na terra a maioria dos homens não chegou ainda a compreendê-lo.

Os ignorantes perdem-no.

Os loucos matam-no.

Os maus envenenam-no.

Os indiferentes zombam dele.

Os vaidosos confundem-no.

Os velhacos enganam-no.

Os criminosos perturbam-no.

Riem-se dele os pândegos.

Os mentirosos ridicularizam-no.

Os tolos esquecem-no.

Os ociosos combatem-no.

Os tiranos abusam dele.

Os irônicos menosprezam-no.

Os arbitrários dominam-no.

Os revoltados acusam-no.

Aproveitam-no os trabalhadores fiéis.

O tempo, contudo, meu filho, pertence ao Senhor e ninguém pode subverter a ordem de Deus.

É por isso que, ao fim da existência, cada um recebe conforme usou o divino patrimônio.

Vale-te, pois, da oportunidade nova, sem olvidares o dever, convicto de que ninguém falará ou agirá no mundo, em vão.

O homem precipita-se. O tempo espera. O primeiro experimenta. O segundo determina.

Se atingires a alegria de recomeçar, alcançarás, igualmente, o dia de acertar.

Lembra-te de que o tempo ensinará aos ignorantes.

Anulará os loucos.

Envenenará os maus.

Zombará dos indiferentes.

Confundirá os vaidosos.

Esclarecerá os velhacos.

Perturbará os criminosos.

Surpreenderá os pândegos.

Ridiculizará os mentirosos.

Corrigirá os tolos.

Combaterá os ociosos.

Ferirá os tiranos.

Menosprezará os irônicos.

Prenderá os arbitrários.

Acusará os revoltados.

Compensará os trabalhadores fiéis.

Calou-se o venerável ancião.

Havia risos à mesa doméstica, expectativa no candidato à reencarnação, sorrisos paternais no velhinho experiente.

O sábio abraçou novamente o discípulo e despediu-se rematando:

- Não te esqueças de que o tempo é generoso nas concessões e justo nas contas. Vai, porém, meu filho, e não temas.

Nesse instante, à maneira do homem, cheio de esperanças, que penetra o Ano Novo, o aprendiz reingressou na onda do nascimento.

Irmão X / Chico Xavier – Livro: Pontos e contos

Impedimentos

 

“Deixemos todo impedimento e pecado que tão de perto nos rodeiam e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.” (Hebreus, 12:1)

 

O grande apóstolo da gentilidade figura o trabalho cristão como sendo uma carreira da alma, no estádio largo da vida.

Paulo, naturalmente, em recorrendo a essa imagem, pensava nos jogos gregos de sua época e, sem nos referirmos ao entusiasmo e à emulação benéfica que devem presidir semelhante esforço, recordemos tão-somente o ato inicial dos competidores.

Cada participante do prélio despia a roupagem exterior para disputar a partida com indumentária tão leve quanto possível.

Assim, também, na aquisição de vida eterna, é imprescindível nos desfaçamos da indumentária asfixiante do espírito.

É necessário que o coração se faça leve, alijando todo fardo inútil.

Na claridade da Boa Nova, o discípulo encontra-se à frente do Mestre, investido de obrigações santificantes para com todas as criaturas.

As inibições contra a carreira vitoriosa costumam aparecer todos os dias. Temo-las, com frequência, nos mais insignificantes passos do caminho.

A cada hora surge o impedimento inesperado.

É o parente frio e incompreensivo.

A secura dos corações ao redor de nós.

O companheiro que desertou.

A mulher que desapareceu, perseguindo objetivos inferiores.

O amigo que se iludiu nas ilhas de repouso, deliberando atrasar a jornada.

O cooperador que a morte levou consigo.

O ódio gratuito.

A indiferença aos apelos do bem.

A perseguição da maldade.

A tormenta da discórdia.

A Boa Nova, porém, oferece ao cristão a conquista da glória

divina.

