Mostrando postagens com marcador Fonte Viva. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fonte Viva. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Entendamo-nos

 

“Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros.” — Pedro. (1 Pedro, 4:8)

 

Não existem tarefas maiores ou menores. Todas são importantes em significação.

Um homem será respeitado pelas leis que implanta, outro será admirado pelos feitos que realiza. Mas o legislador e o herói não alcançariam a evidência em que se destacam, sem o trabalho humilde do lavrador que semeia o campo e sem o esforço apagado do varredor que contribui para a higiene da via pública.

Não te isoles, pois, no orgulho com que te presumes superior aos demais.

A comunidade é um conjunto de serviço, gerando a riqueza da experiência. E não podemos esquecer que a harmonia dessa máquina viva depende de nós.

Quando pudermos distribuir o estímulo do nosso entendimento e de nossa colaboração com todos, respeitando a importância do nosso trabalho e a excelência do serviço dos outros, renovar-se-á a face da Terra, no rumo da felicidade perfeita.

Para isso, porém, é necessário nos devotemos à assistência recíproca, com ardente amor fraterno…

Amemos a nossa posição na ordem social, por mais singela ou rudimentar, emprestando ao bem, ao progresso e à educação as nossas melhores forças.

Seremos compreendidos na medida de nossa compreensão.

Vejamos nosso próximo, no esforço que despende, e o próximo identificar-nos-á nas tarefas a que nos dedicamos.

Estendamos nossos braços aos seres que nos cercam e eles nos responderão com o melhor que possuem.

O capital mais precioso da vida é o da boa vontade. Ponhamo-lo em movimento e a nossa existência estará enriquecida de bênçãos e alegrias, hoje e sempre, onde estivermos.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 122

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Busquemos a luz

 

“Toda escritura inspirada por Deus é proveitosa… para instrução na justiça.” — Paulo. (2 Timóteo, 3:16)

 

Procura a ideia pelo valor que lhe é próprio.

Quando a moeda comum te vem às mãos, não indagas de onde proveio.

Ignoras se procede da casa de um homem justo ou injusto, se esteve, antes, a serviço de um santo ou de um malfeitor.

Conhecendo-lhe a importância, sabes conservá-la ou utilizá-la, com senso prático, porque aprendeste a perceber nela o selo da autoridade que te orienta a luta humana.

O dinheiro é uma representação do poder aquisitivo do governo temporal a que te submetes e, por isso, não lhe discutes a origem, respeitando-o e aproveitando-o, na altura das possibilidades com que se apresenta.

Na mesma base, surgem as ideias renovadoras e edificantes.

Por que exigir sejam elas subscritas, em sua exposição, por nossos parentes ou amigos particulares, a fim de que produzam o efeito salutar que esperamos delas em nós e ao redor de nós?

Toda página consoladora e instrutiva é dádiva do Alto.

Não importa que os pensamentos nela corporificados tenham vindo por intermédio do Espírito de nossos pais terrestres ou de nossos filhos na carne, de nossos afeiçoados ou de nossos companheiros.

O essencial é o proveito que nos possa oferecer.

O dinheiro com que adquires o pão de hoje pode ter passado ontem pelas mãos do teu adversário maior, mas não deixa de ser uma bênção para a garantia de tua sustentação, pelo valor de que se reveste.

Assim também, a mensagem de qualquer procedência, que nos induza ao bem ou à verdade, é sempre valiosa e santa em seus fundamentos, porque, usando-a em nossa alma e em nossa experiência, podemos adquirir os talentos eternos da sabedoria e do amor, por tratar-se de recurso salvador nascido da infinita misericórdia de nosso Pai Celestial.

Busquemos a luz onde se encontre e a treva não nos alcançará.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 121



quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Assim será

 

“Assim é aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” — Jesus. (Lucas, 12:21)

 

Guardarás inúmeros títulos de posse sobre as utilidades terrestres, mas se não és senhor de tua própria alma, todo o teu patrimônio não passará de simples introdução à loucura.

