quarta-feira, 12 de outubro de 2022
quinta-feira, 29 de setembro de 2022
Allan Kardec: O homem e o missionário
Quanto mais perscrutamos a vida de Allan Kardec,
mais e melhor compreendemos a grandeza desse preclaro Espírito elegido por Deus
para construir a Nova Era da Humanidade.
Membro atuante da equipe de O Consolador,
reencarnou trazendo insculpido na mente e no coração o compromisso grandioso de
que soube desincumbir-se com elegância e inusitado êxito.
Desde muito jovem, atraído pelo conhecimento
intelectual, encontrou no insigne mestre Pestalozzi o amoroso e sábio modelador
do seu caráter de escol e burilador da sua fulgurante inteligência, que o
preparou para o grave cometimento de que se fez notável missionário.
Antes de iniciar o ministério para o qual viera,
mourejou na atividade grandiosa da educação, compreendendo que somente se pode
forjar uma sociedade feliz quando ela se torna educada.
A sua Escola de Primeiro Grau, fundada em Paris,
no ano de 1825 e a Instituição Rivail, também em Paris, criada em 1826, foram o
abençoado terreno onde aplicou o notável método do seu ilustre mestre,
facultando à cultura francesa ampliar os seus horizontes pedagógicos,
considerando a criança e o jovem como a meta prioritária a atender.
A sua contribuição, nesse campo, dele fez credor
do melhor respeito dos seus cômpares na área da educação, inclusive favorecendo-o
com uma distinção, entre muitas outras, que lhe foi outorgada pela Academia de
Arras, ao tempo em que assinalou a cultura com a modernização da metodologia do
ensino, aplicando-a à obra de construção da sociedade esclarecida.
Honrado e sensível ao reto cumprimento dos
deveres, consorciou-se com a nobre desenhista e poetisa Amélie-Gabrielle Boudet,
que lhe foi devotada esposa e cooperadora infatigável no seu abençoado
sacerdócio, antes, durante e depois da sua entrega total à obra de renovação da
Humanidade sob as luzes libertadoras do Evangelho de Jesus.
Espírito incorruptível, não apresentava jaça no
seu caráter diamantino, o que o tornou vítima de familiar desonesto que, por pouco,
não o levou a dolorosa falência, exigindo-lhe esforços hercúleos para manter o
nome ilibado durante e depois da refrega afugente.
Indubitavelmente era-lhe necessária essa rude
prova, a fim de que as paixões e ambições mundanas que por acaso nele remanescessem,
cedessem lugar, no momento próprio, às aspirações e conquistas da
Espiritualidade plenificadora.
Nunca se permitiu repouso desnecessário durante
as ásperas lutas que travou na defesa da sua honra, do seu lar e do ideal que
abraçava.
Quando chamado a tomar conhecimento do lucilar
das estrelas espirituais que desciam à Terra, preparando a Era do Espírito Imortal,
em momento algum abdicou do bom senso ou da razão, investigando com seriedade e
firmeza cada fato, toda e qualquer ocorrência.
Manteve sempre o comportamento de estudioso muito
sério, mas não crédulo, a respeito das informações recebidas do Mundo espiritual,
passando as observações pelo crivo da Ciência e da lógica, de maneira que, ao
codificar a Doutrina dos Espíritos, conseguiu apresentar uma das maiores
sínteses do conhecimento de que se tem notícia em todos os tempos.
Portador de conduta impecável, comedido e
sóbrio, soube selecionar as informações recebidas e os médiuns de que se faziam
portadores, de maneira que, ao serem apresentadas ao mundo científico e
filosófico com a sua moral religiosa de bronze, destituída de dogmatismo e de
superstições, tem podido enfrentar a razão face a face desde então, o mesmo
acontecendo em relação às futuras épocas da Humanidade.
Em pleno Século das Luzes, enfrentou diatribes e
perseguições gratuitas em face da audácia de pensar e de agir fora dos padrões estabelecidos
pela hipocrisia social, desenhando com vigor o programa que deveria viger no
futuro, quando a sociedade esclarecida e liberta de tabus, superstições e
dogmas, contemplasse o Espiritismo como a resposta sábia dos Céus às contínuas
e dolorosas interrogações da Terra.
