“Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o
pecado.” Paulo (Hebreus, 12:4)
O discípulo sincero do Evangelho
vive em silenciosa batalha no campo do coração.
A princípio, desenrola-se o
combate em clima sereno, ao doce calor do lar tranquilo. As árvores das
afeições domésticas amenizam as experiências mais fortes.
Esperanças de todos os matizes
povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
Falam os ideais em voz alta,
relativamente às vitórias porvindouras.
O lutador domina os elementos
materiais e, não poucas vezes, supõe consumado o triunfo verdadeiro.
O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do espírito exige
esforço integral do combatente. E, mais tarde, o lidador cristão é convidado
a testemunhos mais ásperos, compelido à batalha solitária, sem o recurso de
outros tempos.
A lei de renovação modifica-lhe os
roteiros, subtrai-lhe as ilusões, seleciona-lhe os ideais. A morte devasta-lhe
o círculo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o à meditação. O tempo
impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se desanimam na grande
empreitada e voltam, medrosos, às sombras inferiores.
Os que perseverarem, todavia,
experimentarão a resistência até ao sangue.
Não se trata aqui, porém, do
sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos que não somente unem o
espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos companheiros de séquito
familiar. Quando o aprendiz receber a dor em si próprio, compreendendo-lhe a
santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la, acima de toda a
preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição de
triunfo no combate contra o mal.
Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier –
Lição 79
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sexta-feira, 31 de maio de 2019
Em combate
A grande educadora
Chama-se Dor.
Revela-se na desventura do amante,
na desolação da orfandade, na angústia da miséria, no alquebramento da saúde,
no esquife do ser querido que se foi deixando atrás de si a lágrima e o luto,
no opróbrio da desonra, na humilhação do cárcere, no aviltamento dos
prostíbulos, na tragédia dos cadafalsos, na insatisfação dos ideais, na
tortura das impossibilidades – no acervo das desilusões contra que se
confunde e se decepciona o coração da Humanidade.
Não obstante, a Dor é a grande
amiga a zelar pela espécie humana, junto dela exercendo missão elevada e
santa.
Estendendo sobre as criaturas suas
asas, úmidas sempre do orvalho regenerador das lágrimas, a Dor corrige,
educa, aperfeiçoa, exalta, redime e glorifica o sentimento humano a cada
vibração que lhe extrai através do sofrimento.
O diamante escravizado em sua
ganga sofre inimagináveis dilacerações sob o buril do lapidário até poder
ostentar toda a real pureza do grande valor que encerra. Assim também será a
nossa alma, que precisará provar o amargor das desventuras para se recobrir
dos esplendores das virtudes imortais cujos germens o Sempiterno lhe decalcou
no ser desde os longínquos dias do seu princípio!
A alma humana é o diamante raro
que a Natureza – Deus – criou para, por si mesmo, aperfeiçoar-se no desdobrar
dos milênios, até atingir a plenitude do inimaginável valor que representa,
como imagem e semelhança d’Aquele mesmo Foco que a concebeu. Mas o diamante –
Homem – acha-se envolvido das brutezas das paixões inferiores. É um diamante
bruto! (...)
Então o diamante – Homem – inicia,
por sua vontade própria, a trajetória indispensável do aperfeiçoamento dos
valores que consigo traz em estado ignorado, e entra a sacudir de si a crosta
das paixões que o entravam e entenebrecem.
E essa marcha para o Melhor, essa
trajetória para o Alto denomina-se Evolução!
A luta, então, apresenta-se rude!
É dolorosa, e lenta, e fatigante, e terrível! Dele requer todas as reservas
de energias morais, físicas e mentais. (...)
A Dor, pois, é para o Espírito
humano o que o Sol é para as trevas da noite tempestuosa: - Ressurreição!
Porque, se este aclara os horizontes da Terra, levantando com seu brilho
majestoso o esplendor da Natureza, aquela desenvolve em nosso ego os
magnificentes dons que nele jaziam ignorados: - fecunda a inteligência,
depurando o sentimento sob as lições da experiência, educando o caráter,
dignificando, elevando, num progredir constante, todo o ser daquele em quem
se faz vibrar, tal como o Sol, que vivifica e benfaz as regiões em que se
mostra.
A Dor é o Sol da Alma... (...)
Ela, a Dor, é o maior agente do
Sempiterno na obra gigantesca da regeneração humana! É a retorta de onde o
Sentimento sairá purificado dos vírus maléficos que o infelicitam! Quanto
maior o seu jugo, mais benefícios concederá ao nosso ego – tal como o
diamante, que mais cintila, alindado, quanto maior for o número dos golpes
que lhe talharem as facetas! É a incorruptível amiga e protetora da espécie
humana: - zelando pela sua elevação espiritual, inspirando nobres e fraternas
virtudes! Ela é quem, no Além-Túmulo, nos leva a meditar, através da
experiência, produzindo em nosso ser a ciência de nós mesmos, o critério
indispensável para as conquistas do futuro, de que hauriremos reabilitação
para a consciência conturbada. É quem, a par do Amor, impele as criaturas à
comiseração pelos demais sofredores, e a comiseração é o sentimento que
arrasta à Beneficência. E é ainda ela mesma que nos enternece o coração, fazendo-nos
avaliar pelo nosso o infortúnio alheio, predispondo-nos aos rasgos de
proteção e bondade; e proteger os infelizes é amar o próximo, enquanto que
amar o próximo é amar a Deus, pautando-se pela suprema lei recomendada no
Decálogo e exemplificada pelo Divino Mestre! (...)
