Tarefa que traz excelentes reflexões para as nossas vidas.
Investimento para o nosso crescimento espiritual.
Estágio para a Vida Maior; um ato de amor!
Coordenação: Cláudia e Rosélia
Vale pensar no tempo que passa, celeremente, a exigir
providências efetivas para que o bem consiga alcançar o âmago da Humanidade,
onde dúvidas cruéis e pessimismo vêm desestruturando mentes, consumindo
vidas.
O Espiritismo é chamado à liça, a fim de apresentar o conjunto
das suas lições, a força dos seus ensinamentos, como opção nova para os pés
trôpegos de tantas criaturas.
Divulgá-lo é dever impostergável, conscientes que estamos da
sua importância.
Vivenciá-lo é compromisso intransferível, cientes que estamos
das verdades ínsitas nas suas propostas felizes.
Sem dúvida, não são muitos os que se sensibilizam com a
Doutrina vigorosa que o Espiritismo alberga. Poucos se deram conta de que há
muito a extrair-se do majestoso conteúdo espírita.
O Espiritismo, como entendemos na Pátria Espiritual,
assemelha-se a um imenso oceano, enquanto a maioria de nós, que nos
vinculamos aos seus contextos, mantemo-nos tão-só em suas praias.
Há muito o que aprender, para que melhor o possamos divulgar.
Há necessidade de estabelecermos ou mantermos grupos, pequenos ou grandes, de
companheiros entusiasmados com essa vertente das bênçãos de Deus, chegada à
Terra para renovar-nos o convite de Jesus para buscarmos a riqueza que não
pode ser usurpada.
Faz-se urgente a disseminação do Pensamento Espírita, sem
pieguices e acréscimos provenientes de vários contextos do Espiritualismo do
mundo que, em si mesmos, não correspondem às vistas da formosa Doutrina.
Espiritismo! Quanto te necessitamos. Quanto te buscamos,
muitas vezes sem utilizarmos eficiente roteiro ou metodologia adequada. O
tempo de agora é o mais apropriado a esse entendimento e a essas providências
divulgadoras.
O mundo carece mais do Espiritismo, do que de qualquer outra
coisa. Não foi sem razão que o Codificador indagou dos Imortais sobre a
possibilidade de a Doutrina Espírita vir a tornar-se crença geral ou se
permaneceria partilhada por pequenos grupos, por poucas pessoas. Os guias do
mundo informaram que estava chegado o tempo da expansão dos seus princípios.
Seria crença geral. Seus fundamentos estão vinculados às leis naturais.
Informaram que isso não se daria sem dificuldades, mas que se daria.
Assim, eis chegado o tempo do nosso esforço pessoal e
institucional para que isso possa dar-se. O tempo urge. Unamo-nos por
difundi-lo com maturidade, com alegria, com verdade, a fim de que os
espíritas – encarnados ou não – possamos cooperar com os empenhos de Jesus
Cristo, nessa quadra de graves definições e ajustes da Humanidade.
Camilo – Revista Reformador – Janeiro/2002
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“E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos.
Este é o mandamento, como já desde o princípio ouvistes; que andeis nele.” João
(II João, 6)
Em todos os lugares e situações da
vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor.
Quem dá o pão ao faminto e água ao
sedento, remédio ao enfermo e luz ao ignorante, está colaborando na edificação
do Reino Divino, em qualquer setor da existência ou da fé religiosa a que foi
chamado.
A voz compassiva e fraternal que
ilumina o espírito é irmã das mãos que alimentam o corpo.
Assistência, medicação e ensinamento
constituem modalidades santas da caridade generosa que executa os programas
do bem. São vestiduras diferentes de uma virtude única. Conjugam-se e
completam-se num todo nobre e digno.
Ninguém pode assistir a outrem, com
eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo; ninguém medicará, com
proveito, se não adquiriu o espírito de boa vontade para com os que
necessitam, e ninguém ensinará, com segurança, se não possui a seu favor os
atos de amor ao próximo, no que se refira à compreensão e ao auxílio
fraternais.
