sexta-feira, 17 de julho de 2020

Divulgue o Espiritismo


Confira, divulgue e imprima os folhetos preparados pela Federação Espírita Brasileira para facilitar o entendimento sobre Espiritismo e o Movimento Espírita.

A bênção da legítima fraternidade


Filhas e filhos da alma, mantende-vos em paz!
Ouvi o que vos foi dito: Amareis aos que vos amam e odiareis aqueles que vos odeiam. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos para ganhardes o galardão do Reino dos Céus.
Em outras palavras, Jesus nos convida à renúncia total dos sentimentos egoísticos, acenando-nos com a bênção da legítima fraternidade.
Deu-nos o exemplo, Ele próprio, amando os adversários do Bem, de que Ele era a representação máxima na Terra.
Esse desafio permanece há vinte séculos, convidando-nos a reflexões profundas.
Na atualidade, quando as comodidades confraternizam com a avareza, a deslealdade, o suborno, amam-se as criaturas de acordo com os interesses que lhes dizem respeito especialmente em relação às paixões subalternas.
Não poucas vezes, ficais aturdidos ante o mundo devorador e a retidão do comportamento espírita.
Tende, porém, bom ânimo e sede fiéis à fraternidade que deve viger entre todos porque dela partem os nobres sentimentos da solidariedade, da compaixão, da caridade: os diletos filhos do amor.
Tende-vos preocupado com as diretrizes de segurança para o futuro do nosso Movimento e em agir com sabedoria sob a inspiração superior.
Vindes traçando as metas que devem ser alcançadas de forma a contribuirdes em prol do mundo melhor de amanhã. Mas não vos tendes esquecido de que a semente do Evangelho de Jesus é a perene luz guiando a Humanidade ao seu destino sublime.
São dias, estes, de inquietações e de desafios. As inquietações fazem parte das crises e toda crise vivenciada abre portas ao progresso porque amadurece os lutadores. E, ao mesmo tempo, através dos desafios desenvolvem-se as faculdades de discernimento para a ação correta segundo as determinações do Mestre incomparável.
Também Ele viveu no momento histórico de crises internacionais, socioeconômicas, de natureza variada, e foi graças a essas crises que Ele aceitou o desafio de implantar na Terra o amor.
Observai! É a única personalidade que exalta o amor capaz de vencer dois milênios de lutas e transformar-se na mais eficaz psicoterapia de que necessita a criatura humana.
O amor, porém, de entrega total, sem os vícios dos interesses recíprocos, das ofertas retributivas, mas o sentimento de oferta pelo ideal da Vida Eterna.
Viveis o grandioso momento da transição que impõe diretrizes seguras de comportamento para que os apêndices de fugas psicológicas não vos desviem da segura diretriz para o encontro com a Verdade.
Porfiai, filhas e filhos da alma, não poucas vezes, com o coração destroçado, mas a alma aceitando os impositivos do progresso e vivendo o anonimato da renúncia, para que brilhe o Senhor e não o ego individual.
É certamente o grande desafio do momento servir à Causa sem servir-se da Casa e da Doutrina que ela alberga. Compreender que, na condição de servo, a satisfação máxima é atender às determinações do Senhor sem qualquer queixa ou reclamação.
Aqueles que antes vieram e deixaram pegadas luminosas para que seguísseis estão preparando-se para o retorno a fim de avançarem pelas trilhas que agora traçais.
Exultai, filhas e filhos da alma, por vos manterdes fiéis ao Cristo de Deus, muitas vezes com desagrado dos nossos afetos queridos, daqueles que partilham das nossas alegrias e dores, mas não têm a maturidade de compreender os sentimentos que entregais ao Guia e Protetor de todos nós.
Não tergiverseis nunca!
Tolerância, mas não conivência.
Fraternidade, mas, de maneira nenhuma, vulgaridade de comportamento.
Trabalho dentro do limite das forças, porque aquele que faz o que pode, realiza o máximo.
Os vossos mentores espirituais e os vossos amigos devotados do mais Além estamos a postos para que os empreendimentos libertadores sejam abençoados pelo Senhor e possam tornar-se realidade na construção da Era da fraternidade legítima.
Os Espíritos-espíritas, que estamos convosco, prosseguiremos na santa lide de edificar o Reino dos Céus em cada coração, a fim de que se expanda por toda a Terra, embora a dimensão do tempo que se lhe faça necessária.
Jesus triunfará sem qualquer restrição, pois que Ele é o Caminho para a Verdade e para a Vida.
Que Ele a todos nos abençoe e nos guarde na sua dúlcida paz, são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra de Menezes -  Mensagem psicofônica pelo médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da reunião ordinária do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, na manhã de 10/11/2013. 
Fonte: www.divaldofranco.com.br

Iluminemos o santuário

“Pois nós somos um santuário do Deus vivo.” Paulo (II Coríntios, 6:16)

