domingo, 17 de janeiro de 2021
sexta-feira, 15 de janeiro de 2021
quinta-feira, 14 de janeiro de 2021
A Terra regenerada
A
paz do Senhor seja com os meus irmãos que, no exílio, curtem as duras provações
necessárias ao resgate de seu passado culposo. Permita Jesus que à sombra dessa
paz possais compreender as divinas verdades, que clarearão a estrada árida que
tendes de percorrer.
Meus filhos, se a Humanidade, em vez de enveredar pelos caminhos escuros do erro, houvesse prosseguido a sua marcha pela senda luminosa dos ensinos do Senhor, outra seria a sua condição atual. Mas, o homem tem sido sempre o mesmo, obediente sempre à voz soturna que o aconselha para o mal, desprezando as vozes amorosas que procuram incutir-lhe os desejos do bem.
Vós, que desejais ser espíritas e que sabeis que ser espírita é ser discípulo de Jesus, esforçai-vos por traduzir em atos as verdades que o Consolador voz traz e vereis que a recompensa excederá a vossa expectativa. É certo que tereis de sustentar lutas, pois sois arautos de ideias novas e estas levantam sempre protestos daqueles que veem seus interesses feridos. E como há interesses seculares a zelar, como haja o domínio sobre as massas a conservar, como se verifica que as novas ideias vêm abalar o colosso de ignorância e de erros há tantos séculos construído, é lógico, é natural que os que se sentem prejudicados clamem e por todas as maneiras a seu alcance procurem ferir-vos, lançando para isso mão de todos os meios de que possa dispor, entre estes a calúnia e a mentira.
Muitas são as dores que tereis de suportar, mas, discípulos do Cristo, tendes por dever conservar-vos firmes, impassíveis e prosseguir na tarefa de divulgar os ensinos do Senhor, custe o que custar, embora tenhais de sacrificar a própria vida e de renunciar a todos os gozos e proventos, que nada valem em face do amor do divino Cordeiro de Deus.
Sabeis que seu fardo é leve e suave o seu jugo. Carregai, pois, a vossa cruz com paciência e resignação e vos tornareis dignos de habitar a Terra quando, regenerada, atingir as campinas siderais da constelação de Hércules, para a qual se dirige em marcha acelerada, devendo lá chegar logo que a Humanidade estiver em condições de habitar essas regiões do infinito. Então, não mais tereis a noite e o dia, alternando-se gradualmente. Tereis as claridades siderais a se irradiarem dos vossos próprios espíritos redimidos, despidos dos andrajos do crime e cobertos pelas vestes alvíssimas das virtudes celestes.
Eis, meus filhos, em síntese a vossa recompensa. E não será a última, pois na Casa do Pai há muitas moradas, que vos irão sendo franqueadas à medida que fordes galgando os íngremes degraus da escada entrevista em sonho por Jacó.
Deus vos abençoe e Jesus vos ilumine.
Pascal
Comunicação mediúnica recebida em sessão pública, na Federação Espírita Brasileira, aos 9 de abril de 1920 – Reformador – dezembro/1978
quarta-feira, 13 de janeiro de 2021
Acima de nós
“Porque está escrito: Destruirei a ciência dos sábios e aniquilarei a
inteligência dos inteligentes.” Paulo (I Coríntios, 1:19)
Dezenas
de séculos passaram sobre o Planeta, renovando a estruturação de todos os
conceitos humanos.
A
ciência da guerra multiplicou os Estados, entretanto, todos os gabinetes administrativos
que lhe traçam os escuros caminhos sucumbem, através do tempo, pelas garras dos
monstros que eles próprios criaram.
A
ciência religiosa estabeleceu muitos templos veneráveis, contudo, toda vez que
esses santuários se confiam ao conforto material desregrado, sobre o pedestal
do dogma e do despotismo, caem, pouco a pouco, envenenados pelo vírus do
separatismo e da perseguição que decretam para os outros.
A
ciência filosófica erige sistemas sobre sistemas, todavia, quando procura instalar-se
no negativismo absoluto, perante a Divindade do Senhor, sofre humilhações e
reveses, dentro dos quais atinge fins integralmente contrários aos que se
propunha realizar.
Em
toda parte da História, vemos triunfadores de ontem arrojados ao pó da Terra,
cientistas que semeiam vaidade e recolhem os frutos da morte, filósofos louvados
pela turba invigilante, que plantam audaciosas teorias de raça e economia, conduzindo
o povo à fome, à ignorância e à destruição.
