“Assim é
aquele que para si ajunta tesouros e não é rico para com Deus.” — Jesus. (Lucas,
12:21)
Guardarás inúmeros títulos de posse sobre as
utilidades terrestres, mas se não és senhor de tua própria alma, todo o teu patrimônio
não passará de simples introdução à loucura.
Multiplicarás, em torno de teus pés, maravilhosos
jardins da alegria juvenil, entretanto, se não adquires o conhecimento superior
para o roteiro de amanhã, a tua mocidade será a véspera ruidosa da verdadeira
velhice.
Cobrirás com medalhas honoríficas o teu peito,
aumentando a série dos admiradores que te aplaudem, mas, se a luz da reta
consciência não te banha o coração, assemelhar-te-ás a um cofre de trevas,
enfeitado por fora e vazio por dentro.
Amontoarás riquezas e apetrechos de conforto para a
tua casa terrena, imprimindo-lhe perfil dominante e revestindo-a de esplendores
artísticos, contudo, se não possuis na intimidade do lar a harmonia que
sustenta a felicidade de viver, o teu domicílio será tão somente um mausoléu
adornado.
Empilharás moedas de ouro e prata, à sombra das quais
falarás com autoridade e influência aos ouvidos do próximo, todavia, se os teus
haveres não se dilatam, em forma de socorro e trabalho, estímulo e educação, em
favor dos semelhantes, és apenas um viajor descuidado, no rumo de pavorosas
desilusões.
Crescerás horizontalmente, conquistarás o poder e a
fama, reverenciar-te-ão a presença física na Terra, mas, se não trazes contigo
os valores do bem, ombrearás com os infelizes, em marcha imprevidente para as
ruínas do desencanto.
Assim será “todo aquele que ajunta tesouros para si,
sem ser rico para com Deus”.
Emmanuel / Chico Xavier – Livro: Fonte Viva – Cap. 120
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