Multiplicarás, em torno de teus pés, maravilhosos jardins da alegria juvenil, entretanto, se não adquires o conhecimento superior para o roteiro de amanhã, a tua mocidade será a véspera ruidosa da verdadeira velhice.

Cobrirás com medalhas honoríficas o teu peito, aumentando a série dos admiradores que te aplaudem, mas, se a luz da reta consciência não te banha o coração, assemelhar-te-ás a um cofre de trevas, enfeitado por fora e vazio por dentro.

Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a tua casa terrena, imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores artísticos, contudo, se não possuis na intimidade do lar a harmonia que sustenta a felicidade de viver, o teu domicílio será tão somente um mausoléu adornado.

Empilharás moedas de ouro e prata, à sombra das quais falarás com autoridade e influência aos ouvidos do próximo, todavia, se os teus haveres não se dilatam, em forma de socorro e trabalho, estímulo e educação, em favor dos semelhantes, és apenas um viajor descuidado, no rumo de pavorosas desilusões.

Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a fama, reverenciar-te-ão a presença física na Terra, mas, se não trazes contigo os valores do bem, ombrearás com os infelizes, em marcha imprevidente para as ruínas do desencanto.

Assim será “todo aquele que ajunta tesouros para si, sem ser rico para com Deus”.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 120


quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Eia agora

 

“Eia agora, vós que dizeis… amanhã…” — (Tiago, 4:13)

 

Agora é o momento decisivo para fazer o bem.

Amanhã, provavelmente…

O amigo terá desaparecido.

A dificuldade estará maior.

A moléstia terá ficado mais grave.

A ferida, possivelmente, mostrar-se-á mais crescida de extensão.

O problema talvez surja mais complicado.

A oportunidade de ajudar não se fará repetida.

A boa semente plantada agora é uma garantia da produção valiosa no porvir.

A palavra útil, pronunciada sem detença, será sempre uma luz no quadro em que vives.

Se desejas ser desculpado de alguma falta, aproxima-te agora daqueles a quem feriste e revela o teu propósito de reajustamento.

Se te propões auxiliar o companheiro, ajuda-o sem demora para que a bênção de teu concurso fraterno responda às necessidades de teu irmão, com a desejável eficiência.

Não durmas sobre a possibilidade de fazer o melhor.

Não te mantenhas na expectativa inoperante, quando podes contribuir em favor da alegria e da paz.

A dádiva tardia tem gosto de fel.

“Eia agora.” — Diz-nos o Evangelho, na palavra apostólica.

Adiar o bem que podemos realizar é desaproveitar o tempo e furtar do Senhor.


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 119


quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Em nossas tarefas

 

“… Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes.” — Paulo. (Romanos, 12:16)

 

“Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes.” — Recomenda o apóstolo, sensatamente.

Muitos aprendizes do Evangelho almejam as grandes realizações de um dia para outro…

A coroa da santidade…

O poder da cura…

A glória do conhecimento superior…

As edificações de grande alcance…

Entretanto, aspirar só por si não basta à realização.

Tudo, nos círculos da Natureza, obedece ao espírito de sequência.

A árvore vitoriosa na colheita passou pela condição do arbusto frágil.

A catarata que move poderosas turbinas é um conjunto de fios d’água no nascedouro.

Imponente é o projeto para a construção de uma casa nobre, no entanto, é indispensável o serviço da picareta e da pá, do tijolo e da pedra, para que a arte e o reconforto se exprimam.

Abracemos os deveres humildes com devoção ao nosso ideal de progresso e triunfo.

Por mais árdua e mais simples a nossa obrigação, atendamo-la com amor.