Procura,
pois, a fé e age, de conformidade com a lei de amor que ela te descortina ao
coração, porque, acima de nós, infinito é o Poder do Senhor e dia virá em que
toda a mentira e toda a vaidade serão confundidas.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 164
Oração na escola do amor
Senhor
Jesus!...
Nós
te agradecemos todas as bênçãos com que nos clareias a estrada e nos reconfortas
a vida, mas, em particular, nós te agradecemos os obstáculos que permites encontrar,
no relacionamento uns com os outros, através dos quais exercitamos a prática do
amor que nos legaste.
Muito obrigado, Senhor, pelos irmãos que nos buscam desesperados pelo sofrimento, a ponto de agredir-nos as portas.
Muito obrigado pelos companheiros que tentam desacreditar as nossas palavras, através de experimentos desconcertantes e descaridosos com os médiuns que nos servem de instrumentos e que são criaturas humanas, tão falíveis, quanto nós, os espíritos humanos desencarnados de nossa condição.
Muito obrigado pelos amigos que nos esmiúçam os erros, involuntariamente cometidos no intercâmbio espiritual, exigindo que a gramática do mundo funcione acima dos nossos corações, com os quais te registramos a sabedoria e a misericórdia.
Muito
obrigado pelos estudiosos que nos criticam negativamente os comunicados, a fim
de solaparem a fé e a esperança dos cooperadores simples e dedicados à seara do
bem que nos aceitam.
Muito obrigado pelos irmãos que experimentam extremas dificuldades para cultivarem a tolerância recíproca.
Muito obrigado pelos companheiros que cruzam os braços diante dos problemas de nossos núcleos de serviço e deixam-nos ficar como estão para verem, afinal como ficam.
Muito obrigado pelas almas sensíveis e queridas, que se entregam a melindres e queixas, ofertando-nos mais trabalho, embora adiando realizações importantes que nos cabem fazer.
E muito obrigado por todas as criaturas que chegam, até nós, tangidas por amargas provações e que nos atiram reclamações injustas e referências infelizes, porque, por todos esses irmãos é que aprendemos o amor que nos ensinaste – o amor pelo qual reconhecemos quanto nos amas, apesar das imperfeições que trazemos e que nos compete podar, com o teu auxílio, a fim de nos ajustarmos com mais segurança no caminho para Deus.
Meimei / Chico Xavier – Livro: Aulas da vida
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
Os clarins anunciadores
Nesta
manhã, embora já esperássemos, todos ouvimos emocionados os clarins
anunciadores e a sua música melancólica, informando-nos que o amado planeta se
encontra na mais difícil crise espiritual dos últimos séculos.
Iniciava-se
com dores infinitas que já vinham assinalando a cultura e a civilização com
sucessivas guerras locais devastadoras e alucinados programas de divertimentos
extravagantes quanto grosseiros.
A
drogadição vinha, há décadas, consumindo a juventude, e vícios degradantes
dominavam a sociedade que combatia a família, a educação, a saúde e os meios de
dignificação humana. O bafio pestilento exteriorizado pelo materialismo
dominador das massas zombava de Deus, na condição de mito superado, e a figura
de Jesus e Sua Doutrina, como as personagens dos Seus dias, que O acompanhavam,
sendo objeto de escárnio e desdém...
Em
nome da arte e da cultura, vivia-se a bacanal em toda parte com a anuência das
autoridades ou por elas estimulada, e graves transtornos de conduta formavam
uma sociedade desarrazoada e venal.
Os
valores éticos, a princípio, surdamente, depois vulgarizando através de
veículos de comunicação tradicional e virtual, eram anulados como castradores
da liberdade, e a necessidade de igualdade com as minorias de todos os aspectos
favorecia a libertinagem desmedida. Pessoas cultas e aparentemente sensatas de
repente sentiam necessidade de quebrar os limites, a que denominavam como
tabus, e desnudavam-se em nome da nova ordem, animalizando mais o ser humano e
humanizando os animais.
Disparates
de toda espécie tornavam-se motivos de brigas intérminas e qualquer postura de
equilíbrio era vista como remanescente da chamada decadência de comportamento
ultramoderno.
Os
jogos políticos atingiam chocantes aberrações de furtos e roubos, predominando
o cinismo de criaturas declaradas sem honra em face dos crimes cometidos e
divulgados.
