“Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o
pecado.” Paulo (Hebreus, 12:4)
O discípulo sincero do Evangelho
vive em silenciosa batalha no campo do coração.
A princípio, desenrola-se o
combate em clima sereno, ao doce calor do lar tranquilo. As árvores das
afeições domésticas amenizam as experiências mais fortes.
Esperanças de todos os matizes
povoam a alma, nem sempre atenta à realidade.
Falam os ideais em voz alta,
relativamente às vitórias porvindouras.
O lutador domina os elementos
materiais e, não poucas vezes, supõe consumado o triunfo verdadeiro.
O trabalho, entretanto, continua.
A vitória do espírito exige
esforço integral do combatente. E, mais tarde, o lidador cristão é convidado
a testemunhos mais ásperos, compelido à batalha solitária, sem o recurso de
outros tempos.
A lei de renovação modifica-lhe os
roteiros, subtrai-lhe as ilusões, seleciona-lhe os ideais. A morte devasta-lhe
o círculo íntimo, submete-o ao insulamento, impele-o à meditação. O tempo
impõe retiradas, mudanças e retificações...
Muitos se desanimam na grande
empreitada e voltam, medrosos, às sombras inferiores.
Os que perseverarem, todavia,
experimentarão a resistência até ao sangue.
Não se trata aqui, porém, do
sangue das carnificinas e sim dos laços consanguíneos que não somente unem o
espírito ao vaso corpóreo, como também o enlaçam aos companheiros de séquito
familiar. Quando o aprendiz receber a dor em si próprio, compreendendo-lhe a
santificante finalidade, e exercer a justiça ou aceitá-la, acima de toda a
preocupação dos elos consanguíneos, estará atingindo a sublime posição de
triunfo no combate contra o mal.
Livro Vinha de Luz – Emmanuel por Chico Xavier –
Lição 79
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sexta-feira, 31 de maio de 2019
Em combate
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