Mantendo incessante contato com os Espíritos
nobres que conduzem a Terra ao seu fanal de progresso e felicidade, soube apresentar-lhes
as questões mais palpitantes do pensamento, abrangendo os mais diversos
segmentos da cultura, de forma que todos os indivíduos pudessem mergulhar o
pensamento e o coração nas lições recebidas, encontrando orientação e segurança
para a marcha ditosa no processo da reencarnação.
Jamais jactou-se em face do compromisso abraçado
ou desviou-se do roteiro traçado, entregando-se ao trabalho gigantesco com
total regime de abnegação, de forma que, no momento da sua desencarnação a Obra
estivesse, se não concluída, pelo menos estruturada para enfrentar os vendavais
da Ciência e da Tecnologia do futuro.
Simples e cordial, jamais se fez vulgar ou
simplório, mantendo os seus amigos e correligionários no mais alto grau da
amizade e da consideração, sabendo distender mãos generosas, fraternas e caridosas
aos sofredores que lhe solicitassem ou não ajuda.
Com a sensibilidade aguçada, sempre descobria a
dor oculta para socorrê-la, minimizando os sofrimentos de todos quantos se lhe
acercavam com as moedas que adquirem o medicamento, o pão e o agasalho, mas
também com o conhecimento espírita que ilumina para sempre.
Portador de resistência física, moral e
intelectual férrea, trabalhava infatigavelmente, atendendo a correspondência
volumosa procedente de diversos países, a elaboração, correção e edição da
Revue Spirite, ao tempo em que dava continuidade à preparação e publicação das
obras que sucederam ao O Livro dos Espíritos, corrigindo-as, ampliando-as e
comentando-as com lucidez invulgar.
Quando o corpo tombou, vitimado pela desencarnação,
deixou a incomparável tarefa de que se fizera apóstolo, de tal forma consolidada,
que cento e quarenta e sete anos depois, nada se lhe pode acrescentar, corrigir
ou adaptar ante as descobertas dos tempos e da cultura modernos.
Sem nenhum interesse encomiástico, afirmamos que
Allan Kardec insere-se no contexto dos homens e mulheres mais sábios do século
XIX, devendo ser considerado membro da galeria dos notáveis de toda a história
da Humanidade.
Ao serem programadas as festividades
comemorativas do nascimento do ínclito discípulo de Jesus, que veio
à Terra no dia 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, na França, os espíritas
sinceros e os simpatizantes do Espiritismo mais não fazem que render tributo ao
Espírito missionário que foi Allan Kardec, o Embaixador de Jesus e das hostes
espirituais, encarregado de materializar no mundo físico O Consolador que fora
prometido.
Igualmente, nós, os Espíritos-espíritas,
associamo-nos aos companheiros de lide doutrinária recordando o lutador invencível
do Evangelho, que soube reviver os tempos apostólicos nos padrões do
conhecimento e da cultura dos seus dias, legando-nos a magnificente doutrina
que é o Espiritismo, na sua totalidade de Ciência que investiga, de Filosofia
que responde com sabedoria as interrogações e de Religião que ilumina,
conduzindo o Espírito consciente das suas responsabilidades a Deus.
Glória, pois, a ti, Allan Kardec! Os
beneficiários do teu esforço grandioso, encarnados e desencarnados, saudamos-te
e homenageamos-te, rogando ao Criador que te abençoe sempre e sem cessar!
Vianna de Carvalho / Divaldo Franco – Livro: Espiritismo e Vida
domingo, 18 de setembro de 2022
domingo, 14 de agosto de 2022
sábado, 7 de maio de 2022
sábado, 2 de abril de 2022
2 de abril – aniversário de Chico Xavier
Francisco Cândido Xavier nasceu no dia 02 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais, em uma família humilde com nove irmãos.
Uma das personalidades mais lembradas e
admiradas no país foi considerado o maior e mais importante médium do mundo.
