quinta-feira, 11 de março de 2021

Nova temporada de Estudos FEB/ EAD

 


Atenção para a nova temporada de Estudos FEB/ EAD. As inscrições vão até o dia 20 de março. O estudo começará em 29 de março e irá até 23 de maio. As inscrições serão encerradas antes, caso as vagas disponíveis sejam preenchidas. Faça sua inscrição: http://ead.febnet.org.br/course/index.php?categoryid=26


quinta-feira, 4 de março de 2021

Prece de amor

Amado Jesus!

Suplicando abençoes a nossa casa de fraternidade, esperamos por teu amparo, a fim de que saibamos colocar em ação o amor que nos deste.

Auxilia-nos a exercer a compaixão e o entendimento, ensinando-nos a esquecer o mal e a cultivar o bem, na paciência e na tolerância uns para com os outros.

Ajuda-nos a compreender e servir, para que a nossa fé não seja inútil.

Faze-nos aceitar na caridade o esquema de cada dia e induze-nos os braços ao trabalho edificante para que o nosso tempo não se torne vazio.

Sobretudo, Senhor, dá-nos humildade, a fim de que a humildade nos faça dóceis instrumentos nas tuas mãos.

E, agradecendo-te o privilégio do trabalho, em nosso templo de oração, louvamos a tua Infinita Bondade hoje e sempre.

Scheilla / Chico Xavier – Livro: Visão nova

No campo físico

 

“Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.” Paulo (I Coríntios, 15:44)


Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia-se”.

Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 171

Deveres de agora

Enquanto respeitáveis pesquisadores investigam, infatigáveis, o problema da imortalidade da alma em laboratórios que obedecem às mais exigentes conquistas da técnica moderna, vês desfilarem à míngua de compaixão os «filhos do Calvário».

Muitos companheiros atilados, empolgados pela terminologia complexa sugerida na sistemática da psicologia experimental, apresentam teses arrojadas, fixados a conceitos respeitáveis, e tu observas os descendentes da «Casa do Caminho», tresmalhados e tristes na faina do sofrimento, deambulando sem rota.

Parece-te, às vezes, que o complexo aparato dos laboratórios penetra o teu santuário de fé para interpretar as manifestações espirituais em linguagem nova, fazendo exigências a que se devem submeter os espíritos da caridade, de modo a atenderem impositivos intelectuais, no mesmo momento em que entidades atribuladas do além-túmulo batem angustiadas às portas da mediunidade, rogando palavras de consolo em nome de Jesus.

Momentos difíceis atravessas, considerando a valiosa bibliografia que te chega às mãos, sugerindo novas fórmulas de interpretação do amor em relação à comunicabilidade dos Espíritos, embora enxameiem ao teu lado os órfãos, as viúvas, os atribulados em abandono total, desejando comunicar-se contigo, espíritos também que são encarnados no domicílio da matéria.

Todavia, a mensagem cristã é tão suave e simples! Os ensinos do Rabi, que enflorescem as mais caras evocações cristãs da Humanidade, são um convite vigoroso para a manutenção do amor entre os homens! E os conceitos esflorados por Allan Kardec, na admirável Doutrina Consoladora, refletem, todos eles, o impositivo da transformação total do homem, à base do culto dos deveres de agora, todos os dias, para alcançar o ápice da evolução impostergável de todos nós.

É verdade que o homem então atinge as Altas Esferas sem as luminescências do conhecimento; da mesma forma ninguém evolui realmente sem a santificação dos sentimentos, através da conjugação do verbo amar, em todas as suas expressões.

Diante do poviléu esfaimado e aturdido, o Senhor solicitou aos companheiros o repasto de que dispunham, após o que multiplicou pães e peixes para todos eles; ao lado da mulher surpreendida no delito conjugal fatigada pelos próprios desencantos e humilhada pela massa em rebeldia, vitimada quase pela lapidação pública, o Senhor, depois de exprobrar o comportamento dos adúlteros presentes, disse-lhe com piedosa misericórdia: «Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Vai e não tornes a pecar»; após ouvir o relatório minudente sobre o culto dos deveres externos, apresentado por um jovem que ansiava encontrar o Reino de Deus e fruí-lo, o Mestre foi peremptório: «Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, vem e segue-me»; a obsidiada, que transformara o corpo em instrumento de aflição, mas que se compungira ante a mensagem fascinante da Boa Nova, irrompendo, desesperada, na casa de Simão, que O hospedava momentaneamente, d'Ele recebeu a palavra de alento: «Por muito amares, os teus pecados te serão perdoados»; e ao ladrão, que no momento extremo Lhe rogara oportunidade de aportar, também, na Região da justiça, Ele acenou com a esperança próxima de recebê-lo oportunamente no Paraíso ...