Ó almas que sofreis! Enxugai o
vosso pranto, calai o vosso desespero! Amai antes a vossa Dor e dela fazei o
trono da vossa Imortalidade, pois que, ao findar dessa trajetória de lágrimas
a que as existências vos obrigam – é a glorificação eterna que recebereis por
prêmio!
Salve, ó Dor bendita, nobre e fiel
educadora do coração humano!
E glória ao Espiritismo, que nos
veio demonstrar a redenção das almas através da Dor!
León Denis / Yvone do Amaral Pereira
– Excertos extraídos da Revista Reformador de fevereiro/1978
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quinta-feira, 23 de maio de 2019
Sinais de alarme
Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando
queda provável na obsessão:
Quando entramos na faixa da impaciência;
Quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
Quando passamos a ver ingratidão nos amigos;
Quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
Quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
Quando reclamamos apreço e reconhecimento;
Quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
Quando passamos o dia a exigir esforço, sem prestar o mais leve
serviço;
Quando pretendemos fugir de nós mesmos, através da gota de
álcool ou da pitada de entorpecente;
Quando julgamos que o dever é apenas dos outros;
Toda vez que um desses sinais venha a surgir no trânsito de
nossas ideias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos, a prudência de parar
no socorro da prece ou na luz do discernimento.
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Scheilla / Chico Xavier– Livro: Ideal Espírita
Purifiquemo-nos
“De
sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra,
santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.”
Paulo (II Timóteo 2:21)
Em cada dia de luta, é indispensável atentar para a utilização do vaso
de nossas possibilidades individuais.
Na Terra, onde a maioria das almas encarnadas dorme ainda o sono da
indiferença, é mais que necessária a vigilância do trabalhador de Jesus,
nesse particular.
Quem não guarde os ouvidos pode ser utilizado pela injustiça.
Quem não vigie sobre a língua pode facilmente converter-se em vaso da
calúnia, pela leviandade ou pela preocupação de sensacionalismo.
Quem não ilumine os olhos pode tornar-se vaso de falsos julgamentos.
Quem não se orientar pelo espírito cristão, será naturalmente conduzido
a muitos disparates e perturbações, ainda mesmo quando a boa-fé lhe incuta
propósitos louváveis.
Os homens e mulheres, de todas as condições, estão sendo usados pelas
forças da vida, diariamente. Por enquanto, a maioria constitui material
utilizado pela malícia e pela viciação. Vasos frágeis e imperfeitos,
fundem-se e refundem-se todos os dias, em meio de experiências inquietantes e
rudes.
Raríssimos são aqueles que, de interior purificado, podem servir ao
Senhor, habilitados para as boas obras. Muitos ambicionam essa posição
elevada, mas não cuidam de si mesmos. Reclamam a situação dos grandes
missionários, exigem a luz divina, clamam por revelações avançadas, contudo,
em coisa alguma se esforçam por se libertarem das paixões baixas.
Observa, pois, amigo, a que princípios serves na lida diária.
Lembra-te de que o vaso de tuas possibilidades é sagrado. Que forças da
vida se utilizam dele? Não olvides, acima de tudo, que precisamos da legítima
purificação, a fim de que sejamos vasos para honra e idôneos para uso do
Senhor.
Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico
Xavier – Lição 78
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Profilaxia das obsessões
Vai, e não peques mais. – Jesus (João, 8:11)
Profilaxia
é o conjunto de medidas preventivas que evitem o aparecimento de doenças.
No
caso da obsessão – sendo esta doença da alma -, a profilaxia é de vital
importância.
Como
vimos, existe a obsessão porque existe inferioridade em nós.
O
atual estágio evolutivo do nosso planeta denota a precariedade das condições
espirituais do homem.
Tudo
é feito para que o ser humano se torne cada vez mais materializado. Em nossa
sociedade, o indivíduo que deseja fugir aos parâmetros convencionados
impostos pelo materialismo, é tachado de louco ou idiota. Inverteram-se os
valores, tornando-se muito difícil a alguém destoar do que passou a ser a
norma.
Todavia,
isto é possível e deve ser desejado. E é o que incalculável número de pessoas
está tentando fazer em todos os quadrantes do globo. Buscam avidamente uma
saída, uma resposta. Desorientados, lançam-se de corpo e alma atrás de falsos
profetas, que os aglomeram em torno de crenças esdrúxulas. Quando não buscam
outros derivativos nos tóxicos, no álcool, etc. Poucos, porém, têm
discernimento preciso para escolher o caminho certo, que não lhes traga
consequências funestas.
Sem
embargo, o Espiritismo representa a porta que se abre, a descortinar esse
caminho, que não é privilégio dos espíritas, pois o Senhor tem meios de mostrá-los
a todos os povos, a todos os homens, de diferentes maneiras e gradações.
“Eu
sou a porta”, disse Jesus. Este o rumo que se nos oferece. É na mensagem de
Amor trazida pelo Mestre que encontramos a nossa destinação. As experiências
amargas que temos tido no passado indicam-nos ser esse o único meio de
salvação. Salvação das moléstias da alma que se instalaram em nós.
Assim,
a única profilaxia eficaz contra a obsessão é a do Evangelho. É praticar o
Bem e ser bom.
Tal
a rota que a Doutrina Espírita estabelece para nós, revivendo a moral
evangélica, aquela que reúne todas as formas de Amor capazes de nos
imunizarem contra os vírus negativos, livrando-nos de contrair novas doenças
da alma.
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Suely Caldas
Schubert – Livro: Obsessão / Desobsessão – Profilaxia e terapêutica espíritas
sexta-feira, 17 de maio de 2019
Kardec - O filme
Estreou no último dia 16, quinta-feira, o filme mais aguardado pelos espíritas desde o anúncio de sua produção.
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