As
universidades negavam a finalidade para a qual foram edificadas pelas
civilizações transatas, dominadas pelos revolucionários perversos que os
políticos insanos colocavam para desviarem a juventude, seduzindo com programas
ateus e depravados, em que os instintos primitivos eram exaltados até a
consumpção das energias devoradas pelos interesses de corruptos e de
corruptores.
Sentia-se
no ar, em toda parte, que algo iria acontecer, porque a decadência moral e
intelectual havia chegado à situação insustentável.
Pensou-se
que o monstro da guerra seria uma solução para diminuição da população da
Terra, como sucedera anteriormente, e os laboratórios de investigação
científica, a, pretexto de penetrar na vida microbiana para melhor estudar a
saúde e resguardá-la, também estabeleceram códigos secretos de se criarem vírus
tenebrosos, partindo-se da cepa de algumas enfermidades. E neste século
surgiram epidemias, algumas transformadas em pandemias, que continuam devorando
vidas aos milhares.
A
Divindade, através dos Seus prepostos, providenciou reencarnações de apóstolos
da caridade, de missionários do conhecimento, de sábios da tecnologia para
melhorar as condições de vida no planeta, de embaixadores da Vida espiritual e
proclamadores do amor, do respeito à vida em todas as suas expressões, e eles
sensibilizaram milhões de seres que anelavam pelo bem e pela Verdade. Entretanto,
suas vozes, exemplos e abnegação não lograram diminuir a força dos arbitrários
da Luz Divina, que abraçando doutrinas perversas, ampliaram o seu campo de
obstinação no mal e arrebanharam as mentes jovens, em razão das famílias
destruídas, das uniões sexuais imaturas, dos cidadãos inescrupulosos
dominadores...
Os
enfrentamentos têm sido contínuos e os inimigos do bem, disfarçados em
servidores da imortalidade em que se homiziam, para continuarem envenenando as
massas com as suas ironias e argumentações odientas, utilizam-se da Imprensa
marrom e suspeita, perturbando as mentes dignas com notícias falsas, bem
trabalhadas para confundirem. E têm conseguido com facilidade e comportamento
feroz.
Perde-se
muito tempo com dialética vazia e combates antifraternos, separando as pessoas
do mesmo clã por ideologias políticas e criminosas, enquanto os males surgem
inesperadamente.
É
o que está acontecendo neste momento de provações e expiações individuais e
coletivas, que ameaçam a existência humana no planeta confiado a Jesus para
alçar o mundo de regeneração.
Em
razão da continuidade de comportamento insano dos seres rebeldes e negligentes,
as forças do bem anuem com a grande aflição da peste que varre a Terra em seus
quadrantes.
Cenas
de horror são ridicularizadas, orientações elevadas são desconsideradas com
zombaria, sacrifício e abnegação dos Espíritos dedicados que se encontram na
linha de frente não têm recebido o merecido reconhecimento do Estado, em alguns
lugares, nem das massas enfermas da alma e ambiciosas na Terra.
Alastra-se
a peste, recordando-se a denominada negra do período medieval, em que a Igreja,
intolerante e irresponsável através do seu representante máximo, propôs a
Inquisição, e mais de um milhão de vidas foram ceifadas cruelmente por serem acusadas
como hereges... Logo depois, outro Papa anunciou que os gatos eram portadores
da figura satânica, e os felinos foram perseguidos de maneira inclemente mortos
com impiedade... Como efeito natural, os ratos multiplicaram-se terrivelmente
e, portadores de pulgas infectadas, contaminaram a Terra, especialmente a
Europa, destruindo milhões de existências.
De
alguma forma, ocorre hoje o mesmo fenômeno; ao combater-se, ou parecer fazê-lo,
as paixões políticas arruínam os países, e os sobreviventes do vírus da
Covid-19 serão dizimados pela miséria e pelo abandono.
-
É certo que nada poderá obstaculizar o progresso do planeta terrestre e da sua
sociedade.
Esses
acontecimentos e outros de natureza sísmica e cósmica darão lugar a maior soma
de sofrimento humano, enquanto facultarão também a presença dos apóstolos da
caridade e do amor, da fraternidade e do bem, formando a família da
misericórdia em socorro a todas as vítimas, sejam aquelas que padeçam a
contaminação ou chorem as perdas afetivas e/ou as misérias de outras
expressões.
Ninguém
conseguirá fugir ao determinismo do sofrimento, embora não tenham diretamente
razões, mas por solidariedade e compaixão.