Em razão disso, as menores
manifestações de caridade, nascidas da sincera disposição de servir com
Jesus, são atividades sagradas e indiscutíveis. Em todos os lugares, serão
sempre sublimes luzes da fraternidade, disseminando alegria, esperança,
gratidão, conforto e intercessões benditas.
Antes, porém, da caridade que se
manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade
essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós
mesmos.
Trata-se da caridade de pensarmos,
falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É
a caridade de vivermos verdadeiramente n’Ele para que Ele viva em nós.
Sem esta, poderemos levar a efeito
grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas em nosso benefício,
espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de
supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de
mendigos de luz.
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Falemos das últimas espirais da glória, habitadas pelos
Espíritos puros. Ninguém as atinge antes de haver atravessado os ciclos dos
Espíritos errantes. Júpiter está no mais alto grau da escala. Quando um
Espírito, longamente purificado por sua estada nesse planeta, é julgado digno
da suprema felicidade, é disso advertido por um redobramento de ardor; um
fogo sutil anima todas as partes delicadas de sua inteligência, que parece
irradiar e tornar-se visível; deslumbrante, transfigurado, ele clareia a luz
que parecia tão radiosa aos olhos dos habitantes de Júpiter; seus irmãos
reconhecem o eleito do Senhor e, trêmulos, ajoelham-se ante a sua vontade.
Entretanto, o Espírito escolhido eleva-se, e os céus, na sua suprema
harmonia, lhe revelam belezas indescritíveis.
À medida que sobe, compreende, não mais como na erraticidade,
não mais vendo o conjunto das coisas criadas, como em Júpiter, mas abarcando
o infinito. Sua inteligência transfigurada eleva-se como uma flecha até Deus,
sem tremor e sem terror, como num foco imenso alimentado por mil objetos
diversos. O amor, nesses diversos Espíritos, reveste a cor de sua
personalidade; eles se reconhecem e se regozijam. Refletidas, suas virtudes
repercutem, por assim dizer, as delícias da visão de Deus e aumentam
incessantemente com a felicidade de cada eleito. Mar de amor que cada
afluente aumenta, essas forças puras não ficam mais inativas que as forças de
outras esferas. Logo investidos do dom da ubiquidade, abrangem ao mesmo tempo
os detalhes infinitos da vida humana, desde a sua eclosão até as últimas
etapas. Irresistível como a luz, sua vista penetra por toda parte
simultaneamente e, ativos como a força que os move, espalham a vontade do
Senhor. Como de uma cheia escapa a onda benfazeja, sua bondade universal
aquece os mundos e confunde o mal.
Esses diversos intérpretes têm como ministros de seu poder os
Espíritos já depurados. Assim, tudo se
eleva, tudo se aperfeiçoa e a caridade irradia sobre os mundos, que alimenta
em seu seio poderoso.
Os Espíritos puros têm como atributo a posse de tudo quanto é
bom e verdadeiro, porque possuem o próprio princípio, que é Deus. O próprio
pensamento humano limita tudo que abrange e não admite o infinito, que a
felicidade não limita. Depois de Deus, que pode haver? Deus ainda, sempre
Deus. O viajante vê os horizontes se sucederem aos horizontes e um é apenas
começo de outro; assim, o infinito se desdobra incessantemente. A maior
alegria dos Espíritos puros é precisamente essa extensão tão profunda quanto
a própria eternidade.
Do mesmo modo que não se descreve uma graça, uma chama e um
raio, não posso descrever os Espíritos puros. Mais vivos, mais belos e mais
resplandecentes que as mais etéreas imagens, uma palavra resume seu ser, seu
poder e seus prazeres: Amor! Preenchei com esta palavra o espaço que separa a
Terra do Céu, e ainda não tereis senão a ideia de uma gota de água no mar. Por
mais grosseiro que seja, só o amor terrestre pode vos dar ideia de sua divina
realidade.
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