quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Os clarins anunciadores

 


Nesta manhã, embora já esperássemos, todos ouvimos emocionados os clarins anunciadores e a sua música melancólica, informando-nos que o amado planeta se encontra na mais difícil crise espiritual dos últimos séculos.

Iniciava-se com dores infinitas que já vinham assinalando a cultura e a civilização com sucessivas guerras locais devastadoras e alucinados programas de divertimentos extravagantes quanto grosseiros.

A drogadição vinha, há décadas, consumindo a juventude, e vícios degradantes dominavam a sociedade que combatia a família, a educação, a saúde e os meios de dignificação humana. O bafio pestilento exteriorizado pelo materialismo dominador das massas zombava de Deus, na condição de mito superado, e a figura de Jesus e Sua Doutrina, como as personagens dos Seus dias, que O acompanhavam, sendo objeto de escárnio e desdém...

Em nome da arte e da cultura, vivia-se a bacanal em toda parte com a anuência das autoridades ou por elas estimulada, e graves transtornos de conduta formavam uma sociedade desarrazoada e venal.

Os valores éticos, a princípio, surdamente, depois vulgarizando através de veículos de comunicação tradicional e virtual, eram anulados como castradores da liberdade, e a necessidade de igualdade com as minorias de todos os aspectos favorecia a libertinagem desmedida. Pessoas cultas e aparentemente sensatas de repente sentiam necessidade de quebrar os limites, a que denominavam como tabus, e desnudavam-se em nome da nova ordem, animalizando mais o ser humano e humanizando os animais.

Disparates de toda espécie tornavam-se motivos de brigas intérminas e qualquer postura de equilíbrio era vista como remanescente da chamada decadência de comportamento ultramoderno.

Os jogos políticos atingiam chocantes aberrações de furtos e roubos, predominando o cinismo de criaturas declaradas sem honra em face dos crimes cometidos e divulgados.

As universidades negavam a finalidade para a qual foram edificadas pelas civilizações transatas, dominadas pelos revolucionários perversos que os políticos insanos colocavam para desviarem a juventude, seduzindo com programas ateus e depravados, em que os instintos primitivos eram exaltados até a consumpção das energias devoradas pelos interesses de corruptos e de corruptores.

Sentia-se no ar, em toda parte, que algo iria acontecer, porque a decadência moral e intelectual havia chegado à situação insustentável.

Pensou-se que o monstro da guerra seria uma solução para diminuição da população da Terra, como sucedera anteriormente, e os laboratórios de investigação científica, a, pretexto de penetrar na vida microbiana para melhor estudar a saúde e resguardá-la, também estabeleceram códigos secretos de se criarem vírus tenebrosos, partindo-se da cepa de algumas enfermidades. E neste século surgiram epidemias, algumas transformadas em pandemias, que continuam devorando vidas aos milhares.

A Divindade, através dos Seus prepostos, providenciou reencarnações de apóstolos da caridade, de missionários do conhecimento, de sábios da tecnologia para melhorar as condições de vida no planeta, de embaixadores da Vida espiritual e proclamadores do amor, do respeito à vida em todas as suas expressões, e eles sensibilizaram milhões de seres que anelavam pelo bem e pela Verdade. Entretanto, suas vozes, exemplos e abnegação não lograram diminuir a força dos arbitrários da Luz Divina, que abraçando doutrinas perversas, ampliaram o seu campo de obstinação no mal e arrebanharam as mentes jovens, em razão das famílias destruídas, das uniões sexuais imaturas, dos cidadãos inescrupulosos dominadores...

Os enfrentamentos têm sido contínuos e os inimigos do bem, disfarçados em servidores da imortalidade em que se homiziam, para continuarem envenenando as massas com as suas ironias e argumentações odientas, utilizam-se da Imprensa marrom e suspeita, perturbando as mentes dignas com notícias falsas, bem trabalhadas para confundirem. E têm conseguido com facilidade e comportamento feroz.

Perde-se muito tempo com dialética vazia e combates antifraternos, separando as pessoas do mesmo clã por ideologias políticas e criminosas, enquanto os males surgem inesperadamente.

É o que está acontecendo neste momento de provações e expiações individuais e coletivas, que ameaçam a existência humana no planeta confiado a Jesus para alçar o mundo de regeneração.

Em razão da continuidade de comportamento insano dos seres rebeldes e negligentes, as forças do bem anuem com a grande aflição da peste que varre a Terra em seus quadrantes.

Cenas de horror são ridicularizadas, orientações elevadas são desconsideradas com zombaria, sacrifício e abnegação dos Espíritos dedicados que se encontram na linha de frente não têm recebido o merecido reconhecimento do Estado, em alguns lugares, nem das massas enfermas da alma e ambiciosas na Terra.