Avizinha-se
a hora em que das colônias espirituais descerão ao planeta em desolação as
equipes socorristas em nome de Jesus, mergulhando em reencarnações redentoras e
atendimentos específicos durante a atual e as demais calamidades que venham a
acontecer.
Todos
estamos convidados ao serviço de amor e de caridade aos nossos irmãos do amado
planeta Gaia, na tradição grega.
Somente
o sentimento de amor, conforme o expressou Jesus e o viveu, logrará modificar
as paisagens humanas neste momento.
Nesse
terrível confronto entre o bem e o mal, muitas criaturas sem maturidade
psicológica robotizam-se, sem definição, seguindo a trajetória das forças em
antagonismo, inimizando-se umas com as outras.
As
esperanças cristãs estão centradas no Consolador com a sublime mensagem de Vida
imperecível e o comportamento digno na vilegiatura carnal. Benfeitores
abnegados recusam-se a ascender, de forma a continuarem auxiliando a Humanidade
iluminada pelo Cruzeiro do Sul, mas que prefere as sombras da ignorância e da
crueldade, teimando em olvidar que a jornada física é de efêmera duração.
Observemos
o que sucedeu às civilizações do passado, cuja glória se transformou em
memórias vagas, e suas grandiosas construções ruíram e hoje servem de amparo a
serpentes e aracnídeos perigosos, ou foram arrastadas pelas águas oceânicas à
sua profundeza.
O
tempo terrestre é relativo aos movimentos do planeta no seu giro infindável
sobre si mesmo e em torno do Sol, sob a direção do Celeste Governador que o
guia desde os dias longínquos de nebulosa de gases incandescentes.
Logo
mais, formaremos nossas caravanas de socorro, porquanto já estão tomadas as
providências para receber os irmãos que desencarnarem sob a trágica tempestade
viral.
Ao
terminarmos a nossa elucidação, formar-se-ão grupos sob direções especiais
adrede programadas, para o trabalho em conjunto com todos os grupos espirituais
de comunidades socorristas que operam em favor do planeta.
Recordemos
da orientação do Senhor Jesus ao encaminhar os setenta à Galileia: “Eu vos
mando como ovelhas brandas para conviver com lobos rapaces”...
Certamente
se referia aos irmãos desencarnados, que se comprazem na geração do terror e
das lamentáveis obsessões aos deambulantes do corpo físico. Nestes dias de
horror, também eles, nossos irmãos infelizes, comprazem-se em atormentar
antigos desafetos, desafetos que se dizem do Senhor Jesus, a Quem perseguem tresvariados
e odientos.
Eles
também estão organizados para os embates do momento, por considerarem-no
excelente para os fins desprezíveis a que se dedicam.
Formando
uma nuvem espiritual, semeiam a desordem e a incompreensão nas almas já
aturdidas em si mesmas, perseguindo-as com tenaz insistência.
Atividades
severas nos aguardam em nome do amor, a fim de preservarem as nossas
comunidades dos assaltos perigosos do mal em hordas asselvajadas e dispormos em
condições para recebermos os recém-desencarnados que possamos trazer para
nossos diversos setores socorristas.
À
semelhança dos dias de guerras hediondas, estamos diante de uma ainda mais
perigosa, em face da sua singularidade, como ocorreu nos dias do passado...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
O irmão
“A caridade é
sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa, não trata com leviandade, não
se ensoberbece.” Paulo (I Coríntios, 13:4)
Quem dá para mostrar-se é vaidoso.
Quem
dá para torcer o pensamento dos outros, dobrando-o aos pontos de vista que lhe
são peculiares, é tirano.
Quem
dá para livrar-se do sofredor é displicente.
Quem
dá para exibir títulos efêmeros é tolo.
Quem
dá para receber com vantagens é ambicioso.
Quem
dá para humilhar é companheiro das obras malignas.
Quem
dá para sondar a extensão do mal é desconfiado.
Quem
dá para afrontar a posição dos outros é soberbo.
Quem
dá para situar o nome na galeria dos benfeitores e dos santos é invejoso.
Quem
dá para prender o próximo e explorá-lo é delinquente potencial.
Em
todas essas situações, na maioria dos casos, quem dá se revela um tanto melhor
que todo aquele que não dá, de mente cristalizada na indiferença ou na secura;
todavia, para aquele que dá, irradiando o amor silencioso, sem propósitos de recompensa
e sem mescla de personalismo inferior, reserva o Plano Maior o título de Irmão.
Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 163