Em todos os momentos da vida do incansável Seareiro do Amor, essas pequenas-grandes lições de toda hora, deveres de todo momento, constituíram a seara sublime da perene Boa Nova.

Dir-te-ão muitos que já não há campo para aquela vida de odor evangélico, qual a dos primeiros dias dos homens dos caminhos; falar-te-ão que é necessário aplicar a inteligência e os favores do conhecimento moderno e explicarão quanto à necessidade de utilizar a técnica para viver com tranquilidade e em plenitude do gozo.

Sem desconsideração às nobres conquistas do pensamento hodierno, ama, serve, aprimora teus ensinamentos e renova-te incessantemente.

Não descures de acender a luz do Evangelho na tua casa, não deixes de plantar uma árvore generosa e frutífera no caminho, não recuses a palavra gentil ao transeunte e, seguindo as pegadas de Jesus, embora a distância que medeia entre ti e Ele, faze-te, mesmo assim, mensagem viva do Evangelho, coroado pela luz da imortalidade, luz que haures na Revelação Espírita da atualidade, cumprindo com os teus deveres agora, a fim de penetrares no Reino dos Céus, desde este instante, mediante a tua integração no espírito vivo e atuante do Cristo.

 Joanna de Ângelis /Divaldo Pereira Franco - Livro: Lampadário Espírita 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Ajudar sempre

 


O título deste artigo é breve, mas contém um padrão de conduta exemplar, magnífico.

Com efeito, o ensino máximo de Jesus Cristo está resumido na célebre sentença Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (...)

De cor e salteado, sabemos que quem ama ao próximo como a si mesmo, exatamente por este motivo, estará amando a Deus sobre todas as coisas.

E o que é amar ao próximo como a si mesmo? É fazer a ele somente o que gostaríamos que ele nos fizesse. Simples assim.

Disso resulta que Ajudar sempre vem ao encontro do ensinamento maior de Jesus, o Cristo, dirigente do Planeta Terra, nosso Irmão, Mestre e querido Amigo de todas as horas.

Cremos firmemente que esta orientação [de ajudar sempre e, como decorrência, nunca prejudicar a quem quer que seja] seja excelente para transmitir aos nossos filhos, que, se observada, fará com que eles sejam respeitosos e respeitados, pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, contribuindo assim para o avanço moral da sociedade.

Além disso, e como muito bem o sabemos, a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, de modo que aquele que sempre procura ajudar, auxiliando em tudo o que esteja ao seu alcance, e nunca, jamais, em hipótese alguma prejudicar a outrem, seja qual for a circunstância ou a situação, sem sombra de dúvida será o primeiro beneficiário desse admirável comportamento que, de forma natural, também se estenderá, e favorecerá, a outras pessoas direta ou indiretamente.

Registra Carlos Torres Pastorino: Lembre-se de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado.

Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado.

Fique alerta quanto ao momento presente!

Plante apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.

Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou. (Minutos de Sabedoria, 41ª ed.,Vozes, mensagem n. 3)

Há várias e incontáveis maneiras de ajudar, de auxiliar, a toda evidência. Muitas vezes, o silêncio é uma delas. Não por acaso, costuma-se dizer que o silêncio é uma prece. Quando os ânimos estão acirrados, nada melhor que silenciar para favorecer a busca do entendimento.

Excelente modo de ajudar é procurar ouvir. E saber ouvir nada mais é que dispensar integral atenção ao interlocutor, tendo e demonstrando interesse pela conversação, por seu conteúdo, a fim de que se encontre um caminho, uma alternativa, um novo rumo e, preferencialmente, uma solução para a questão apresentada. Pode parecer pouco, mas, para quem está aflito ou desorientado e, tantas vezes, desesperado, é suficiente.

Toda ajuda é bem-vinda. E não estamos aqui tratando apenas de auxílio pecuniário, financeiro. Quando for o caso, um conselho, um apoio, uma sugestão, uma orientação, uma palavra de esperança, podem ter grande significado para quem deles necessita. Não é sem razão, portanto, que as Casas Espíritas brasileiras, de um modo geral, têm entre as suas atividades o chamado atendimento fraterno que tantos e tão bons serviços tem prestado àqueles que o buscam.

Mesmo fora das Casas Espíritas, individualmente, estamos em condições de prestar auxílio [independentemente de situação financeira, de nível social ou intelectual, de raça, de cor, de crença], uma vez que tantas e tantas vezes basta que fiquemos em silêncio ou que nos manifestemos, de conformidade com o quadro apresentado, imbuídos da melhor das intenções, de boa-fé, com a vontade de ser úteis, com o desejo de bem servir, sempre com qualidade e com amor.