Psicografou mais de 450 livros com mais de 50 milhões de exemplares vendidos em
português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, francês,
alemão, italiano, entre outros idiomas, tornando-se o escritor brasileiro de
maior sucesso comercial da história.
Mediunidade
de Chico Xavier
Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria
se manifestado em tenra idade, quando ele dizia ver e ouvir os espíritos. Na
escola, sentia a presença desses amigos auxiliando-o nas tarefas habituais.
Embora receoso de ser rotulado de louco por conversar com os espíritos
desencarnados, não sabia explicar como os fenômenos aconteciam.
Em 07 de maio de 1927, aos 17 anos, participou
de sua primeira reunião espírita. No dia 08 de julho iniciou o seu trabalho de
psicografias, recebendo muitas poesias e mensagens publicadas em jornais e
revistas. Até que em 1931, teve seu primeiro encontro com Emmanuel, que deu-lhe
algumas orientações básicas para o trabalho que deveria iniciar.
Chico mudou para Uberaba em 1959, ano em que
iniciou suas atividades mediúnicas em reunião pública na Comunhão Espírita
Cristã, começando daí em diante a peregrinação das visitas de alguns lares
carentes aos sábados, transformando a cidade em um polo de atração de inúmeros
visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior.
O primeiro livro “Parnaso de Além-Túmulo”,
publicado pela FEB, fora lançado no ano de 1932, com a participação de vários
espíritos e, em 1943, veio a público um dos livros mais populares da literatura
espírita, o romance Nosso Lar, o mais vendido da série André Luiz com mais de dois
milhões de exemplares, tornando-se filme em 2010.
Maior
audiência da história
Em 1970, o médium participou de programas de
televisão que alcançaram picos de audiência. No dia 28 de julho de 1971, Chico
concedeu entrevista ao programa Pinga Fogo da extinta TV Tupi, onde conseguiu a
maior audiência da história da TV brasileira, ao relatar de forma clara e segura
as verdades do mundo espiritual.
Citações
de Chico Xavier:
Que
a força do bem nos proteja
Que a força do bem nos proteja, nos guie e,
sobretudo, mantenha intacta a nossa capacidade de acreditar no próximo e se
encantar com tudo aquilo que ainda pode florescer diante de nós.
Remédio
para todos os males
Discutir não alimenta. Reclamar não resolve.
Revolta não auxilia. Desespero não ilumina. Tristeza não leva a nada. Lágrimas
não substituem suor. Irritação intoxica. Calúnia responde sempre com o pior.
Para todos os males, só existe um medicamento de eficiência comprovada:
continuar na paz, compreendendo, ajudando, aguardando o concurso sábio do
tempo, na certeza de que o que não for bom para os outros não será bom para
nós.
Conta
com Deus
Não te queixes. Trabalha. Não te desculpes.
Aceita. Não te lastimes. Age. Não provoques. Silencia. Não acuses. Ampara. Não
te irrites. Desculpa. Não grites. Pondera e explica. Não reclames. Coopera. Não
condenes. Socorre. Não perturbes. Espera. Nada exija dos outros. Conta sempre
com Deus.
Não
sou um espírito triste
Às vezes eu fico triste, mas graças a Deus, não
sou um espírito triste. A alegria passa por cima de qualquer situação e o bom
humor nos ensina a não dar aos acontecimentos infelizes maior importância que
eles tenham.
Os centros espíritas fundados por Chico Xavier, “Casa da Prece”
e “Comunhão Espírita Cristã” em Uberaba e “Centro Espírita Luiz Gonzaga” em
Pedro Leopoldo, continuam funcionando e realizando muitas assistências de
caridade.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
sábado, 2 de outubro de 2021
sexta-feira, 1 de outubro de 2021
Homenagem a Allan Kardec
As exuberantes claridades do Século das Luzes não foram
suficientes para arrancar a criatura humana do materialismo e do pessimismo.
Enquanto as Escolas de pensamento se debatiam nas rudes procelas do cepticismo
e da negação, apoiadas sobre os alicerces do mecanicismo científico, afirmando
a morte do ser no momento da anóxia cerebral, igualmente alargavam-se os
horizontes da investigação em torno da personalidade e do comportamento, da psique
e da saúde mental, tentando-se compreender a estrutura profunda do inconsciente
e da sua constituição neurológica.