O esforço individual estabelece a necessária diferenciação entre as criaturas, mas a distribuição das oportunidades divinas é sempre a mesma para todos.
Indiscriminadamente, todas as pessoas recebem possibilidades idênticas de crescimento mental e elevação ao campo superior da vida.
Todos somos, pois, consoante a sentença de Paulo, santuários do Deus vivo.
Apesar disso, inúmeras pessoas se declaram afastadas da luz eterna, deserdadas da fé. Enquanto dispõem da saúde e do tesouro das possibilidades humanas, fazem anedotário leve e irônico. Ao apagar das luzes terrestres, porém, inabilitados à movimentação no campo da fantasia, revoltam-se contra a Divindade e precipitam-se em abismo de desespero. São companheiros invigilantes que ocuparam o santuário do espírito com material inadequado.
Absorvidos pelas preocupações imediatistas da esfera inferior, transformaram esperanças em ambições criminosas, expressões de confiança em fanatismo cego, aspirações do Alto em interesses da zona mais baixa.
Debalde se faz ouvir a palavra delicada e pura do Senhor, no santuário interno, quando a criatura, obcecada pelas ilusões do plano físico, perde a faculdade de escutar. Entre os seus ouvidos e a sublime advertência, erguem-se fronteiras espessas de egoísmo cristalizado e de viciosa aflição. E, pouco a pouco, o filho de Deus encarnado na Terra, de rico de ideais humanos e realizações transitórias, passa à condição de mendigo de luz e paz, na velhice e na morte...
O Senhor continua ensinando e amando, orientando e dirigindo, mas, porque a surdez prossegue sempre, chegam a seu tempo as bombas renovadoras do sofrimento, convidando a mente desviada e obscura à descoberta dos valores que lhe são próprios, reintegrando-a no santuário de si mesma para o reencontro sublime com a Divindade.

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.138

A caridade


Nestes dias tempestuosos, com a repetição de desastres e calamidades de todos os tipos, a Caridade é convidada a visitar-nos em regime de emergência.
O Apóstolo Paulo denominou-a como a maior das virtudes, especialmente em referência à Fé e à Esperança, isto porque a Caridade as engloba em seu sublime desiderato.
Quando falham os sentimentos conhecidos no comportamento dos seres humanos, o Evangelho de Jesus nos convoca à prática da Caridade para com eles, ampliando o seu valor a tudo quanto existe.
Desta forma, a Caridade abarca o amor na sua mais elevada expressão. Não se trata de uma fundamentação religiosa, mas conquista de uma excelente virtude de integração da criatura na Criação.
Confunde-se, invariavelmente, a Caridade com a esmola, o doar de valores e coisas que já não servem e mantêm aqueles que a recebem em situação deplorável de necessidade.
O verdadeiro objetivo da Caridade é o de dignificar aquele que é beneficiado, assim como se engrandece no silêncio e no anonimato daqueloutro que a exerce.
Em razão disso, a Caridade pode ser material e espiritual, no seu aspecto enobrecedor de natureza moral. Bem orientada, socorre a fome, a sede, a nudez, a enfermidade, mas também ilumina o desconforto moral, o abandono afetivo, a loucura das paixões dissolventes, as situações de abandono, sem olvidar a iluminação das consciências.
Nunca se perverte, nem depende de nada, exceto de ser vivenciada com naturalidade, arrancando o necessitado da situação em que padece, concedendo-lhe recursos morais para levantar-se da queda e recomeçar a avançar na jornada mil vezes.
Quando as criaturas compreendermos que somos interdependentes umas das outras, e que a solidão, a distância entre os seres humanos são estados patológicos ou filhos rebeldes da ignorância assim como do orgulho vão, desaparecerão as diferenças de classes, as presunçosas manifestações do preconceito de qualquer natureza, porque todos serão vistos como irmãos em estágios diferentes da evolução, todos trabalhando para a sua ascensão moral e construção do mundo de legítima fraternidade.
A evolução do pensamento nas suas manifestações éticas, culturais, científicas, civilizatórias tem como alvo a união de todas as criaturas, mesmo animais e vegetais em harmonia, que se pode considerar sinfônica, pois que, cada qual, como se fosse um instrumento musical, é indispensável, portador de importância igual a todos demais.
Qualquer expressão restritiva na conduta humana em relação ao seu próximo é atraso moral que a Caridade corrige.
Nesta hora de pandemia virótica, em que predomina a pandemia da miséria moral de mulheres e homens mesquinhos, eles nos merecem o espírito de Caridade, para serem menos infelizes.

Divaldo Franco – Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, 9 de julho de 2020.
Fonte: www.febnet.org.br 

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Houve alguma pandemia à época de Allan Kardec? Quais foram as recomendações doutrinárias?