Alastra-se a peste, recordando-se a denominada negra do período medieval, em que a Igreja, intolerante e irresponsável através do seu representante máximo, propôs a Inquisição, e mais de um milhão de vidas foram ceifadas cruelmente por serem acusadas como hereges... Logo depois, outro Papa anunciou que os gatos eram portadores da figura satânica, e os felinos foram perseguidos de maneira inclemente mortos com impiedade... Como efeito natural, os ratos multiplicaram-se terrivelmente e, portadores de pulgas infectadas, contaminaram a Terra, especialmente a Europa, destruindo milhões de existências.

De alguma forma, ocorre hoje o mesmo fenômeno; ao combater-se, ou parecer fazê-lo, as paixões políticas arruínam os países, e os sobreviventes do vírus da Covid-19 serão dizimados pela miséria e pelo abandono.

- É certo que nada poderá obstaculizar o progresso do planeta terrestre e da sua sociedade.

Esses acontecimentos e outros de natureza sísmica e cósmica darão lugar a maior soma de sofrimento humano, enquanto facultarão também a presença dos apóstolos da caridade e do amor, da fraternidade e do bem, formando a família da misericórdia em socorro a todas as vítimas, sejam aquelas que padeçam a contaminação ou chorem as perdas afetivas e/ou as misérias de outras expressões.

Ninguém conseguirá fugir ao determinismo do sofrimento, embora não tenham diretamente razões, mas por solidariedade e compaixão.

Avizinha-se a hora em que das colônias espirituais descerão ao planeta em desolação as equipes socorristas em nome de Jesus, mergulhando em reencarnações redentoras e atendimentos específicos durante a atual e as demais calamidades que venham a acontecer.

Todos estamos convidados ao serviço de amor e de caridade aos nossos irmãos do amado planeta Gaia, na tradição grega.

Somente o sentimento de amor, conforme o expressou Jesus e o viveu, logrará modificar as paisagens humanas neste momento.

Nesse terrível confronto entre o bem e o mal, muitas criaturas sem maturidade psicológica robotizam-se, sem definição, seguindo a trajetória das forças em antagonismo, inimizando-se umas com as outras.

As esperanças cristãs estão centradas no Consolador com a sublime mensagem de Vida imperecível e o comportamento digno na vilegiatura carnal. Benfeitores abnegados recusam-se a ascender, de forma a continuarem auxiliando a Humanidade iluminada pelo Cruzeiro do Sul, mas que prefere as sombras da ignorância e da crueldade, teimando em olvidar que a jornada física é de efêmera duração.

Observemos o que sucedeu às civilizações do passado, cuja glória se transformou em memórias vagas, e suas grandiosas construções ruíram e hoje servem de amparo a serpentes e aracnídeos perigosos, ou foram arrastadas pelas águas oceânicas à sua profundeza.

O tempo terrestre é relativo aos movimentos do planeta no seu giro infindável sobre si mesmo e em torno do Sol, sob a direção do Celeste Governador que o guia desde os dias longínquos de nebulosa de gases incandescentes.

Logo mais, formaremos nossas caravanas de socorro, porquanto já estão tomadas as providências para receber os irmãos que desencarnarem sob a trágica tempestade viral.

Ao terminarmos a nossa elucidação, formar-se-ão grupos sob direções especiais adrede programadas, para o trabalho em conjunto com todos os grupos espirituais de comunidades socorristas que operam em favor do planeta.

Recordemos da orientação do Senhor Jesus ao encaminhar os setenta à Galileia: “Eu vos mando como ovelhas brandas para conviver com lobos rapaces”...

Certamente se referia aos irmãos desencarnados, que se comprazem na geração do terror e das lamentáveis obsessões aos deambulantes do corpo físico. Nestes dias de horror, também eles, nossos irmãos infelizes, comprazem-se em atormentar antigos desafetos, desafetos que se dizem do Senhor Jesus, a Quem perseguem tresvariados e odientos.

Eles também estão organizados para os embates do momento, por considerarem-no excelente para os fins desprezíveis a que se dedicam.

Formando uma nuvem espiritual, semeiam a desordem e a incompreensão nas almas já aturdidas em si mesmas, perseguindo-as com tenaz insistência.

Atividades severas nos aguardam em nome do amor, a fim de preservarem as nossas comunidades dos assaltos perigosos do mal em hordas asselvajadas e dispormos em condições para recebermos os recém-desencarnados que possamos trazer para nossos diversos setores socorristas.

À semelhança dos dias de guerras hediondas, estamos diante de uma ainda mais perigosa, em face da sua singularidade, como ocorreu nos dias do passado...

 Irmão Antúlio

 Manoel Philomeno de Miranda / Divaldo Franco – Livro: No rumo do mundo de regeneração


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