Teorias grandiosas apareciam com entusiasmo e emurcheciam
dominadas por outras não menos esdrúxulas, que deslumbravam as mentes aturdidas
e cansadas do Deus teológico e arbitrário, que atemorizava e punia sem
compaixão em nome do amor que preconizava em Seu nome.
Pensadores cristãos sinceros, não obstante, proclamavam a
necessidade de uma releitura do Evangelho baseados na necessidade de uma
renovação moral fundamentada em Deus e liberdade. Espíritos notáveis
reencarnados, quais Lamennais, Lacordaire e outros lídimos servidores do Bem,
após iniciarem a nova era do pensamento cristão através do seu periódico
L'Avenir, convidando os teólogos e estudiosos católicos a uma revisão dos
textos evangélicos e aplicação mais consentânea com os dias de então, viram o
seu órgão ser fechado pela intolerância clerical, em tentativa cruel de
silenciar-lhes a voz, mas não desistindo de dar prosseguimento à luta em favor
de uma sociedade feliz e realmente cristã conforme os postulados enunciados e
vividos por Jesus.
Dessa forma, pairava na psicosfera cultural da França e
do mundo, algo de extraordinário que deveria acontecer para alterar
completamente e por definitivo a conduta religiosa que se debatia nos
estertores da obstinação medieval, sobrevivente a todos os avançados passos do
conhecimento existente. Eram os prenúncios da chegada do Espiritismo, cujos
missionários responsáveis pelo ministério já se encontravam reencarnados uns,
enquanto os outros preparavam a instalação da Nova Era.
O materialismo vigoroso era a resposta das conquistas
logradas nos laboratórios e da reação filosófica de homens e mulheres que não
mais se submetiam aos ditames escravocratas das paixões que produziam o
fanatismo religioso, sempre distante da realidade, porém, dominante e perverso.
A razão, naqueles dias, libertava-se dos grilhões do
magister dixit e a severa vigilância na literatura que somente podia proclamar
aquilo que estivesse sob os ditames da revisão religiosa autorizada pelo
Imprimatur da Igreja começava a perder força e poder. O panfletismo e as
impressões desautorizadas sacudiam as mentes e os corações que aspiravam por
liberdade abrindo os horizontes da fé para novas conceituações e procedimentos.
Foi nesse báratro que surgiu O Livro dos Espíritos,
publicado pela coragem moral e cultural de Allan Kardec, graças ao compromisso
estabelecido com o Sr. Dentu e mantido pela sua viúva Sra. Mélanie, que lhe
honrou a memória, ensejando a impostergável revisão e reestudo da doutrina de
Jesus sob a óptica da Razão e da Ciência, confirmando a indestrutibilidade do
Espírito, a sua comunicabilidade com os seres humanos, a reencarnação, e
apresentando a ética-moral que ressuma do Seu Evangelho, e que se encontrava
mergulhada no abismo da ignorância e dos interesses subalternos.
Com as novas propostas espíritas, os camartelos do bom
senso e da investigação abriram as carcomidas bases das religiões dominantes,
facultando novas incursões filosóficas na interpretação dos textos de Jesus e
dos Seus discípulos, que trouxeram coragem e alegria de viver aos milhões de
sofredores aquartelados nos sombrios redutos da ignorância, do medo ou do
desespero e da revolta...
O Espiritismo veio confirmar a promessa de O Consolador
proposta por Jesus antes de despedir-se dos amigos, com os notáveis
instrumentos da investigação científica e do pensamento ético, ensejando a
religião do amor e da razão, únicos requisitos que podem oferecer resistência
contra o mal e a perversidade histórica sempre presente nos comportamentos
humanos.
Inesperadamente, face ao cinismo e à vulgaridade que o
materialismo propunha ao comportamento com expressões hedonistas desgastantes,
sentindo-se aturdido e desestruturado, levantou-se para exterminar o
Espiritismo utilizando-se do ridículo que antes dirigia aos clérigos e
religiosos outros para atingir os médiuns, que eram acusados de charlatães ou
de psicopatas, não ocultando os estertores agônicos em que se estorcegava.