Na Revista Espírita de novembro de 1865, Kardec escreveu um artigo denominado “O Espiritismo e o Cólera”, eis que muitos adversários compararam o Espiritismo a uma peste que tomava conta da humanidade.

Kardec, sempre educado, refuta a tese e aproveita para escrever algo sobre a pandemia da cólera.

Registre-se que no período de 1845 a 1860 houve a terceira onda pandêmica de cólera, que ceifou milhares de vidas no mundo. Segundo alguns historiadores, essa pandemia causou o maior número de mortes no século XIX.

A cólera é uma doença bacteriana intestinal, normalmente causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados.

No artigo, Kardec cita a carta de um leitor de Constantinopla, onde teria ocorrido mais de 70 mil mortes, tendo o leitor sugerido que os espíritas de lá, pela crença religiosa, teriam sido preservados do flagelo pandêmico.

De imediato, Kardec discorda da tese do leitor, afirmando que a fé espírita não poderia ser um antídoto contra a cólera, mas faz uma excelente abordagem no sentido de que o conhecimento espírita propicia uma força moral que é capaz de nos preservar de muitas doenças, porquanto essa força moral repercute no corpo físico, inclusive no sistema imunológico.

Há diversos estudos que correlacionam o binômio fé/saúde, que não se limita, é claro, apenas na crença espírita.

Kardec falou do medo da morte, que atinge uma quantidade imensa de pessoas quando se instala uma pandemia. O medo patológico, que vige nesse momento, por si só, já gera um estado emocional desarmonizado, que repercute na saúde física e mental, fazendo com que o indivíduo permaneça num estado de alerta intenso, gerando ansiedade e estresse.

Para o espírita não deve haver esse temor da morte, porque acredita na imortalidade da alma, que segue viva em outras dimensões da vida, o que, segundo Kardec, serve também para sustentar a aludida força moral.

O fato de não se temer a morte não significa que não damos valor para a vida física, tanto que Kardec expressamente fala que devemos seguir as medidas sanitárias, ou seja, o espírita segue as diretrizes e as normas das autoridades públicas, visando prolongar a vida, não por apego, mas por desejo de progredir. Veja que orientação atual para o coronavírus.

Kardec comenta sobre a importância da serenidade, que será vital para nossa saúde emocional e mental. A serenidade deve ser trabalhada, conquistada, de forma que devemos aproveitar o período de isolamento social imposto pelo coronavírus, a fim de buscar a meditação, a viagem interior e o autoconhecimento, ajudando na conquista da serenidade.

A oração será recurso primordial por nos manter conectados com Deus e com as forças superiores mantenedoras da vida.

Kardec também fala que o espírita deve mudar completamente seus hábitos. Vemos que o coronavírus nos impôs mudanças profissionais, familiares e sociais, de tal sorte que o espírita deve ser obediente e resignado, ajustando sua conduta às necessidades atuais, visando a saúde pessoal e coletiva.

No final do artigo, Kardec insere uma mensagem espiritual do Dr. Demeure, que foi médico na sua última encarnação, e este espírito traz recomendações oportunas, aplicáveis ao período de pandemia que vivemos na atualidade.

O espirito do Dr. Demeure acentua a importância da higiene e para se evitar os resfriados. Parece que ele está falando para a humanidade dos dias vigentes.

O referido espírito insiste para se evitar o medo, que é pior do que o próprio mal pandêmico. Que cabe ao espírita manter a calma dada pela fé e não recear a morte.

O médico desencarnado ainda fala para não se ignorar os primeiros sintomas da doença, que recomendarão medidas específicas. É claro que ele está falando da cólera, mas veja como se aplica ao coronavírus.

O espírito enfatiza a necessidade da confiança em si mesmo e em Deus como fatores vitais e propiciatórios de saúde.

Por fim, o Dr. Demeure toca no assunto do temperamento espiritual, que, na realidade, diz respeito à nossa saúde emocional e mental, e a forma que devemos evitar mágoas, ódios, tristezas, angústias, ansiedades etc., investindo na brandura, na amorosidade, na tranquilidade, no perdão, que nos ajudarão a manter a saúde espiritual, ainda que o corpo venha a adoecer.

Que artigo impressionante de 1865 e que tem plena validade para esse período de coronavírus.

Que orientações extraordinárias, morais e materiais, de Kardec e do Dr. Demeure, que devem ser seguidas de forma integral pelos espíritas.

Aproveitemos essas lições valiosas e que possamos seguir confiantes, com Jesus e Kardec.

É necessário, porém, ir a Ele...

Alessandro Viana Vieira de Paula - Escritor e palestrante espírita – Fonte: usesp.org.br

quarta-feira, 8 de julho de 2020

Vida Conjugal

“Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido.” Paulo (Efésios, 5:33)

As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum.
Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.
O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.
Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.
Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.
É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.
O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas. Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real.
Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...
Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa?
Lembra-te de que ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas necessidades.
Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu...

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap.137