quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Ajudar sempre

 


O título deste artigo é breve, mas contém um padrão de conduta exemplar, magnífico.

Com efeito, o ensino máximo de Jesus Cristo está resumido na célebre sentença Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (...)

De cor e salteado, sabemos que quem ama ao próximo como a si mesmo, exatamente por este motivo, estará amando a Deus sobre todas as coisas.

E o que é amar ao próximo como a si mesmo? É fazer a ele somente o que gostaríamos que ele nos fizesse. Simples assim.

Disso resulta que Ajudar sempre vem ao encontro do ensinamento maior de Jesus, o Cristo, dirigente do Planeta Terra, nosso Irmão, Mestre e querido Amigo de todas as horas.

Cremos firmemente que esta orientação [de ajudar sempre e, como decorrência, nunca prejudicar a quem quer que seja] seja excelente para transmitir aos nossos filhos, que, se observada, fará com que eles sejam respeitosos e respeitados, pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, contribuindo assim para o avanço moral da sociedade.

Além disso, e como muito bem o sabemos, a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, de modo que aquele que sempre procura ajudar, auxiliando em tudo o que esteja ao seu alcance, e nunca, jamais, em hipótese alguma prejudicar a outrem, seja qual for a circunstância ou a situação, sem sombra de dúvida será o primeiro beneficiário desse admirável comportamento que, de forma natural, também se estenderá, e favorecerá, a outras pessoas direta ou indiretamente.

Registra Carlos Torres Pastorino: Lembre-se de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado.

Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado.

Fique alerta quanto ao momento presente!

Plante apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.

Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou. (Minutos de Sabedoria, 41ª ed.,Vozes, mensagem n. 3)

Há várias e incontáveis maneiras de ajudar, de auxiliar, a toda evidência. Muitas vezes, o silêncio é uma delas. Não por acaso, costuma-se dizer que o silêncio é uma prece. Quando os ânimos estão acirrados, nada melhor que silenciar para favorecer a busca do entendimento.

Excelente modo de ajudar é procurar ouvir. E saber ouvir nada mais é que dispensar integral atenção ao interlocutor, tendo e demonstrando interesse pela conversação, por seu conteúdo, a fim de que se encontre um caminho, uma alternativa, um novo rumo e, preferencialmente, uma solução para a questão apresentada. Pode parecer pouco, mas, para quem está aflito ou desorientado e, tantas vezes, desesperado, é suficiente.

Toda ajuda é bem-vinda. E não estamos aqui tratando apenas de auxílio pecuniário, financeiro. Quando for o caso, um conselho, um apoio, uma sugestão, uma orientação, uma palavra de esperança, podem ter grande significado para quem deles necessita. Não é sem razão, portanto, que as Casas Espíritas brasileiras, de um modo geral, têm entre as suas atividades o chamado atendimento fraterno que tantos e tão bons serviços tem prestado àqueles que o buscam.

Mesmo fora das Casas Espíritas, individualmente, estamos em condições de prestar auxílio [independentemente de situação financeira, de nível social ou intelectual, de raça, de cor, de crença], uma vez que tantas e tantas vezes basta que fiquemos em silêncio ou que nos manifestemos, de conformidade com o quadro apresentado, imbuídos da melhor das intenções, de boa-fé, com a vontade de ser úteis, com o desejo de bem servir, sempre com qualidade e com amor.

Aconselha o Espírito Joanes, através da psicografia do eminente médium Raul Teixeira: Na sua atividade profissional diária, quando você se põe a servir à vida com os recursos de que dispõe, a fim de que tudo se desenvolva ao seu derredor, procure cientificar-se das suas obrigações.

Pense no trabalho, desde o mais simples ao mais complexo, desde os esforços braçais mais inexpressivos aos olhos comuns até as realizações mais grandiosas no campo intelectual, e faça tudo da melhor forma, faça tudo com boa vontade.

Todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza. Todo serviço é nobre desde que operado em homenagem ao excelso bem. (Para uso diário, 6. ed., Fráter, cap. 11)

E por trabalho não se devem entender somente as ocupações materiais, porquanto o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. (O Livro dos Espíritos, 33. ed. FEB, questão 675)

Vale muito a pena repetir para enfatizar e consolidar: toda ocupação útil é trabalho e todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza.

Procuremos avançar, pois, ajudando sempre!

 Antônio Moris Cury/Revista Mundo Espírita-fevereiro/2016 – Fonte: www.mundoespirita.com.br

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