quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
A prece de Cerinto
Senhor
de Infinita Bondade.
No
santuário da oração, marco renovador do meu caminho, não Te peço por mim,
Espírito endividado, para quem reservaste os tribunais de Tua Excelsa Justiça.
A
Tua compaixão é como se fora o orvalho da esperança em minha noite moral, e
isto basta, ao revel pecador que tenho sido.
Não
Te peço, Senhor, pelos que choram.
Clamo
por Teu amor e benefício dos que fazem as lágrimas.
Não
Te venho pedir pelos que padecem.
Suplico-Te
a bênção para todos aqueles que provocam sofrimento.
Não
Te lembro os fracos da Terra.
Recordo-Te
quantos se julgam poderosos e vencedores.
Não
intercedo pelos que soluçam de fome.
Rogo-Te
amor para os que lhes furtam o pão.
Senhor
Todo-Bondoso!...
Não
Te trago os que sangram de angústia.
Relaciono
diante de Ti os que golpeiam e ferem.
Não
Te peço pelos que sofrem injustiças.
Rogo-Te
pelos empreiteiros do crime.
Não
Te apresento os desprotegidos da sorte.
Sugiro
Teu amparo aos que estendem a aflição e a miséria.
Não
Te imploro mercê para as almas traídas.
Exorto-Te
o socorro para os que tecem os fios envenenados da ingratidão.
Pai
compassivo!...
Estende
as mãos sobre os que vagueiam nas trevas...
Anula
o pensamento insensato.
Cerra
os lábios que induzem à tentação.
Paralisa
os braços que apedrejam.
Detém
os passos daqueles que distribuem a morte...
Ajuda-nos
a todos nós, filhos do erro, porque somente assim, ó Deus piedoso e justo,
poderemos edificar o paraíso do bem com todos aqueles que já Te compreendem e
obedecem, extinguindo o inferno daqueles que, como nós, se atiram
desprevenidos, aos insanos torvelinhos do mal!...
sábado, 26 de dezembro de 2020
No alvorecer de Novo Ano
Maravilhosa
e sublime, abre-se a cortina da vida, mais uma vez, no reflorir do tempo, para
dar passagem à manifestação promissora de um Novo Ano.
Estejamos
atentos para bem aproveitar mais esta oportunidade que a Divina Providência nos
enseja ao serviço do crescimento de nossa estatura espiritual.
Estimulando-nos
ao trabalho de renovação espiritual, teremos sempre junto a nós, ao longo de
nossa caminhada, como cicerones atentos e leais, os Emissários do Senhor,
Amigos certos das horas incertas, encorajando-nos a que perseveremos no bom
combate.
Novo Ano – ponto de recomeço de redobradas porfias pela aquisição crescente de maiores e melhores coisas que edifiquem para a Eternidade! Outras esperanças surgirão. Outros desejos inflamarão nossos corações.
Outras
aspirações bafejarão nossas mentes.
Outros
sonhos e anseios irromperão dos arcanos indevassáveis do nosso ser.
Novo Ano – sucessão de surpresas! Quem de nós sabe, acaso, o que traz ele para as horas porvindouras?
Por
certo, inúmeras coisas se ocultam sob o seu longo manto de 365 dias e entre
elas as que nos dizem respeito diretamente.
Em
verdade, ignoramos o que cada Novo Ano nos reserva em acontecimentos, mas não
podemos nem devemos desconhecer as condições espirituais em que precisamos
estar, de permanente sintonia com o Alto, para viver qualquer de suas horas e
resolver, segundo os imperativos cristãos, as nossas próprias atitudes.
Indispensável,
pois, pensemos apenas o que for bom e, necessariamente, falemos e façamos tão somente
o que se ajustar aos desígnios de Deus.
...........................................................................................