Aconselha o Espírito Joanes, através da psicografia do eminente médium Raul Teixeira: Na sua atividade profissional diária, quando você se põe a servir à vida com os recursos de que dispõe, a fim de que tudo se desenvolva ao seu derredor, procure cientificar-se das suas obrigações.

Pense no trabalho, desde o mais simples ao mais complexo, desde os esforços braçais mais inexpressivos aos olhos comuns até as realizações mais grandiosas no campo intelectual, e faça tudo da melhor forma, faça tudo com boa vontade.

Todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza. Todo serviço é nobre desde que operado em homenagem ao excelso bem. (Para uso diário, 6. ed., Fráter, cap. 11)

E por trabalho não se devem entender somente as ocupações materiais, porquanto o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. (O Livro dos Espíritos, 33. ed. FEB, questão 675)

Vale muito a pena repetir para enfatizar e consolidar: toda ocupação útil é trabalho e todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza.

Procuremos avançar, pois, ajudando sempre!

 Antônio Moris Cury/Revista Mundo Espírita-fevereiro/2016 – Fonte: www.mundoespirita.com.br

Amanhã

 

“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.” (Tiago, 4:14.)

Diz o preguiçoso: “amanhã farei”.

Exclama o fraco: “amanhã, terei forças”.

Assevera o delinquente: “amanhã, regenero-me”.

É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.

Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século.

Alma sem coragem de avançar cem passos, não caminhará vinte mil.

O lavrador que perde a hora de semear, não consegue prever as consequências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.

Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida, contudo, a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.

Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.

Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa, nem planam no mesmo nível.

A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão.

Aquilo que o homem procura agora, surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.

Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito a benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa, valorosamente, nas abençoadas horas de Hoje.

 Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 170

Oração III

Senhor Jesus!

 Agradecendo-Te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito ainda em súplica, no campo em que nos situaste.

Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana.

Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração. Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.

Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à Tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos. Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!

Nos dias de sombra, sê nosso apoio e segurança!

Mestre Divino! Guia-nos o passo na senda reta.

Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino!

Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.

Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.

Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.

Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia...

Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distração...

Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.

Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.

Faze-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.

Divino Amigo! Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em Tua misericórdia que os nossos olhos se voltem para trás.

Que a Tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre.

Assim seja!


Emmanuel / Chico Xavier – Livro: À Luz da oração

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

O culto cristão no lar

 


Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:

 — Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?

  O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:

 — Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.

  Jesus sorriu e perguntou, de novo:

 —  E o oleiro? Que faz para atender à tarefa a que se propõe?

 — Certamente, Senhor — redarguiu o pescador, intrigado —, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.

  O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:

 — E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende?

  O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:

 — Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.

  Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:

 — Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum.  Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe?  A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações?   Se nos não habituamos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?

 Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:

 — Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento?  O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.

 Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:

 — Mestre, seja feito como desejas.

Então Jesus, convidando os familiares do Apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão do lar.

Neio Lúcio/Chico Xavier – Livro: Jesus no lar

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Enquanto é hoje

 

“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.”

Paulo (Hebreus, 3:15)

Encarecer a oportunidade de regeneração espiritual na vida física nunca será argumento fastidioso nos círculos de educação religiosa.

O corpo denso, de alguma forma, representa o molde utilizado pela compaixão divina, em nosso favor, em grande número de reencarnações, para reajustar nossos hábitos e aprimorá-los.

A carne, sob muitos aspectos, é barro vivo de sublime cerâmica, onde o Oleiro Celeste nos conduz muitas vezes, à mesma forma, ao calor da luta, a fim de aperfeiçoar-nos o veículo sutil de manifestação do espírito eterno; entretanto, quase sempre, estragamos a oportunidade, encaminhando-nos para a inutilidade ou para a ruína.

Dentro do assunto, porém, a palavra de Paulo é valiosa e oportuna.

Enquanto puderes escutar ou perceber a palavra Hoje, com a audição ou com a reflexão, no campo fisiológico, vale-te do tempo para registrar as sugestões divinas e concretizá-las em tua marcha.

Para o homem brutalizado a morte não traz grandes diferenças.

A ignorância passa o dia na impulsividade e a noite na inconsciência, até que o tempo e o esforço individual operem o desgaste das sombras, clareando-lhe o caminho.

Aqui, todavia, nos referimos à criatura medianamente esclarecida.

Todos os pequenos maus hábitos, aparentemente inexpressivos, devem ser muito bem extirpados pelos seus portadores que, desde a Terra, já disponham de algum conhecimento da vida espiritual, porque um dos maiores tormentos para a alma desencarnada, de algum modo instruída sobre os caminhos que se desdobram além da morte, é sentir, nos círculos de matéria sublimada, flores e trevas, luz e lama dentro de si mesma.

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 169