A palavra de Paulo é sábia e justa, porque, escalando com firmeza as faixas inferiores do monte, com facilidade lhe conquistamos o cimo e, aceitando de boa vontade as tarefas pequeninas, as grandes tarefas virão espontaneamente ao nosso encontro.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 118



quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Possuímos o que damos

 “É mais bem-aventurado dar do que receber.” — Paulo. (Atos, 20:35)

 

Quando alguém se refere à passagem evangélica que considera a ação de dar mais alta bem-aventurança que a ação de receber, quase todos os aprendizes da Boa Nova se recordam da palavra “dinheiro”.

Sem dúvida, em nos reportando aos bens materiais, há sempre mais alegria em ajudar que em ser ajudado, contudo, é imperioso não esquecer os bens espirituais que, irradiados de nós mesmos, aumentam o teor e a intensidade da alegria em torno de nossos passos.

Quem dá recolhe a felicidade de ver a multiplicação daquilo que deu.

Oferece a gentileza e encorajarás a plantação da fraternidade.

Estende a bênção do perdão e fortalecerás a justiça.

Administra a bondade e terás o crescimento da confiança.

Dá o teu bom exemplo e garantirás a nobreza do caráter.

Os recursos da Criação são distribuídos pelo Criador com as Criaturas, a fim de que em doação permanente se multipliquem ao Infinito.

Serás ajudado pelo Céu, conforme estiveres ajudando na Terra.

Possuímos aquilo que damos.

Não te esqueças, pois, de que és mordomo da vida em que te encontras.

Cede ao próximo algo mais que o dinheiro de que possas dispor. Dá também teu interesse afetivo, tua saúde, tua alegria e teu tempo e, em verdade, entrarás na posse dos sublimes dons do amor, do equilíbrio, da felicidade e da paz, hoje e amanhã, neste mundo e na vida eterna.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 117



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Ir e ensinar

 “Portanto, ide e ensinai…” — Jesus. (Mateus, 28:19)

 

Estudando a recomendação do Senhor aos discípulos, — ide e ensinai, — é justo não olvidar que Jesus veio e ensinou.

Veio da Altura Celestial e ensinou o caminho de elevação aos que jaziam atolados na sombra terrestre.

Poderia o Cristo haver mandado a lição por emissários fiéis… poderia ter falado brilhantemente, esclarecendo como fazer…

Preferiu, contudo, para ensinar com segurança e proveito, vir aos homens e viver com eles, para mostrar-lhes como viver no rumo da perfeição.

Para isso, antes de tudo, fez-se humilde e simples na Manjedoura, honrou o trabalho e o estudo no lar e, em plena atividade pública, foi o irmão providencial de todos, amparando a cada um, conforme as suas necessidades.

Com indiscutível acerto, Jesus é chamado o Divino Mestre.

Não porque possuísse uma cátedra de ouro…

Não porque fosse o dono da melhor biblioteca do mundo…

Não porque simplesmente exaltasse a palavra correta e irrepreensível…

Não porque subisse ao trono da superioridade cultural, ditando obrigações para os ouvintes…

Mas sim porque alçou o próprio coração ao amor fraterno e, ensinando, converteu-se em benfeitor de quantos lhe recolhiam os sublimes ensinamentos.

Falou-nos do Eterno Pai e revelou-nos, com o seu sacrifício, a justa maneira de buscá-lo.

Se te propões, desse modo, cooperar com o Evangelho, recorda que não basta falar, aconselhar e informar.

“Ide e ensinai”, na palavra do Cristo, quer dizer “ide e exemplificai para que os outros aprendam como é preciso fazer”.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 116



sábado, 29 de julho de 2023

Guardemos lealdade

 

“Além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.” — Paulo. (1 Coríntios, 4:2)

 

Vivamos cada dia fazendo o melhor ao nosso alcance.

Se administras, sê justo na distribuição do trabalho.

Se legislas, sê fiel ao bem de todos.

Se espalhas os dons da fé, não te descuides das almas que te rodeiam.

Se ensinas, sê claro na lição.

Se te devotas à arte, não corrompas a inspiração divina.

Se curas, não menosprezes o doente.

Se constróis, atende à segurança.