Daí
a necessidade de rigorosa vigilância a todas as manifestações de nossos
impulsos íntimos, reprimindo umas, selecionando outras, depurando-as sempre
para não sermos depois presas fáceis e indefesas de suas consequências penosas,
se desajustadas aos desígnios da Suprema Vontade do Sempiterno.
É,
pois, ante essas perspectivas de amanhã, na vida futura – fruto genuíno das
coisas e causas a que hoje damos lugar – que precisamos nos resguardar do
fermento dos fariseus e dos ressaibos do homem velho, procurando apresentar-nos
a Deus com um coração renovado em Cristo e como obreiros aprovados em todas as
experimentações.
Passos Lírio – Revista Reformador –
Janeiro/1999
Carta de Ano Bom
Entre um ano que se vai
E
outro que se inicia,
Há
sempre nova esperança,
Promessas
de Novo Dia...
Considera,
meu amigo,
Nesse
pequeno intervalo,
Todo
o tempo que perdeste
Sem
saber aproveitá-lo.
Se
o ano que se passou
Foi
de amargura sombria,
Nosso
Pai nunca está pobre
Do
pão de luz da alegria.
Pensa
que o céu não esquece
A
mais ínfima criatura,
E
espera resignado
O
teu quinhão de ventura.
Considera,
sobretudo
Que
precisas, doravante,
Encher
de luz todo o tempo
Da
bênção de cada instante.
Sê
na oficina do mundo
O
mais perfeito aprendiz,
Pois
somente no trabalho
Teu
ano será feliz.
Não
esperes recompensas
Dos
bens da vida terrestre,
Mas,
volve toda a esperança
A
paz do Divino Mestre.
Nas
lutas, nunca te esqueça
Deste
conceito profundo:
O
reino da luz de Cristo
Não
reside neste mundo.
Não
olhes faltas alheias,
Não
julgues o teu irmão,
Vive
apenas no trabalho
De
tua renovação.
Quem
se esforça de verdade
Sabe
a prática do bem,
Conhece
os próprios deveres
Sem
censurar a ninguém.
Ano
Novo!... Pede ao Céu
Que
te proteja o trabalho,
Que
te conceda na fé
O
mais sublime agasalho.
Ano
Bom!... Deus te abençoe
No
esforço que te conduz
Das
sombras tristes da Terra
Para
as bênçãos de Jesus.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
Cristãos
“Se a vossa justiça
não exceder a dos escribas e fariseus, de modo algum entrareis no Reino dos
Céus.” Jesus (Mateus, 5 :20)
Cumpriam
deveres públicos e privados.
Respeitavam
as leis estabelecidas.
Reverenciavam
a Revelação Divina.
Atendiam
aos preceitos da fé.
Jejuavam.
Pagavam
impostos.
Não
exploravam o povo.
Naturalmente,
em casa, deviam ser excelentes mordomos do conforto familiar.
Entretanto,
para o Emissário Celeste a justiça deles deixava a desejar.
Adoravam
o Eterno Pai, mas não vacilavam em humilhar o irmão infeliz.
Repetiam
fórmulas verbais no culto à prece, todavia, não oravam expondo o coração. Eram
corretos na posição exterior, contudo, não sabiam descer do pedestal de orgulho
falso em que se erigiam, para ajudar o próximo e desculpá-lo até o próprio
sacrifício.
Raciocinavam
perfeitamente no quadro de seus interesses pessoais, todavia, eram incapazes de
sentir a verdadeira fraternidade, suscetível de conduzir os vizinhos ao regaço
do Supremo Senhor.
Eis
por que Jesus traça aos aprendizes novo padrão de vida.
O
cristão não surgiu na Terra para circunscrever-se à casinhola da personalidade;
apareceu, com o Mestre da Cruz, para transformar vidas e aperfeiçoá-las com a
própria existência que, sob a inspiração do Mentor Divino, será sempre um
cântico de serviço aos semelhantes, exalçando o amor glorioso e sem fim, na direção
do Reino dos Céus que começa, invariavelmente, dentro de nós mesmos.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 161