Enquanto os religiosos levantavam bandeiras de nova caça
às bruxas, repetindo os desgastados refrões medievais, de intervenção demoníaca
na sua conduta, o cepticismo orgulhoso e vão ridicularizava a mediunidade e os
espíritas utilizando-se de epítetos chulos e mesquinhos, para subestimarem a
nova revolução que ignoravam, não tendo a coragem cultural de se dedicarem ao
seu estudo e análise. É sempre mais fácil combater o que se ignora, mantendo-se
na presunçosa figuração de sapiente do que reconhecer os próprios limites,
avançando sempre no rumo de enobrecida erudição. Isto porque, o conhecimento
que realmente liberta, impõe conduta compatível com as informações constatadas
exigindo radical mudança dos hábitos doentios e primários com os quais se
encontra acostumado o indivíduo, para galgar um patamar mais elevado de
comportamento, que exige esforço, porém compensa pela plenitude que propicia.
O Espiritismo é uma ciência de profundas consequências
ético-morais por estruturar-se na compreensão de uma filosofia existencial
estribada no comportamento saudável. De nada adiantaria o conhecimento da
imortalidade da alma e os efeitos da sua conduta terrestre, se não
proporcionasse uma alteração real na maneira de ser do indivíduo que lhe
assimila os paradigmas. Exige, portanto, expressivo esforço do seu adepto para
se adequar aos seus impositivos doutrinários.
Sobrevivendo ao Século das Luzes que pôde mais clarear
com as estrelas fulgurantes das suas propostas, venceu sobranceiro o Século da
Ciência e da Tecnologia, sem que qualquer um dos seus postulados sofresse
alteração ou fosse superado, antes confirmados pelas diferentes áreas da
investigação científica, seja na Física Quântica, quanto na Biologia Molecular,
na Psicologia Transpessoal, quanto na Embriogenia, havendo enfrentado as mais
avançadas conquistas revolucionárias dos últimos tempos quais os transplantes
de órgãos, a criogenia, a clonagem, a fecundação in vitro, a virusterapia... É
o maior adversário da eutanásia, do aborto criminoso, da pena de morte, do
suicídio, das guerras, sempre de pé contra o direito humano de matar, avançando
estoico pelos caminhos do Terceiro Milênio com as suas propostas libertadoras e
nobres, construindo o homem mais saudável, integral e a sociedade feliz por
todos anelados.
Dessa forma, recordando o ínclito Codificador Allan
Kardec, que abriu a cortina da Nova Era com o seu caráter invulgar de homem de
bem, de erudição e de dignidade, nós, os Espíritos-espíritas agradecemos a sua
contribuição e valor, por haver sido o excelente instrumento do Mundo
espiritual para a Humanidade no momento mais grave do pensamento histórico de
todos os tempos.
Vianna de Carvalho – Página psicografada pelo médium
Divaldo P. Franco, na noite de 4 de junho de 2001, em Paris, França
Fonte: http://www.divaldofranco.com.br
sábado, 28 de agosto de 2021
sábado, 7 de agosto de 2021
sábado, 8 de maio de 2021
domingo, 18 de abril de 2021
sexta-feira, 2 de abril de 2021
segunda-feira, 8 de março de 2021
domingo, 17 de janeiro de 2021
sábado, 14 de novembro de 2020
Manoel Philomeno de Miranda
Manoel
Philomeno de Baptista de Miranda nasceu no dia 14 de novembro de 1876, em
Jangada, Município do Conde, no Estado da Bahia. Foram seus pais Manoel
Baptista de Miranda e Umbelina Maria da Conceição.
Mais
conhecido como Philomeno de Miranda, diplomou-se pela Escola Municipal da Bahia
(hoje Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia),
colando grau na turma de 1910, como ‘Bacharel em Comércio e Fazenda’. Exerceu sua profissão com muita probidade,
sendo um exemplo de operosidade no campo profissional. Ajudava sempre aqueles
que o procuravam, pudessem ou não retribuir os seus serviços. Foi tão grande em
sua conduta, como na modéstia.
