quinta-feira, 11 de março de 2021

Prece

 


Senhor Jesus!

Dai-nos o poder de operar a própria conversão,

Para que o Teu Reino de Amor seja irradiado

Do Centro de nós mesmos!

Contigo em nós, converteremos

A treva em claridade,

A dor em alegria,

O ódio em amor,

A descrença em fé viva,

A dúvida em certeza,

A maldade em bondade,

A ignorância em compreensão e sabedoria,

A dureza em ternura,

A fraqueza em força,

O egoísmo em cântico fraterno,

O orgulho em humildade,

O torvo mal em Infinito Bem.

Sabemos, Senhor,

Que, de nós mesmos,

Somente possuímos a inferioridade

De que nos devemos desvencilhar,

Mas, unidos a Ti,

Somos galhos frutíferos na árvore dos séculos,

Que as tempestades da experiência

Jamais deceparão...

Assim, pois, Mestre amoroso,

Digna-te amparar-nos

A fim de que nos elevemos,

Ao encontro de tuas mãos sábias e compassivas,

Que nos erguerão da inutilidade,

Para o serviço da cooperação Divina,

Agora e para sempre.

Assim seja.

André Luiz / Chico Xavier – Livro: Vida e caminho

Nova temporada de Estudos FEB/ EAD

 


Atenção para a nova temporada de Estudos FEB/ EAD. As inscrições vão até o dia 20 de março. O estudo começará em 29 de março e irá até 23 de maio. As inscrições serão encerradas antes, caso as vagas disponíveis sejam preenchidas. Faça sua inscrição: http://ead.febnet.org.br/course/index.php?categoryid=26


quinta-feira, 4 de março de 2021

Prece de amor

Amado Jesus!

Suplicando abençoes a nossa casa de fraternidade, esperamos por teu amparo, a fim de que saibamos colocar em ação o amor que nos deste.

Auxilia-nos a exercer a compaixão e o entendimento, ensinando-nos a esquecer o mal e a cultivar o bem, na paciência e na tolerância uns para com os outros.

Ajuda-nos a compreender e servir, para que a nossa fé não seja inútil.

Faze-nos aceitar na caridade o esquema de cada dia e induze-nos os braços ao trabalho edificante para que o nosso tempo não se torne vazio.

Sobretudo, Senhor, dá-nos humildade, a fim de que a humildade nos faça dóceis instrumentos nas tuas mãos.

E, agradecendo-te o privilégio do trabalho, em nosso templo de oração, louvamos a tua Infinita Bondade hoje e sempre.

Scheilla / Chico Xavier – Livro: Visão nova

No campo físico

 

“Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.” Paulo (I Coríntios, 15:44)


Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-se na santidade.

A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos.

A sementeira comum é símbolo perfeito.

O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos.

Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol.

A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto.

Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo na criação de espiritualidade divina.

O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia-se”.

Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza.

Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros.

Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.

 

Emmanuel / Chico Xavier – Vinha de Luz – FEB – cap. 171

Deveres de agora

Enquanto respeitáveis pesquisadores investigam, infatigáveis, o problema da imortalidade da alma em laboratórios que obedecem às mais exigentes conquistas da técnica moderna, vês desfilarem à míngua de compaixão os «filhos do Calvário».

Muitos companheiros atilados, empolgados pela terminologia complexa sugerida na sistemática da psicologia experimental, apresentam teses arrojadas, fixados a conceitos respeitáveis, e tu observas os descendentes da «Casa do Caminho», tresmalhados e tristes na faina do sofrimento, deambulando sem rota.

Parece-te, às vezes, que o complexo aparato dos laboratórios penetra o teu santuário de fé para interpretar as manifestações espirituais em linguagem nova, fazendo exigências a que se devem submeter os espíritos da caridade, de modo a atenderem impositivos intelectuais, no mesmo momento em que entidades atribuladas do além-túmulo batem angustiadas às portas da mediunidade, rogando palavras de consolo em nome de Jesus.