Se aras o solo, faze-o com alegria.

Se cooperas na limpeza pública, abraça na higiene o teu sacerdócio.

Se edificaste um lar, sublima-o para as bênçãos de amor e luz, ainda mesmo que isso te custe aflição e sacrifício.

Não te inquietes por mudanças inesperadas, nem te impressione a vitória aparente daqueles que cuidam de múltiplos interesses, com exceção dos que lhes dizem respeito.

Recorda o Olhar Vigilante da Divina Providência que nos observa todos os passos.

Lembra-te de que vives, onde te encontras, por iniciativa do Poder Maior que nos supervisiona os destinos e guardemos lealdade às obrigações que nos cercam. E, agindo incessantemente na extensão do bem, no campo de luta que a vida nos confia, esperemos por novas decisões da Lei a nosso respeito, porque a própria Lei nos elevará de Plano e nos sublimará as atividades no momento oportuno.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 115


segunda-feira, 17 de julho de 2023

Embainha tua espada

 “Embainha tua espada…” — Jesus. (João, 18:11)

A guerra foi sempre o terror das nações.

Furacão de inconsciência, abre a porta a todos os monstros da iniquidade por onde se manifesta. O que a civilização ergue, ao preço dos séculos laboriosos de suor, destrói com a fúria de poucos dias.

Diante dela, surgem o morticínio e o arrasamento, que compelem o povo à crueldade e à barbaria, através das quais aparecem dias amargos de sofrimento e regeneração para as coletividades que lhe aceitaram os desvarios.

Ocorre o mesmo, dentro de nós, quando abrimos luta contra os semelhantes…

Sustentando a contenda com o próximo, destruidora tempestade de sentimentos nos desarvora o coração. Ideais superiores e aspirações sublimes longamente acariciados por nosso Espírito, construções do presente para o futuro e plantações de luz e amor, no terreno de nossas almas, sofrem desabamento e desintegração, porque o desequilíbrio e a violência nos fazem tremer e cair nas vibrações do egoísmo absoluto que havíamos relegado à retaguarda da evolução.

Depois disso, muitas vezes devemos atravessar aflitivas existências de expiação para corrigir as brechas que nos aviltam o barco do destino, em breves momentos de insânia…

Em nosso aprendizado cristão, lembremo-nos da palavra do Senhor:

— “Embainha tua espada…”

Alimentando a guerra com os outros, perdemo-nos nas trevas exteriores, esquecendo o bom combate que nos cabe manter em nós mesmos.

Façamos a paz com os que nos cercam, lutando contra as sombras que ainda nos perturbam a existência, para que se faça em nós o reinado da luz.

De lança em riste, jamais conquistaremos o bem que desejamos.

A cruz do Mestre tem a forma de uma espada com a lâmina voltada para baixo.

Recordemos, assim, que, em se sacrificando sobre uma espada simbólica, devidamente ensarilhada, é que Jesus conferiu ao homem a bênção da paz, com felicidade e renovação.

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 114


segunda-feira, 10 de julho de 2023

Busquemos o melhor

 “Por que reparas o argueiro no olho de teu irmão?” — Jesus. (Mateus, 7:3)

 

A pergunta do Mestre, ainda agora, é clara e oportuna.

Muitas vezes, o homem que traz o argueiro num dos olhos traz igualmente consigo os pés sangrando. Depois de laboriosa jornada na virtude, ele revela as mãos calejadas no trabalho e tem o coração ferido por mil golpes da ignorância e da inexperiência.

É imprescindível habituar a visão na procura do melhor, a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia que nos é própria.

Comumente, pelo vezo de buscar bagatelas, perdemos o ensejo das grandes realizações.

Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados à margem por nossa irreflexão, em muitas circunstâncias simplesmente porque são portadores de leves defeitos ou de sombras insignificantes do pretérito, que o movimento em serviço poderia sanar ou dissipar.

