Maravilhosa
e sublime, abre-se a cortina da vida, mais uma vez, no reflorir do tempo, para
dar passagem à manifestação promissora de um Novo Ano.
Estejamos
atentos para bem aproveitar mais esta oportunidade que a Divina Providência nos
enseja ao serviço do crescimento de nossa estatura espiritual.
Estimulando-nos
ao trabalho de renovação espiritual, teremos sempre junto a nós, ao longo de
nossa caminhada, como cicerones atentos e leais, os Emissários do Senhor,
Amigos certos das horas incertas, encorajando-nos a que perseveremos no bom
combate.
Novo Ano – ponto de recomeço de redobradas porfias pela aquisição crescente de maiores e melhores coisas que edifiquem para a Eternidade! Outras esperanças surgirão. Outros desejos inflamarão nossos corações.
Outras
aspirações bafejarão nossas mentes.
Outros
sonhos e anseios irromperão dos arcanos indevassáveis do nosso ser.
Novo Ano – sucessão de surpresas! Quem de nós sabe, acaso, o que traz ele para as horas porvindouras?
Por
certo, inúmeras coisas se ocultam sob o seu longo manto de 365 dias e entre
elas as que nos dizem respeito diretamente.
Em
verdade, ignoramos o que cada Novo Ano nos reserva em acontecimentos, mas não
podemos nem devemos desconhecer as condições espirituais em que precisamos
estar, de permanente sintonia com o Alto, para viver qualquer de suas horas e
resolver, segundo os imperativos cristãos, as nossas próprias atitudes.
Indispensável,
pois, pensemos apenas o que for bom e, necessariamente, falemos e façamos tão somente
o que se ajustar aos desígnios de Deus.
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Daí
a necessidade de rigorosa vigilância a todas as manifestações de nossos
impulsos íntimos, reprimindo umas, selecionando outras, depurando-as sempre
para não sermos depois presas fáceis e indefesas de suas consequências penosas,
se desajustadas aos desígnios da Suprema Vontade do Sempiterno.
É,
pois, ante essas perspectivas de amanhã, na vida futura – fruto genuíno das
coisas e causas a que hoje damos lugar – que precisamos nos resguardar do
fermento dos fariseus e dos ressaibos do homem velho, procurando apresentar-nos
a Deus com um coração renovado em Cristo e como obreiros aprovados em todas as
experimentações.
Passos Lírio – Revista Reformador –
Janeiro/1999
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