Momentos difíceis atravessas, considerando a valiosa bibliografia que te chega às mãos, sugerindo novas fórmulas de interpretação do amor em relação à comunicabilidade dos Espíritos, embora enxameiem ao teu lado os órfãos, as viúvas, os atribulados em abandono total, desejando comunicar-se contigo, espíritos também que são encarnados no domicílio da matéria.

Todavia, a mensagem cristã é tão suave e simples! Os ensinos do Rabi, que enflorescem as mais caras evocações cristãs da Humanidade, são um convite vigoroso para a manutenção do amor entre os homens! E os conceitos esflorados por Allan Kardec, na admirável Doutrina Consoladora, refletem, todos eles, o impositivo da transformação total do homem, à base do culto dos deveres de agora, todos os dias, para alcançar o ápice da evolução impostergável de todos nós.

É verdade que o homem então atinge as Altas Esferas sem as luminescências do conhecimento; da mesma forma ninguém evolui realmente sem a santificação dos sentimentos, através da conjugação do verbo amar, em todas as suas expressões.

Diante do poviléu esfaimado e aturdido, o Senhor solicitou aos companheiros o repasto de que dispunham, após o que multiplicou pães e peixes para todos eles; ao lado da mulher surpreendida no delito conjugal fatigada pelos próprios desencantos e humilhada pela massa em rebeldia, vitimada quase pela lapidação pública, o Senhor, depois de exprobrar o comportamento dos adúlteros presentes, disse-lhe com piedosa misericórdia: «Ninguém te condenou? Eu também não te condeno. Vai e não tornes a pecar»; após ouvir o relatório minudente sobre o culto dos deveres externos, apresentado por um jovem que ansiava encontrar o Reino de Deus e fruí-lo, o Mestre foi peremptório: «Vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, vem e segue-me»; a obsidiada, que transformara o corpo em instrumento de aflição, mas que se compungira ante a mensagem fascinante da Boa Nova, irrompendo, desesperada, na casa de Simão, que O hospedava momentaneamente, d'Ele recebeu a palavra de alento: «Por muito amares, os teus pecados te serão perdoados»; e ao ladrão, que no momento extremo Lhe rogara oportunidade de aportar, também, na Região da justiça, Ele acenou com a esperança próxima de recebê-lo oportunamente no Paraíso ...

Em todos os momentos da vida do incansável Seareiro do Amor, essas pequenas-grandes lições de toda hora, deveres de todo momento, constituíram a seara sublime da perene Boa Nova.

Dir-te-ão muitos que já não há campo para aquela vida de odor evangélico, qual a dos primeiros dias dos homens dos caminhos; falar-te-ão que é necessário aplicar a inteligência e os favores do conhecimento moderno e explicarão quanto à necessidade de utilizar a técnica para viver com tranquilidade e em plenitude do gozo.

Sem desconsideração às nobres conquistas do pensamento hodierno, ama, serve, aprimora teus ensinamentos e renova-te incessantemente.

Não descures de acender a luz do Evangelho na tua casa, não deixes de plantar uma árvore generosa e frutífera no caminho, não recuses a palavra gentil ao transeunte e, seguindo as pegadas de Jesus, embora a distância que medeia entre ti e Ele, faze-te, mesmo assim, mensagem viva do Evangelho, coroado pela luz da imortalidade, luz que haures na Revelação Espírita da atualidade, cumprindo com os teus deveres agora, a fim de penetrares no Reino dos Céus, desde este instante, mediante a tua integração no espírito vivo e atuante do Cristo.

 Joanna de Ângelis /Divaldo Pereira Franco - Livro: Lampadário Espírita 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Ajudar sempre

 


O título deste artigo é breve, mas contém um padrão de conduta exemplar, magnífico.

Com efeito, o ensino máximo de Jesus Cristo está resumido na célebre sentença Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (...)

De cor e salteado, sabemos que quem ama ao próximo como a si mesmo, exatamente por este motivo, estará amando a Deus sobre todas as coisas.

E o que é amar ao próximo como a si mesmo? É fazer a ele somente o que gostaríamos que ele nos fizesse. Simples assim.