Em
1914, foi debilitado por uma enfermidade pertinaz, e tendo recorrido a diversos
médicos, sem qualquer resultado positivo, foi curado pelo médium Saturnino
Favila, na cidade de Alagoinhas, com passes e água fluidificada, complementando
a cura com alguns remédios da Flora Medicinal.
Nessa
época, indo a Salvador, conheceu José Petitinga, que o convidou a frequentar a
União Espírita Baiana. A partir daí, Philomeno de Miranda interessou-se pelo
estudo e prática do Espiritismo, tornando-se um dos mais firmes adeptos de seus
ensinamentos. Fiel discípulo de Petitinga, foi autêntico diplomata no trato com
o Movimento Espírita da Bahia, com capacidade para resolver todos os assuntos
pertinentes às Casas Espíritas. A serviço da causa, visitava periodicamente as
Sociedades Espíritas, da Capital e do Interior, procurando soluções para
qualquer dificuldade.
Delicado,
educado, porém decidido na luta, não dava trégua aos ataques descabidos,
arremetidos por religiosos e cientistas que tentavam destruir o trabalho dos
espíritas. Na União Espírita Baiana (hoje Federação Espírita do Estado da
Bahia), exerceu os cargos de 2º Secretário, de 1921 a 1922, e de 1º Secretário,
de 1922 a 1939, juntamente com José Petitinga e uma plêiade de grandes
trabalhadores.
Dedicou-se
com muito carinho às reuniões mediúnicas, especialmente, às de
desobsessão. Achava imprescindível que
as instituições espíritas se preparassem convenientemente para o intercâmbio
espiritual, sendo de bom alvitre que os trabalhadores das atividades
desobsessivas se resguardassem ao máximo, na oração, na vigilância e no
trabalho superior. Salientava a importância do trabalho da caridade, para se
precaverem de sofrer ataques das entidades que se sentem frustradas nos planos
nefastos de perseguições. É o caso de muitas Casas Espíritas que, a título de
falta de preparo, se omitem dos trabalhos mediúnicos.
Mesmo
modesto, não pôde impedir que suas atividades sobressaíssem nas diversas
frentes de trabalho que empreendeu em favor da Doutrina. Na literatura escreveu
Resenha do Espiritismo na Bahia e Excertos que justificam o Espiritismo, que
publicou omitindo o próprio nome. Em resposta ao Padre Huberto Rohden, publicou
um opúsculo intitulado Por que sou Espírita.
Philomeno
de Miranda foi eleito Presidente da União Espírita Baiana, em substituição a
José Petitinga, quando este desencarnou, em 25 de março de 1939, em Salvador.
Por mais de vinte e quatro anos consecutivos, Miranda vinha trabalhando na
Federativa, em especial, na administração, no socorro espiritual como grande
doutrinador, e nos serviços da caridade, zelando sempre pelo bom nome da
Doutrina, com todo o desvelo de que era possuído. Sofrendo do coração, subia as
escadas a fim de não faltar às sessões, sempre animado e sorrindo. Queria
extinguir-se no seu cumprimento.
Seu
desencarne ocorreu no dia 14 de julho de 1942. Na antevéspera, o devotado
trabalhador da Seara do Cristo, impossibilitado de comparecer fisicamente à
lide na Federativa Espírita Baiana, assim o disse, segundo relata A. M. Cardoso
e Silva: “Agora sim! Não vou porque não posso mais. Estou satisfeito porque
cumpri o meu dever. Fiz o que pude... o que me foi possível. Tome conta dos
trabalhos, conforme já determinei.”
Querido
de quantos o conheceram , até o último instante demonstrou a firmeza da
tranquilidade dos justos, proclamando e testemunhando a grandeza imortal da
Doutrina Espírita.