Nódulos na madeira não impedem a obra do artífice e certos trechos empedrados do campo não conseguem frustrar o esforço do lavrador na produção da semente nobre.

Aproveitemos o irmão de boa vontade, na plantação do bem, olvidando as nugas que lhe cercam a vida.

Que seria de nós se Jesus não nos desculpasse os erros e as defecções de cada dia?

E, se esperamos alcançar a nossa melhoria, contando com a benemerência do Senhor, por que negar ao próximo a confiança no futuro?

Consagremo-nos à tarefa que o Senhor nos reservou na edificação do bem e da luz e estejamos convictos de que, assim agindo, o argueiro que incomoda o olho do vizinho, tanto quanto a trave que nos obscurece o olhar, se desfarão espontaneamente, restituindo-nos a felicidade e o equilíbrio, através da incessante renovação.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 113



segunda-feira, 3 de julho de 2023

Que farei?

  “Que farei?” — Paulo. (Atos, 22:10)

 

Milhares de companheiros aproximam-se do Evangelho para o culto inveterado ao comodismo.

Como dominarei? — Interrogam alguns.

Como descansarei? — Indagam outros.

E os rogos se multiplicam, estranhos, reprováveis, incompreensíveis…

Há quem peça reconforto barato na carne, quem reclame afeições indébitas, quem suspire por negócios inconfessáveis e quem exija recursos para dificultar o serviço da paz e do bem.

A pergunta do apóstolo Paulo, no justo momento em que se vê agraciado pela Presença Divina, é padrão para todos os aprendizes e seguidores da Boa Nova.

O grande trabalhador da Revelação não pede transferência da Terra para o Céu e nem descamba para sugestões de favoritismo ao seu círculo pessoal. Não roga isenção de responsabilidade, nem foge ao dever da luta.

— Que farei? — Disse a Jesus, compreendendo o impositivo do esforço que lhe cabia.

E o Mestre determina que o companheiro se levante para a sementeira de luz e de amor, através do próprio sacrifício.

Se foste chamado à fé, não recorras ao Divino Orientador suplicando privilégios e benefícios que justifiquem tua permanência na estagnação espiritual.

Procuremos com o Senhor o serviço que a sua Infinita Bondade nos reserva e caminharemos, vitoriosos, para a sublime renovação.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 112

terça-feira, 27 de junho de 2023

Fortaleçamo-nos

 “Sede fortalecidos no Senhor.” — Paulo. (Efésios, 6:10)

 

Há muita gente que se julga forte…

Nos recursos financeiros, que surgem e fogem.

Na posse de terras, que se transferem de dono.

Na beleza física, que brilha e passa.

Nos parentes importantes, que se transformam.

Na cultura da inteligência que, muitas vezes, se engana.

Na popularidade, que conduz à desilusão.

No poder político, que o tempo desfaz.

No oásis de felicidade exclusivista, que a tempestade destrói.

Sim, há muita gente que supõe vencer hoje para acabar vencida amanhã.

Todavia, somente a consciência edificada na fé, pelos deveres bem cumpridos à face das Leis Eternas, consegue sustentar-se, invulnerável, sobre o domínio próprio.

Somente quem sabe sacrificar-se por amor encontra a incorruptível segurança.

Fortaleçamo-nos, pois, no Senhor e sigamos, de alma erguida, para a frente, na execução da tarefa que o Divino Mestre nos confiou.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 111

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Vigiemos e oremos

“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação.” — Jesus. (Mateus, 26:41)

 

As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.

Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.

Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.

Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contato com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa vontade e do perdão, da fraternidade pura e do bem incessante.

Não te proponhas, desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.

Caminhar do berço ao túmulo, sob as marteladas da tentação, é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações, tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.

Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda. 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 110




sábado, 17 de junho de 2023

A exemplo do Cristo

 “Ele bem sabia o que havia no homem.” — (João, 2:25)


Sim, Jesus não ignorava o que existia no homem, mas nunca se deixou impressionar negativamente.