Disso resulta que Ajudar sempre vem ao encontro do ensinamento maior de Jesus, o Cristo, dirigente do Planeta Terra, nosso Irmão, Mestre e querido Amigo de todas as horas.

Cremos firmemente que esta orientação [de ajudar sempre e, como decorrência, nunca prejudicar a quem quer que seja] seja excelente para transmitir aos nossos filhos, que, se observada, fará com que eles sejam respeitosos e respeitados, pessoas de Bem, voltadas para o Bem e para a sua prática, contribuindo assim para o avanço moral da sociedade.

Além disso, e como muito bem o sabemos, a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, de modo que aquele que sempre procura ajudar, auxiliando em tudo o que esteja ao seu alcance, e nunca, jamais, em hipótese alguma prejudicar a outrem, seja qual for a circunstância ou a situação, sem sombra de dúvida será o primeiro beneficiário desse admirável comportamento que, de forma natural, também se estenderá, e favorecerá, a outras pessoas direta ou indiretamente.

Registra Carlos Torres Pastorino: Lembre-se de que colheremos, infalivelmente, aquilo que houvermos semeado.

Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas do passado.

Fique alerta quanto ao momento presente!

Plante apenas sementes de otimismo e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.

Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou. (Minutos de Sabedoria, 41ª ed.,Vozes, mensagem n. 3)

Há várias e incontáveis maneiras de ajudar, de auxiliar, a toda evidência. Muitas vezes, o silêncio é uma delas. Não por acaso, costuma-se dizer que o silêncio é uma prece. Quando os ânimos estão acirrados, nada melhor que silenciar para favorecer a busca do entendimento.

Excelente modo de ajudar é procurar ouvir. E saber ouvir nada mais é que dispensar integral atenção ao interlocutor, tendo e demonstrando interesse pela conversação, por seu conteúdo, a fim de que se encontre um caminho, uma alternativa, um novo rumo e, preferencialmente, uma solução para a questão apresentada. Pode parecer pouco, mas, para quem está aflito ou desorientado e, tantas vezes, desesperado, é suficiente.

Toda ajuda é bem-vinda. E não estamos aqui tratando apenas de auxílio pecuniário, financeiro. Quando for o caso, um conselho, um apoio, uma sugestão, uma orientação, uma palavra de esperança, podem ter grande significado para quem deles necessita. Não é sem razão, portanto, que as Casas Espíritas brasileiras, de um modo geral, têm entre as suas atividades o chamado atendimento fraterno que tantos e tão bons serviços tem prestado àqueles que o buscam.

Mesmo fora das Casas Espíritas, individualmente, estamos em condições de prestar auxílio [independentemente de situação financeira, de nível social ou intelectual, de raça, de cor, de crença], uma vez que tantas e tantas vezes basta que fiquemos em silêncio ou que nos manifestemos, de conformidade com o quadro apresentado, imbuídos da melhor das intenções, de boa-fé, com a vontade de ser úteis, com o desejo de bem servir, sempre com qualidade e com amor.

Aconselha o Espírito Joanes, através da psicografia do eminente médium Raul Teixeira: Na sua atividade profissional diária, quando você se põe a servir à vida com os recursos de que dispõe, a fim de que tudo se desenvolva ao seu derredor, procure cientificar-se das suas obrigações.

Pense no trabalho, desde o mais simples ao mais complexo, desde os esforços braçais mais inexpressivos aos olhos comuns até as realizações mais grandiosas no campo intelectual, e faça tudo da melhor forma, faça tudo com boa vontade.

Todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza. Todo serviço é nobre desde que operado em homenagem ao excelso bem. (Para uso diário, 6. ed., Fráter, cap. 11)

E por trabalho não se devem entender somente as ocupações materiais, porquanto o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho. (O Livro dos Espíritos, 33. ed. FEB, questão 675)

Vale muito a pena repetir para enfatizar e consolidar: toda ocupação útil é trabalho e todo trabalho é bênção de Deus para quem o realiza.

Procuremos avançar, pois, ajudando sempre!

 Antônio Moris Cury/Revista Mundo Espírita-fevereiro/2016 – Fonte: www.mundoespirita.com.br