TRABALHO
COM DIVALDO FRANCO
O
médium Divaldo Pereira Franco relata como conheceu e conviveu com o amoroso
Benfeitor, Philomeno de Miranda:
“Numa
das viagens a Pedro Leopoldo, no ano de 1950, Chico Xavier psicografou para mim
uma mensagem ditada pelo Espírito José Petitinga, e no próximo encontro, uma
outra ditada pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Eu era muito jovem e,
como é compreensível, fiquei muito sensibilizado. Guardei as mensagens, bebi
nelas a inspiração, permanecendo confiante em Deus.
“No
ano de 1970, no mês de janeiro, apareceu-me o Espírito Manoel Philomeno de
Miranda, dizendo que, na Terra, havia trabalhado na União Espírita Baiana,
atual Federação, tendo exercido vários cargos, dedicando-se, especialmente à
tarefa do estudo da mediunidade e da desobsessão.
“Quando
chegou ao Mundo Espiritual, foi estudar em mais profundidade as alienações por
obsessão e as técnicas correspondentes da desobsessão.
“Fora
uma pessoa que, no mundo, se dedicava à escrituração mercantil, portanto afeito
a uma área de informações de natureza geral sobre o comércio.
“Mas,
tendo convivido muito com Petitinga, que foi um beletrista famoso, um grande
latinista, amigo íntimo de Carneiro Ribeiro - que também se notabilizou pela
réplica e tréplica com Ruy Barbosa - ele, Miranda, houvera aprimorado os
conhecimentos linguísticos que levara da Terra, com vistas a uma programação de
atividades para a Doutrina Espírita, pela mediunidade, no futuro.
“Convidado
por Joanna de Ângelis, para trazer o seu contributo em torno da mediunidade, da
obsessão e desobsessão, ele ficou quase trinta anos realizando estudos e
pesquisas e elaborando trabalho que mais tarde iria enfeixar em livros.
“Ao
me aparecer, então, pela primeira vez, disse-me que gostaria de escrever por
meu intermédio.
“Levou-me
a uma reunião, no Mundo Espiritual, onde reside, e ali mostrou-me como eram
realizadas as experiências de prolongamento da vida física através de
transfusão de energia utilizando-se do perispírito. Depois de uma convivência
de mais de um mês, aparecendo-me diariamente para facilitar o intercâmbio psíquico
entre ele e mim, começou a escrever ‘Nos Bastidores da Obsessão’, que são
relatos, em torno da vida espiritual, das técnicas obsessivas e de
desobsessão.”
A
partir daí, seguiram-se outros livros sobre o problema obsessivo, classificado
por Philomeno de Miranda como “tormentoso flagício social”. Nos seus livros,
caracterizados e lidos como “romances”, encontra-se meticuloso exame da
mediunidade atormentada e das patologias obsessivas, em páginas de profundo
teor didático que permitem ao leitor melhor compreensão da narrativa central.
Além
de Nos Bastidores da Obsessão, ditou ao médium Divaldo Pereira Franco as
seguintes obras: Grilhões Partidos, Nas Fronteiras da Loucura, Loucura e
Obsessão, Trilhas da Libertação, Painéis da Obsessão, Temas da Vida e da Morte,
Tramas do Destino, Sexo e Obsessão, Tormentos da Obsessão e Entre os Dois
Mundos.
Philomeno
de Miranda foi amigo de Leopoldo Machado, patrocinando grandes conferências
desse inesquecível trabalhador, que deixou um marco de luz em sua passagem pela
Terra.
Extraído
do site da UEM
Fontes:
-
Antônio Souza Lucena, in “Reformador”, nov/1990;
-
Adilton Pugliese, in “A Obsessão: Instalação e Cura”, LEAL, 1998;
-
“O Espírita Mineiro”, nº 288, nov./dez./2005.
sábado, 7 de novembro de 2020
A visão de Eurípedes Barsanulfo - vídeo
No dia 1º de novembro completou-se 102 anos da desencarnação de Eurípedes Barsanulfo. Vale a pena rever o encontro dele com o Cristo, neste vídeo que conta uma história emocionante vivida por este pioneiro do Espiritismo no País, em trecho extraído do livro A vida escreve, de Hilário Silva, da FEB Editora.
Confira!
Fonte: febnet.org.br