Se quisermos alcançar a meta, ponhamos de lado todo impedimento e corramos, com perseverança, na prova de amor e luz que nos está proposta.

 

 Emmanuel / Chico Xavier – Fonte Viva – FEB – cap. 085

Oração no Ano Novo


Senhor Jesus!

Ante as promessas do ano que se inicia, não nos permitas que esqueçamos aqueles com quem nos honraste o caminho iluminativo:

As mães solteiras, desesperadas, a quem prometemos o pão do entendimento;

As crianças delinquentes que nos buscaram com a mente em desalinho;

Os calcetas que, vencidos em si mesmos, nos feriram e retornaram às nossas portas;

Os enfermos solitários, que nos fitaram, confiantes em nosso auxílio;

Os esfaimados e desnudos que chegaram até nossas parcas provisões;

Os mutilados e tristes, ignorantes e analfabetos, que nos visitaram, recordando-nos de Ti...

Sabemos, Senhor, o pouco valor que temos, identificamo-nos com o que possuímos intimamente, mas, contigo, tudo podemos e fazemos. Ajuda-nos a manter o compromisso de amar-Te, amando neles toda a família universal em cujos braços renascemos.

*

“Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedidos vos será o que pedirdes”.

(Marcos, 11:24)

*

“Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a lhe inspirar ideias sãs”.

(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 27 — Item 11)

 

Joanna de Ângelis / Divaldo Franco - Livro: Florações Evangélicas 

sábado, 24 de dezembro de 2022

Mais Luz - Edição 610 - 25/12/2022

 

Leia conosco em nosso boletim especial de Natal:

https://mailchi.mp/aa404df2640f/louvor-do-natal 


Louvor do Natal – Emmanuel

Ante o Evangelho: Advento do Espírito de Verdade

Poema: Natal – Irene Ferreira de Souza Pinto

Na instrumentalidade – Fonte Viva 84

Oração do Natal – Casimiro Cunha


quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Louvor do Natal

Reunião pública de 18/12/59

Questão nº 1.017

 

Senhor Jesus!

Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.

Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.

Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.

Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.

Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.

Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.

Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.

No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!

A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “O cego Bartimeu”, “o homem de mão mirrada”, “o servo do centurião”, “o mancebo rico”, “a mulher Cananeia”, “o gago de Decápolis”, “a sogra de Pedro”, “Lázaro, o irmão de Marta e Maria”...

Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.

É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:

– Salve, Cristo! Os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!...

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Religião dos Espíritos 

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Natal


Grande bolo à mesa.

A árvore linda em festa.

O brilho da noite empresta;

Regozijo ao coração...

É como se a Natureza

Trouxesse Belém de novo

Para os júbilos do povo

Em doce fulguração.

 

Tudo é bênção que se enflora,

De envolta na melodia

Da luminosa alegria

Que te beija e segue além...

Mas se reparas, lá fora,

O quadro que tumultua,

Verás quem passa na rua

Sem ânimo e sem ninguém.

 

Contemplarás pequeninos

De faces agoniadas,

Pobres mães desesperadas,

Doentes em chaga e dor...

E, ajudando aos peregrinos

Da esperança quase morta,

Talvez enxergues à porta

O Mestre pedindo amor.

 

É sim!... É Jesus que volta

Entre os pedestres sem nome,

Dando pão a quem tem fome,

Luz às trevas, roupa aos nus!

Anjo dos Céus sem escolta,

Embora a expressão serena,

Tem nas mãos com que te acena

Os tristes sinais da cruz.

 

Natal! Reparte o carinho

Que te envolve a noite santa

Veste, alimenta e levanta

O companheiro a chorar.

E, na glória do caminho

Dos teus gestos redentores,

Recorda por onde fores

Que o Cristo nasceu sem lar.

 

Irene Ferreira de Souza Pinto

 

Médium: Francisco Cândido Xavier – Livro: Antologia dos Imortais