Sabia que a usura morava com Zaqueu, contudo, trouxe-o da sovinice para a benemerência.


Não desconhecia que Madalena era possuída pelos gênios do mal, entretanto, renovou-a para o amor puro.


Reconheceu a vaidade intelectual de Nicodemos, mas deu-lhe novas concepções da grandeza e da excelsitude da vida.


Identificou a fraqueza de Simão Pedro, todavia, pouco a pouco instala no coração do discípulo a fortaleza espiritual que faria dele o sustentáculo do Cristianismo nascente.


Vê as dúvidas de Tomé, sem desampará-lo.


Conhece a sombra que habita em Judas, sem negar-lhe o culto da afeição.


Jesus preocupou-se, acima de tudo, em proporcionar a cada alma uma visão mais ampla da vida e em quinhoar cada Espírito com eficientes recursos de renovação para o bem.


Não condenes, pois, o próximo porque nele observes a inferioridade e a imperfeição.


A exemplo do Cristo, ajuda quanto possas.


O Amigo Divino sabe o que existe em nós… Ele não desconhece a nossa pesada e escura bagagem do pretérito, nas dificuldades do nosso presente, recheado de hesitações e de erros, mas nem por isso deixa de estender-nos amorosamente as mãos.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 109

 

terça-feira, 6 de junho de 2023

Um pouco de fermento

 “Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?” — Paulo. (1 Coríntios, 5:6)

 

Ninguém vive só.

Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.

Nossos atos possuem linguagem positiva.

Nossas palavras atuam a distância.

Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.

Ações e reações caracterizam-nos a marcha.

É preciso saber, portanto, que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.

Nossa conduta é um livro aberto.

Quantos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções!

Quantas frases, aparentemente inexpressivas, arrojadas de nossa boca, estabelecem grandes acontecimentos!

Cada dia, emitimos sugestões para o bem ou para o mal…

Dirigentes arrastam dirigidos.

Servos inspiram administradores.

Qual é o caminho que a nossa atitude está indicando?

Um pouco de fermento leveda a massa toda.

Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.

Acautela-te, pois, com o alimento invisível que forneces às vidas que te rodeiam.

Desdobra-se-nos o destino em correntes de fluxo e refluxo. As forças que hoje se exteriorizam de nossa atividade voltarão ao centro de nossa atividade, amanhã.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 108


sábado, 3 de junho de 2023

Renovemo-nos dia a dia

 “… Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” — Paulo. (Romanos, 12:2)

 

 Não adianta a transformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.

Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.

Renovemo-nos por dentro.

É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.

Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.

Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espiritual seja acrescentada.

Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.

Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.

Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não nos esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida, e, com ela, o conhecimento da “perfeita vontade de Deus”, a nosso respeito.

  

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 107


quinta-feira, 18 de maio de 2023

Sirvamos ao Bem

“A luz resplandece nas trevas…” — (João, 1:5)

 

Não te aflijas porque estejas aparentemente só no serviço do bem.

Jesus era sozinho, antes de reunir os companheiros para o serviço apostólico. Sozinho, à frente do mundo vasto, à maneira de um lavrador, sem instrumentos de trabalho, diante da selva imensa…

Nem por isso o Cristianismo deixou de surgir, por templo vivo do amor, ainda hoje em construção na Terra, para a felicidade humana.

Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo, não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.

Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, através de todas as situações e em todas as criaturas.

Não perdeu tempo em reprovações descabidas.

Não se confiou a polêmicas inúteis.

Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e amando, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria exemplificação.

Continuemos, pois, em nossa marcha regenerativa para a frente, ainda mesmo quando nos sintamos a sós.

Sirvamos ao bem, acima de tudo, entretanto, evitemos discussões e agitações em que o mal possa expandir-se.

Foge a sombra ao fulgor da luz.

Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite, não conseguem apagar alguns milímetros da chama brilhante de uma vela, contudo, basta um leve sopro de vento para extingui-la.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 106